Um Outro Mundo De Sentimentos escrita por Hitman 15


Capítulo 26
Capítulo 26: O passado dos dois!-Parte cinco: O desejo de Ash!


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, depois de um tempo sem postar, aqui estou novamente para trazer um novo capítulo da minha fic, embora tenha dito que só postaria depois dos números de comentários subisse, entretanto mudei de ideia e resolvi não fazer mais isso, desde já espero que aproveitem o capítulo e claro, não deixem de comentar, boa leitura.



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Dois anos atrás depois de travar uma intensa batalha contra Lance pelo título Ash se consagra como novo campeão de kanto, entretanto essa vitória foi alcançada com a ajuda de uma misteriosa força, cuja origem ainda é desconhecida, o que deixa o nosso herói cada vez mais intrigado e ao mesmo tempo frustrado, já que até o momento achou que o mérito pela vitória não fosse seu, mas depois de uma conversa com May o treinador percebe que até o final da batalha era ele quem comandava Charizard, o que seria segundo a coordenadora um bom motivo para o amigo não duvidar de sua conquista, após isso os dois resolvem seguir juntos por mais um tempo, até a cidade de Terracotta, mas o que esperar dessa viagem? Para essa e outras respostas, continue lendo.

— Muito bem, saiam todos- gritou Ash liberando todos os seus Pokémons, atualmente o jovem ainda estava no Platô Índigo, mais precisamente no Centro Pokémon — Pessoal, gostaria de agradecer pelo esforço de vocês na liga dos campeões, graças a todos conseguimos conquistar o título de melhores de Kanto- nesse instante todos os companheiros do treinador gritaram em comemoração, ou melhor, quase todos, o tipo fogo que participou da última batalha tinha uma expressão seria — Charizard, sei muito bem o que você esta pensando, e acredite eu também fiquei chateado com aquilo, mas eu quero que você saiba que eu nunca mais vou deixar que aquilo volte a acontecer em uma batalha, da próxima vez vamos ganhar por nós mesmos, certo?- desculpava-se Ash que para sua surpresa recebeu um grunhido e um sorriso de Charizard, após isso todos os seus Pokémons jogaram-se em cima do treinador para comemorar.

Na recepção do Centro Pokémon:

— Estou de volta- cumprimentou May entrando no estabelecimento acompanhada de sua fiel Glaceom e com muitas sacolas em suas mãos.

— Ora bem vindas- disse a enfermeira Joy devolvendo o gesto com um sorriso.

— Enfermeira Joy, por acaso você sabe onde esta o Ash?

— Ah, ele esta no campo de treinamento- respondeu a enfermeira.

— O que? Ele já está treinando? Mas eu pensei que os Pokémons dele tivessem saído da ala de recuperação hoje- indagou à morena.

— Bem, no inicio ele até que queria fazer isso, mas eu me certifiquei de fazê-lo mudar de ideia dando a ele um longo discurso sobre “como cuidar da saúde de seus Pokémons”- explicou a enfermeira com um sorriso vitorioso no rosto.

— E-entendo, bem eu acho que irei lá ver o que eles estão fazendo- falou a coordenadora indo ao encontro do amigo.

No campo de treinamento:

— Ei Ash- chamou a morena chegando ao local.

— May, então conseguiu comprar as passagens?- perguntou o rapaz.

— Sim, bilhetes para hoje a tarde as 14:00- disse a garota mostrando os pedaços de papel — Mas e os seus Pokémons? Como estão?

— Como você pode ver estão todos bem melhores e prontos para outra, certo pessoal?- perguntou Ash recebendo como resposta estrondosos rugidos de animação.

— Como esperado dos seus Pokémons, mas lembrem-se sem exageros até estarem completamente curados- aconselhou a jovem.

— Quanto a isso você pode ficar despreocupada, já que hoje de manha recebemos uma longa e chata palestra sobre “como cuidar da saúde de seus Pokémons” da enfermeira Joy- disse Ash com uma expressão de cansaço misturado com medo.

— É eu fiquei sabendo, mas só assim para você parar de pensar em batalhas, não é?- brincou a morena.

— Você falando assim faz parecer que eu não penso em outra coisa- retrucou o amigo.

— Bem foi exatamente isso o que eu quis dizer.

— O que? Isso não é nem um pouco verdade.

— Ah é mesmo? Pois essa é imagem que eu tenho de você quando lembro da nossa jornada juntos- disse a jovem pegando o chapéu do treinador de sua cabeça e colocando na sua própria — “ Oi eu sou Ash Ketchum da cidade de Pallet, eu adoro batalhas e um dia eu serei o maior mestre Pokémon de todos os tempos, mas não antes de encher esse poço sem fundo que eu chamo de estomago”- terminou a coordenadora fazendo os Pokémons ali presentes rirem.

— Esse deveria ser eu?- indagou o amigo em tom irritado.

— Se o boné servir- riu a morena em deboche devolvendo o objeto para Ash.

— Bem então deixa eu te mostrar a imagem que eu tenho de você da nossa jornada- brincou o rapaz puxando um lenço de seu bolço e o amarrando em sua cabeça — “Oi eu sou a May, eu sou uma garota fresca que adora comer em restaurantes chiques, mas a minha verdadeira paixão é fazer compras, que pode ser facilmente confundida como uma obsessão por gastar”- terminou Ash tirando também boas risadas dos Pokémons.

— E essa deveria ser eu?- foi a vez da coordenadora perguntar.

— Se a bandana servir- falou Ash em tom irônico.

— Isso nem mesmo é uma bandana, e para a sua informação eu deixei de usar a minha já faz um bom tempo- retrucou a garota.

— Bem você entendeu a comparação.

—Comparação? Isso foi uma imitação completamente distorcida de mim.

— Serio? Acho que ficou idêntica a você, certo pessoal?- perguntou o treinador aos Pokémons ali presentes que assentiram em resposta, inclusive Glaceom — Viu? Todos concordaram.

— Eu não acredito que fui traída pelo meu próprio Pokémon- refletiu a jovem em tom tristonho.

— A única imitação distorcida aqui foi a sua- falou Ash.

— Eu não teria tanta certeza, então pessoal, não concordam que foi uma imitação perfeita?- foi a vez da coordenadora pedir a opinião dos Pokémons que novamente concordaram — Viu só?

— Tudo bem, tudo bem, porque não fazemos uma trégua?- propôs Ash oferecendo a mão para a amiga que a principio hesitou, mas logo em seguida aceitou a oferta e apertou a mão do treinador.

— Tudo bem, trégua- disse a morena.

— Que bom que concordou- comentou o rapaz.

— Brincadeira- discordou May com um sorriso malicioso empurrando Ash, mas para a surpresa da jovem o amigo na tentativa de se equilibrar puxa a morena consigo fazendo os dois irem ao chão, ou melhor, só Ash, pois a coordenadora caiu em cima do treinador.

— E-então você tentou me enganar?- indagou Ash com as bochechas enrubescidas.

— S-sim, foi mal, mas não podia deixar você sair daquela empune- respondeu a garota.

— Só você mesmo- disse o treinador com as bochechas ainda mais vermelhas.

— É... Essa sou eu- falou May que agora olha diretamente nos olhos do amigo, e em resposta o mesmo imita o gesto, agora estavam os dois levemente ruborizados, quem olhasse diria que estavam aproveitando a imagem um do outro, e como se pega pela gravidade May começava a baixar vagarosamente seu rosto, por outro lado, Ash sentia o seu mais leve, e por impulso começou a levantar a face, a centímetros de distancia um evento único estava prestes a ocorrer até que...

