Nosso Destino escrita por Isabella Cullen, Lia_Cullen


Capítulo 38
Capítulo 38 - De Volta


Notas iniciais do capítulo

Bem meninas ai esta mais um capitulo para vcs!!!!!!



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"Como uma estrela pelo meu céu,

Como um anjo fora da página,

Você apareceu na minha vida,

Parece que eu nunca vou ser a mesma,

Como uma canção em meu coração,

Como óleo em minhas mãos,

 É uma honra amar você!.

Ainda me pergunto o porque,

Eu não discuto desse jeito,

 Com ninguém a não ser você,

 E nós fazemos isso o tempo todo,

 Isso esta me deixando louca

Like a Star – Corine Bailey Rae

Eu estava olhando Edward dormir e me perguntando como chegamos aqui, sorri ao vê-lo tão pacifico e sereno assim. Suas feições mudaram drasticamente, poderia jurar que o peso do mundo que ele carregava se esvaiu de alguma forma. Até quando fizemos amor foi uma entrega diferente tenho certeza, tinha uma liberdade e uma vontade que não estavam ali antes. Eu estava amando isso. Levantei sem despertá-lo. Assim que desci os empregados vieram perguntar como eu queria o café da manhã e eu avisei que esperaria numa área em frente à praia. A vista era maravilhosa realmente e sentada numa das várias mesas eu olhei tentando imaginar nosso casamento, não queria muitas pessoas e queria que Nessie entregasse as alianças. Gostaria que James estivesse aqui, queria mais uma vez o sorriso de Kate e que meu pai me levasse até Edward num altar que daria para o mar e o por do sol.

O café foi servido e comecei a anotar o que gostaria e o que precisava ver para o casamento, a língua seria um problema e me sentia mal de envolver Alice e Rose nisso, elas transformariam isso num circo desnecessário e eu queria simples e elegante. Tomei meu café com calma feliz por Edward estar descansado e assim que levantei o vi parado a porta me olhando.

- Acordou?

- Há um tempo já.

Reparei as suas roupas e fui até ele. Edward tinha tomado banho e estava muito cheiroso.

- Já tomou café?

- Estava admirando minha mulher. – ele disse bobo. – Já providenciei tudo para irmos, tome um banho e faça as malas.

- Vamos agora?

- Um jato está esperando e já avisei que vamos aos EUA resolver algumas coisas que deixou pendente, Ágatha e Paul queriam vir amanhã, mas acho que isso ficará para quando voltarmos.

Foi então que uma luz se ascendeu e sorri satisfeita.

- Tem o telefone de Ágatha?

Edward estranhou meu pedido.

- Está na agenda do meu celular. Deixei-o no quarto, é só ligar.

Beijei-o feliz.

- O que está aprontado? – perguntou divertido.

- Nosso casamento.

E um brilho de felicidade o tomou e ele me abraçou e me girou chamando atenção de todos da casa. Rimos juntos e depois dele me libertar fui até o quarto ligar para Ágatha. Ela ficou emocionada depois que disse que ela era a pessoa mais normal que conhecia e que de alguma forma eu sabia que poderia confiar nela para realizar as coisas que tinha pensado. É claro que ela disse que precisaria ver a casa, me exigiu uma data e para quantas pessoas seria. Coisas essas que eu nem sabia, mas disse que veria a data com Edward, para ela pegar uma lista com Esme que favorecesse amigos íntimos e deixaria os empregados avisados da sua presença por esses dias. Ela me mandou comprar revistas de noiva para me animar, só  não contei a ela que não faria isso nem amarrada para não deixar ela triste, mas isso não era opção.

- Está tudo pronto?

Edward entrou no quarto horas mais tarde.

- Acho que sim. Suas coisas?

-Tenho uma mala sempre pronta e no jato já providenciaram muitas coisas, mulheres que são mais exigentes. – disse rindo – Vamos?

- Sim.

Olhei para nosso quarto verificando se faltava mais alguma coisa e peguei minha mala e assim que me aproximei Edward pegou gentilmente e fomos no carro dele ouvindo música e conversado.

- Precisamos de uma data. – disse num engarrafamento no centro.

- 4 de agosto. – disse convicto - Último dia do verão grego. Eu quero me casar no verão.

Fui olhar meu calendário.

- Isso nos dá menos de 1 mês tem consciência disso não?

- Sim, mas depois dessa data não será mais verão. E eu tenho certeza que quero me casar nesse verão meu amor.

