Pretérito Imperfeito escrita por ValValdez, Livia Dias


Capítulo 14
Capítulo 13 - Sentimentos Ocultos


Notas iniciais do capítulo

Hey, demoramos mas estamos aqui ^^
Esperamos que gostem do capítulo. Tem umas coisinhas legais, além de uma revelação que vai deixar algumas decepcionadas.
Enfim, boa leitura!



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– Acha que Thalia gosta de Nico? - pergunto à Annabeth assim que conseguimos ficar sozinhos numa parte mais afastada do jardim.

– Duvido muito. - murmura pensativa, sentando-se ao meu lado, num banco. - O problema é que ela não suporta Rachel. Eu também não. Sabe... - ri brevemente. - Ela pegou os dois primos de Thalia. Isso é dose.

– Se for pensar por esse lado, você tem razão. - aproximo-me um pouco mais dela, que sorri lindamente para mim. Seus olhos me mantem hipnotizado e eu sou incapaz de desfazer nossa conexão. Quando percebo que provavelmente estou parado aqui, encarando-a com cara de idiota, tento dizer algo. Infelizmente, saem alguns sons, que mais parecem grunhidos. Envergonhado, sinto meu rosto em brasas, mas ela apenas ri. Ri e encosta suas mãos em meu rosto, aproximando ainda mais nossos rostos.

– As vezes prefiro você calado, Cabeça-de-Alga. - e assim, sem mais nem menos, me beija. Fico entorpecido pela maciez de seus lábios e como suas mãos delicadas acariciam meus ombros enquanto nos beijamos. Todo o resto vira um borrão.

Não sei ao certo quanto tempo ficamos nisso, mas Nico nos interrompe quando chega correndo.

– Percy! - Ele chama, ofegante, atraíndo nossa atenção. - Não vai acreditar. Thalia ficou bêbada e tá chorando lá no meio de todo mundo! Sabe o que aconteceu com ela?

– Thalia bêbada? Que? - levanto-me no mesmo instante, bestificado. Algo está errado. Thalia não é de fazer esse tipo de coisa.

A encontro ao lado da pista de dança, perto do lugar onde Calipso está dançando e tirando a roupa. Por conta disso as pessoas não notam minha prima, e agradeço mentalmente por isso.

– Thalia...? - Chamo, passando minhas mãos por debaixo de seus braços, a erguendo. As lágrimas correm sem parar pelas suas bochechas, e seu rosto está todo vermelho. Meu coração se aperta. Faz muito tempo que ela não fica assim. Annabeth está ao meu lado, ajudando Thalia. Nós a levamos para o carro, acomodando-a no banco traseiro. Clarisse vem ao nosso encontro, preocupada, e nós nos despedimos dela.

O que está acontecendo afinal? Por que Thalia está desse jeito? Duvido muito que seja por causa de Nico e Rachel.

Chegamos à sua casa, ainda em silêncio, entorpecidos pela preocupação. Pego THalia no colo, enquanto Annabeth procura as chaves na bolsa dela.

Por nenhum segundo sequer, Thalia para de chorar.

– Ai meu Deus - murmura Annie, ansiosa. - O que será que aconteceu?

Coloco Thalia no sofá, enquanto Annabeth vai até a cozinha, tão perdida quanto eu.

– Um banho frio pode ajudar - digo, pensativo.

– Ótima ideia - Annabeth se apoia na pia e fecha os olhos por um instante. - Thalia nunca fez isso antes.

– Vou fazer um café. Você pode dar o banho nela? - pergunto.

Annabeth concorda e sai da cozinha, volta e me encara.

– Você sabe fazer café?

– Ahn - coloco a mão na nuca. - Com a cafeteira.

– Ah, claro - Annabeth revira os olhos e suspira. - Ninguém é perfeito.

– O que quer dizer com isso? - arqueio a sobrancelha, confuso.

– Nada não - Annie sai da cozinha, rindo.

Por acaso ela insinou que sou lerdo ou sendo lerdo por pensar que ela me chamou de lerdo (N/A: Pior que a Vanessa eu hein!) - falei comigo mesmo.

Depois de preparar o café, junto tudo numa bandeija e subo para o quarto de Thalia, onde Annabeth já a penteia em cima da cama.

Agora ela está quieta. Observa um ponto fixo na cama, os olhos vazios, o rosto sem expressão. Sinto um novo aperto no peito e agradeço por Tio Zeus não estar aqui para vê-la desse jeito.

– Tome - entrego a xícara de café para ela, sentando-me ao seu lado na cama.

Thalia pega, mas não me diz nada ou sequer toma um gole da bebida. Continua encarando o nada, como se o simples nada fosse melhor do que o real presente.

– Eu amava ele. - murmura de repente.

– Quem? - perguntou, confuso.

– Luke - responde, aiinda com os olhos fixos em um ponto da cama. - Não posso acreditar que isso tenha acontecido.

Seus olhos se apertam, como se ela sentisse alguma dor. "Sim", concluo mentalmente. "mas nao é uma dor física".

Só não entendo essa história de Luke. Não sabia que ela gostava dele. Isso sequer passou pela minha cabeça.

– Luke? Desde quando você gosta dele? - pergunto, observando-a levar a xícara de café aos lábios e fazer uma careta em seguida.

– Há tanto tempo que sequer me lembro.

Ficamos todos em silêncio, então. Eu não sei o que falar e creio que Annabeth também não. Thalia está esquisita.

– Sabe, andando pela cidade eu...Eu o encontrei - ela volta a falar, mas agora parece algo mecânico. - Está parecendo um mendigo. Ou virou um, não sei ao certo. Queria poder evitar issoo, mas não sei como.

Annabeth e eu continuamos calados. Abraço Thalia apertado, como nunca antes, porque sinto que ela precisa disso.

Eu estou extremamente certo.

Thalia aconchega-se em meu colo, dando as costas para a amiga, que sorri com ternura. Fiz carinho em seus cabelos e logo ela havia adormecido.

Não sei como ela estará de manhã, mas resolvo ignorar os pensamentos. Com a ajuda de Annabeth, a ajusto na cama e a cubro depositando um beijo em sua testa.

– Acho que está muito tardxe para irmos embora. - falo, fechando a porta, parando em frente a Annabeth. Ela concorda com a cabeça e telefona para a mãe, avisando que dormirá na casa de uma amiga.

Quando ela sorri para mim, não me contenho. A puxo pela cintura, colando nossos lábios. Depois, puxo-a pela mão, em direção ao quarto de hóspedes.

Quase ri de sua cara assustada. Provavelmente, está pensando besteira. Tiro um travesseiro e um cobertor, jogando-os sobre a cama. Me direciono para a porta quando ela me puxa pela mão, exatamente como eu havia feito com ela.

– Fica aqui comigo?

Estranho seu pedido, mas não posso resistir. Apago a luz e acendo o abajur. Tiro meus tênis e deito na cama. Annie se aconchega em meu peito.

Eu passo minhas mãos carinhosamente por suas costas quanto ela fala:

– Você beija bem.

Solto uma risadinha e ela me acompanha. Esse momento está me fazendo sentir algo que eu nunca havia sentido antes.

Consigo concluir apenas uma coisa: Annabeth é especial demais, e eu não a deixarei fugir.


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Notas finais do capítulo

Olá galera!!!

Bom, estamos muito contentes com o rumo que a história está levando!!! 104 comentários, 80 leitores e...2 recomendações!!!

Muito obrigada, pessoal *-* Vocês são demais!!!

Comentem! Quem sabe não demoramos tanto a postar? Ah, e estamos aceitando recomendações também XD

Beijocas!!!



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