Sinnoh Dreams - Pearl Saga escrita por Jachn


Capítulo 6
Capítulo 6. Água VS Pedra




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Era uma noite fria e chuvosa. Na verdade, chuvosa era apelido! Caía uma tempestade muito forte. Relâmpagos cortavam o céu e, a brisa batia em nossos rostos, fazendo todos poderem ouvir o som do vento nos ouvidos.


E agora, o enorme MT. Coronet estava completamente destruído por cima... Os pilares que construíram no topo da montanha estavam arruinados. E bem na extremidade do monte, Dawn estava caída, mas não desmaiada... Ao seu lado estavam Lucas e Barry, acompanhados de Cyrus, Mars, Saturn e os executivos da Team Dark... Porém desacordados.


— O-Onde estou? — perguntou Dawn tentando se mexer, esperando ouvir alguma resposta. — Tem alguém aí?

— Não era isso que queríamos... — disse um homem que usava uma capa preta e longa.

— ... — Dawn não disse nada, apenas observou atentamente o homem, e depois de vê-lo melhor, pensou em dizer algo. — Eu sinto que já te vi. Mas também tenho a sensação de que não te conheço... — disse Dawn, tentando ver quem era o tal homem.


Aquele moço possuía uma longa capa preta, cabelos escuros, mas tinha um olhar arrependido. Parecia que tinha feito algo, mas não esperava que resultaria naquilo.

— Q-Quem é você? E por que não me responde? — indagou tentando ficar de pé.

— Tu fala como se não me conhecesse, Dawn McHall. — disse virando-se. — Por que não demos ouvidos á você? — perguntou se aproximando de Dawn, derrubando a garota no chão e, segurando sua mão. — Pena que nem eu, nem seu amigo Lucas, lhe escutou... — falou tirando os cabelos de Dawn do rosto da menina.

— Do que está falando? — Dawn continuava a indagar, e ao mesmo tempo, prestava atenção no olhar arrependido e nos cabelos molhados do tal homem.

— Sobre o fato de querer mudar o mundo... Ainda acredito que os seres humanos são capazes de fazer tal feito... Mas não do jeito como eu fiz... — disse chateado, ainda tocando a mão de Dawn. — Eu mudei o mundo. Meu objetivo foi concluído. Achava que desse modo tudo daria certo... Mas não deu... O que fiz?— indagava para Dawn, não esperando resposta.

— Eu não estou entendendo nada...

— É uma pena o mundo ter sido mudado dessa maneira... Nosso objetivo era criar um planeta onde não houvesse mortes, crimes, etc... Nós não queríamos que as pessoas sentissem dor... Por isso fizemos deste modo... Entretanto, tudo saiu errado! Nosso plano mudou o mundo, mas com o dobro das dores que ele tinha. — falou arrependido.

De repente tudo começou a ter sentido... Mudar o mundo? Isso só lembrava uma coisa: Team Dark! Ao tirar tal conclusão, Dawn tentou se mover o mais rápido possível, mas estava imóvel. Foi então que só restou apenas uma coisa, ficar observando aquele homem misterioso se lamentar. Será que a Team Dark tinha finalmente alcançado seu objetivo, mas não do modo como esperavam? E o que ele quis dizer com " Pena que nem eu, nem seu amigo Lucas lhe escutou... "? Mas logo em seguida, a voz do moço só ficava cada vez mais baixa, e a menina agra, só conseguia escutar o som da chuva e da brisa.


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Dawn agora abria seus olhos lentamente, e pouquinho por pouquinho, percebia que estava deitada na cama de um Centro Pokémon. Ao perceber onde permanecia, sentou-se, passou a mão na testa, e passou a se lembrar do sonho que acabara de ter.

— Droga. Esses sonhos estranhos não param de acontecer. — reclamou enquanto franzia a testa. E logo depois foi ao banheiro para arrumar-se.

Dawn foi-se para o banheiro, se arrumou para o dia de hoje, tomou um banho, vestiu suas roupas e antes de sair do cômodo, abriu a janela do quarto e, observou a vista de Oreburgh.

— Qual a aventura que me espera pro dia de hoje? — perguntou avistando a paisagem da manhã sem sol e escura com brisas frias.

Depois disso, Dawn desceu de seu quarto e foi ao encontro de Lucas no hall. Sentou ao lado do menino na lanchonete, pediu um café com leite, e esperou seu pedido ser atendido.

— Dormiu bem? — indagou Lucas segurando sua xícara de café preto.

— Sim. — respondeu. — E você?

— Também.