Rapidamente e desesperadamente mandei várias mensagens para Ágatha dizendo que o maluco do noivo escolheu a data e que seria em menos de um mês, ela gritou com Edward no telefone e ele não mudou sua opinião, só uma vez que ele disse que queria para semana que vem, foi então que ela desistiu e falou para não demorarmos essa viagem.

A viagem. Isso seria algo bem complicado. Nunca mais fui a Forks, desde que tinha perdido Kate e James, respirei fundo quando me ajeitava na poltrona do jato e Edward verificava seus e-mails e fazia algumas ligações. Pedi um suco na vã tentativa de me acalmar e o que aconteceu foi que durante as horas de viagem eu me peguei lembrando cada detalhe da minha vida, de cada fato sem importância, de cada pessoa que cruzou meu caminho, de coisas que queria rever e de outras como Alec que queria nunca mais ver.

- Fiquei calma, fiz reservas num hotel. Não precisa ir assim que descermos. Pode tomar um tempo. O tempo que quiser.

Edward disse quando retirava o cinto de segurança. O aeroporto mais perto de Forks era o de Seattle, então um carro com um motorista iria nos levar a Port Angeles. O que não dormi durante toda viagem de repente veio com força e acabei adormecendo e só acordei pela manhã. Como tinha chegado àquela cama eu não saberia dizer, só sei que acordar com Edward sentado do lado lendo jornal era muito bom.

- Bom dia amor. – ele disse – Pedi o café da manhã. Deve chegar em poucos minutos.

Sentei-me ao seu lado me aconchegado a ele.

- Eu estou de camisola. – observei.

- Mudei sua roupa, dormia tão pesado que só reclamou quando saí do seu lado. Disse algo como: não ouse dormir longe de mim.

Ele riu e eu revirei meus olhos para ele. O café não demorou a chegar realmente estava com muita fome quando comecei a tomar.

- Para onde vamos primeiro? Temos um carro a nossa disposição.

- Posso dirigir ele ou temos algum motorista?

- Posso dispensar o motorista se prometer não pararmos numa delegacia mais uma vez, aqui as coisas realmente são diferentes e nem uma aliança te salva.

Edward era um idiota completo mesmo. Achei melhor não ligar para Jacob, iria direto para sua oficina na reserva. Ficaria melhor assim. Dirigir de novo pelas estradas de Washington me causava uma estranha emoção, nostalgia com felicidade. Expectativa e medo.

- Muito bonito esse lugar, um verde diferente....

- O cinza torna o verde ainda mais verde não?

- Acho que sim. – disse Edward vendo a paisagem. – Já...hum... andou muito... explorou quero dizer?

- Meu pai e Billy sempre pescavam. Eu e James íamos de intrometidos, atrapalhar. Jacob ia para ajudar na bagunça e mamãe dava graças a Deus de ter a casa só para ela por alguns dias.

- Sua mãe sofria com vocês.

- Esme não foi diferente. Mas eu e James éramos cúmplices... os dois sempre ficavam de castigo porque eles nunca sabiam quem era o culpado.

- Emmett sempre levava a culpa. – disse Edward divertido. – Não importava o motivo, a culpa era dele.

- Tenho certeza que se aproveitou bastante disso.

Virei numa rua e avistei a oficina de Jacob. O lugar só mudou um pouco e ele estava lá, todo sujo, sem camisa e discutindo com Sam. Eu poderia jurar que nem um segundo havia se passado desde que saí ou vim para a Reserva pela última vez. Os gritos foram ficando maiores e Edward ficou assustado.

- Com certeza estão somente conversado. – o acalmei.

- E se estivessem brigando?

- Como Billy diz: já estariam aos socos e rolando o chão feito filhotes de cachorro.

Edward ainda estava receoso quando saímos do carro. Jacob e Sam estavam distraídos demais para perceber nossa presença.

- Eu acho que é água no motor. – disse me aproximado e eles pararam olhando para nós.

Sam saiu correndo e me pegou o colo girado e Jacob me deu um abraço longo assim que consegui me libertar de Sam.

- Bella  isso é maravilhoso! Quando chegou? Como está Nessie?

- Primeiro meninos conheçam meu noivo Edward Cullen.

Edward foi simpático cumprimentando eles.

- Bella ficou noiva e nem nos ligou para contar? – Sam disse chateado.