— May telefone para você é de- era a enfermeira Joy que acabara de falar pela janela, mas parou ao ver a situação em que os dois jovens se encontravam — Ah.... Desculpem i-interromper, eu digo ao seu pai que você esta ocupada.

— N-não é nada disso que você esta pensando- gritaram os dois em uníssimo.

Na recepção:

— Oi pai, como o senhor esta?- perguntou a morena ainda meio sem graça.

— Muito bem, e você? Fiquei surpreso ao saber que você e o Ash ainda estão no Platô Índigo- respondeu o líder de ginásio.

— B-bem, é que estávamos esperando os Pokémons do Ash se recuperarem, mas já estamos partindo hoje.

— Entendo, mas e o Ash? Ele já conseguiu se recuperar?

— Bem, porque o senhor não pergunta diretamente a ele- disse a jovem puxando Ash para perto de si.

— Olá Norman- cumprimentou o treinador.

— Ash! Há quanto tempo- disse o homem cumprimentando de volta.

— É não é? Mas respondendo a sua pergunta de antes, pode ficar tranquilo, pois eu já estou bem, graças a May eu entendi que mesmo que eu tenha usado de uma força desconhecida ainda era eu lá, por isso eu decidi seguir em frente- explicou Ash deixando May feliz e um pouco vermelha no processo.

— Fico feliz em saber isso, então deixe eu lhe dar os parabéns pela sua vitória, tenho certeza que será um grande campeão.

— Obrigado, mas eu só pude chegar até aqui com o apoio de todos os meus companheiros Pokémons e amigos que me acompanharam em minha jornada, amigos como você Norman.

— Quanta modéstia, mas mudando de assunto, o que vocês planejam fazer a partir de agora?- indagou Norman.

— Bem, daqui vamos para a cidade de Terracotta, e de lá nos separamos, onde eu pegarei um avião para Isshu e o Ash irá para Pallet.

— Isshu é? Mas lá não há torneios, May, eu pensei que você iria querer participar de torneios, por isso achei que seu próximo destino seria Sinnoh, por acaso desistiu da coordenação?- perguntou Norman.

— O-o que?- surpreendeu-se May — É claro que não, eu só... Quero dar um tempo deles... Só isso.

— De novo, foi como daquela vez- pensou Ash.

— May, se é sobre o que aconteceu aqui em Hoem- começou o pai.

— N-não é nada disso, é só que...

— May- disse Norman com uma expressão triste.

— Ei Norman, como está o Max?- perguntou Ash mudando de assunto.

— Ah?- surpreendeu-se o homem.

— S-sim, papai, porque não conta ao Ash sobre Max, eu preciso ir arrumar minhas coisas, então nos falamos depois pai- disse May tentando forçar o assunto, logo em seguida deixou o local apressadamente.

— Essa minha filha, porque ela tenta guardar toda essa tristeza só para si, será que ela não percebe que nos, sua família estamos aqui por ela?- falou Norman olhando sua filha sair — Ei Ash, você parece já ter entendido tudo, não é?

— Se você esta falando sobre o motivo da May estar triste, a resposta é sim, eu tenho uma ideia do por que dela esta assim, e é por isso que eu decidi ajuda-la- explicou o jovem com um olhar serio no rosto.

— Entendo, mas saiba que dessa vez você terá um pouco de trabalho, afinal May não quis se abrir com nenhum de nós.

— Quanto a isso você pode ficar despreocupado, pois eu já tenho um plano para fazer May se abrir, então peço que confie em mim- sorriu o rapaz.

—Tudo bem- riu Norman — Sendo assim eu lhe desejo sorte.

— Obrigado- agradeceu o treinador — Mas então Norman, será que você poderia me falar sobre o Max?

— Ah, sobre ele, bem ele saiu em sua jornada recentemente, no momento ele esta em Jotho, vai competir no campeonato regional de lá.

— Jotho? Mas se ele começou sua jornada em Hoem, porque ele decidiu ir para uma região diferente?- indagou Ash.

— Bem, ele disse que quer ter experiência primeiro antes de desafiar a liga de sua região natal, por isso resolveu ir para lá.

— Ideia interessante essa dele, tenho certeza de que ele irá se tornar um grande treinador.

— Eu também acho isso, espero ver vocês dois batalharem um dia na liga dos campeões.

— Esse é o meu desejo também, essa não- assustou-se o rapaz olhando para o relógio — Já é tarde assim? É melhor eu também ir arrumar minhas coisas.

— Então é melhor desligarmos, até a próxima Ash.

— Certo, até a próxima- despediram-se os dois encerrando a ligação.

Após isso, Ash se dirigiu ao seu quarto onde começou a se preparar para a longa viagem que iria enfrentar, quando terminou colocou sua jaqueta azul e olhou novamente para o relógio, em seguida correu para o saguão junto de Pikachu, onde encontrou May e Glaceom já prontas também, a morena havia mudado de roupas, agora usava uma saia branca, blusa vermelha, colete branco e nos pés usava sapatilhas pretas.

— Vejo que já esta pronta- disse Ash.

— É, dessa vez eu fui mais rápida- falou a coordenadora.

—O que é quase um milagre- brincou o treinador, como resposta a amiga mostrou a língua, logo em seguida ambos deixam o estabelecimento e seguiram em direção ao navio.

No porto, um enorme navio de cruzeiro estava prestes a partir, aguardando apenas que todos os passageiros e cargas fossem devidamente embarcados, a imagem que se tinha do local era de tumulto, pois mesmo depois de uma semana ainda havia muitos turistas deixando a cidade, o que deixou os dois jovens surpresos, já que nunca imaginaram que aquela gigantesca embarcação os levaria ao seu destino.

— Ei May, que tipo de bilhetes você comprou? Achei que íamos em um barco menor- perguntou Ash.

— Bem, eu comprei bilhetes comuns, mas eu também achei que era outro tipo de barco- respondeu à morena.

— Me deixe ver as passagens- pediu o rapaz.

— Certo, aqui estão- disse a amiga entregando os bilhetes.

— Com licença- chamou o treinador um dos marinheiros.

— Sim? Em que posso ajudar?- perguntou o homem.

— Esse por acaso é o S.S Unicorn?- foi à vez de Ash perguntar.

— Sim, é esse mesmo- respondeu o marinheiro.

— Serio? Mas eu pensei que as embarcações que partiam daqui fossem menores, e esse barco é um navio de cruzeiro- falou a coordenadora.

— Bem, acontece que como a cidade só abre ao púbico nas competições as viagens para cá são limitadas, e sendo essa a última pelos próximos vinte dias o índice de procura por passagens aumentou a um nível muito alto que não tivemos outra escolha a não ser fazer uma última grande viagem com o restante dos turistas nesse navio de cruzeiro- explicou o homem.

— Entendo- disseram os dois em uníssimo.

— Bem, já que é assim vamos aproveitar- alegrou-se a coordenadora.

— Sim, vamos lá- concluiu o treinador, depois disso os dois entraram na fila de embarque.

— Ei Ash, você não acha que tivemos sorte? Afinal essa será a última viagem pelos próximos vinte dias, e mais, será num luxuoso cruzeiro- falou May muito entusiasmada.

