Maçã Envenenada. escrita por Perona


Capítulo 8
Capítulo VIII


Notas iniciais do capítulo

O/
mais um capitulo ^^



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Hinata correu por entre as coníferas da mata já escura por causa do crepúsculo e acelerou ainda mais as passadas quando achou a estrada que levava ao castelo e consequentemente a sua casa.

Ela não parava um instante, tanto que na metade do caminho o folego lhe faltou e a mesma se dobrou sobre seu corpo até recuperar a respiração normal.

Não sabia o que havia acontecido consigo para agir daquele modo, tão desesperada, afinal, havia acontecido apenas um beijo, o seu primeiro, mas nada que explicasse sua fuga. Voltou a caminhar enterrada em seus pensamentos confusos. O que havia sido aquilo afinal? Seus dedos um tanto trêmulos foram a seus lábios que ainda guardavam o gosto do príncipe. Se lembrou da sensação que foi ter aquele toque sobre sua boca.

Foi tão bom...

Com esse pensamento Hinata sentiu o rosto esquentar e o cobriu rapidamente com as mãos.

- Meu... Deus... – murmurou a garota ainda incrédula antes de sacudir a cabeça tentando se livrar dos pensamentos e lembranças, o que aparentemente não funcionou, para então continuar seu caminho.

...

Naruto observava pela janela a escuridão descer completamente sobre a floresta. Estava preocupado... Hinata estaria bem? Ela conhecia aquela mata como a palma da mão, mas mesmo assim não deixava de ficar incomodado.

Apesar da preocupação Naruto não conseguia esconder um sorriso. Hinata o surpreendia a cada dia, era magnifica. Apenas por um beijo, se é que aquele toque mínimo pudesse se chamar de beijo, fugira dele dando vazão a toda sua insegurança... mas, mesmo que breve, aquele “beijo” fora incrível. O sabor doce da boca dela ainda podia ser sentido... E ele queria guardar aquele gosto para todo o sempre.

...

Hinata chegou em casa, passando pela sala sem nem ouvir os cumprimentos de boa noite da mãe e da irmã, que a olharam confusas, indo direto ao seu quarto e pegando suas roupas para tomar um banho.

As lembranças do beijo não lhe abandonavam nem quando a agua gelada lavava lhe o corpo nu.

Quando voltou ao quarto se deparou com o olhar interrogativo da irmã que a esperava de braços cruzados.

- Posso saber o que houve?

- Hã? Sakura... não tinha te visto aí. Desculpe... o que disse?

- O que você tem? – falou a rosada estranhando cada vez mais a irmã mais nova.

- Do que está falando? – perguntou Hinata confusa enquanto secava os cabelos molhados.

- Há tempos que anda estranha Hinata. – falou Sakura com os olhos semicerrados – Mas hoje está especialmente esquisita.

Hinata ainda a encarava confusa. Sakura revirou os olhos.

- Você passa todo o tempo que tem de folga fora de casa Hina, isso nunca foi do seu feitio. O que esta acontecendo?

- Nada. Absolutamente. – respondeu a morena rapidamente.

- Você não sabe mentir Hina.

- Não estou mentindo. Já disse que não aconteceu nada! – exclamou um tanto exasperada com a insistência da irmã.

Sakura soltou um suspiro cansado e se jogou em sua cama um tanto emburrada.

- Sabe Hina. – começou ela depois de um tempo que as irmãs ficaram em silencio – Pensei que seria a primeira a saber quando você se apaixonasse, mas pelo visto você não confia em mim.

Hinata corou drasticamente.

- N-n-não é n-nada d-disso, S-sakura-chan! – falou a menina.

Sakura então se ergueu com um sorriso imenso nos lábios.

- Você está corada e gaguejou Hinatinha! Você está amando! Não adianta tentar esconder isso de sua irmã mais velha! – falou triunfante.

Hinata se sentiu uma idiota por ter caído na chantagem barata da irmã.

- Então? – perguntou Sakura se sentando na cama da irmã e olhando maliciosamente para a mesma – Quem é ele? É com ele que tem passado suas tardes?

- Sakura! – exclamou indignada a morena.

- Hinata! – disse a outra insistindo.

- Sakura!

- Hinata!

- Sakura!

- Hinata!

- Sakura!

- Hinata!

- Naruto!

