Remember escrita por Just a fan


Capítulo 17
Capítulo 16 - THE END


Notas iniciais do capítulo

Nos vemos lá em baixo ...



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Duas semanas haviam se passado e hoje é o dia em que nós teremos que ler um para o outro o nosso trabalho de sociologia. Tenho que admitir que não foi fácil escrever esse texto, pois não achava as palavras certas para descrevê-lo da forma a qual o conheci, de um jeito totalmente diferente que qualquer um já tenha o visto antes.

As primeiras aulas passaram-se rapidamente, e eu não conseguia concentrar-me em nada, toda a minha atenção estava voltada para ele, havia se formado dentro de mim uma grande expectativa de como Rick reagirá ao me ouvir ler.

Bom dia alunos. – disse a professora Victoria Gates ao entrar na sala de aula fazendo com que as conversas paralelas cessassem. - Como todos vocês sabem, hoje é o dia em que cada um irá ler seu relatório sobre seu respectivo colega. - ela parecia estranhamente animada. - Para evitar algumas confusões eu achei que seria melhor para vocês lerem em privado, apenas os dois. - um suspiro curto escapou da minha garganta antes que eu pudesse o conter, voltei meu olhar para Richard, e o mesmo me encarava com um sorriso em seu rosto. - Vamos fazer por salas, cada dupla determinada escolhe alguma outra sala vazia pelo colégio, e não se esqueçam de que ambos irão ler o relatório em voz alta! - suspirei novamente, querendo enfiar-me debaixo de algum lugar e nunca mais sair de lá. - Bom, agora vamos.

Rick lançou-me um olhar, em seguida virou-se e saiu pela porta. Levantei-me e o segui, mas minhas pernas estavam tão tremulas que demorei alguns minutos para chegar à sala escolhida por ele. Ao entrar na mesma ele trancou a porta atrás de si e me puxou para um beijo desesperado, o qual transmitia a saudade que estávamos um do outro, parecia que não nos víamos há meses, mas faziam apenas alguns dias. Após sair do hospital Richard teve que ir visitar seus tios que estavam preocupados com o mesmo, mas não poderiam vir à Nova Iorque.

Rick. - minha voz saiu fraca, após apartamos o beijo, ele me levou até as cadeiras que ali havia e nos sentamos.

Você quer ler primeiro ou eu leio? – perguntou ele.

Eu... – respondi baixo, pois estava nervosa.

Ele apenas sorriu indicando que eu começasse.

Sabe quando conhecemos uma pessoa e simplesmente não conseguimos mais esquecê-la? Basta olhar em seu rosto para sorrir, e ficar com jeito de boba. Isso é exatamente o que eu sinto quando fico frente a frente com Richard. Quando ele falava comigo, ou quando me provocava de algum jeito, me dava vontade de bater nele, por me deixar sem reação, e com as pernas bambas. - sorri, mas não levantei meus olhos do papel. – Desde a primeira vez que saímos juntos eu não tinha mais vontade de bater nele, agora minha vontade era outra, era de beijá-lo. Às vezes eu achava que eu estava ficando louca, outras vezes eu achava que era só porque ele possui essa imensidão azul que são seus olhos, os quais me fazem ficar presas olhando em suas profundezas, ou talvez eu estivesse carente ou que simplesmente não sabia o que falava, fui então que eu conheci o verdadeiro Rick. Aquele me fazia sorrir quando eu estava triste, aquele que me fazia querer voar, aquele que me fazia sentir coisas que eu nunca imaginei ser capaz, aquele me fez perceber que talvez até hoje eu estivesse vendo o Richard errado, aquele que me fazia querer me jogar em seus braços em cada minuto que eu o via sorrir, ou olhar para mim como se eu fosse à menina mais incrível que ele já conheceu. E foi então que ele se tornou meu tudo, meu amor. - parei de ler quando um soluço escapou de minha garganta, mal notei que eu havia começado a chorar, sequei os pingos que caiam sobre o papel e respirei fundo. - Mas então descobri que de inicio era tudo uma aposta. Por medo, por insegurança eu simplesmente não conseguia acreditar, que para ele aquela aposta já não fazia mais sentindo. Eu afastei a pessoa que fazia com que me sentisse completa, a pessoa que me amava, uma pessoa que era pra sempre, eu afastei ele. E só eu sei o quanto sofri, o quanto chorei por esse erro idiota que cometi. - outro soluço mais alto que o anterior saiu pela minha garganta e eu não tive coragem de levantar meus olhos para encarar Richard. – Eu fui tola por querer que ele provasse o que estava diante dos meus olhos, porque eu era incapaz de acreditar que alguém poderia me amar como ele diz que me ama. Quando o vi ali em baixo daquele carro, parecia que minha vida havia se esvaziado, havia perdido completamente o sentido, o medo que senti de perdê-lo, de nunca mais o sentir tocando-me, beijando-me, de nunca mais dizer que eu o amo e ouvi-lo dizer de volta, é inexplicável. - suspirei e sequei as lágrimas que dificultavam a minha visão – Eu queria beijá-lo, queria que nada nunca mais nos afastasse, e queria que ele soubesse que eu sou uma idiota, mas que eu sou uma idiota que o ama mais do que tudo.