— Com certeza, aposto que lá dentro tem muitas coisas divertidas para se fazer, e mal posso esperar para provar as comidas que eles servirão- sonhava o rapaz com agua na boca.

— Sim, sim, eu também estou muito empolgada com isso- disse a morena, e assim alguns minutos já se passavam, a fila para o embarque estava um pouco extensa, mas ainda sim nossos heróis não desanimavam, pois sabiam que a espera iria valer muito a pena, tudo parecia estar muito tranquilo até que ambos ouviram um grito vindo da parte superior do navio.

— O que foi isso?- perguntou Ash olhando para cima.

— Meu Eevee- gritou um garoto que aparentava ter entre oito e nove anos apontando para o Pokémon em cima de um caixote que estava sendo carregado na embarcação.

— Essa não desse jeito o Eevee pode se ferir, Ash precisamos fa- tentou falar a coordenadora, mas antes que percebesse o amigo não estava mais ali, e sim tentando subir as escadas passando pela multidão que se formava — O que? Quando foi que ele chegou ali?- ao chegar ao local onde o caixote se alinhava a sua frente o jovem pula sem pensar duas vezes ficando pendurado no processo — Ash!- gritou a amiga em preocupação.

— Eu não posso ficar aqui parado, o Eevee com certeza deve estar muito assustado- pensava o treinador que determinado começa a escalar o caixote conseguindo assim chegar ao topo onde encontrou o Pokémon evolução acanhado e com medo — Certo, Eevee, eu estou aqui para ajudar não precisa ter medo- vendo Ash em sua frente Eevee fica mais tranquilo e começa a caminhar em direção ao treinador, entretanto um forte vento sopra fazendo com que o caixote balançasse e consequentemente deixando Eevee sem equilíbrio o que o fez escorregar e caísse de cima do objeto — Eevee!- gritou o jovem pulando por impulso para agarrar o tipo normal em pleno ar, entretanto isso não mudava o fato de que ambos ainda caiam em alta velocidade, quando pareceu que os dois iam se chocar com o chão um vulto vermelho os salva, era nada mais nada menos que o Blaziken de May — Blaziken.

— Ash, vocês estão bem?- perguntou a morena chegando indo ao encontro do amigo.

— Sim, obrigado pela ajuda- agradeceu o treinador.

— Eevee- gritava o garoto descendo as escadas.

— Você é o dono do Eevee?- indagou Ash.

— Sim, eu me distrai por alguns segundos e quando percebi Eevee já estava lá em cima- explicou o menino abraçando o Pokémon evolução — Não me assuste mais desse jeito.

— Que bom que deu tudo certo- riu May.

— Mike, Mike- chamava um homem de meia idade.

— Papai?- falou o garoto.

— O que aconteceu?- perguntou o homem.

— Papai, o Eevee ficou preso em cima daquele contêiner e essas pessoas o ajudaram- contou o menino.

— Ora, serio? Nesse caso obrigado por salvarem o Pokémon do meu filho- agradeceu o homem — Vamos Mike, você também.

— Sim, obrigado, se não fosse por vocês meu amigo poderia ter se machucado- disse o jovem agradecendo também.

— Meu nome é Carlos, e esse é meu filho Mike.

— Prazer, eu sou Ash e esse é o meu parceiro Pikachu.

— Prazer, meu nome é May e esses são Blaziken e Glaceom.

— Oh! Vocês por acaso são o campeão e aquela Top coordenadora?- perguntou Carlos.

— B-bem, sim somos nós- responderam os dois em uníssimo.

— Ah! Que legal- falou Mike — Eu sou um grande fã seu Ash.

— Fico feliz em ouvir isso- encabulou-se o treinador.

— Estávamos assistindo sua batalha contra Lance naquele dia no estádio, e devo dizer que foram movimentos incríveis aqueles seus- elogiou Carlos.

— Obrigado.

— E você May, também tenho uma filha que é uma grande fã de torneios, aposto que ela iria adorar te conhecer, já sei, em agradecimento por ajudarem o meu filho e seu Eevee porque vocês não vêm jantar conosco essa noite no restaurante do navio?- convidou o homem.

— Por mim tudo bem, e você May?

— Claro, porque não?- brincou a jovem.

— Certo, então até mais tarde- despediu-se Carlos indo embora com seu filho.

Depois disso os dois conseguiram finalmente embarcar no navio, e como por fora, este era também muito grande e espaçoso por dentro, vários tipos de recreação com jogos, aula de dança, academia, lojas, piscina e até mesmo um espaço com três campos de batalha.

— Uau, que demais- admirava Ash.

— Verdade, mal posso acreditar que estamos mesmo em um navio de cruzeiro- concordava May.

— Então, quais são as nossas cabines?- perguntou o rapaz.

— Deixa eu ver- disse a morena pegando os bilhetes — Aqui, cabines 133 e 134.

— Então são aquelas ali – apontou o treinador para duas portas que ficavam de frente uma para outra, ao entrarem os dois concordaram que mesmo que não fossem espaçosas, as cabines eram bastante confortáveis.

— Que cama confortável- gritou em animação à coordenadora se jogando no colchão.

— Bem, acho vou dar um passeio pelo navio, você quer vir comigo?- perguntou Ash.

— Não, estou um pouco cansada, acho que vou tomar um banho e depois tirar um cochilo- respondeu a jovem.

— Certo, então até mais- falou o jovem fechando a porta, e como May disse, a mesma fez seu caminho em direção ao banheiro para se preparar para o seu merecido descanso o qual durou pelo restante da tarde e que se não fosse por sua fiel companheira Glaceom o “cochilo” teria ido até o dia seguinte.

— Glaceom? O que foi?- indagava a garota ainda sonolenta — Ah é mesmo, daqui a pouco temos que ir para o jantar que nos convidaram, é melhor eu ir me preparar- e pela segunda vez no dia May se dirigiu ao banheiro da cabine, só que dessa vez para se preparar para o compromisso de logo mais, uma hora depois a morena saiu vestindo um vestido branco com alças pretas e bordados na mesma cor, no cabelo apenas um prendedor em formato de laço, na cor rosa, em seguida calçou um sapato de salto alto preto— Então Glaceom, como estou?

— Gla- rosnou o companheiro com um sorriso de aprovação.

— Bem, obrigada- agradeceu à morena, em seguida as duas seguiram até a porta da cabine de Ash para chama-lo, entretanto depois de inúmeras batidas sem respostas May estranhou — Estranho, será que ele ainda não voltou? Acho melhor irmos procura-lo- E assim foram as duas em busca do amigo, procuraram em quase todos os lugares, restaurante, piscina, salão de jogos, mas nem sinal do treinador, foi quando ouviram varias pessoas em frente de uma porta amontoadas gritando, ou melhor, torcendo — N-não pode ser, será?- perguntou a jovem a sua Pokémon que apenas fez uma cara de surpresa — Com licença, mas o que está acontecendo aí?

— Ah, é que varias pessoas estão desafiando o novo campeão Ash Ketchum, mas até agora ninguém conseguiu derrota-lo- respondeu um dos espectadores.

— Por que isso não me surpreende?- pensou May que rapidamente entrou no local para tentar falar com Ash, quando chegou perto notou que o mesmo usava Pikachu para batalhar contra um treinador que usava um Fearow.

