Aquele verão passou rapidamente, passei a semana toda me recordando de Vitor, dele ter sido o meu primeiro, de ter sido maravilhoso com ele. Eu sorria atoa, eu estava tão feliz que parecia que nada de ruim pudia acontecer, eu fiquei o resto do verão sem vê-lo, ele tinha voltado para o trabalho e não tinha tempo para passar em minha casa. Chegou sexta-feira a noite, seria a ultima antes que eu voltasse as aulas e como todas as outras, eu fiquei em casa, assistindo um filme qualquer, que já tinha passado mais de 3 vezes na TV, enquanto o assistia, meu celular tocou e quando o peguei vi na tela, escrito "amor", era o Vitor, então atendi:

– Oi amor?

– Oi linda, como você esta?

– Muito bem e você?

– Bem também, desculpe não ter dado noticias essas semanas, eu estava muito ocupado.

– Tudo bem, sem problemas. Você vai vim esse final de semana para cá né?

– Infelizmente não vou poder, do serviço terei que ir para casa de meus avos, sinto muito.

Conversamos mais poucos segundos e nos despedimos com um "eu te amo", me ajeitei na cama e voltei a assistir o filme, fui dormi mais de 5hrs00min da manhã. Acordei no outro dia quase 16hrs00min, também não é para menos, eu quase virei a noite acorda, decidi que faria algo naquele sábado, levantei da cama e comecei dando uma geral em meu quarto, joguei tudo o que não usava mais fora, deixei o quarto impecável, quando terminei a faxina, eram quase 19hrs00min, então tomei um banho, colei um vestido colado e curto preto, um salto agulha de uns 10cm, uma maquiagem forte, feita exatamente para a noite, arrumei meu cabelo, peguei minha bolsa e sai de casa. Meu pai estava jogado no sofá, enquanto minha mãe estava pirando tentando achar um modo de mudar o meu pai. Fui para uma balada da cidade, é bem ruim sair sozinha, mas eu estava afim de dançar, de beber e não queria ficar em casa, mais sequer um dia.

Assim que entrei, me senti aliviada, pensei que o segurança iria implicar e pedir RG, sou de menor, mas ainda bem isso não ocorreu, eles na realidade nem se importam. Fui direto para o bar e fiquei surpresa ao ver quem era o barmen, era o Ramon, soltei um riso e ele retribuiu com um sorriso acompanhado de:

– O que a moça quer?

– A sua especialidade, me surpreenda.

Dei um leve sorriso malicioso, ele começou a fazer a bebida, ele era bom naquilo, tenho que admitir, ele serviu o drink e eu o bebi, apreciei primeiro e pior que era bom mesmo, enquanto terminava de beber o drink, Ramon foi atender as outras pessoas, alias ele estava em trabalho né. Enquanto me virava para olhar a pista de dança, um homem se aproximou de mim, alto, negro, forte, com um sorriso de tarado, ele devia ter seus 30 anos.

– Oi moça. – E soltou um sorriso safado.–

– Oi. – O respondi sem dar muita atenção. –

– Aceita que eu ti pague uma bebida? – Eu levantei meu copo mostrando que eu estava já com um drink, ele deu um leve sorriso e continuou. – Você esta sozinha?

– Sim.

– Nossa, o que uma moça vem fazer na balada sozinha?

– Estava sem companhia para vim hoje. – Respondi secamente.–

– Agora você tem companhia. Desculpe a falta de educação, meu nome é Edgar. – E se aproximou,me dando um beijo no rosto. – E o seu?

– Pamela, Pam.

– Desculpe a curiosidade, sei que não se deve perguntar isso a uma dama, mas quantos anos você tem?

