Better Than Everything - Faberry escrita por Marimon


Capítulo 5
Intervenções


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo não tem uma interação Faberry diretamente, apesar de ser todo voltado a elas. E é muito necessário. Eu sei que todos vocês estão ansiosos pela aproximação das duas, mas a espera é necessária e esse capítulo vai fazer as coisas andarem. Espero que gostem! (Eu não revisei, sou uma preguiçosa hahaha) Desculpem pelos erros.



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Já era manhã quando o sol atravessou as cortinas da janela, despertando uma loira com os cabelos ouriçados. Quinn acordara com um sorriso no rosto, espreguiçava-se preguiçosamente. Olhou no relógio que marcava 06:58h, ainda teria tempo até sua primeira aula do dia. Estava deitada, olhava um ponto qualquer no teto e relembrava o almoço do dia anterior, sorriu para a lembrança.

Levantou-se da cama e fez sua higiene matinal, odiando por não poder completá-la totalmente, se recusava a tomar banho naquele vestiário depois da ultima cena que presenciou. Vestiu uma calça jeans e uma blusa folgada. Olhou novamente as horas no celular e já marcava 7:20h, sua aula começaria em 10 minutos, História da Música I. “Rachel” sorriu para o pensamento. Pegou suas coisas e foi em direção a classe.

Chegou sendo recebida por um aceno de cabeça do professor Mr. Schue. Foi uma das primeiras a chegar, não viu Rachel em nenhuma parte e sentou-se. O sinal toca e os alunos finalmente entraram na sala. Seu coração acelerou quando viu uma pequena morena entrar pela porta. Deu um sorriso terno que não foi correspondido, Rachel sentou-se consideravelmente longe da loira. Aquilo fez Quinn questionar-se e sentiu um aperto.

A aula já estava praticamente no fim e a loira não tirava os olhos de Rachel, a morena sabia que estava sendo observada, mas não voltou seu olhar para Quinn.


– Bom pessoal, vejo vocês na segunda. Tragam o trabalho que eu pedi na nossa última aula! – o professor falou para a classe.


Quinn arrumava seu material e já estava pronta para sair e falar com Rachel, mas quando olhou em sua volta não a viu, a morena definitivamente estava fugindo dela. “O que eu fiz?!” a loira se perguntou.

Ela assistiu a sua aula seguinte, seu corpo estava ali, mas sua mente estava em uma morena que havia lhe ignorado, sem ela nem saber o porquê daquilo. Finalmente acabaram as aulas do dia e Quinn voltou para seu dormitório. Tentou afastar Rachel do pensamento por alguns minutos, e discou o número de Puck, sendo atendida depois de dois toques.


– Ei Q!

– E aí, Noah! – ouvir a voz do seu amigo lhe animava.

– O que você manda?! – ele disse com um sorriso simpático.

– Então... – ela começou – eu realmente preciso achar um lugar para morar, não consigo nem tomar banho aqui! Queria sua ajuda pra achar algum apartamento. – ela disse.

– Eu tenho a solução perfeita. – ele disse com um sorriso que dava pra ver do outro lado da linha.

– Qual?! Você conhece algum apartamento vago por aí?! – perguntou curiosa.

– Sim. O meu! – ele respondeu firme.

– Oh, Noah...

– Q, você pode vir almoçar aqui. – interrompeu – Aproveita e toma um banho – ele riu – eu peço pizza e nós conversamos sobre isso. E se você realmente concordar, trago suas coisas ainda hoje. O que acha?

– Uhm... a parte do almoço e principalmente a do banho são muito válidas. – disse levantando o seu braço livre e fazer uma careta.

– Ok! Esteja aqui em 20 minutos. Beijos, Q!

– Pode deixar. Beijos, Noah! – finalizou a ligação.


Olhou-se rapidamente no espelho, pegou sua bolsa e saiu. Chegou no prédio de Puck rapidamente, sentindo um frio na barriga com a possibilidade de ver Rachel ali. Entrou no elevador e apertou o 7° no painel. Marcava “1,2,3,4,5..” soltou um suspiro de alívio quando passou pelo andar da morena. O elevador parou e ela foi em direção a porta de Puck que indicava 7B, era na mesma coluna que a Rac- espantou o pensamento, devia parar de pensar na morena por pelo menos alguns segundos. Bateu na porta e depois de alguns segundos ela finalmente se abriu, para encontrar um Puck com seu típico sorriso nos lábios, seu amigo definitivamente a confortava.


– Ei loira! – ele disse a envolvendo num meio abraço já a levando para dentro.

– Ei moicano! – eles sorriram enquanto Quinn deixava ser levada pelo abraço.

– Bom, a pizza chegou. Ainda está quente, vamos comer! – ele disse indo em direção ao balcão da cozinha e sentando-se.