— Fearow use BICO BROCA– em um furioso ataque o tipo voador lança uma sequencia de golpes contra Pikachu que habilmente se esquivava.

— Pikachu pule e use CALDA DE FERRO– e como ordenado o tipo elétrico salta e acerta um forte golpe com sua calda em Fearow — Certo, finalize com CHOQUE DO TROVÃO.

— Ah Fearow- disse o treinador que corria até seu Pokémon caído.

— Certo quem é o próximo?- vangloriava-se Ash que ainda tinha muitos desafiantes a sua espera.

— O próximo é o Carlos-san e sua família que estão nos esperando para o jantar- respondeu May saindo do meio da multidão.

— Eh, May?- surpreendeu-se o treinador, depois de explicar a situação para o restante dos desafiantes que ficaram muito chateados por não terem a chance de enfrentar o novo campeão, os dois jovens deixaram o local.

— Francamente, como pôde ter ficado batalhando em quanto já deveria estar pronto para o jantar?- reprendia a morena.

— Não tive escolha, a principio era para ser só uma batalha casual com alguns treinadores, mas quando eu percebi uma fila já havia se formado- defendia-se Ash — Aproposito, onde será mesmo o jantar?

— No restaurante do navio- respondeu à coordenadora.

— Então vamos logo, nada como uma batalha para abrir o apetite, certo Pikachu?- perguntou o rapaz a seu inseparável companheiro que estava agora caminhando ao lado de Glaceom.

— Pika- concordou o pequeno rato amarelo.

— Bem é bom saber que estão ambos com fome, mas antes disso é melhor você passar em sua cabine e trocar sua roupa por uma mais formal.

— O que? Porque eu não posso ir com essa que eu estou agora?

— E você ainda pergunta? Esse é um jantar em que nos somos os convidados, por isso devemos mostrar mais respeito, então vá logo vestir algo mais adequado- explicou May.

— Ah, então é por isso que você esta vestida assim?

— Só agora você notou? Quanta indelicadeza.

— Foi mal, foi mal- desculpava-se o treinador — Mas saiba que eu não tenho nada assim para usar.

— O que? Isso é serio?- surpreendeu-se a morena.

— Bem, é que eu só levo o essencial nas minhas jornadas.

— Acho que não temos escolha, vem vamos ver se encontramos alguma coisa nas lojas do navio- disse a coordenadora puxando o amigo pela mão.

— C-certo- respondeu Ash com o rosto ruborizado pela situação, e assim foram ambos acompanhados por seus Pokémons até uma loja que ainda estava aberta, lá a garota fez o treinador experimentar algumas roupas, mas até o momento nada ainda a agradava.

— Temos que nos apresar, ou então passaremos vergonha- disse May fora do provador.

— Não se preocupe May, tudo vai dar certo- falou Ash saindo da cabine vestindo uma calça preta e uma camisa branca de mangas compridas.

— Tenho que dizer Ash essa sua personalidade positiva às vezes me irrita.

— Serio?- surpreendeu-se o rapaz se recostando na parede.

— Sim- respondeu a jovem com um sorriso também se recostando — Mas eu também a invejo- nesse instante o sorriso foi aos poucos transformando-se em um olhar de tristeza, o que novamente chamou a atenção do treinador.

— Ei May, por acaso-

— Com licença, aqui esta o paletó que a senhorita pediu- interrompeu a vendedora entregando a peça de roupa à May.

— Ah, sim obrigada, vamos Ash, experimente- e como pedido o amigo a vestiu — Perfeito, era exatamente isso que faltava.

— Sim, sua namorada esta certa, ficou muito bem em você- comentou a vendedora fazendo ambos corarem.

— Nós não somos namorados- gritaram os dois em uníssimo.

— Mesmo? Desculpem por isso, é que vocês estavam se dando tão bem que eu achei que fossem- explicou a moça.

— B-bem, seja como for eu vou levar essas, onde posso pagar?- indagou Ash ainda enrubescido.

— Claro, por favor, me siga até o caixa.

— Em quanto isso, eu lhe esperarei lá fora- falou a morena deixando o estabelecimento.

— Certo- concordou o treinador.

— Mas o que esta acontecendo? Por que meu coração esta acelerado?- pensava May corada levando as mãos ao peito.

— Ei May- chamou Ash o que fez a jovem se assustar.

— Ah! É você Ash, então, vamos?- disfarçava a coordenadora indo na frente.

— C-certo, ei me espera- chamou o treinador, depois disso ambos conseguiram chegar a tempo no restaurante do navio que na verdade era um enorme salão com varias mesas, a decoração do local era muito luxuosa onde se via desde estatuas de bronze até grandes lustres enfeitando o local, contava até mesmo com uma pista de dança, com direito a musica ao vivo fornecida por uma banda de instrumentos clássicos, após ficarem perplexos com tamanha beleza o garçom os guiou até a mesa onde estavam Carlos e sua família.

— Ora, finalmente chegaram- cumprimentou o homem.

— Desculpe o atraso Carlos-san, aconteceram muitas coisas- explicou Ash.

— Tudo bem, não se preocupem com isso, deixem-me apresenta-los a minha família, essa é a minha esposa Lucia- apontou para uma mulher de meia idade com cabelos loiros vestindo um vestido azul com alças.

— Prazer, eu me chamo Lucia- cumprimentou a mulher.

— E esses são meus filhos, Mike que vocês já conhecem, e essa é a mais nova, seu nome é Erika- apresentou os dois filhos, a menina tinha cabelos loiros iguais os da mãe e usava um vestido rosa cheio de babados, ela olhava para os dois treinadores com olhos cheios de admiração, em especial para May.

— Oh! É você mesmo- disse a garota — Não posso acreditar que estou mesmo conhecendo a top coordenadora May Maple, é um prazer conhece-la.

— O prazer é todo meu, então, seu pai me disse que você gosta de torneios, certo?- perguntou à coordenadora.

— S-sim, eu os adoro- respondeu nervosa.

— Bem, porque não continuamos essa conversa enquanto jantamos?- sugeriu Carlos.

— Concordo- falou Ash que já estava faminto, à medida que o jantar seguia todos conversaram animadamente, principalmente as duas crianças que queriam saber os segredos de como ser um treinador e uma coordenadora.

— Mas então, o que vocês dois pretendem fazer agora?- indagou Lucia que atualmente estava sozinha com May já que Ash e Carlos tinham ido à mesa de sobremesas junto das crianças.

— Depois de chegarmos a Terracotta nós iremos nos separar, eu vou pegar um avião para Isshu, e Ash irá para sua cidade natal, Pallet- contou a morena.

— Ora, deve ser difícil para vocês, não é?- perguntou novamente a mulher.

— Por que diz isso?- foi à vez de May perguntar.

— Bem, digo ficar longe da pessoa que amamos- nesse instante a coordenadora ficou tão vermelha que poderia ser facilmente confundida com um tomate.

— N-n-não é isso L-Lucia-san, eu e e-ele não temos esse tipo de r-relação.

— Serio? Então as noticias sobre o envolvimento de vocês eram exageradas?

— S-sim, você sabe como são esses noticiários, sempre inventando estórias mirabolantes- ria May tentando disfarçar a vergonha, em seguida a jovem sentiu uma pequena mão tocar seu ombro o que a fez virar para encontrar as duas crianças que acabavam de voltar — Mike-kun, Erika-chan o que foi?

