Sussurros De Uma Suicida. escrita por Aprimorada


Capítulo 10
Capítulo 10- "Dor" - Manhã.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/344744/chapter/10

Eu acordei com um puta dor de cabeça, meu Deus como doía , minha boca estava seca e com um certo gosto azedo, creio eu que por causa do vomito, me levantei lentamente da cama, senti uma leve tontura, minha toalha estava próxima, jogada na cadeira, peguei ela e fui para o banheiro, havia um cheiro horrível, e voltei a vomitar, só que não consegui chegar até a privada, vomitei no chão. Depois de alguns minutos, tentando me recompor, tomei um banho, fiquei quase 1 hora no banho, só sai, porque ouvi minha mãe subindo as escadas, batendo em minha porta e gritando:

– PAMELA? ONDE VOCÊ ESTAVA? ABRE ESSA PORTA.

Sai ainda de toalha do banho, fechei a porta do banheiro, só para ver se conseguia disfarçar o cheiro de vodca que estava impregnado em meu quarto. Abri a porta e ela entrou praticamente correndo, segurou em meu braço, chorando e dizia:

– PORQUE? PORQUE ISSO PAMELA? VOCÊ SUMIU, PENSEI QUE TINHA ACONTECIDO ALGO COM VOCÊ...

– Mãe? Mãe? Eu to bem, me desculpa – Eu dizia com o tom baixo, só para ver se ela se acalmava. –

– MAS SE TIVESSE ACONTECIDO ALGO COM VOCÊ?

– Mas não aconteceu mãe. – E eu lhe dei um abraço. –

– Nunca mais faça isso. – Disse ela, bem baixo em meu ouvido.–

Ficamos abraçadas alguns segundos, e elas se virou e saiu do meu quarto, encostei a porta e fui me trocar, terminei de me vestir e meu irmão já foi abrindo a porta, sem nem bater.

– Ei?

– Oi?

– Tem 5 reais para me emprestar?

– Nem tenho. – Mas na mesa do meu computador, havia 20 reais. –

– E aquele dinheiro? – Disse ele apontando. –

Eu não tinha muita escolha, e lhe dei 10 reais, ele saiu todo feliz, eu já saiba para o que era o dinheiro, isso mesmo, para a cocaína. Eu liguei o meu computador, enquanto ia arrumando ele, fui lavar o banheiro, voltei e entrei em uma rede social minha. E lá estava um convite de amizade do Fabio, isso o garoto da noite passada. Aceitei a amizade e desci até a cozinha, peguei um copo de leite, tomei um gole e senti o meu estomago doer, decidi trocar, peguei um copo de café, subi para o meu quarto, enquanto bebia, ainda sentia uma azia, e uma leve dor no estomago, e comecei a pensar no que eu havia feito na noite passada, me senti uma vadia, mas eu gostei da sensação, não sabia porque, mas eu queria repetir aquilo e isso me assustava. Enquanto estava pensando, uma janela subiu na minha rede social, dizia Oi? Quando vi o nome era o Fabio. Então respondi:

– Oii.

– Você esta melhor?

– Estou sim e você como esta? :)

– Bem. Tem como a gente se ver hoje?

– Que horas?

– Agora?

– Tudo bem. Estou indo pra praça.

Desliguei o computador, e desci as escadas, dessa vez avisei a minha mãe que estava saindo. Fui caminhando até a praça, quando estava chegando, senti uma mão em minha cintura e depois um puxão e um certo acochamento, me virei rapidamente e vi que era o Fabio, ele estava com um grande sorriso no rosto, e disse:

– Oi amor. – Enquanto me dava um beijo.–

– Oi. – Disse lhe sorrindo, mas com um certo espanto.–

A gente sentou no banco e ficamos ali conversando durante algumas horas, ele me fazendo carinho e me dando beijos, até que um amigo dele se aproximou e lhe perguntou:

– Tem uma paranga ai?

Ele se levantou rapidamente e se afastando com o menino, não pudi ouvir o que eles conversaram, quando ele voltou, sentou e me deu um beijo e eu logo perguntei:

– Paranga? É maconha né?

– Sim. – Disse ele com certo desconforto. –

– Você trafica? Sei que não é da minha conta, mas só gostaria de saber.

– Trafico sim.

– Eu posso fumar com você?

– MACONHA?

– Sim.

Ele me abraçou e nem me respondeu, fiquei com raiva da situação, eu gostaria de experimentar, e ele fez isso, me deixou falando sozinha. Ficamos em um silencio durante mais uns 10 minutos, até que meu irmão se aproximou:

– PAMELA? A mãe ta ti chamando. Vem.

Disse lhe tchau, mas ele não queria que eu fosse embora, eu disse que de noite a gente se via, e então ele me deixou ir embora. Fui andando, e vi minha mãe no portão a me esperar, perguntei de longe:

– O que foi?

– Você não vai almoçar? Já são 15h00min.

– Vou sim.

Entrei indo em direção a cozinha, coloquei a comida no prato e me sentei na sofá e comecei a comer, só comi ali, pois meu pai não se encontrava, devia ter saído para algum lugar e eu meio que dava graças a Deus por ele não estar lá. Terminei de comer e acabei adormecendo ali mesmo no sofá.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sussurros De Uma Suicida." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.