–Você não devia me amar – ela sussurrou espantada com o intenso olhar de Stiles.

Lydia não sabia o que era mais assustador: o modo como Stiles Stilinski encarava-a ou o fato de ela estar em um dos tão raros instantes em que pensava em alguém além dela mesma. Ele não merecia sofrer por ela.

Despreocupadamente, Stiles mordeu seu lábio inferior, deliciado com a visão da garota a sua frente. Tudo que ele queria era toma-la nos braços e segurá-la para sempre. Entretanto, sendo filho do xerife, ele sabia que essa ação lhe renderia bons anos na prisão.

Nem é preciso dizer que Stiles completamente ignorou as palavras que saíram da delicada boca de Lydia. Afinal, todos os seus amigos já fizeram questão de dize-las – diversas vezes, por sinal. Porém, ele não se importava.

Um dia Lydia Martin perceberia que ele era o cara certo para ela. Todavia, até esse dia chegar, ele iria se contentar com o pouco que tinha: o prazer de sonhar com ela.

Scott às vezes dizia que ele a idealizava demais, mas era óbvio que o lobisomem estava errado. Era impossível idealizar uma garota que já era perfeita – e Lydia definitivamente era. Infinitamente inteligente, graciosa e... bonita. Uma combinação um tanto quanto rara, mas que a completava de forma harmoniosa e apurada.

Stiles sabia que ela valia a pena e por isso ele esperaria pacientemente até o momento em que ela estivesse pronta.

–Eu sempre vou te amar, Lydia – ele disse, em um tom tão sério que nem parecia seu.