— Sabe o que é May onee-chan, é que meu irmão quer dançar com você, mas não tem coragem de pedir pessoalmente, por isso pediu pra mim fazer isso por ele- explicou a mais nova apontando para o irmão atrás dela que estava com a cabeça abaixada e muito envergonhado o que fez a coordenadora rir.

— Isso é verdade Mike-kun?- indagou a morena que obteve como resposta apenas um gesto de “sim” com a cabeça — Certo, vamos dançar então, e assim foram os dois para a pista de dança do restaurante, May segurava em suas mãos enquanto se curvava um pouco devido a estatura baixa de Mike.

— Mas então Ash, você poderia me dizer o que foi aquela energia estranha que seu Charizard liberou naquele momento?- perguntou Carlos, ambos ainda estavam na mesa de sobremesas.

— Ah, aquilo? Bem... Digamos apenas que era uma técnica oculta que Charizard e eu treinamos para momentos com aquele- disse Ash inventando uma desculpa.

— Técnica oculta é? Bem, então tá, espera, aqueles não são May e Mike dançando?- falou Carlos apontando para a pista de dança, ambos dançavam uma musica animada e estavam aparentemente se divertindo muito.

— Tem razão, parece ser eles mesmos- concordou Ash.

— Ciúmes?- indagou Erika aparecendo do nada.

— Erika-chan- assustou-se o treinador com a súbita aparição da garota.

— Então? Ficou com ciúmes?

— Eh? D-do que está falando?-envergonhou-se o rapaz corando.

— Acho que está, afinal é a sua namorada lá- explicou a menina com um sorriso torto.

— Como se eu estivesse, veja Erika-chan, May é só minha amiga, não temos um envolvimento como o que esta imaginando.

— Mesmo? Que chato, e eu achando que vocês formavam um casal legal.

— Erika, acho que você já se meteu demais, mas Ash, eu também achei que vocês dois eram namorados.

— O que? N-não, só aconteceu de nós nos encontrarmos por coincidência lá no Platô Índigo.

— Entendo, mas se eu fosse você não desperdiçaria uma jovem tão bonita, porque não investe nisso?- brincou o homem.

— Eu não acho que possa fazer isso- respondeu o rapaz com o olhar pensativo.

— Nesse caso por que você não dança comigo?- disse Erika puxando o treinador para pista de dança.

— Ei, eu não sei dançar.

— Tudo bem, não é uma musica difícil- e assim foram os dois também para a pista de dança, como esperado Ash não sabia por onde começar, vendo isso à pequena Erika segurou suas mãos e dançaram lentamente, quando viu que o jovem estava se acostumando ela aumentou o ritmo e finalmente aquilo poderia ser chamado de dança.

— Vejo que resolveu se juntar a festa- disse May dançando com Mike ao lado dos dois.

— Não tive muita escolha- respondeu o treinador sem graça.

Na mesa:

— Voltei- falou Carlos chegando onde sua esposa estava.

— Ora, bem vindo de volta, então, vejo que Ash também foi puxado para a diversão de nossos filhos.

— Sim, mas pelo que parece Erika não quer apenas dançar com ele.

— É verdade, mas o que ela está tramando?- perguntava-se a mãe.

A banda desde que a festa começara apenas tocava musicas animadas para incentivar o público a se divertir, porém a medida que casais iam tomando a pista de dança os músicos resolveram mudar o ritmo.

— Essa é uma musica lenta- disse May parando para apreciar o ritmo.

— É o que parece- respondeu Ash também parando.

— Nesse caso essa é a oportunidade perfeita para eu finalmente dançar coladinho com a May onee-chan- falou Mike tentando continuar com a dança, mas para a sua surpresa o mesmo foi puxado pelo colarinho por sua irmã.

— Mike você pode vir comigo pegar uma bebida? Essa dança me deixou exausta, em quanto isso porque vocês dois não dançam um com o outro?- sugeriu Erika arrastando o irmão para longe dali.

— Parece que ficamos a sós- comentou a coordenadora um pouco vermelha.

— É o que parece- respondeu Ash também enrubescido.

— E-então, já que estamos a-aqui, porque não aceitamos o conselho da Erika-chan e dançamos os d-dois?- disse May estendendo a mão ao amigo.

— C-claro, afinal uma dança não irá matar- aceitou Ash segurando a mão da morena — Mas já vou dizendo, eu sou um péssimo dançarino.

— Não tem problema, afinal é uma musica lenta, aqui, coloque sua mão direita no meu quadril e me dê sua mão esquerda- não puderam resistir, ambos coraram muito com a proximidade, mas mesmo assim iniciaram a dança despreocupadamente, pessoas, tempo e até mesmo o mundo não importavam para eles naquele momento, os minutos passavam enquanto olhavam nos olhos um do outro, era como se fosse uma disputa de quem desviava o olhar primeiro, disputa essa que nem um dos dois queria perder, hipnotizados com a canção que estavam dançando, concentrados e calados, era assim que os dois estavam até o momento, entretanto Ash resolveu quebrar o silencio.

— Ei May, será que eu posso pedir que realizasse o meu desejo agora?

— O que?- perguntou a morena surpresa.

— Vamos você sabe, aquela nossa promessa que fizemos- relembrou o treinador.

— Ah! Achei que você estivesse esquecido- disse a menina em tom tristonho.

— Você esta brincando? Acho que foi por ela que eu consegui ganhar- brincava o treinador tirando algumas risadas da amiga.

— Entendo, tudo bem, vamos ouvir o seu pedido.

— Na verdade ele é bem simples, o que eu quero é que você apenas me responda uma pergunta sinceramente.

— Nesse caso tudo bem, qual é a sua duvida?

— Eu quero saber o motivo da sua tristeza?- indagou Ash com uma expressão seria.

— O-o que? M-mas que conversa é essa Ash? E-eu não estou triste, viu afinal estamos tendo uma noite bem divertida- explicava a coordenadora um pouco nervosa.

— May, por favor, para de mentir, desde que nos reencontramos eu notei que você esta tentando esconder alguma coisa, de uma hora para outra você fica estranha e de repente tenta mudar de assunto quando falamos de torneios, o que afinal esta acontecendo com você?- perguntou novamente Ash, só que dessa vez em um tom mais preocupado.

— Por quê?- disse a morena abaixando a cabeça lentamente — Por que você esta insistindo nisso? Não vê que eu estou sofrendo com esse assunto?

— É exatamente por isso que quero saber, quero ajuda-la- respondeu Ash levantando um pouco a voz.

— Isso não tem nada a ver com você.

— É claro que tem- gritou Ash, o que assustou May e as demais pessoas no local — May, se um amigo meu está sofrendo por alguma coisa é claro que tem haver comigo, eu sou seu amigo e por mais que já tenha se passado alguns anos nós também fomos companheiros de jornada, se tem alguma coisa que te preocupa, que te aflige, eu quero saber, eu quero ajudar, por que você pra mim é uma pessoa importante.

— Ash- sussurrou a morena que não aguentou, chorando ali mesmo no ombro do treinador — Você realmente... Quer... Saber?

— Sim, por favor, me conte- pediu novamente o treinador, em seguida ambos deixaram o local, para que não fossem interrompidos, resolveram ir para a área aberta do restaurante que ficava fora do mesmo, não levaram nem mesmo seus Pokémons para terem maior privacidade.

