Intermissão escrita por Miss Stilinski


Capítulo 11
10.


Notas iniciais do capítulo

Oh, Gosh! Faz tanto tempo que eu não posto, não é? Mas, me desculpem, minha mãe não estava deixando eu mexer no computador... e só agora consegui passar o capítulo para o pc.



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Will não estava acreditando na cena que acabara de presenciar: aquela ruiva, Ane, estava aos beijos com aquele cachorro. Ele ainda não conseguia compreender por que estava tão... abalado. Will os olhava de beijarem de uma tal forma, que ele pensou em socar a cara daquele garoto. Contudo, permaneceu em seu lugar, com os punhos cerrados e dentes trincados. Era para ele estar beijando Ane e não aquele... qualquer. De onde Will tirara isso, não sabia.

Não querendo assistir aquele pequeno espetáculo, Will adentrou o colégio, passando pelos dois, que troavam risadinhas. O intuito de Will era ir para sala e se distrair com a aula, mas a cena daqueles dois não parava de surgir em sua mente... A mão do outro descendo pelas costas dela, a vergando para trás... um meio sorriso de An, que que o puxara pela nuca para se aproximar mais... Por quê aquilo parecia incomodá-lo tanto? Não tinha nada com a garota!

Por mais que dissesse isso para si mesmo, Ane não lhe saía do pensamento desde o dia que dissera te^-lo visto morrer. O que isto queria dizer? Alguma coisa dizia que ela sabia de algo que ele próprio não conhecia.

Ele tinha de voltar oa normal e parar de pensar em Ane. Tinha que voltar a pensar no que viera fazer ali: encontrar quem engarana os Volturi. Claro, ele sabia que os Cullen; mas eles esconderam algo que interessava Aro... a palavra não era bem “interessava”, era mais para ódio. Aro havia ficado furioso com alguma coisa. E ele estava ali para descobrir. Ele só não contava que ia acontecer tantas coisas naquela escola miúda.

Caminhou calmamente pelos corredores da Forks High School, quando o cheiro dela invadiu as vias respiratórias de Will. O perfume dela era tão... bom, que a boca dele começou a salivar. Por quê ela o perseguia? Ela não me persegue, pensou Will. Ela estuda aqui. E por que ela me perseguiria? Ela já tem namorado! Will balançou a cabeça com raiva. Ele tinha que parar de pensar em Ane.

Mas, como se perseguisse, Ane pareceu ao lado de Will, encolhendo-se. Dessa vez, Ane não o olhou nos olhos. O que estava sentindo? Culpa? Ele a observou andar depressa, cortando os alunos que iam passando. Will não sabia o que fazer ou o que esperar.

Ele ficou parado por alguns segundos antes de seguir Ane.

Quando a alcançou, viu que ela adentrava o banheiro feminino. Davgar, Will entrou no bnaheiro, sem fazer barulho. O que viu ali, era uma garota lutando consigo por alguma coisa. Ele engoliu em seco, o cheiro do sangue dela o deixava maluco.

Parecendo perceber a presença de alguém a observava, Ane olhou para trás, assustada e com os olhos arregalados. Will não sabia com que expressão estava, pois os olhos de Ane pareceram endurecer ao vê-lo ali parado.

— O que você está fazendo? É o banheiro das garotas! — sibilou Ane.

Will sorriu.

— Vim ver você, oras — respondeu o garoto e Ane corou.

— Você pode me ver a qualquer hora. Eu estudo aqui — Ane cruzou os braços.

— Mas você nunca está sozinha. Ou está com a Cullen ou com o seu... namoradinho — replicou Will, com a voz melodiosa, mas Ane pôde ouvir uma pequena irritação quando ele falou “namorainho”. Ou podia ser imaginação da garota.

— O que você quer de mim, Will? — indagou Ane. — Desde quando você se preocpa comigo?

— Eu não... me preocupo com você — disse Will; parecia que Ane havia levado um tapa.

— Então, o que está fazendo aqui? — Ane tentava reprimir as lágrimas que queriam descer. Doía ouvir aquelas palavras.