- Bom... eu não fiquei noiva muito tempo... e depois...

Jacob olhou para Edward.

- Eu sinto muito. Ela é dura mesmo, tem um gênio do cão e é pior que...

Dei um soco em Jacob. Sam e Edward riam.

- Pare com isso!

- Venha ver o que estamos fazendo...

E então Sam e Jacob mostraram as reformas na oficina, me falaram de como as coisas estavam indo na nossa pequena e pacata Forks. Mike havia pegado Jéssica na cama com um turista e isso foi o escândalo do ano. Eles falaram que Leah e Sam finalmente chegaram a um acordo favorável e que estavam melhores. Não havia mais um clima chato entre eles. Seth foi estudar em Columbia, e Jacob falou que Sue chora até hoje de saudade. Edward ouvia tudo sentado numa cadeira enquanto eu e Sam ajudávamos Jacob a descobrir porque o motor estava falhando, parecia que ainda éramos adolescentes fofocando e esperando a pizza para só depois pensarmos a lição. Na hora do almoço foi o que fizemos, pedimos pizza e comemos a oficina mesmo. Sam ligou para Billy que nos convidou a comer algo descente na casa dele no outro dia, mas hoje seria pizza e os meninos.

-  Então o que me trouxe aqui? – perguntei.

- Um advogado entrou em contato conosco. Foi uma semana depois que você viajou. Só que ele disse que queria falar somente com você, deixou um telefone.

- Advogado?

- Sim. J.Jenks. – respondeu Sam com a boca cheia. Olhei para Edward que só tinha a expressão séria.

- Sabe se James tinha algum seguro Bella? – perguntou Jacob.

- Ele nunca me disse nada. Não sei...

- Esse advogado disse que só trataria com você. Ligue para ele e marque hoje ainda.

- Não sei se será possível....

- Bella está ficando tarde, acho que ainda podemos descobrir algo hoje se sairmos agora. – Edward falou.

- Vou ligar para meu pai e pegar o telefone do tal advogado. Só um minuto.

Jacob levantou apressado. Eu fiquei pensando se James teria feito algo assim.

- Bella a casa de James e Kate está à venda? – perguntou Sam e me doeu pensar em vender ela.

- Acho que sim... preciso ir na casa de meus pais também...

- Consideraria vender para mim... Emily quer casar... e acho que posso pagar. Estou economizado há tanto tempo...

Respirei fundo. Era triste me desfazer dessa lembrança, desse passado feliz. Só que de certa forma era necessário.

- A casa deve ser de Nessie. Mas a casa de meus pais eu daria como presente muito feliz.

Ele abriu um sorriso largo e me abraçou.

- Eu fico feliz! Muito mesmo! Obrigado.... mas não posso aceitar esse presente.

- Me dê então um colar. Aquele dos sonhos, esse é o pagamento.

- Claro, vou mandar Sue providenciar....

E assim que saiu apressado, Jacob voltou com o número. Agradeci prometendo almoçar com Billy e todos no outro dia. Edward e eu entramos no carro voltando para o hotel. Não queria ir a casa nenhuma hoje.

- Por que um colar como pagamento?

- Ah... Os Quileutes acreditavam que uma casa era um lugar sagrado, onde o amor era concretizado e filhos gerados. Na cultura deles o homem construir a sua casa demonstra amor e dedicação. Com o tempo isso se transformou em comprar, os homens compravam as casas e depois havia uma cerimônia dentro para abençoar o casal.

- Você pediu um colar como pagamento.

- Esse é um colar importante. É um apanhador de pesadelos. Coloca-se embaixo do travesseiro e se afirma que nunca mais terá pesadelos. Ele é feito de um tipo especial de corda, abençoado pela mulher mais velha da tribo numa noite de lua cheia e entregue em seguida. É um colar que mamãe tinha quando casou, Billy deu de presente a mamãe e ela o tinha exatamente no mesmo lugar durante toda sua vida.

- Muito especial realmente. – Edward pegou na minha mãe gentilmente e sentia  força que precisava para encarar um advogado e todo resto de lembranças que viriam.

- Obrigada por vir.

- Eu sempre estarei aqui.

Chegamos ao hotel e Edward e eu fomos a recepção acertar algumas coisas.

- Isabella Swan.

A voz atrás de mim me fez arrepiar inteira. O passado nunca foi tão assustador.


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Notas finais do capítulo

Então....o que acharam????