O Filho De Ártemis escrita por Marina Leal, DiasLuiza


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

por favor, não julguem muito duramente, ok?



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Ela caminhava pelo bosque, suas Caçadoras a seguiam vários metros atrás, observando cada movimento da deusa. Ela olhou atentamente as marcas no solo, o monstro estava perto.

Olhou para cima, todo caçador que se preza se prevenia em todas as possibilidades, incluindo um ataque por cima. Um ruído alto e um movimento nos arbustos mais próximos.

Ela pegou seu arco e fez um gesto imperceptível que sua tenente entenderia como sinal para avançar e se preparar para o ataque. Esse monstro era antigo e poderoso, sozinha ela poderia dar conta, mas suas Caçadoras mereciam a oportunidade de se preparar para quando ela partisse em expedições sozinha e as deixassem no rastro de outros monstros.

Silenciosamente ela colocou a flecha e fez pontaria, ouviu o leve ruído de suas meninas imitando seu movimento. Em 3... 2... 1... E atirou.

Quarenta flechas atingiram o alvo e ouviu-se um gemido de dor, em seguida ele apareceu uivando e rosnando para ela, seus olhos se encontraram por um momento e ela viu que ele sabia seu segredo... E seu mais obscuro temor...

– Ele irá aparecer, e você não poderá impedir. – O monstro disse enquanto se debatia no chão, mas de certa forma parecendo muito lúcido. – E todos saberão o quanto você é incapaz de manter suas promessas Ártemis.

Ela retirou mais uma flecha de sua aljava, mirou no ponto entre os olhos dele e num instante uma flecha de prata se projetava em sua testa como o chifre de um unicórnio, e ele se calou, sua essência retornando para o tártaro enquanto ela fingia que as palavras dele não se retorceram em sua mente.

Esse era o motivo pelo qual ela o estava caçando, ele sabia demais, principalmente sobre assuntos que ela preferia manter em sigilo.

Ela sentiu os olhares de suas meninas em suas costas. Suspirou e voltou-se para olhá-las.

Todas tinham a mesma expressão no rosto. Curiosidade, mas nenhuma pronunciou nada.

A deusa olhou para todas e uma leve pontada de culpa a tocou, mas ela a repeliu. Havia coisas que ela precisava fazer naquele momento e precisaria fazer sozinha.

– Armem acampamento. – Ela disse calmamente. – Irei partir em três horas.

Todas pareciam surpresas antes que ela falasse enfaticamente.

– Sozinha. Vocês permaneçam aqui, se eu não voltar em dois dias, partam para Nova York. Deixarei Dionísio avisado que vocês podem ir para o acampamento em breve.

Ártemis fez uma careta de desaprovação ao notar a reação que a palavra “acampamento” teve nelas.

– Mas minha senhora. – Comentou Talita, sua mais jovem Caçadora. – Minhas irmãs não suportam esse lugar.

– É preciso. E vocês não ficarão lá por muito tempo, isso se ficarem lá. – A deusa disse confiante de que o assunto que iria tratar não demoraria muito.

As garotas assentiram e ela se retirou para sua tenda, para passar o tempo.

Três horas depois ela partiu, seu arco em suas mãos, para que nenhuma de suas Caçadoras achassem que ela não estava caçando um monstro.

Talvez seja algo mais perigoso que um monstro. Pensou nervosamente.

Moveu-se rapidamente por entre as árvores, indo para o leste o mais cautelosamente possível, sem deixar rastros ou qualquer indício de sua passagem.

Não posso deixar que descubram sobre ele. Pensou. O conselho não entenderia.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado, no próximo a história vai andar. bjos