— Aquele goaroto é o seu namorado? — soltou Will antes que pudesse se refrear.

— Por que quer saber?

Will sorriu; um sorriso que não lhe chegava aos olhos. Andou até Ane, que recuou um passo, surpresa pela aproximação repentina.

— Quero comparar uma coisa — sussurrou Will em resposta; seu hálito doce bateu no rosto de Ane, fazendo-a ficar tonta. Ele estava lindo com aquele cabelo bem cortado, sua calça jeans um pouco surrada e uma blusa de manga preta e usava uma bota de couro. Não era como o Will de antigamente se vestia, mas o deixava ainda mais bonito do que já era.

— E o que seria? — perguntou Ane, com as pernas trêmulas.

Will deu deu outro sorriso e pegou o rosto de Ane nas mãos, de forma que esta não pudesse desviar i olhar. Ele não respondeu, apenas aproximou or rosto do de Ane e passou a língua pelos lábios ao ficar perto da garota, cujo o coração batia freneticamente.

Ele pssou as mãos pela lateral do corpo de Ane, deixando uma trilha de arrepios por onde a tocava. Will, lentamente, a encostou na parede do banheiro. Era incrível como ninguém aparecia ali; parecia que todos quisessem que eles ficassem a sós, mesmo Ane ansiando e não ansiando a chegada de alguém.

Ane inspirou o perfume adocicado — uma mistura de lilases, sol e algo a mais —, fechando os olhos. Will roçou o nariz pelo rosto de Ane, que ainda estava de olhos fechados. Ele parou e Ane abriu os olhos calma e lentamente, e fitou os olhos estranhos de Will. Ele a olhava intensamente; se o coração dele ainda batesse, estaria no mesmo ritmo do de Ane. Passou os lábios nos lábios de Ane, que abriu a boca para deixá-lo entrar. Tomando fôlego, Will a beijou.

Era diferente beijá-la; uma de suas mãos espaldavam as costas de Ane enquanto a outra, suava para se apoiar na parede (embora ele não precisasse fazê-lo, mas Ane entorpecia seus sentidos). A língua de Will pediu passagem e Ane cedeu facilmente; ele tirou a mão da parede asuleijada para abraçar mais o corpo da garota, como se queresse se fundir com ela.

Will a tirou do chão e a colocou em cima da pia. Ele continuou a beijá-la apaixonadamente, passando as mãos na coxa de Ane enquanto a mesma passava os braços em volta do pescoço e as pernas em torno dos quadris de Will. Ele nunca se sentira assim com uma garota. E humana!

Não era como beijar o Embry. Era algo incontrolável; era como se o corpo de Ane precisasse de Will e que seu coração podia explodir de tanta felicidade e amor. Will abusava um pouco, sua mãos estava dentro do casaco de Ane, mas, pareceu perceber e tirou as mãos dali. Ane puxou os cabelos de Will e mordeu o lábio inferior dele. Will soltou um gemido entrangulado. Os dois pegavam fogo e poeriam ficar daquele jeito a manhã e a tarde inteira, porém, o sinal tocou, fazendo com que ambos se separassem. Ane não sabia se sentia culpada ou não.

Will sorriu para a garota e a tirou de cima da pia, continuou com as mãos na cintura de Ane, que estava atônita. Will deu mais um beijo e Ane, só que dessa vez, calmo e apaixonado. Quando se separaram novamente, Will susussrrou no ouvido de Ane:

— Duvido que o seu namoradinho lhe beije assim.

Ele deu um selinho em Ane e saiu do banheiro tranquilamente, como se vivesse ali. Ane olhou para a porta, surpresa. Por um segundo, ela achara que o seu Will voltara, mas tudo o que ele fizera foi desafiá-la. Ah, se ele quer guerra, pensou Ane, ele terá guerra.

(…)

O dia passou e Will se aproximava de Ane para provocá-la, e ela fingia que ele não existia, mesmo que seu coração gritasse para que ficasse com ele.

