Betrayed escrita por Diana


Capítulo 16
O truque do amor


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu de novo! Dá pra perceber que eu estou animada pra postar né? kkkkkk mesmo com só uma pessoa comentando, que eu agradeço muito. E falando nisso, esse cap é dedicado a Lady L *u*
Acho que peguei um pouco pesado no final, mas... vamos ver o que vocês acham.
Boa leitura!



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            Giro nos calcanhares com a chave em uma mão e a arma na outra. Natalie aponta sua própria arma para o meio da minha cabeça, com o dedo no gatilho. Ela está com um olhar muito mais feroz do que eu estava acostumada. Cerro os dentes de raiva.

            - Entregue a chave, a arma e a faca que eu sei que esconde na bota – diz ela. Continuo imóvel. – Agora!

            Minha mente dispara a duzentos quilômetros por hora para tentar pensar em uma saída.

            - Como fez isso? – pergunto querendo enrolar.

            - Conversas para depois, queridinha. Primeiro quero o motivo pelo que vim aqui. E é melhor empurrar isso logo.

            Agacho-me devagar e jogo a chave e a arma no chão, fazendo-as deslizar até bater nos pés de Natalie. Ela continua apontando a pistola para minha cabeça até eu pegar a faca de dentro do coturno e entregá-la também. Depois, Natalie se abaixa e pega os três itens, sem tirar os olhos de mim.

            - Então – suspira ela enquanto guarda as coisas nos bolsos da calça -, aqui estamos nós, não é mesmo? Que ironia.

            - Você traiu Drake – rosno com as mãos tremendo.

            Natalie dá uma risada debochada.

            - Não, eu não o traí. Porque nunca estive do lado dele. Mas você deve ter percebido isso, apesar de não ter uma mente tão evoluída se para descobrir a verdade ela teve que estar estampada na sua cara.

            - Você vai ficar aí com esse monólogo a noite toda? Porque pode me matar agora mesmo – falo.

            - Ah, não, isso seria cedo demais. – Natalie sorri. – Estou esperando uma coisa ser feita, e depois você morre. Enquanto esperamos, que tal eu explicar como tudo foi e vai ser feito? – Ela ri. – Quer dizer, passo a passo, assim talvez você entenda. Sou um pouco diferente do que você pensava, não?

            - Ainda é a mesma vadia de quando chegou – retruco.

            O rosto de Natalie se contorce. Em um movimento rápido, ela mexe a arma alguns milímetros para baixo e para a direita e atira. Eu grito e inclino para trás com os olhos ardendo ao sentir a dor lancinante explodir em meu ombro esquerdo.

            - É melhor calar a boca. Minha mira é bem melhor do que isso, acredite – Natalie ameaça enquanto eu tento ficar em pé direito.

            Seguro o ombro que queima e a encaro.

            - Sabe, eu tenho que confessar – diz Natalie. – Você foi um problema no começo. Não achei que alguém desconfiaria de uma pobre, doce e inocente mulher que não quer ferir pessoas – ela afina a voz nessa parte. – Mas tinha Drake. Ele era o inteligente, mas quem é que resiste ao amor ou pelo menos ao que acha que é o amor? Então era só fazer com que ele te convencesse a ser minha amiga. E funcionou perfeitamente.

            Fico parada, ouvindo, com o coração ainda acelerado por causa do tiro. Sangue escorre por meu braço por baixo da blusa e a mão que segura o ombro está toda vermelha.

            - Eu consegui pegar a localização da chave porque eu sempre a tive. Meu pai é Vicent Foster, caso você não tenha notado as iniciais na minha mochila. Fui até boazinha demais com todas essas dicas, mas vocês três foram tão idiotas que nem deram atenção. Só precisávamos da senha para pegar a chave, veja bem. Todos tivemos nossos papéis.

            - Fui eu quem matou o Jack – confessa ela friamente, e minha raiva sobe. – Não leve para o pessoal. Ele até que era legal, mas quando estava gritando para você que eu era uma traidora no meio daquele tiroteio... foi necessário. Só não posso dizer que estou arrependida, seria uma mentira.

            - Outra, você quer dizer, né? – digo com a voz entrecortada. Quero voar naquele pescoço pálido e magro e rasgá-lo em pedaços para me vingar.

            Natalie aponta a arma para o outro ombro.

            - Diga mais qualquer outra coisa e eu atiro de novo, entendeu?

            Ouvimos um barulho do lado de fora, como um estalar metálico. Natalie olha de esguela para a porta sem mexer o corpo e depois volta a olhar para mim.

            - E por fim, ficamos sabendo que Weasel mandaria duas pessoas para apoiá-los. Resolvemos substitui-los e fingir que éramos eles para poupar o trabalho e as coisas ficarem mais fáceis. Talvez você ache os corpos no fundo de um lago, ou rio, ou mar.

            Parei de prestar atenção no que ela dizia no “resolvemos substitui-los”. No plural. Eu novamente demorei demais para perceber o que está acontecendo. Natalie disse que nós três fomos muito idiotas para dar atenção ao que estava acontecendo. Se estivesse contando com ele, diria nós quatro.

            - E o truque de distrair com amor também foi usado com você – termina Natalie.

            Estou rezando com todas as forças para estar errada, mesmo sabendo que não estou. A porta é aberta, e meu coração vai parar na boca. Meus olhos ardem.

            - Demorou, docinho – observa Natalie.

            - É, o amigo dela não é exatamente fácil de ser controlado. Mas tudo certo e dentro do combinado – responde Max, esfregando as mãos nas calças para limpar a poeira.

            - O que você fez? – murmuro, tão baixo que temo que nenhum dos dois tenha me ouvido. Mas ouviram. Natalie abre um sorriso maldoso.

            Max ergue as sobrancelhas, com um olhar frio e vazio. Ele me encara indiferente, mil vezes pior do que antes de ficarmos juntos.

            - Você já sabe os detalhes, amor – diz ele com ironia. – Agora vamos. É hora de você ser útil para pelo menos uma coisa.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??



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