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Kate não levantou os olhos do papel depois de ler, foi melhor assim, se ela tivesse levantado eu não seria forte ao ponto de não chorar. Desci meu olhar para meu papel e respirei fundo.

Eu me lembro da primeira vez que eu a vi. - mal reconheci minha própria voz, rouca, baixa, como se quem estivesse chorando fosse eu. – Tinha acabado de ir me deitar, quando a campainha tocou, levantei-me irritado, mas ao abrir a porta e deparar-me com aqueles olhos verdes, toda a irritação havia passado. - respirei fundo novamente, sem coragem o suficiente para olhá-la. - Eu nunca fiquei tão feliz por esbarrar em alguém, quanto fiquei por esbarrar nela, no dia seguinte, e minha felicidade só aumentou ainda mais quando descobri o nome da dona daqueles olhos e daquele sorriso que me encantou desde o primeiro momento que os vi. – sorri ao lembrar-me – Eu fui um tolo ao aceitar aquela aposta, aposta que só me fez sentir-me a pior pessoa do mundo por tê-la feito chorar, só então percebi que eu a amo. Sei que não sou bom em um monte de coisas, mas ela me fez querer ser, ela me fez querer ser uma pessoa melhor, ela me fez querer amar, ela me fez perceber que não importa o quão longe eu tente ir, ou o quão burro eu seja, ela sempre vai estar lá, me trazendo de volta, me mostrando que amar vale a pena, e pra falar a verdade eu nunca me imaginei amando, muito menos amando ela. Aquela que me fazia entrar em êxtase quando me olhava como se fosse maior que eu, que me encarava como se eu fosse um menino teimoso... E ela está certa, ao lado dela eu sou somente um menino teimoso, um menino que ainda não sabe amar, um menino que ainda não sabe como demonstrar o quanto ama, o quanto sente. - ergui meu olhar quando ouvi outro soluço de Kate, sua cabeça permanecia baixa e lágrimas pingavam em seu papel. - Mas eu queria que ela soubesse que basta somente que eu a veja, basta somente que ela olhe em meus olhos para que tudo se torne claro, para que ela saiba de tudo, tudo que eu não sou capaz de falar, tudo que eu não sou capaz de demonstrar, cada parte de mim que somente ela pode desvendar. Eu queria que ela entendesse que ela é única, a única que me faz ver o quanto vale a pena a vida. Às vezes eu penso que não a mereço, na verdade, é o que eu mais penso. Provavelmente eu não sou o cara certo pra ela, eu posso não ser a pessoa que a fará feliz, mas eu quero tentar, eu quero que ela me dê à oportunidade de amá-la, de fazê-la a menina mais feliz do mundo, a única. – levantei da cadeira, Kate ergueu seu rosto e meu coração se apertou ao ver o quanto ela chorava. Peguei sua mão e ela se levantou. - Me perdoa por ser assim, me perdoa por não ser suficiente, me perdoa por não conseguir demonstrar meu amor por você da maneira certa. - entrelacei nossas mãos - Eu te amo Katherine Houghton Beckett.

Eu também te amo Richard Edgar Castle.


– Remember that all my mistakes you was my biggest hit.

( Lembre-se que de todos os meus erros você foi meu maior acerto. )


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Notas finais do capítulo

Aaaaaaa acabou :(

Chegou a hora de dar adeus a REMEMBER; Despedida é sempre triste, mas não tem como a evitar.
Obrigada a todos os comentários e favoritos que eu recebi, pois minha maior motivação para continuar a escrever é saber que vocês estarão aqui para aproveitar ...

— REMEMBER however great the storm, ALWAYS will.