— Como você deve saber... Ano passado eu consegui ganhar o meu primeiro grande festival aqui em Kanto o que me deu a licença de treinadora classe-A.

— Sim, eu já sei, mas o que isso tem haver?

— Bem acontece que depois de eu ter conseguido esse feito eu achei que... Pelo menos que fosse um pouco... Que havia crescido como coordenadora, por isso eu resolvi que iria novamente para Hoem, afinal eu tenho uma estória lá, e eu realmente queria sair vitoriosa naquele grande festival, então participei no desse ano que terminou apenas algumas semanas, “consegui juntar as minhas cinco fitas com mais facilidade e finalmente é a hora de obter mais um título”, foi o que eu pensei naquele momento... Como eu fui ingênua, as primeiras rodadas não foram tão difíceis, mas... Quando eu cheguei à semifinal eu percebi que ainda faltava muito para mim- contava May com lagrimas em seus olhos.

— O que? O que aconteceu?- perguntou Ash segurando os ombros da amiga.

— Na semifinal... A minha oponente foi a Soledad... A facilidade com que ela me derrotou... Foi incrível, não tive como responder aqueles movimentos, eles eram tão... Impecáveis e sincronizados, não tive nenhuma chance... Foi uma derrota completa, o meu desempenho foi pior do que da ultima vez que a enfrentei.

— Então está me dizendo que novamente a Soledad te derrotou e conquistou o título de Top Coordenadora?

— Não, quem conquistou o título desse ano foi o... Drew, ele derrotou a Soledad na final- respondeu May.

— Drew? Então foi ele que venceu?

— Sim, e dessa vez ele estava em um nível totalmente diferente, com uma força e habilidade incríveis, jamais presenciei tamanha eficácia e beleza... Até mesmo Soledad não conseguiu acompanhar os seus movimentos... E quando tudo terminou, eu fui cumprimenta-lo e lhe dar os parabéns pela sua vitória... Sabe o que ele me disse naquela hora?

— O que?- indagou o rapaz.

— Ele disse “Vejo que você não melhorou em nada o seu desempenho, na verdade não evoluiu nem um pouco, acho que eu me enganei no passado ao ter expectativas em você”- contou May — Sabe o quão pesadas foram aquelas palavras para mim? Me senti uma inútil, pois percebi que todos os meus rivais tinham crescido tanto, e em comparação a eles eu só regredi, acho que no final eu sou só uma perdedora que teve sorte em ganhar aquela taça da fita ano passado.

— Não fala isso- gritou Ash o que deixou May surpresa — Você não é uma perdedora, muito diferente disso, na verdade você é uma vencedora.

— Como pode dizer isso com tanta certeza?

— Por que eu viajei com você por um bom tempo, e só eu sei o quão duro você dava para melhorar nas suas performances, e dai que a Soledad ou o Drew foram melhores dessa vez? Isso só mostra que eles têm um pouco mais de experiência que você em torneios... Mas só um pouco- brincou Ash no final tirando um sorriso de May que agora parava de chorar— May, dentro de você existe um enorme potencial, você só precisa desperta-lo, mas para isso deve parar de duvidar da sua própria capacidade.

— Ash... Você acredita mesmo nisso?... Em mim?- perguntou a jovem entre soluços.

— Sim eu acredito, e não só eu, mas também o Brock, Max, seus pais e o resto dos seus amigos, todos nós temos fé em você e sempre estaremos aqui por você, por isso não fique mais pensando que é uma inútil- explicou Ash com um sorriso o que fez May se sentir bem melhor.

— Você está certo, eu não posso me entregar, eu devo continuar dando o meu melhor- disse a morena enxugando o restante das lagrimas de seu rosto.

— É assim que se fala, agora esta parecendo a May que eu conheço- brincou Ash tirando novamente um sorriso da amiga.

— Bem, que tal voltarmos para dentro? Acho que Carlos-san e sua família devem estar preocupados- disse a coordenadora.

— Sim, vamos- ao voltarem para dentro os dois jovens encontraram Carlos e sua família, depois disso ficaram mais algum tempo no local e em seguida se despediram dos novos amigos.

— B-bem, acho que esse é o meu quarto- falou May na frente de sua cabine ainda sem jeito pelo episodio de mais cedo.

— S-sim, acho que nos vemos amanhã então- disse Ash abrindo a porta da cabine, mas quando ia entrar o jovem sente sua camisa ser puxada e olha para trás para encontrar sua amiga com a cabeça abaixada, entretanto ainda deu para notar um rubor em suas bochechas- O que foi May? Está se sentindo bem, está ver- mas sem dar tempo para Ash terminar sua frase a morena aplica-lhe um beijo em sua bochecha esquerda, o que claro, deixou o treinador sem palavras, e muito, muito vermelho.

— Isso é um agradecimento por hoje mais cedo, boa noite Ash- despediu-se a garota entrando na cabine rapidamente, acompanhada de seu Glaceom.

— O-o que foi isso?- indagou o treinador com a mão no local que fora beijado.

— O-o que foi que eu fiz?- perguntava-se a morena encostada em sua porta — Por que eu o beijei? Ah, e porque meu coração não para de bater?- envergonhava-se ainda mais.

Depois daquele dia conturbado ambos os jovens cansados deitaram em suas camas olhando para o teto recapitulando os acontecimentos, nenhum dos dois poderia sequer imaginar que a noite acabaria dessa maneira, sentimentos confusos palpitavam em seus corações naquele momento, não conseguiam tirar o gesto de afeto de suas mentes, o que certamente foi um poderoso combustível para mantê-los acordados por um bom tempo, e mesmo após dormirem, o famigerado beijo os perseguia em seus sonhos, não que isso fosse tão ruim, na opinião deles. Ao acordar May olhou para o despertador e surpreendeu-se com o horário o que a fez saltar de sua cama e se dirigir ao banheiro.

— Não acredito que seja tão tarde- disse a coordenadora olhando para o seu reflexo no espelho do banheiro o qual utilizava para arrumar o seu cabelo — Tudo isso porque eu demorei a dormir pensando naquilo- relembrava a jovem “e dai que a Soledad ou o Drew foram melhores dessa vez? May, dentro de você existe um enorme potencial, você só precisa desperta-lo, e para isso deve parar de duvidar da sua própria capacidade.” As palavras de Ash ainda tomavam os seus pensamentos o que deixou a morena ruborizada — Não é hora para ficar pensando nisso- depois, terminou de se arrumar e saiu de sua cabine acompanhada de Glaceom, e por pura coincidência encontrou Ash saindo de sua própria no mesmo instante.

— M-May?- surpreendeu-se o treinador um pouco vermelho, aparentando estar bastante cansado.

— A-Ash?- falou a garota também ruborizada, era demais para ambos, não conseguiam nem mesmo encarar um ao outro naquele momento, até que tiveram coragem e levantaram a cabeça no mesmo instante para seus olhares finalmente se encontrarem, embora ainda muito vermelhos, até que a coordenadora finalmente quebra o silencio — Nossa Ash, o que são essas olheiras?

— Eh? Ah, b-bem, é que fiquei a noite toda acordado pensando em algumas novas estratégias de batalha, por isso acabei indo dormir tarde- tentava disfarçar Ash — E você? Acordou agora também?

— S-sim, eu também fui dormir tarde ontem pensando em alguns movimentos que eu poderia usar.