Depois daquilo ali, mais nenhuma palavra trocada. Dawn agora só pensava no futuro da sua jornada, pra falar a verdade, seu humor estava igual ao dia de hoje, preto. Era assim que se sentia. O céu sem cor e as brisas frias e fortes já apontavam que vinha tempestade por aí.

— Obrigada. — agradeceu Dawn para o homem que trouxe seu café, e logo passou a girar a colher.

Lucas sentiu que Dawn estava estranha, o que tinha deixado a menina tão estranha e desanimada assim? Assim que percebeu que a garota estava encarando seu leite, passou á fitar ela.

— Vou dar uma volta. — disse Dawn se levantando.

A garota se retirou da lanchonete sem ao menos tomar um gole. Por mais que parecesse estranho, Dawn gostava do tempo pré-tempestade. Ela andava com as mãos no bolso, e o vento soprava seus cabelos.

— Minha primeira batalha de ginásio é hoje... — comentou consigo mesmo enquanto andava pelas ruas frias de Oreburgh. — Você está preparada, Dawn? Não... — respondeu a si mesma. — Nossa! Que louco! Estou falando comigo mesmo! — disse.

— Ei Dawn! — gritou Lucas para a garota. — Espera um pouco! — falou agora começando a correr.

Dawn esperou Lucas, por mais que quisesse ficar sozinha essa manhã, aceitou a companhia do garoto. Afinal, ele é um grande amigo. E assim que ele chegou ao lado da menina, os dois voltaram a andar.

— Aonde você vai? — perguntou Lucas.

— Eu estava indo pro ginásio. — mentiu.

— Mas são sete e meia da manhã... — lembrou Lucas.

— E daí? Vale a pena tentar, né? — sorriu falsadamente.

Lucas desconfiara de tal sorriso, mas apenas aceitou. De algum modo, ele gostaria de saber o porquê de Dawn estar assim. E de algum jeito ele chegaria ao assunto.

— E então, já bolou boas estratégias? — indagou Lucas.

— Lucas...

— Sim?

— Esqueça minhas atitudes, ok? — perguntou, enquanto fitava o chão.

— O-Ok, Dawn. — respondeu.

Após ouvir tais palavras de Dawn, Lucas passou á refletir... Ela realmente agiu estranhamente? Isso era estranho até demais... Dawn nunca agira de forma diferente. Mas tentou esquecer por um instante.

— Agora... Voltando à sua pergunta, não. Não tenho estratégias. — respondeu em uma risada, enquanto caminhava pelas ruas de Oreburgh.

— Você sabe fazer estratégias? — perguntou.

— Bem... Mais ou menos. — disse coradamente.

— Sério? — deu uma risada. — Mas é muito simples, Dawn.

— Mas você verá como eu vou vencer àquela batalha, você vai ver! — disse com um sorriso confiante.

Depois de alguns minutos caminhando, os dois finalmente chegam no ginásio de Oreburgh. E mesmo sendo quase oito horas da manhã, o local indicava que estava aberto. Dawn deu uma risada de "Por que não?". Abriu a porta, e se deparou com várias pessoas trabalhando em um campo de pedra.

— O que diabos está acontecendo aqui? — indagou Lucas observando o local.

— Trabalhem seus inúteis! Façam essa coisa direito! — berrava uma moça em cima de uma pedra enorme.

Os homens trabalhavam feito loucos no campo de pedra. Dawn e Lucas franziam a testa com o ocorrido. A mulher que berrava viu os dois jovens ali observando a bagunça. Ao percebe-los, deu uma risada, e saltou pra frente dos dois.

— O que querem aqui? — perguntou em um salto, parando em frente aos dois.

— Eu vim te desafiar. — respondeu Dawn lentamente.

— Ok. Aceito. — respondeu com uma postura provocativa. — Meu nome é Lucy Albers, afilhada de Roark Rocke!

Lucy Albers, a afilhada de Roark e atual líder de ginásio, era bonita sim... Tinha uma cara de "fofinha". Mas só cara mesmo, usava roupas estilosas demais para estar naquele local. Sim, era uma garota mimada.

— Prazer, sou Dawn McHall. Pronta? — apresentou-se Dawn gentilmente.

— Eu estou sempre pronta, bitch! — respondeu em uma piscada. — Você, menino, suba para a arquibancada! — disse apontando para Lucas, e logo virando-se de costas. — E vocês, trabalhadores inúteis, podem descansar! — ordenou para eles.

Dawn não acreditava no que ouvia, aquela pirralha simplesmente mandava nas outras pessoas. Mas tudo bem, pensava. Bastava ignorar, afinal, não era da conta dela. Logo depois, se posicionou naquele campo de pedra, e se preparava para a batalha.

