As Crônicas De Nárnia - Trono Real escrita por Carrie Lerman


Capítulo 13
Os Mesmos Erros


Notas iniciais do capítulo

Oie!!! Então, devido aos reviews de algumas de vces eu acabei mudando um pouco meu texto, ou melhor este capitulo mais ezpecificamente! Caspian e Agnes voltariam as boas, mas realmente achei que Caspian não merecia isso agora. Acho que ele merece sofre um pouquinho ainda! Entao valeu pelos reviews eles me ajudaram a escrever o capitulo de hoje!! Nos vemos nos proximos reviews entao! espero que gostem!!!



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Agnes acordou no colo da adorável rainha Lucia, sentindo-se leve, de uma maneira incomum, como se uma pedra tivesse sido tirada de dentro de si. Ela se sentou ao ver o belo sorriso e os olhos da garota diante dela. Lucia ajeitou os cabelos atrás da orelha e perguntou:

_Se sente bem?

_Acho que sim... _ela ergueu o rosto com um ar iluminado. _Eu o vi Lucia!

_Aslam? _perguntou Lu curiosa.

_Sim. E ele me viu... _Agnes baixou o rosto sentindo um pouco de vergonha. _E me mostrou através de seus olhos, o erro terrível que cometi.

_O que exatamente voce fez? _disse sem entender.

_Caspian não contou? _ela ergueu o rosto.

_Não... Ele não tocou no assunto.

_Eu fui tão fraca... _Agnes voltou a abaixar os olhos. _A culpa foi minha...

_Todos nós cometemos erros... _Lucia tocou o ombro da moça. _Eles nos ensinam a ser mais cuidadosos nos próximos passos. Se voce ainda está aqui conosco, é porque Aslam acredita em voce. _Agnes voltou a encarar a rainha. _Todos nós também tivemos nossos momentos de fraqueza. Mesmo sendo os reis que somos... Não deveria se culpar! _ela sorriu.

Agnes olhou para Caspian que estava a alguns passos dali, discutindo com Pedro e Edmundo sobre seus planos ao redor de uma fogueira.

_Voce gosta dele não é? _concluiu Lucia.

_Não importa o que sinto por ele Lucia... _Agnes ficou séria, olhando para o rei. _Caspian ama sua irmã. E eu não quero mais pensar nisso. _ela encarou Lucia.

Lucia se calou, não querendo prolongar a conversa mais do que deveria. Lucia também sabia como era amar alguém que não corresponde aos seus sentimentos. Em seu mundo existia alguém com quem ela se importava. Amar e não poder confessar seus sentimentos era realmente uma dor terrível. Ambas ficaram em silencio debaixo daquele céu estrelado apenas remoendo seus pensamentos íntimos.

_Lu? _disse Suzana ao se aproximar. _Pode me ajudar?

_O que precisa Su? _Lucia sorriu.

_Venha me ajudar a pegar mais galhos secos para a fogueira... Está ficando mais frio, e acho melhor nos aquecermos...

_Tudo bem! _Lucia se levantou.

_Posso ir com vocês? Eu quero ajudar. _se manifestou Agnes.

_Não. _responde Suzana olhando séria para a moça. _Caspian quer que voce descanse...

_Eu já me sinto bem melhor... _ela se levantou.

_Tudo bem Agnes... _Suzana manteve tom firme. _Agente se vira sozinha. _ela se virou. _Vamos Lucia...

Lucia olhou para Agnes, depois seguiu a irmã. Quando estavam alguns passos distantes da telmarina, Lucia se manifestou diante da atitude rude de Suzana.

_Porque falou assim com ela? _reclamou Lucia. _Ela está se sentindo mal pelo que fez... Só queria ajudar.

_Deveria estar mesmo. Mas não vai ser comigo que ela vai se redimir... Por mim ela não estaria conosco, não precisamos dela...

_Pára Suzana... A decisão não é sua, é do Aslam. Só ele sabe o que ela fez, então não devemos julgar. Lembra quando Edmundo nos traiu por causa de Jadi? Queria que ele tivesse sido punido também? _se indignou Lucia defendendo a decisão do grande leão.

_Edmundo é nosso irmão Lucia. _repreendeu.

_Não importa, as regras servem pra todos igualmente. Aslam é justo. Não deveria precisar que eu a lembrasse disso... _Lucia avançou alguns passos a frente da irmã.

_Confio no julgamento de Aslam, mas dessa vez...

_Nem pense em terminar essa frase... _Lucia se virou jogando sobre Suzana um olhar fulminante. _Aslam sabe o que faz... Agora vamos procurar esses galhos...

Agnes permaneceu onde estava, apanhou o casaco do rei do chão e sacudiu o mesmo retirando a areia e as folhas, e em seguida tentando dobrá-lo com cuidado. Caspian vendo o movimento de onde estava desviou o olhar do rei Pedro que falava, e pediu licença deixando-o falando sozinho. Pedro e Edmundo olharam Caspian se levantar e ir até Agnes. Depois continuaram conversando.

_Agnes? _ela se virou e o encarou. _Como está se sentindo?

_Melhor agora. _ela respirou fundo. _Queria ajudar a procurar mais galhos pra manter o fogo aceso, mas as rainhas acharam melhor que eu ficasse aqui. _ela estendeu o casaco entregando ao rei. _Isso é seu não é?

_Fique com ele, está frio aqui... _Caspian segurou a mão da amiga empurrando a roupa de volta.