– Dezesseis. – Respondi baixo.–

– Uol – Risos – Você esta de parabéns

Sorri levemente e em poucos segundos fiquei coroada, ele saiu de perto de mim, depois que um dos seguranças se aproximou, relou no seu ombro e disse algo, só pudi escutar " Senhor Edgar", fiquei imaginando que talvez ele fosse alguém muito conhecido, ou muito importante, talvez o dono dali, ou um sócio, não sei bem, terminei o meu drink e pedi outro em seguida, conversei poucos segundos com Ramon, ele estava ocupado e decidi que deixaria ele terminar o seu serviço, talvez depois a gente se falasse, entornei meu outro copo e enquanto andava, uma das garçonetes me ofereceu um copo de uísque, alias do melhor uísque e disse que foi o Edgar que mandou e apontou para ele, ele estava na outra área, a VIP, apreciei a bebida, enquanto ia para pista de dança, comecei a dançar, era uma eletrônica que tocava e eu estava envolvida na musica, dançando de forma sensual, me virei e vi que Edgar não tirava os olhos de mim, então decidi abusar daquilo, dancei olhando diretamente para ele, eu já estava meio alta, parecia que tudo girava ao meu redor, mas não me deixei levar, eu esqueci de tudo, até do anjo do Vitor. Eu curtia o momento como se fosse o ultimo, o som estava tão alto e ecoante que eu não pudia ouvir meus próprios pensamentos, voltei para o bar para descansar e tomar um pouco de ar, já que lá era mais ventilado, Ramon já tinha ido embora, seu expediente tinha acabado, pedi mais uma bebida qualquer e a entornei, enquanto ainda estava no bar, senti uma mão envolvendo o meu corpo, me agarrando por trás, era o tal do Senhor Edgar, soltei um suspiro, ele segurou a minha mão, me levando direto para área VIP, só havia lindas meninas, havia cerca cinco ou seis garotas, todas novas, creio que nenhuma com mais de vinte anos, havia alguns homens, do mesmo porte que Edgar, bem elegantes e mais velhos, tinha um que até aparentava ter seus 40 anos. Sentei do lado de Edgar depois de observar todo aquele cenário, logo depois já trouxeram outra dose daquele uísque, o entornei rapidamente, ele descia como água em minha garganta, Edgar passava a mão em minha perna, enquanto dizia besterias que eu não conseguia decifrar. Ele me estendeu a mão me dando uma pílula, devia ser êxtase, na realidade era êxtase, em poucos segundos minha mente embaralhou mais ainda, eu ria enquanto sentia Edgar beijando meu pescoço, eu estava muito mole e mal conseguia me mover, ele decidiu que era melhor sairmos dali e assim fizemos, ele me ajudou a caminhar até o seu carro, um lindo e elegante carro, eu não sei a marca, pois não entendo dessas coisas, mas era um carro grande e bem confortável, quando entrei no carro e ele começou a dirigir, eu simplesmente apaguei, só me lembro dele falando algumas coisas e de olhar para frente e ver várias luzes.

Acordei com uma puta dor de cabeça, deitada em uma cama com lençóis de seda, um cheiro de rosas estava no quarto, acordei assustada, não sabia o que tinha ocorrido ou onde eu estava, levantei os lençóis para ver se ainda estava vestida e para minha surpresa eu estava, fiquei aliviada, pelo menos acho que sexo não ocorreu, pois duvido que estaria vestida. Me levantei e fui explorando a casa, uma grande e linda casa, com uma grande varanda e  um enorme quintal, e então me deparei com Edgar, sentado em uma mesa repleta de comida, eram pães, frutas, sucos, os cacete a quatro, me sentei meio na reta guarda, ele ficava sorrindo, me deu um copo com suco e um comprimido, disse que seria bom para minha dor de cabeça, e assim tomei.

– Onde eu estou?

– Minha casa, em uma de minhas casas. – Ele riu. – Você adormeceu ontem e como não sabia onde você morava, decidi ti trazer para cá.

Eu demorei um tempo para absorver tudo aquilo, conversamos mais uns minutos e ele disse que seria bom a gente dar uma passada na piscina antes dele me levar embora, e concordei. Até tinha um biquíni para mim, ele disse que tinha comprado especialmente para mim e que depois eu poderia até levá-lo para casa, coloquei o biquíni e fui para piscina, nadamos alguns minutos até que disse que tinha que ir embora, tomei um lindo e maravilhoso banho em uma hidromassagem, aquilo era uma delicia, me troquei e saímos rapidamente daquela grande casa. Ele me deixou em frente de casa, estava com certo medo de meus pais verem, ele se despediu com um beijo no rosto e disse:

– Espero ti ver de novo, tenho um mundo que você adoraria conhecer.

Dei um grande sorriso e entrei para casa, ninguém se encontrava em casa, creio que eles nem sentiram falta da minha ausência, fui para o meu quarto e quando entro me deparo com quem eu menos espera ver.