— Será uma batalha de dois contra dois, trocas não são permitidas! O desafiante tem o primeiro movimento! — ditava o juiz.

— Riolu, eu escolho você! — disse Dawn sacando sua Pokébola.

— Riolu!

— Vamos lá, Sudowoodo!

— Sudowoodo!

Da Pokébola de Lucy saiu um Pokémon extremamente estranho, aparentava-se muito com uma árvore, sem constar sua cara de "bobão". Porém, apenas pelo seu jeito de entrar na batalha, mostrou-se ser muito forte.

— Certo, acho que teremos uma certa dificuldade, mas preparado, Riolu? — perguntou Dawn.

— Olu! — grunhiu o Pokémon positivamente.

— Vá sonhando, bitch!

— Riolu, use o Force Palm!

— Sudowoodo, pare esse moloide com o Low Kick!

A mão de Riolu logo começou á ficar branca, o pequeno Pokémon disparou com toda a sua velocidade pra cima de Sudowoodo, porém o Pokémon mineral apenas parou o "lobinho" com um poderoso chute em suas patas traseiras, fazendo o pequeno cair no chão de costas.

— Aproveite que essa coisa está no chão é use o Stone Edge! — ordenou Lucy.

— Riolu, levante-se e use o Quick Attack para desviar das rochas que disparam contra você! — mandou Dawn.

Logo Sudowoodo fez pedras flutuarem, e depois disparou com uma alta velocidade pra cima de Riolu, porém o pequenino Pokémon correu em uma enorme rapidez, conseguiu desviar de todas as rochas lançadas contra ele, e por fim, deu uma forte pancada em Sudowoodo, mas não fazendo muito efeito.

— Riolu, salte para trás e use o Focus Blast!

— O quê? Ele é capaz de aprender essa técnica? — indagou Lucy assustada.

— Vamos lá, Dawn. — disse Lucas silenciosamente lá da arquibancada.

Riolu deu um alto salto para trás, e enquanto estava no ar, deixou suas patas dianteiras com pouca distância uma da outra, e aos poucos formava uma bola de vento, que acumulava mais poder ali no meio das mãos de Riolu. E quando o Pokémon estava prestes a lançar a esfera, infelizmente o tal golpe explodiu em si mesmo, lançando-o longe e fazendo-lhe bater de costas em uma pedra.

— Ridículo! — debochou Lucy. — Sudowoodo, já que esse fracote está caído ali no campo, use o Earthquake! — mandou.

Sudowoodo deu um enorme salto, e enquanto estava no ar, tentou pesar o máximo possível, e logo em seguida, caiu com tudo no chão, fazendo criar um incrível terremoto, e balançar todos presentes, fazendo assim, nocautear Riolu.

— Riolu está fora de combate, a vitória é de Sudowoodo! — gritou o juíz.

— Tome essa, bitch! — riu Lucy.

— Oh, Riolu, descanse querido. — disse Dawn em um tom triste retornando seu Pokémon. — Agora vá, Empoleon!

— Empoleon! — grunhiu o Pokémon confiantemente.

— Agora ficou interessante... — sorriu Lucy. — Use o Low Kick!

— Hydro Cannon!

Sudowoodo deu um salto com tudo e estava prestes a dar um poderoso chute baixo em Empoleon quando recebeu um forte ataque, que lhe disparou para longe.

— Não é possível! — exclamou Lucy.

— Mas eu te digo, é sim! — riu Dawn.

Por causa do impacto de Sudowoodo, uma poeira levantou no local e, logo em seguida, assim que baixou, pôde-se notar Sudowoodo, extremamente nocauteado.

— Sudowoodo está fora de combate, a vitória vai para Empoleon! — anunciou o juiz.

— Muito bem Empoleon! — comemorou Dawn.

— Retorne seu moloide! — reclamou retornando seu Pokémon. — Eu escolho você, Rhyperior!

— Rhyperior!

Da Pokébola de Lucy saiu um gigantesco Pokémon, ele aparentava ter uma enorme força. Demonstrava poder com seu gigantesco chifre. E era formado por umas espécie de pedra, com detalhes vermelhos.

— E agora, bitch? — debochou Lucy.

— Isso não chega nem perto da nossa força, não é, Empoleon?

— Empoleon! — grunhiu o Pokémon confiante.

Empoleon e Rhyperior se encaravam brutalmente, naquele pouco instante a rivalidade já tinha nascido entre os dois Pokémons. Porém, Rhyperior mantinha um tom de superioridade.

— Hydro Cannon! — ordenou Dawn.