— Avisamos ao senhores passageiros que já possível ver a cidade de Terracotta, e dentro de instantes atracaremos no porto- avisava o comandante pelo sistema de som.

— Parece que chegaremos em breve ao nosso destino- disse Ash.

— É o que parece, isso quer dizer que em breve iremos nos separar- concluiu a jovem em tom tristonho.

— É verdade- respondeu o amigo no mesmo tom, até que teve uma ideia — Ei May, o que você acha de antes de nos separarmos irmos dar um passeio pela cidade?

— Essa é uma ótima ideia- animava-se a coordenadora com um sorriso.

Dias atuais (presente):

— E daquele dia em diante eu comecei a ver May com outros olhos, não mais como uma simples amiga com a qual eu tinha viajado no passado, mas sim uma garota que fez o meu coração vacilar pela primeira vez- explicava Ash digitando.

— Eh! Então foi assim que aconteceu? Até que foi uma estória bem romântica- brincava Dawn já não conseguindo aguentar de tanto sono.

— Que bom que ela lhe agradou- riu Ash parando de digitar — Certo, e assim como a minha estória esse relatório está terminado.

— Não é que você consegue quando quer- respondeu a jovem não conseguindo mais manter a consciência, o que a fez dormir no ombro do amigo, e não era para menos, o dia já estava amanhecendo, o relato sobre o passado dos dois tinha durado a noite toda.

— E você, seja no passado ou no presente, continua sendo uma chata-disse o treinador com um olhar de carinho, em seguida o mesmo levanta a coordenadora de cabelos azuis em seus braços com cuidado para não acorda-la e a deita em sua cama — A verdade foi que aconteceu mais uma coisa importante nessa estória de dois anos atrás, mas infelizmente eu não posso te contar, caso contrario isso poderá te fazer ter outros sonhos estranhos, e eu não quero mais que você tenha esse tipo de experiência, minha querida irmãzinha- explicou Ash com uma expressão de tristeza em seu rosto.

Muito longe dali, em um pequeno centro Pokémon, uma coordenadora também estava acordada pensando sobre a estória de dois anos atrás, mas diferente de Dawn que ficou feliz em saber sobre o passado, essa coordenadora lembrava-se da experiência por outro motivo.

— Ash... Eu preciso ficar mais forte... Caso contrario, tudo será como há dois anos- lembrava a morena deitada em sua cama.

Dois anos atrás (passado):

Assim que o navio atracou alguns passageiros desembarcaram, dentre os quais estavam os nossos heróis, e como combinado mais cedo os dois foram dar um passeio pela cidade aproveitando o tempo que lhes restava, mas como tudo que é bom dura pouco o dia já estava se encerrando e com ele o passeio, resolveram dar um tempo em um café que ficava no centro da cidade até o horário da partida do avião de May.

— Ah, foi um ótimo passeio- falou a morena tomando um pouco do seu milk-shake.

— É, e poderia ter sido melhor se você não parasse em toda loja que via- reclamou o rapaz.

— Eu não pude evitar, afinal tinha tanta coisa bonita à venda.

— Sei, sei, então, já sabe qual o horário do seu voo?

— Sim, será hoje as 18:00 horas- respondeu a morena — E você? Quando vai pegar a estrada para Pallet?

— Amanhã de manhã, acho que vou passar a noite no centro Pokémon.

— Então Ash, ainda não decidiu mesmo sobre o seu próximo destino?- perguntou May com um olhar triste.

— Não, mas recentemente comecei a querer desafiar a liga dos campeões de Jotho, soube que um velho amigo está lá- falou Ash olhando para o horizonte.

— Entendo, vamos para locais bem diferentes a partir de agora.

— Sim, você para Isshu e eu para Jotho, regiões bem distantes- disse o treinador um pouco triste.

— Ei, mas vê se dessa vez você mantem contato, afinal não quero ficar sabendo por outras pessoas sobre as suas conquistas- repreendia a morena.

— Entendido, entendido, não vou mais manter segredos sobre as minhas batalhas, mas em compensação quero que você volte a competir nos torneios, ou melhor, quero que ganhe mais um grande festival, vamos dar o nosso melhor a partir de agora- propôs o treinador levantando a mão para a amiga.

— Certo, pode aguardar, porque eu vou passar a sua frente nos títulos quando ganhar a minha segunda taça de fita- animou-se a coordenadora apertando a mão de Ash.

— É assim que se fala- brincou Ash pegando sua taça de milk-shake para tomar um pouco do conteúdo, infelizmente a mesma já estava vazia — Essa não, o meu acabou, acho que terei de pegar outro.

— Deixa que eu pego, afinal estava com vontade de tomar outro também.

— Serio? Obrigado- e assim foi à morena para o balcão de pedidos para pegar novas sobremesas, entretanto demorou a voltar em razão da fila estar um pouco grande, ao chegar à mesa onde estavam sentados notou que Ash estava escrevendo alguma coisa em um caderno, curiosa a coordenadora esgueirou-se por trás do amigo para tentar ver do que se tratava.

— O que é isso?- perguntou May.

— M-May?- assustava-se o rapaz quase saltando da cadeira — Que susto.

— É, eu percebi, desculpe, é que fiquei curiosa, o que você está fazendo?

— Bem, quando entrei na liga dos campeões eu resolvi escrever um diário sobre minhas experiências- explicou o treinador.

— Que legal, deixa eu ver?

— Claro, aqui- falou Ash entregando o objeto.

— Ah, que letra horrível- criticou a morena fazendo o amigo cair da cadeira.

— Cala a boca- retrucou o rapaz fazendo a menina rir.

— A caligrafia é feia mais você parece ter tido muitas outras grandes experiências depois que viajamos juntos.

— Não é? Conheci tantas pessoas e Pokémons incríveis desde então, e claro aprendi novas técnicas de combates também, mas espera, você consegue entender o que está escrito aí?

— Consigo sim, apesar da letra feia, mas porque a surpresa?

— Bem, é que até agora ninguém tinha conseguido ler esse diário além de mim.

— Entendo, ei, ei o que é “escudo de contra ataque”?- perguntou a jovem curiosamente.

— Por que você não vira a pagina e tenta adivinhar pelo desenho.

— Então também há desenhos? Deixa eu ver- intrigada a morena vira a pagina e comtempla o desenho — Eu não acredito.

— Você não acredita em que?

— Que você desenha pior do que escreve- brincou a coordenadora fazendo o amigo cair novamente de onde estava sentado.

— Vai continuar me criticando é?

— Foi mal, é que não resisti, mas então, qual o principio do escudo de contra ataque? Aqui só explica como executa-lo.

— Bem, ele é uma técnica que combina ataque e defesa, enquanto o Pokémon gira lançando seu golpe, a técnica o protege e ao mesmo tempo acerta o oponente.

— Incrível, parece até uma técnica de torneios- animava-se May.

— Isso é de se esperar, afinal a ideia de cria-la surgiu quando eu assistia uma batalha de torneio da Dawn.

— Que estória interessante- disse a jovem continuando a folhear o diário, até que parou em uma pagina que chamou sua atenção — “Acumule toda a energia de Charizard e a direcione para as assas e garras, assim o poder das técnicas asa de aço e garras do dragão irão subir, em seguida vá para cima do oponente e espere até o ultimo instante para ativar o bombardeio de chamas”, Ash, por acaso esse é o...