– Beleza. Estou faminta! – ela respondeu o acompanhando.


Eles comiam e a conversa sobre morar com ele fluía. O apartamento era consideravelmente grande, tinha dois quartos com banheiro, sala e cozinha bem grandes e uma pequena varanda. Puck falava que não era tão bagunceiro. E realmente nessas duas vezes que a loira esteve em seu apartamento, ele estava surpreendentemente limpo e arrumado. O moreno também dizia que ela ia ter a facilidade de poder dividir as despesas, assim poderia ficar com o restante do dinheiro que sua mãe lhe enviaria normalmente. Quinn ainda tinha suas dúvidas quanto a morar ali, e Puck percebeu.


– E você vai poder ficar perto do seu amor. – ele disse sorrindo fazendo a loira arquear as sobrancelhas – Rachel – completou.

– É tão óbvio assim? – a loira perguntou com um sorriso tímido e levemente corada.

– Eu tenho o dom! – disse com um tom convencido – e eu vi o jeito que você olhava pra ela, e ela te olhava da mesma forma.

– Ela está me evitando... – Quinn disse com um sorriso triste.

– Você pode se ajeitar com ela, morando comigo! – ele disse sorrindo.

– Eu sei que você me ama e adoraria que eu morasse com você... – ela deu uma pausa – Você tem uma nova companheira de apartamento – disse com um sorriso de ponta a ponta.


Puck levantou-se, olhou para Quinn brevemente, a envolveu num abraço apertado, fazendo os dois rodopiarem pela cozinha. Ele parou e a colocou no chão.


– Eu sabia que com o argumento da Rachel eu ia te convencer. – ele finalmente disse com um sorriso alegre, fazendo Quinn sorrir da mesma forma.


Os dois conversaram mais um pouco. Tiraram no par ou ímpar quem lavaria a louça, Quinn acabou perdendo. Decidiram voltar para a faculdade e pegar as coisas da loira. Eles já estavam na portaria quando encontraram Kurt adentrando o local.


– Olá Quinn, Puck. – deu um sorriso simpático recebendo um abraço e um aperto de mão como cumprimentos.

– Rachel está com você?? – Quinn perguntou olhando para os lados.

– Oh não – sorriu pela preocupação da loira – ela está lá em cima, eu acho – disse dando de ombros – Ah, Quinn. Eu realmente queria conversar com você, nós podemos tomar um café?

– É que eu estav-

– Pode deixar, Q. – interrompeu – Eu vou lá e pego suas coisas. Não tem problema. – Puck respondeu com um sorriso – Vejo vocês mais tarde! – finalizou saindo do prédio.

– Vamos lá. Tem uma cafeteria ótima logo ali. – Kurt disse incentivando-a.

– Ok. – ela respondeu com um meio sorriso.

Eles chegaram a cafeteria, que para surpresa de Quinn era realmente bastante agradável e ficava a menos de um minuto do prédio. Sentaram-se em uma mesa um pouco distante e fizeram seus pedidos que chegaram rapidamente.


– Bom, Quinn. Vou ser bem direto – Kurt disse firme olhando nos olhos da loira.

– Pode mandar! – mesmo não querendo mostrar, ela estava apreensiva.

– Você gosta da Rachel? E não me venha com gostar do tipo amigas... – ele dizia ainda firme.

– Ou! Bem direto... – ela pausou – e... sim, eu gosto da Rachel. – ela disse tímida e levemente corada pela surpresa, mas sem desviar dos olhos de Kurt.

– Acho que o sentimento é recíproco. – ele finalmente sorriu, mas logo deu um ar preocupado – Mas também acho que ela está confusa quanto a esses sentimentos, você sabe... ela não é gay, ou pelo menos nunca aparentou ser. Ontem depois que chagamos em casa, ela se trancou no quarto e eu não a vi mais. – ele disse em um tom cabisbaixo.

– Ela me evitou hoje, o dia todo. – disse com o mesmo tom de voz do rapaz.

– Sabe Kurt... – ela começou – eu realmente gosto da Rachel. Não sei se “gostar” é a palavra ideal, é muito mais do que isso, e esse sentimento evolui a cada vez que eu estou com ela. E isso pode parecer estranho, já que não fazem nem uma semana que nos conhecemos. Mas eu juro que é verdade..

– Eu acredito em você, vi como vocês se olhavam. – ele disse abrindo um pequeno sorriso para a declaração da loira.

– Meu deus! Sou tão óbvia assim? – ela disse fazendo os dois rirem.

– Eu vou te ajudar nessa. Farei uma gayvenção coma nossa morena. – ele disse sorrindo.

– “Nossa morena”, gostei disso. – ela riu – Obrigada Kurt. – deu um sorriso terno para ele.

