A Harmonia escrita por LittleLemonPie


Capítulo 2
Amber.


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo ela estará narrando! *Há violência nesse capítulo*



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Era inverno, quando tudo foi clareando a primeira coisa que vi foi o branco da neve e depois senti um frio horrível. Obrigada, Jack Frost...

O meu nome é Amber, meus pais tinham bastante dinheiro como a maioria das pessoas da cidade em que eu morava, e por isso eu sofri um atentado junto com várias outras crianças. Ladrões raptaram os filhos das famílias mais ricas de onde eu morava e pediram uma quantia impossível em troca pois nem mesmo com tanto dinheiro conseguiram a quantia que desejavam. A verdade é que aquelas famílias não eram realmente ricas, apenas eramos muito próximas do rei então ganhávamos vários presentes caros. Mas eles acharam que era mentira e que,na verdade, não queríamos pagar.

Foi horrível, ficamos presos em um casarão abandonado, as crianças gritavam por socorro e a cada uma hora que se passava, uma das crianças era morta e jogada pela janela para que seus pais pudessem ver. Depois da décima terceira ser morta, eles me pegaram. Eu mantive a calma, era o que eu sabia fazer de melhor. Eu consegui olhar pela janela e vi os meus pais e os das outras crianças chorando e tentando oferecer tudo o que tinham, mas os ladrões queriam dinheiro puro.

Mais um risco na parede, e minha hora havia chegado. Me colocaram sentada na janela, eu pude ver meus pais chorando e eu dei um sorriso para eles, como uma despedida, a dor agoniante de uma lâmina percorreu minha garganta e... eu acordei no meio de uma floresta. Minha roupa ensanguentada estava ao meu lado e no meu corpo havia uma idêntica só que limpa. A lua iluminava mais intensamente do que nunca e parecia que seu brilho apontava para o meu coração.

Me levantei e comecei a andar. Eu deveria estar assustada mas a luz da lua parecia não permitir aquilo. Eu sabia que estava morta mas...eu estava viva. Andei até chegar em um vilarejo onde vi uma criança chorando. Cheguei mais perto.

–Ei, pequeno por que choras tanto? -Eu toquei-lhe o braço e ele levantou o olhar para mim secando as lágrimas. Respirou várias vezes e pareceu relaxar.

–Pequeno? -eu o chamei.

Ele continuou a me olhar, como se eu fosse algum tipo de ave diferente, tentou me tocar mas sua mão passou direto por mim e por isso repetiu o gesto várias vezes como se alguma hora fosse conseguir pegar o que tentava.

–Um anjo?! -ele abriu um sorriso largo, se levantou e sua sacola de couro do chão. -Eu...me lembro o caminho de casa! Um anjo me deste o caminho para casa! -ele falou com a voz animada e saiu correndo.

Estragaste a diversão...–Uma voz grave veio do nada enquanto uma sombra saia da escuridão e foi se materializando até virar um homem alto, magro de cabelos escuros e olhos cor de âmbar.- Quem és tu?

–Amber Constir.

Ele levantou uma sobrancelha.

–Ora, ora. A garota que não se assusta. Nem quando estavas prestes a morrer... Mas morreste, então...-Ele olhou para a lua e deu um rosnado. -Boa sorte, minha cara harmonia... - Ele sumiu nas sombras.

Demorei mais alguns dias para me tocar do que realmente estava acontecendo. Aparentemente eu fui escolhida pela lua,ou melhor, pelo Homem da Lua para ser a harmonia, um dos poucos espíritos que além de ajudar as crianças também ajudaria os adultos.

E foi o que eu fiz. Ia à todos os lugares possíveis para amenizar o que o Pitch fazia. As pessoas se sentiam bem, ao esquecer um pesadelo ou seus problemas. Eu adorava meu trabalho!

As vezes enquanto eu cantava para as crianças, para desacelerar o coração confuso da dor de um medo, eu via os sonhos que o Sandman mandava à elas para espantar seus pesadelos e as vezes até as fadinhas do dente ou sua rainha em pessoa. Adorava ver todos trabalhando para ajudar as crianças e adolescentes, ou as vezes até mesmo os adultos, e eu sabia que também estava ajudando.

De vez em quando via o Papai Noel, o coelho da páscoa, dragões e faunos. Mais raramente, eu via um Lobisomem, unicórnios e algumas ninfas.
Fora os planos e os servos de Pitch, um dos meus grandes problemas é que eu era muito desejada pelos adultos e minha obrigação era ajudar mais as crianças, pois essas não podiam resolver seus problemas sozinhas.


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