— Ane! — chamou Nessie, fazendo a garota pular.

— Oi, Nessie — disse Ane, nervosa. Será que Nessie vira Will provocá-la?

Estava na hora do intervalo e o refeitório estava cheio. Ane havia sentado à uma mesa e Nessie sentou-se ao seu lado minutos depois.

— Você viu o que ele faz? — perguntou Ane indignada, apontando as costas. — Está tão... idiota! Ah, mas se ele está pensando que eu...

— Calma, Ane. O que houve? — disse Nessie.

Ane contou-lhe desde a parte em que Will entrara no banheiro até onde ele saíra se dar explicações. Ane contava o acontecido totalmente enraivecida. Quando terminou, Ane olhou suplicante Reenesmee.

— Por favor, não conte ao Embry — pediu a garota. — E nem ao Jacob.

— Claro que não — prometeu Nessie; depois franziu a testa, pensativa. — O que ele disse mesmo, antes de deixá-la sozinha no banheiro?

— Ele disse: “Duvido que o seu namoradinho lhe beije assim”. — Ane disse com raiva. Mas Nessie sorriu.

— Isso é, sem dúvida, alguma coisa — falou Nessie ainda com um sorriso de canto nos lábios.

— O quê?

— Ele está com.. ciúmes, Ane — respondeu Nessie. Ane balançou a cabeça.

— Isso é impossível, Ness. Ele nem se lembra de mim! — exclamou Ane.

— Ele pode não se lembrar de você, mas sente alguma coisa quando a vê.

Ane balançou novamente a cabeça.

— Se ele está achando que eu vou largar o Embry só porque ele está todo lindo... ele está muito enganado — e olhou para trás, vendo que Will abria um belo sorriso angelical para ela. Muito educadamente, Ane levantou o dedo médio na direção dele.

(…)

Embry a esperava do lao de fora do colégio. Ane o observou vir com Jacob e percebeu que não mentira quando disse que gostava dele. Tão bonito, tão descontraído, a reconhecia e não era mau. Por mais que Will estivesse deslumbrante, Embry conseguia ter seu próprio meio de chamar a atenção da garota.

Mesmo que não fosse o suficiente.

Ane se dirigiu até onde Embry e Jacob se encontravam. Embry a viu e sorriu, abrindo os braços, para que Ane se acomodasse ali. Sorrindo, Ane entrou no abraço de Embry e se aconchegou no peito dele, sentindo o cheiro de terra e madeira que este emanava. Ele pegou o rosto de Ane nas mãos e biejou-lhe os lábios.

Ane sabia que não era a mesma coisa beijar Embry, mas, ainda assim, o toque quente de Embry em sua pele produzia certo efeito que fazia o coração da garota se celerar. Ela estava tão dividida!

Então, ao se separar de Embry, Ane olhou em volta. E o viu, parado, de punhos cerrados, olhando na direção que Ane estava com Embry. A garota sorriu triunfante e olhou para Embry, que estava distraído.

— Ei, Ane — chamou Jacob; a garota o olhou. — Veio de carro? — perguntou com Nessie já ao seu lado.

— Ah, vim sim! — exclamou a garota empolgada. — Isso não é ótimo? Meu pai me deu um carro antigo.

— Sério? Puxa, que legal, Ane! — sorriu Jacob animado. — Você vai com Ane, não é, Embry?

— Presumo que sim — e olhou para Ane. — Se ela quiser me dar uma carona.

— Ah, é claro que eu vou lhe dar uma carona. — Respondeu Ane ofendida. — Eu lá vou deixá-lo a pé?

Embry soltou um suspiro.

— Vou comprar um carro para mim. Assim, será eu a lhe oferecer carona.

Ane riu e beijou a bochecha do novo namorado. Este sorriu e a abraçou mais.

— Vamos? — perguntou Ane.

— Claro, claro — respondeu Embry. — Até mais tarde, Jcob. Tchau, Nessie.

— Tchau, Ane — disse Nessie. Ane acenou para a amiga.