– Não precisa agradecer. Ninguém nunca mexeu tanto com Rachel em apenas dois dias, isso deve ser um bom sinal. – ele disse retribuindo o sorriso – Mas que fique bem avisado, se você magoar ela, pode ter certeza que meu glamour virará raiva!

– Pode deixar! – ela disse sorrindo ainda mais.


Eles acabaram seus cafés quase frios, conversaram sobre outros assuntos por alguns minutos e pagaram a conta. Levantaram-se e caminharam de volta para o prédio. Já no elevador se despediram brevemente dando um abraço apertado. Quinn havia ficado com a chave reserva de Puck. Abriu a porta do apartamento e encontrou o moreno sentando no sofá, olhando televisão. Juntou-se a ele, sentando ao seu lado, o moreno a envolveu em um abraço amigável e ela cedeu, apoiando sua cabeça no ombro dele.


Kurt chegou em casa, fechou a porta e jogou as chaves na mesinha de centro. Foi em direção ao quarto de Rachel e deu algumas batidas na porta fechada, sendo recebido alguns segundos depois.


– Adivinha! – ele disse empolgado.

– Pode falar. – ela se virou para ele.


Os dois sentaram-se na cama da morena e ele continuou.


– Você está olhando para o mais novo funcionário da Vogue.com – ele disse com um sorriso ainda maior.

– Oh meu Deus!!! Isso é maravilhoso, Kurt!!! – ela disse animada envolvendo seu amigo em um super abraço.

– Eu sei, eu sei! – ele disse sorrindo e se afastando de forma delicada do abraço – Mas eu não queria exatamente conversar sobre isso agora..

– E sobre o que você quer conversar? – ela disse ainda com o sorriso nos lábios.

– Sobre Quinn.


O clima passou de super alegre para tenso em um piscar de olhos. E Rachel estava congelada.


– Bom, hoje estou sendo direto, então vou continuar deste jeito. – ele começou – Eu sei que você gosta de Quinn, e não adianta negar porque eu sei quando vejo quando vejo um olhar apaixonado.

– Não... não sei do que você esta falando, Kurt. – ela disse se levantando.

– Volte aqui, Rachel Babra Berry! – ele ordenou fazendo a morena sentar-se novamente – Não precisa ficar assim, sei que esse sentimento é muito confuso pra você – mudou para um tom calmo.

– Eu não sou gay, Kurt. – ela disse vacilante.

– Não precisa ser, até eu mudaria minha sexualidade por Quinn Fabray, já viu aquela mulher?! – ele disse com um sorriso.

– Eu estou confusa...

– Eu sei minha princesa. É completamente normal, mas isso não quer dizer que você tenha que evitar de falar com Quinn. – ele disse a envolvendo num abraço fazendo com que a mesma deitasse em seu peito.

– Vocês conversaram?

– Sim, acabei de sair da cafeteria com ela. – disse simples – E ela realmente gosta de você, vou dizer exatamente o que ela me disse: “Sabe Kurt, eu realmente gosto da Rachel. Não sei se “gostar” é a palavra ideal, é muito mais do que isso, e esse sentimento evolui a cada vez que eu estou com ela. E isso pode parecer estranho, já que não fazem nem uma semana que nos conhecemos. Mas é juro que é verdade..” – ele disse olhando nos olhos de Rachel.


A morena se ajeitou e apertou-se ainda mais no abraço, sentindo uma vontade de chorar. Ela estava realmente confusa com os seus sentimentos, mas tinha certeza de que o que sentia por Quinn não era só amizade, e ouvir que o sentimento da loira era realmente verdadeiro, e que a mesma tinha se declarado assim, enchia seu peito de felicidade.


– Dê uma chance pra ela, Rachel. Deixe as coisas rolarem. – Kurt disse fazendo cafuné em sua amiga.

– Eu também gosto dela, Kurt.. – ela disse chorosa.

– Então não tem o que temer. – ele sorriu.


Ela se virou para Kurt, o abraçou e aconchegou seu rosto no pescoço do amigo. Eles ficaram assim por alguns minutos.


– Obrigada, Kurt. Não sei o que faria sem você. – ela disse em quase um sussurro.

– Você não precisa agradecer, eu te amo e é isso o que os irmãos fazem, mesmo não sendo de sangue. – ele disse de maneira acolhedora.

– Eu também te amo, maninho. – ela se permitiu sorrir.





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Notas finais do capítulo

Nota 1: Laura De Oliveira Pieters e pameziliotto parem de adivinhar o que vai acontecer. HAHAHA
Nota 2: Não sei se vou conseguir postar amanhã, mas prometo tentar.
Nota 3: Muito obrigada pelos comentários, eles me alegram muito, de verdade! Podem comentar que eu vou fazer questão de ler e responder cada um de vocês. Fico feliz que estejam gostando da história.
Não lembro de uma nota 4.. então hahaha. Obrigada mais uma vez e beijão!



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