- Hinata! – Sakura esperou a irmão continuar a pequena discussão, mas então sua ficha caiu – Espere... o que tem o príncipe Naru...to!?!?! HINATA!

A mais nova cobriu as faces avermelhadas com as mãos quando assumiu:

- Ele me beijou!

- Hinata!

- Mas então eu fugi!

- Hinata!

- Pare de dizer apenas meu nome! – pediu ela envergonhada.

- HAHA. Tudo bem... mas agora me explique direitinho esse seu romance com o Príncipe!

...

- Então... foi isso o que houve. – a morena terminou de contar sua historia para uma Sakura extremamente feliz.

- Ele estava te ensinando a ler? Que bonitinho!!! Mas eu nem fazia ideia que aquele caderno naquela casa velha fosse o diário da Rainha Riza...

- Eu quero falar com a mamãe... sobre o meu nome... – os olhos de Hinata brilharam – Se ele foi em homenagem a princesa morta... afinal... se foi por causa disso... eu me sinto completamente honrada!

- É. Faz mais sentido do que você ser a princesa morta. – comentou Sakura.

- Com certeza. Só por causa de um mínima semelhança... – comentou a morena rindo.

- Hinata. – a voz de Tsunade pode ser ouvida perto demais. As duas garotas tomaram um susto ao olhar para a entrada do quarto e ver a figura rabugenta da mãe. – Se afaste desse príncipe!

...

Faltava menos de uma semana para o casamento que tanto estava sendo comentado, da Rainha Kurenai e do Rei Minato, a vila toda estava em alvoroço, pois aquela junção entre dois reinos com certeza traria melhoras tanto para Impera quanto para o reino Namikaze.

A semana que Kurenai escolhera para seu casamento era uma semana festiva para todos em Impera, um festival de ação de graças, no final do outono, quando as colheitas já haviam acabado e todos os moradores celebravam o que plantaram e colheram naquele ano, e se preparavam para um merecido descanso do trabalho braçal no rigoroso inverno que se previa investir naquele lugar.

A vila estava completamente decorada e toda noite havia uma coisa especial, músicos locais tocando suas criações e famílias vendendo pratos típicos da região.

Naruto e Hinata não se encontraram sozinhos outra vez depois daquele beijo, e o loiro começava  a ficar desesperado, afinal Hinata estava, claramente, o ignorando. Não importava quanto esperasse na casa de caça da floresta ou até mesmo se tentava segui-la ou falar com ela, a morena sempre dava um jeito de desaparecer de suas vistas.

Seu humor com certeza não era dos melhores, principalmente depois de ter observado durante duas noites das cinco de festa que acontecia na vila, Hinata e a irmã descerem o caminho do castelo para a vila para também celebrarem, sentia certo ciúme da morena que se ajeitava em suas melhores roupas para ir ao festival, só a ideia de que outros homens olhavam para ela era realmente incômodo, em seu âmago algo se agitava.

E na terceira noite em que viu as duas garotas se prepararem para seguir o mesmo caminho, o príncipe irritado e enciumado, rapidamente vestiu um sobretudo preto e se esgueirou pelos corredores frios do castelo de Impera tomando todo o cuidado para não ser visto e evitar perguntas desnecessárias.

Quando já avistava a porta principal ele ouviu uma voz gélida lhe perguntar:

- Onde vai, Dobe?

Naruto paralisou na hora amaldiçoando o seu guarda-costas completamente desnecessário e inconveniente.

- Teme. – resmungou – Vou ao festival.

- Hm... é, ele realmente é bom, tem ótimas comidas e mulheres ainda melhores.

- O QUÊ?! Você foi ao festival e nem me avisou seu desgraçado!

- Preciso realmente te dar satisfação de onde vou ou deixo de ir, isso é seu papel e não meu, estranho. – falou o moreno revirando os olhos.

Uma veia pulsou na testa do príncipe.

- Não tenho tempo pra você Sasuke-teme, adeus.

- Espera, eu também vou. – falou o outro o seguindo.

- Pra quê? – sibilou o loiro.

- Sou seu “guarda-costas”, não sou?

- HA! Como se você realmente amasse seu trabalho. – debochou o príncipe.

- Eu não te falei? Esse festival junta muitas mulheres bonitas, talvez seja um bom remédio pra esse seu mau humor, Dobe.

Naruto revirou os olhos.

Naquele festival, apenas uma mulher importava para ele, e era ela que ele seguia agora.

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CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

então? gostaram?