— Destrua o ataque com o Horn Drill!

Do bico de Empoleon saiu uma poderosa esfera aquática, mas rapidamente, Rhyperior girou seu chifre, destruindo o ataque de Empoleon.

— Thunderbolt!

— Use o Metal Claw no trovão!

Rhypeior disparou uma poderosa eletricidade, porém Empoleon avançou, e as pontas de suas asas ficaram brilhando, da cor cinza. E com a ponta de sua asa, bateu na eletricidade e, conseuiu atravessar o golpe mandado pelo Pokémon rocha, e por fim, o acertando, misturando um ataque do tipo metal, e um elemento elétrico.

— Nossa! Não sabia que a Dawn era boa em raciocínio rápido... — comentou Lucas consigo mesmo.

— Então quer dizer que a bitch é boa em pensar rapidamente? — riu Lucy.

— É. E você é ruim em batalhas! E acaba de deixar meu Empoleon realizar o Rain Dance. — disse Dawn com um sorriso de vitória.

— C-Como? — indagou Lucy.

Empoleon já estava longe de Rhyperior, Dawn e seu Pokémon já tinham a vitória garantida, como o teto estava aberto, e o tempo apontava uma tempestade, era a hora perfeita para um Rain Dance.

— Empoleon, acabe com isso usando o Hydro Cannon! — gritou Dawn em um tom de vitória enquanto a chuva causada pelo Rain Dance molhava seus cabelos.

— Não acabou ainda! Thunderbolt na água!

— Essa não... O campo está cheio de poças... O ataque que acertar primeiro vence! — berrou Lucas lá de cima.

Os dois Pokémons estavam preparados para mandarem os ataques que poderiam dar a vitória. Empoleon carregava o Hydro Cannon para disparar, enquanto Rhyperior dava carga para seu corpo, com intenção de deixar a eletricidade mais rápida e forte, para em fim dispara-la.

— Agora! — berraram as duas ao mesmo tempo.

Os dois Pokémons dispararam os dois golpes ao mesmo tempo, porém, em uma velocidade de um segundo e meio, o Hydro Cannon acertou primeiro que o Thunderbolt. Lançando Rhyperior para longe, e nocauteando-o.

— M-Mas como? — perguntou Lucy, observando seu Rhyperior, e logo em seguida fitando Dawn.

— Simples! O Hydro Cannon demora certa de dois segundos e meio pra chegar ao seu alvo, mas como o Rain Dance estava ativado, acabou diminuindo um segundo apenas. E mesmo que a velocidade da eletricidade seja incrível, não conseguiria alcançar a rapidez do Hydro Cannon, mesmo que o campo esteja molhado. — explicou com um sorriso no rosto.

— Não pode ser... Como você calculou tudo isso? — indagou Lucy raivosa.

— Ficar estudando a vida inteira como se não tivesse o amanhã, serviu pra alguma coisa! — exclamou arrumando sua franja.

— Desgraçada! — gritou pegando sua insígnia e jogando para Dawn.

— Vencemos... Empoleon! — comemorou, retornando seu Pokémon, e guardando sua insígnia.

— Agora vá embora do meu ginásio e não volte nunca mais! — berrou Lucy furiosa, espantando Dawn e Lucas.

Lucas e Dawn saíram o mais rápido que puderam, e assim que foram embora, deram risadas da líder de ginásio. Por causa do Rain Dance, a tempestade já começara a cair, e mesmo com toda aquela chuva, os dois jovens andavam lentamente em direção do Centro Pokémon.

— Pra onde vamos depois, Lucas? — perguntou escorada no braço do amigo.

— Eterna City. É lá onde fica o próximo ginásio.

— Ok...

Dawn e Lucas foram até o Centro, voltaram para seus quartos, e passaram a arrumar suas coisas, para então partirem amanhã. A garota entrou em seu cômodo, retirou suas roupas molhadas, tomou um banho, pegou novas vestes, e passara a guardar itens em sua mochila.

— E você... Vai ficar no fundo da minha mochila! — disse Dawn fitando a insígnia.

Depois que arrumou tudo, finalmente poderia tirar um cochilo, porém, antes de deitar, avistou um misterioso bilhete em sua mochila, franziu a testa e logo foi ler o que estava escrito no papel.

"Nos encontre hoje, atrás do ginásio de Oreburgh, caso o contrário, pegaremos seu amiguinho. E lembre-se, nenhum truque, ou quem sofrerá as consequências será ele...

Ass: Team Dark".

— Desgraçados... — disse Dawn assustada e quase chorando, enquanto fitava o bilhete.

Continua


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