New End - New Moon escrita por Merida 076


Capítulo 32
CAP 29 (part. 3) - Conversa


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpe não aparecer na semana passada, mas como já me desculpei e justifiquei em alguns lugares, espero que me perdoem a demora.
Sem mais delongas, ao cap...



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- Ah, não estou brincando – insisti radiante – Poderia, por favor, procurar ouvir o que estou lhe dizendo? Vai me deixar tentar explicar o que você significa para mim?

Examinei seu rosto por um tempo, até ter certeza de que ela me ouviria.

Edward narrando

- Antes de você, Bella, minha vida era uma noite sem lua. Muito escura, mas havia estrelas... Pontos de luz e razão... E depois você atravessou meu céu como um meteoro. De repente tudo estava em chamas; havia brilho, havia beleza. Quando você se foi, quando o meteoro caiu no horizonte, tudo ficou negro. Nada mudou, mas meus olhos ficaram cegos pela luz. Não pude mais ver as estrelas. E não havia mais razão para nada.

- Seus olhos vão se acostumar – murmurou, deixando-me indignado com sua atitude, eu esperava algo mais... Não sei, quem sabe algo como um abraço, ou palavras dizendo que também sentia falta, ou seja lá o que for, só não esperava por uma patada dessas.

- É esse o problema... – murmurei de volta – Eles não conseguem.

- E suas distrações? – ri sem humor.

- Só fazem parte da mentira, meu amor. Não existem distrações para a agonia. Meu coração não batia havia quase noventa anos, mas isso era diferente. Era como se meu coração não estivesse ali... Como se eu estivesse oco. Como se eu tivesse deixado com você tudo o que havia aqui dentro.

- Engraçado – murmurou e eu arqueei a sobrancelha, tentando entende-la.

- Engraçado?

- Eu quis dizer estranho... Pensei que fosse só comigo. Também faltaram muitos pedaços de mim. Não consegui respirar por muito tempo. – soltou um suspiro baixo – E meu coração. Esse estava definitivamente perdido.

Fechei os olhos e coloquei o ouvido em seu coração, apesar não haver mais som algum, era algo bom de se fazer. Senti seu rosto junto ao meu cabelo, mas não estava apoiada ali, era como se estivesse apenas apreciando a maciez dele em sua pele, sentindo o  aroma que muitas vezes ela confessou ser delicioso.

- Então rastrear não foi uma distração? – perguntou, a curiosidade em sua voz era perceptível.

- Não – suspirei – Nunca foi uma distração. Era uma obrigação.

- Como assim? – questionou-me.

- Embora eu nunca tivesse esperado algum perigo de Victoria, não ia deixar que ela se safasse... Bem, como eu disse, fui péssimo nisso. Eu a rastreei até o Texas, mas depois segui uma pista falsa até o Brasil... E não sei onde está agora. – grunhi, pensando que ela poderia estar perto – E nesse meio tempo, pior do que meus piores temores...

- Você estava caçando Victoria? – Bella emitiu um som agudo, sua voz subiu duas oitavas.

Os roncos de Charlie falharam duas vezes, depois voltaram a recuperar o ritmo regular de sempre.

- Não me saí bem – respondi, examinando sua expressão ainda confuso de sua reação – Mas farei melhor da próxima vez. Ela não vai poluir o ar perfeito respirando por muito mais tempo.

- Isso está... fora de cogitação – resmungou emburrada, parecia – obviamente – não gostar da situação, parecia menosprezar a ideia. Quando percebeu que eu falaria algo sobre o assunto ela cortou-me – Você não prometeu que não iria embora? – deu uma leve pausa, logo continuando – Isso não é lá muito compatível com uma longa expedição de rastreamento, não é?

Franzi o cenho. O rosnado se formando em meu peito. Não devia deixa-la, não queria deixa-la.

- Vou cumprir minha promessa, Bella. Mas Victoria... – o rosnado tornou-se mais alto – vai morrer. Logo. – isto não era uma suposição, era uma promessa.

- Não sejamos precipitados. Talvez ela não volte. Não há motivo real para procurar por ela.