— Tcahu, gente — falou Ane.

Os dois se deram as mãos e caminharam até onde Ane estacionara o carro. Era um carro bem antigo, uma Uno vinho, agora, bem cuidada; ao seu lado, estava que Ane gostaria menos — e mais — de ver. Apressou Embry para entrar no carro e, quando já estava no vanco do motorista, viu Will andar calmamente, arrancando suspiros de todas as garotas por que pssava.

Porém, Will mal as olhara. Seus olhos estavam fixos no carro de Ane, sua expressão se fechando ao olhar, mesmo de longe, a mão de Embry pousar na perna da garota. Parecia que ele ia soltar um grito de fúria, mas Ane deu partida antes que ele berrasse.

Embry e Ane viajram em silêncio. Eles só voltaram a se falar quando a garota parou em frente à casa de Embry. O garoto se virou para olhá-la.

— Olha, eu... eu vi você.. olhando para o Will hoje — disse Embry num sussurro. — Aconteceu algo entre vocês que eu deveria saber?

Ane fez uma careta. Ela não ia dizer o que acontecera naquela manhã a Embry. Nunca.

— Não aconteceu nada entre nós dois — respondeu Ane. — Faz... anos que eu tive algo com o Will... você sabe.

Embry suspirou, olhando para a janela, atravessando a própria casa.

— Você quer terminar? — tornou Embry, ainda sem olhá-la.

— Por que eu faria isso? — exclamou Ane incrédula. Embry deu de ombros, o que faz Ane enfurecer-se. — Escute aqui, Embry. Olhe para mim! — exigiu quando o outro continuava a não olhá-la. — Eu não vou terminar com você. Eu gosto de você.

— Mas é só gostar — disse ele olhando finalemnte nos olhos verdes da garota. — Ah, esquece. Desculpe-me... eu eu só estou sendo ciumento. Eu não quero perdê-la.

Ane deu um sorriso desanimado.

— Acho que você não vai me perder nem tão cedo — respondeu Ane. — Eu sou uma chata.

— Não é nada — retrucou Embry, sorrindo um pouco. — Você é a pessoa mais legal e mais bonita que eu já conheci. Isso é tão piegas para alguém tão velho quanto eu.

— Pare com isso. Obrigada pelo elogio — sorriu Ane. —Você também é bonito.

Embry mostrou seus dentes brancos e brilhantes e se aproximou da garota para beijá-la. Quando se separaram, Embry tentou sorrir um pouco mais.

Eles se despediram e Embry siu do carro, mas não se afastou o suficiente para impedir Ane de escutá-lo murmurar:

— Eu não vou ficar com você no final, Ane.

Ane se sentiu mal o resto da viagem de volta para casa. Embry merecia alguém que o amasse por inteiro, que o quisesse tanto quanto Ane queria Will de volta. Mas algo a impedia de magoar Embry, de se distanciar dele, de fazer qualquer coisa para deixá-lo livre. Ele já fazia parte de Ane.

Ela estacionou o carro na vaga e saiu para a noite fria. Endireitou a mochila nos ombros e se dirigiu para a porta de casa. Ao colocar a chave na fechadura, Ane ouviu um barulho vindo dos fundos da casa com o coração batendo contra as costelas, a garota contornou a casa para ver a fonte do barulho.

Não viu ninguém ali atrás. E, para sua surpesa, viu-se indo para trilha que havia ali. Não foi uma boa ideia, pois parara exatamente onde vira Will pela primeira vez. Com o coração na mão, Ane voltou para frente da casa.

Depois de jantar, Ane subiu para o seu quarto. Fora uma noite muito gostosa — exceto o fato de que Embry parecia ainda estar chateado —, sua mãe fizera strogonoff (a comida favorita de Ane), conversara com seus pais, algo que raramente acontecia, e deera umas bosas risadas com elas.

Só quando estava deitada sob as cobertas, Ane parecebeu, olhando para a janela fechada, que, quando estava na trilha, estava sendo observada.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e...
Comentem!



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