— Sim, o movimento de combinação tripla que eu usei na batalha final contra Lance.

—Como eu pensei, mas se eu não me engano você disse que nunca conseguiu usa-lo até aquela batalha, certo?

— Sim, o movimento não estava completo, pelo menos até aquele momento, mas como se por um milagre, Charizard conseguiu domina-lo naquela batalha- explicou Ash com um olhar triste em seu rosto o que fez May se sentir mal por ter tocado no assunto.

— Mas, ei, não é incrível que tenha conseguido usa-la pelo menos uma vez?- perguntou a coordenadora com um sorriso o que fez Ash mudar sua expressão triste para uma alegre.

— Acho que você está certa.

— Eu sempre estou- gabava-se a morena — Mas isso é estranho.

— O que é estranho?

— Esse movimento ainda não ter um nome, quer dizer, todas as outras técnicas desse diário tem um nome, menos essa.

— Agora que você falou... É verdade, ainda não a batizei... Como eu devo chama-la?- pensava o treinador.

— Que tal “Dragon Killer”- sugeriu May.

— “Dragon Killer”... Assassino do dragão- repetia Ash.

— Sim, é perfeito não é? Afinal conseguiu usa-la pela primeira vez para derrotar um Pokémon do tipo dragão, e, diga-se de passagem, o mais forte do ultimo campeão.

— Vendo por esse lado... Certo, eu pegarei esse nome, valeu May- agradeceu o treinador fazendo a morena corar.

— De nada.

— Mas já que foi você que escolheu o nome, é você quem deve fazer o desenho, aqui- falou o treinador entregando o diário e um lápis.

— Tudo bem, pode deixar- e assim a jovem começou a rabiscar o caderno, levou cerca de quinze minutos para terminar — Aqui, o que me diz?

— Deixa eu ver- pegava o objeto das mãos da amiga para ver — E não é que ficou bom.

— Então, bem diferente daquela sua arte abstrata né?- brincou a jovem.

— Sim, ficou ótimo, acho que a partir de agora vou pedir para você faze-los para mim.

— Disponha- riu a coordenadora, mas de repente uma forte explosão é ouvida — Mas o que foi essa explosão?

— Vamos lá ver- disse Ash indo em direção ao barulho acompanhado por May.

— Parece que dessa vez vamos conseguir muitos presentes para o chefe- falou um homem de cabelos azuis dentro de um caminhão que estava roubando Pokémons com duas mãos que saiam de seu container.

— É o que parece, mas podemos melhorar mais, Meowth aumente a velocidade.

— Pode deixar- assentiu o felino Pokémon apertando um botão no painel fazendo com que aparecessem varias outras mãos de dentro do caminhão, e por sua vez começou a agarrar vários Pokémons dos cidadãos em uma velocidade incrível.

— Equipe Rocket o que pensam que estão fazendo?- gritou Ash.

— Se você perguntar “o que pensam que estão fazendo?”!

— A resposta que daremos é “a compaixão mundial”.

— Para salvar o mundo da destruição.

—Para proteger a paz mundial.

— Transpassamos os males da verdade e do amor.

—Somos os vilões adoráveis e charmosos.

Jessie.

— James.

— Somos a dupla da equipe Rocket que ressoa através da galáxia.

— Como um buraco branco, um amanhã branco nos aguarda.

— É Isso mesmo!- completou Meowth.

— Francamente, vocês nunca aprendem?- disse May.

— É claro que não, por isso entreguem logo o Pikachu para juntarmos ele a nossa coleção de presentes para o chefe- respondeu Jessie.

— É isso mesmo, agora que ele é o Pokémon de um campeão o seu valor aumentou consideravelmente- explicou James.

— Vocês realmente são os piores- irritava-se Ash.

— Obrigado pelo elogio, mas vá passando logo o seu Pikachu para cá- debochou Meowth apertando um botão o que fez com que uma das mãos do caminhão fosse em direção a Pikachu.

— Pikachu vamos mostrar a eles que não será tão fácil, use o...

— Por que você fica fora dessa vez e deixa essa comigo?- falou uma pessoa vestindo uma capa com capuz que cobria seu rosto aparecendo do nada atrás do treinador segurando a garra com as mãos que até a pouco ia em direção do tipo elétrico.

— Quem... É você?- indagou o jovem surpreso.

— Usando as próprias mãos?- disse May também surpresa.

— Ei o do capuz, o que pensa que esta fazendo?- brigou Jessie.

— Jessie é melhor darmos o fora, enquanto ainda temos os outros Pokémons, afinal você viu o que ele acabou de fazer?

— Eu não ligo pra isso, afinal ele só parou uma, Meowth mande as outras.

— É pra já- acionou o felino as outras mãos que iam rapidamente em direção ao rapaz.

— Acham mesmo que mandarem outras irá adiantar- aos poucos o jovem começa a emitir uma intensa energia vermelha quente.

— Cuidado- gritou Ash para o rapaz, porem, as varias mãos mecânicas foram explodidas antes mesmo de achegarem perto do jovem.

— M-mas, o que foi isso?... As garras foram destruídas do nada- comentou May atônita.

— Ei, Meowth, o que aconteceu?

— Não me pergunte, mas acho melhor darmos o fora.

— Concordo plenamente.

— Pessoas como vocês que tentam roubar Pokémons alheios deveriam estar atrás das grades- falava o rapaz erguendo sua mão em direção à cabine do caminhão onde estavam os três bandidos, aos poucos a energia foi se acumulando em sua mão formando uma massa de coloração avermelhada.

— M-mas o que está acontecendo?- perguntava Ash.

HEAT INCINERATOR– gritou o rapaz lançando uma ardente onda de calor da massa de energia em sua mão que atingiu em cheio os bandidos fazendo-os decolar.

— Q-que poder.

— Sim, mas o que foi aquilo?- pensava Ash.

— Certo, vocês estão livres para voltarem aos seus treinadores- disse o rapaz abrindo o container do caminhão para libertar os Pokémons que estavam presos.

— Ei, obrigado pela ajuda- agradeceu Ash acompanhado de May indo em direção ao jovem.

— Eu só tirei os obstáculos que estavam no meu caminho para conseguir aquilo que queria.

— Aquilo que queria?- indagou May.

— E o que seria?- foi à vez de Ash perguntar.

— Você- respondeu o rapaz se movendo rapidamente para atrás da coordenadora e em seguida a golpeando no pescoço para deixa-la inconsciente — May.

— Ei, o que você pensa que está fazendo- gritou em fúria o treinador que imediatamente correu na direção do rapaz.

— É inútil- falou o homem fazendo o treinador voar com um chute — Se quiser ver sua amiga de novo vá a esse endereço hoje a noite as sete- ordenou o homem jogando um cartão — E não se atreva a levar ninguém com você, isso inclui os seus Pokémons, caso contrario essa coordenadora sofrerá as consequências.

— Seu maldito, solte-a- esbravejava novamente Ash tentando resgatar a amiga, porem sua tentativa foi inútil, pois o misterioso homem deu um pulo e saltou por entre os edifícios, fugindo do local.

— May- disse Ash tristemente ao pegar o cartão do chão.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPITULO!


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Notas finais do capítulo

Mas um que se vai, bem esse foi o capítulo vinte e seis, com muitas novidades e cheio de mistérios, sei que muitos se surpreenderam com eles, por isso desde já espero seus comentários, até a próxima.



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