Intermissão escrita por Miss Stilinski


Capítulo 6
5.


Notas iniciais do capítulo

Eu, particularmente, adoro esse capítulo kkkkk



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Quando o sinal tocou, Ane foi a primeira a levantar-se e sair da sala. Nenhuma das garotas se preocuparam em dizer que Will e Ane namoraram fazia dois anos e que ele havia ido embora. Todas e todos agiam como se ele fosse novo no colégio, o que deixava Ane desconfortável e triste.

Assim que ela pisou no banheiro, as lágrimas caíram enquanto olhava-se no espelho, apoiada na pia. Ele nem a conhecia mais! Só queria saber da conquista e da popularidade. A porta do banheiro abriu-se e a garota limpou o rosto com rapidez.

Olhou quem estava entrando e viu que era a garota que a chamara de louca na frente de Will. Ane tentou se esconder, mas era tarde demais: ela já a havia visto.

Riu quando a viu com expressão desesperada, com a face vermelha. A outra se aproximou de Ane, a encurralando no canto do banheiro.

— Olha, gente, ela estava chorando! — As amigas dela, que entraram depois, riram. — Tudo porque u namorado dela não se lembra quem era ela. — Riu mais uma vez.

— Deixe-me passar — disse Ane, criando coragem. Ela tentou passar pela outra e suas amigas, mas estas bloquearam o caminho.

— Ela quer ir embora, Deisy — falou uma das amigas de Deisy, que riu.

— Não, não — Deisy ficou séria. — Você não vai sair enquanto eu não der o meu recado.

Ane revirou os olhos e mudou o peso do corpo para o outro pé.

— Que recado?

Daisy chegou bem perto de Ane, com o rosto a trinta centímetros de distância da garota. Ane chegou um pouco para trás.

— Agora que o Will não se lembra mais de você, eu ficarei com ele e você não irá me atrapalhar.

— Tudo bem. Fique com ele — disse Ane. — Eu não o conheço mais. — E tentou passar, mas não deixaram.

— Por quê a pressa?

— Eu já dei o que você queria. Eu não o quero mais — era a maior mentira que Ane contara em toda a sua vida. Porém, aquele garoto (aquele vampiro) lá fora, não era mais o Will. O amor que ela sentia ainda continuava em seu coração, mas não estava mais em sua cabeça.

— Quero garantias — disse Deisy. Ane riu.

— Que garantias? — indagou Ane. Deisy avançou para Ane, mas, antes que ela fizesse qualquer coisa, a porta foi aberta mais uma vez, com mais força.

— O que está acontecendo aqui, meninas? — perguntou Nessie. Deisy riu, olhando para Nessie, como se ela não fosse importante.

— Não é da sua conta — e com um gesto, Deisy dispensou Renesmee —, Renesmee. É melhor ir, antes que sobre para você, Boneca de Porcelana.

Foi a vez que Nessie rir.

— Deixa de ser ridícula, Deisy. Brigando por causa de um garoto? — Nessie balançou a cabeça. — Ela já não disse que não o quer mais?

— Como sabe disso? — Deisy estreitou os olhos e depois balançou a cabeça. — Esqueça, Nessie — revirou os olhos. — Isso não tem a ver com você. Saia daqui.

Nessie sorriu maliciosamente. Até então, ela não havia se aproximado; quando Deisy piscou, Nessie estava frente a frente com a garota, ainda sorrindo.

— Como... como você fez isso? — perguntou Deisy aturdida. Nessie continuava a sorrir para a outra.

— Do mesmo jeito que eu pude ouvir as suas ameaças contra a minha amiga. — Respondeu Nessie. — Ela já deu o que você queria, vá embora.

— E se eu disse que não? — desafiou-a Deisy, o que fez Renesmee rir.

— Sabe essa coisinha que eu acabei de fazer? De chegar pertinho de você em menos de um segundo? — Nessie fez uma pausa para Deisy responder. Como a resposta não veio, Nessie continuou: — Eu sei fazer muito mais do que isso. Você não conhece minha força.

— Não faça-me rir, Renesmee. — Deisy revirou os olhos. — Por que você não volta para o seu namorado bombado e me deixa cuidar da Ane aqui?

— Você está duvidando? — Nessie balançou a cabeça, não acreditando no que Deisy acabara de dizer. — Precisa de provas?

Ane riu:

— Se eu fosse você, fazia o que ela está mandando.

— Calada, ruiva. Ainda não acabei com você — Deisy olhou para Nessie. — Nós somos três e você só uma. Que chance você tem para mostrar a sua força?