- Talvez... – murmurei duvidoso.

Nós continuamos com a conversa, agora puxada a outros assuntos, como por exemplo, como foram os meses que ela passou naquela espécie de ‘escola de bruxos’. Por fim, ela quis sair, ir até minha casa. Eu não gostei muito da ideia, mas ela iria por si própria, então eu acabei concordando em ir junto.

- Tudo bem – suspirei – Vou lhe dar uma carona.

- Sabe que posso correr como você, não é? – perguntou divertida.

- Sei, mas gosto de carrega-la. – confessei e Bella deu de ombros.

Não fiquei satisfeito, eu pretendia passar a noite a beijando, talvez mais do que isso... Mas, sem discutir, a peguei em meus braços, disparando pela janela, e pousando sem solavancos, como um gato.

- Lá vamos nós – murmurei, a voz cheia de reprovação, na verdade não era exatamente isso, era apenas, desgosto, ou talvez desanimo – Suba.

Mesmo sabendo que ela poderia fazer isso perfeitamente sozinha, eu a ajudei a subir em minhas costas, e então parti correndo. Estava muito silencioso - e aos olhos humanos, escuro – enquanto corríamos pela floresta. Eu apreciava a sensação de senti-la em minhas costas e de ter sua pele macia sob minhas mãos, mesmo que com a calça jeans que Bella usava, era uma sensação boa, maravilhosa.

Seu queixo estava apoiado em meu ombro, e sua bochecha estava contra meu pescoço, deixando-me sentir a maciez do local em minha pele fria e dura.  Então seu rosto virou, e seus lábios encontravam o mármore duro onde antes estava sua bochecha, meu pescoço. Era uma sensação maravilhosa, deixava-me desarmado, mas eu ainda assim adorava quando a fazia.

- Obrigado – agradeci. – Isso significa que concluiu que não irei embora?

Ela riu, de forma natural, relaxada. Do modo que eu gostava. Mas sentir sua risada em meu pescoço era melhor ainda, causava-me um choque elétrico, mas não daquele tipo que te dá medo, e sim daquele que te faz querer mais a cada momento, é, eu estava completamente e irrevogavelmente entregue a ela – pensei comigo mesmo.

- Para ser bem sincera, não. É que na verdade, seja como for, não tenho a certeza de que um dia não queira partir.

- Vou de algum jeito recuperar sua confiança – murmurei baixo, como se fosse apenas um pensamento falado – Nem que seja meu último ato

- Eu confio em você – garantiu-me – É em mim que não confio.

- Explique, por favor.

Diminui o ritmo para uma caminhada, pois não estávamos tão longe de casa.

- Bom... Não confio em mim mesma para ser... o bastante. Pra merecer você. Não há nada em mim que possa prender você – Bella explicou a besteira em que parecia acreditar cegamente.

Parei de andar e em seguida a desci de minhas costas, em seguida a tomei nos braços com força, abraçando-a contra meu peito.

- Sua prisão é permanente e inviolável – sussurrei em seu ouvido – Jamais duvide disso.

Ela continuou muda, mas pude perceber um sorriso brotar em seus lindos lábios.

- Você ainda não me disse... – murmurei lembrando-me da conversa que tivemos, onde ela me disse que Victoria não era um grande problema, e que os Volturi também participavam desta lista.

- O quê?

- Qual o seu maior problema.

- Vou deixar que você adivinhe – suspirou e então seu indicador tocou a ponta de meu nariz. Assenti.

- Sou pior do que os Volturi – falei sombriamente – Acho que mereço isso. – pude vê-la revirar os olhos.

- O pior que os Volturi podem fazer é me matar.

Esperei por uma explicação para tal comportamento, meus olhos estavam tensos.

- Você pode me deixar – falou – Os Volturi, Victoria... Eles são nada comparados a isso.

Sinceramente eu tinha medo de que ela não confiasse mais em mim como antes. A angústia estava presente em meu rosto, e Bella percebeu isso, pois tentou distrair-me.