_Eu vou ficar bem. Na verdade meu corpo ficou um pouco acostumado com o frio... _ela permaneceu séria.

_Eu queria falar sobre isso... _ele franziu a testa.

_Aslam não contou a voce por que eu aceitei o colar? _ela temeu que a resposta fosse positiva.

_Não, ele disse que só cabia a voce me contar ou não. _Caspian fitou-a nos olhos. _Pedi que ninguém mais fizesse perguntas, como Aslam ordenou. Mas... Eu preciso saber Agnes...

A telmarina respirou profundamente, e ficou satisfeita pela sabedoria do grande leão, e por sua bondade em dar somente a ela o direito de contar ou não seus motivos ao rei. Agnes olhou no fundo dos olhos negros do rei, depois se virou e andou até uma pedra grande, deixando o casaco de Caspian sobre a mesma. Ele por sua vez deu alguns passos e examinou a reação da moça, e esperou que ela lhe desse ao menos uma resposta.

_Eu só aceitei o colar, por que queria retomar minha vida. _Caspian franzia a testa sem conseguir entender exatamente o que ela queria lhe dizer. _Eu fui sua amiga, sua confidente, seu ombro, talvez seu braço esquerdo, completando o trabalho do meu pai. Eu servi a você todo esse tempo. _ela sorriu sem alegria. _Mas veja aonde eu vim parar... _ela se virou.

_Você acha que a culpa é minha? _ele se aproximou.

_Não entenda errado Caspian. Eu não estou te culpando pelos meus erros. Mas eu entendi... Que o meu maior erro não foi aceitar o presente da feiticeira... _ela se aproximou do rei. _Foi viver a sua vida, ao invés da minha. Aslam me mostrou isso...

_Pensei que você fosse feliz no castelo... _seus olhos pareciam tristes.

_Eu era... Mas entenda... _ela se aproximou mais ficando frente a frente com o rei. _Quando tudo isso acabar. Terá que se virar sem mim...

Agnes desviou de Caspian e passou por ele, que por sua vez franziu a testa e perguntou:

_O que vai fazer? _ele a olhou.

_Vou voltar para o vilarejo Caspian... Lá é onde eu deveria estar. _Agnes olhou no fundo dos olhos do rei, depois se virou e se afastou.

Caspian baixou os olhos na direção do solo, e ficou pensativo. A idéia de ter Agnes sempre por perto, lhe confortava. Mas agora ele vira com toda a sinceridade dos olhos dela, que a telmarina não estava mesmo mais disposta a servi-lo como antes. Talvez suas palavras duras, proferidas enquanto estava sob o poder do colar, não fossem apenas palavras ditas num momento de revolta. Isso lhe fez refletir sobre seu comportamento, e até mesmo sobre seus sentimentos quanto à telmarina. Caspian sabia que não queria ser privado da companhia de Agnes. O rei sentia-se muito próximo da amiga, e não queria perder tal relacionamento. Suzana e Lucia logo regressaram da mata, segurando alguns galhos. A rainha gentil fitou a face de Caspian notando sua expressão distante, enquanto ele erguia o rosto e a encarava, sem mover sequer um músculo do rosto. Lucia se afastou da irmã, passou pelo rei e andou até onde Agnes estava. A telmarina ajudou a rainha a separar os galhos secos e jogar alguns deles na fogueira. Suzana se aproximou de Caspian e perguntou:

_Ela te disse por que aceitou o colar? _ela disse bastante séria.

_Não. _ele mentiu. _E não importa mais...

_Ainda acha que pode confiar nela?

_Agnes cometeu um erro... _ele voltou os olhos em direção a fogueira e viu quando a telmarina sentou-se ao lado de Pedro. _Foi à única vez... _Caspian apertou os lábios um contra o outro depois baixou a cabeça e passou pela rainha.

Caspian sentiu que precisava ficar um pouco sozinho com seus pensamentos. Estava tentando entender o que aquela nova sensação em seu peito significava. Era como se estivesse com medo de alguma coisa que ele não podia explicar. Não estava preocupado com a feiticeira, pois confiava no plano de Aslam. Sabia que seus soldados seriam firmes e lutariam até o fim para ver Nárnia novamente livre de ameaças. Mas mesmo assim, uma sensação de vazio lhe enchia o peito, como se estivesse lhe faltando algo. Ele se afastou entrando na mata, passando entre as arvores. Suzana o seguiu com os olhos, notando que Caspian estava distante, depois se aproximou dos outros e viu os irmãos envolvidos em uma conversa amigável com a telmarina. Nenhum deles tocou no assunto, mesmo estando curiosos para saber. Mas todos ali sabiam que um dia cometeram seus próprios erros, e lembraram-se da bondade de Aslam ao dar a cada um uma segunda chance de se redimir.

Edmundo quando traiu os irmãos ficando ao lado de Jadi. Pedro quando perdeu parte dos soldados na batalha no castelo de Telmar, por uma decisão ruim. Lucia quando desejou ser outra pessoa que não ela mesma. Todos ali sabiam de suas falhas, e não estavam dispostos a atirar a primeira pedra diante do erro da telmarina. Exceto Suzana, que se sentia capaz de julgar a atitude de Agnes como algo punível. Mas percebendo que sua opinião não seria levada em consideração dessa vez, ela se sentou longe de todos, e ficou apenas observando-os. Ela apenas desejou voltar pra casa e ter sua vida de volta.


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