Renesmee mordeu o lábio inferior, com raiva. Ane ria num canto e riu mais ainda, quando Nessie esticou a mão para a bica da pia e, olhando para Deisy, a quebrou com facilidade, espirrando água no rosto das meninas.

Todas ficaram com os olhos arregalados para Renesmee enquanto ri da expressão chocada nos rostos das garotas. Nessie se aproximou de Deisy.

— Se ameaçar, encostar ou até mesmo falar de Ane ou com a Ane — ameaçou Nessie, seus lábios quase tocando o nariz de Deisy —, vai ser o seu braço a ficar assim.

— O que... o que é voc^}e? — perguntou Deisy, se afastando de Nessie.

— Sou seu pior pesadelo — respondeu Nessie. — Buh! — As garotas se assustaram e correram para a porta. Mas, antes que estas saíssem, Nessie impediu a passagem, chegando primeiro. — Se vocês contarem isso a alguém, coisas piores vão acontecer do que um braço quebrado.

Deisy conseguiu coragem, ou melhor: o impulso de desafiar os outros a fez abrir a boca e dizer:

— Ah, é? O quê por exemplo? — Nessie chegou mais perto dela novamente.

— Há pessoas que caçam humanos — Nessie destacou a palavra “humanos” — e que os matam por saberem que, eu e outras pessoas, fazemos. Sugam o san...

A porta foi aberta pela terceira vez, empurrando Nessie para o lado. Só que dessa vez era inspetora Rodriguez. As outras olharam para a inspetora e começaram a falar, mas Nessie fez que não com a cabeça e depois levou o dedo indicador aos lábios e, por segurança, quebrou uma das maçanetas das cabines do banheiro. Deisy e suas amigas arregalaram os olhos e desistiram de falar.

A inspetora as olhou, com as sobrancelhas erguidas.

— O que estão fazendo aqui, garoas? Era para todas estarem em sala de aula — repreendeu a inspetora Rodriguez, seus cabelos quase grisalhos balançaram quando sua cabeça se moveu.

— Nada, não — respondeu Nessie, saindo de trás da porta. — Estávamos discutindo sobre roupas, quando algo aconteceu e a bica quebrou. Alguma coisa a estava entupindo. Não é, Deisy? — E se virou para ver a outra.

— Sim... senhora Rodriguez — disse Deisy, com o olhar amedrontado em Nessie.

— Ah — falou a inspetora e depois voltou seu olhar para as meninas. — Está bem, agora vão andando, vão andando, que dá tempo de chegarem à sala. Andem!

Todas saíram apressadas do banheiro, deixando a inspetora lá dentro. Nessie e Ane correram para uma direção e Deisy e suas amigas para outra. Ane e Nessie riram, ao parar em frente à sala, sem fôlego. Logo depois, adentraram a mesma e sentaram-se juntas para assistir a próxima aula.

Enquanto as duas estavam assistindo a aula, Will a observava. Havia algo naquela ruiva que ele queria descobrir. Sabia que, o que ela havia feito, era apenas uma fachada. Por que ele estava ali mesmo? Balançou a cabeça e saiu para sua próxima — como se precisasse disso — aula.

Will estava andando pelo corredor. Sabia onde era a sala que deveria estar; mas a garota que estava sentada no chão chamou sua atenção. Como ele adorava consolar as garotas.

Sentou-se, então, ao lado da menina e sorriu para ela.

— O que houve? — perguntou ele. A menina a olhou e assustou-se; Will a reconheceu da aula de espanhol, Deisy, a que chamara a ruiva de louca. Houve alguma coisa com ela, pois estava muito atordoada,

— Você é... — Deisy balançou a cabeça e recomeçou: — Você já descobriu algo que... você não pode contar, porque você pode morrer? — Ela o olhou.

Embora não precisasse, Will engoliu em seco. É claro que ele sabia o que acontecia com pessoas que descobria seus segredos. Já havia presenciado — e feito — execuções de humanos antes, só porque eles sabiam de sua existência. Então... o que ela sabia?

— O que quer dizer? — Will inclinou a cabeça. Deisy balançou a cabeça.

— Nada — respondeu ela. — É melhor eu ir. Vejo você depois?

— Claro — Will sorriu. Ela devolveu o sorriso.

— Até logo, então — Deisy acenou e se afastou, deixando Will sozinho no chão do corredor, com uma única pergunta.

O que será que ela sabia?


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e...
Comentem!