- Não – sussurrou tocando meu rosto – Não fique triste.

- Se houvesse uma única maneira de fazer você entender que não consigo deixa-la – sussurrei – O tempo, imagino, acabará por convencê-la.

- Tudo bem – concordou.

Acho que ela reparou em meu rosto atormentado, talvez não soubesse exatamente o motivo para tal, mas ainda assim tentou distrair-me, ou apenas queria continuar a conversar, encontrando assim um novo assunto.

- E, então... Já que você vai ficar, pode devolver minhas coisas? – perguntou tranquila.

Eu ri por sua pergunta, apenas com a boca, mas ri. Meus olhos ainda os mesmos.

- Suas coisas nunca desapareceram. Eu sabia que era errado, uma vez que lhe prometi paz sem lembranças. Foi idiota e infantil, mas queria deixar algo de mim com você. O CD, as fotos, as passagens... Está tudo debaixo do assoalho de seu quarto. * (N/A: trecho encontrado nas páginas 408 à 417 de Lua nova e adaptado para a fanfic).

- Mesmo? – assenti.

- Claro, queria deixar lembranças, mesmo que estivessem escondidas e você talvez não as encontrasse, estava tudo lá, o tempo todo. – suspirei – Na verdade, mais cedo ou mais tarde, eu voltaria. Eu te amo demais para não me fazer presente em sua vida. Eu sabia que tinha chances de você não me querer mais, ou estar com outro, ou talvez até mesmo morando com sua mãe, mas no momento em tudo o que pensei foi na sua segurança, por que eu te amo demais para arriscar sua vida. – declarei-me, recebendo em troca o mais saboroso dos lábios.

Primeiramente foi apenas um roçar de lábios, e então minhas mãos foram para a base de suas costas, enquanto as suas subiam por meus braços, deixando-me desejoso. Colei nossos lábios vorazmente, e logo senti sua língua contra meus lábios, pedindo passagem. Eu me controlava para não mordê-la, pois se apenas o cheiro de seu sangue era saboroso, imagine o gosto de seus lábios... Mil vezes melhor!

Abri levemente meus lábios, sentindo a textura de sua língua sobre a minha, invadi sua boca também. Suas mãos fecharam-se ao redor de meu pescoço, e as minhas – que ainda estavam na base de suas costas – puxaram seu corpo, o colando ainda mais ao meu.

Fiquei excitado quando suas unhas começaram a arranhar levemente minha nuca. Uma de minhas mãos seguiu até sua cintura, apertando o local, enquanto a outra atravessava por suas costas, agarrando-a, literalmente. Ela abriu os olhos, que passaram a olhar profundamente nos meus, e eu repetia seu ato.

Minha respiração estava descompassada, e a sua não se encontrava em melhor estado. Encostei nossas testas, separando assim nossos lábios, enquanto ofegávamos em sincronia.

Quando nos acalmamos, coloquei-a a meu lado, envolvendo sua cintura, e seguimos a passos humanos até a casa. Quando entramos alguns deles estavam na sala, como por exemplo, Alice, Esme, Rosalie e Jasper.

 Esme queria saber o que havia acontecido com ela quando fomos embora, e elas ficaram conversando, então fui atrás de Carlisle e Emmett, que estavam assistindo ao jogo de basebol na sala de TV.

Ficamos ali por algum tempo, e depois Bella disse que tinha de voltar, mas eu voltei junto a ela. Voltamos a seu quarto, e nos deitamos sobre os lençóis, um ao lado do outro, com ela sobre meus braços.

- Eu te amo – sussurrei olhando profundamente eu seus olhos.

- Eu também te amo, nunca deixei de te amar – sussurrou de volta.

E então selamos nosso amor com um beijo lento e apaixonado. Sem nos preocuparmos com o resto, pois naquele momento éramos apenas nós dois, e nossos lábios que selavam nossa prometa de amor.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Ficou mt monólogo ou está bom? Na semana q vem tem o epílogo, e depois eu irei postar outra fic, mas em breve pretendo voltar aqui p/ postar a 2ª fase.
Bjs



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