O Clube Dos Cinco escrita por Tatita


Capítulo 16
The Princess & The Criminal II


Notas iniciais do capítulo

Yay! Que é isso gente, vocês estão mexendo seriamente com o meu emocional: Mais de 300 comentários (nenhuma fic minha teve isso!), 158 leitores, 32 favoritos e OMG OMG OMG Sete > SETE < Recomendações! Capítulo dedicado pra Ana Clatonator Forever que deixou uma recomendação linda em OCD5 e também pra Dani Nyah que fez níver de FC (@belikeglimmer) essa semana! O agradecimento inicial fica para as lindas que comentaram o último capítulo: FoxFace, QueenMason, Ana Clatonator Forever, Tris Everdeen, Belle Gray Stone, Mary, MycaGuiraldello, Bunny (bem-vinda), Lola Salvatore (bem-vinda), Glimmer Rambin La Rue, Marizinhha, Milkmilena, Á Caçadora, Isabell Espasande, Lori Hellion (bem-vinda), Gisele_Potter, giovanamellark (bem-vinda), cintiacullen, LuuhPhelps (bem-vinda), Juliana Nascimento, Doodle (bem-vinda), Dani Nyah e Carter (bem-vinda), para a Vick LudwigPotterJackson que add aos favs e para as lindas do twitter que estão sempre lendo: Brubs, Hele, Lara (pompom) e Rachel! Como sempre, espero que vocês gostem (do que for possível gostar) e nos vemos nas notas finais o/



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– CAPÍTULO QUINZE –

THE PRINCESS & THE CRIMINAL II

– Gosta? – Clove insistiu, curiosa. – Ah, conta, vai! Eu quero saber!

Vendo que Clove não desistiria fácil da resposta, Glimmer emendou depressa:

– Eu acho que no fundo você já sabe. – disse a loira.

Clove até arriscaria dizer que sim, era meio óbvio que Glimmer gostava de Marvel, mas ao mesmo tempo tinha algo muito errado naquela história e a morena disse isso:

– O que eu sei é que eu já vi vocês muitas vezes juntos – pontuou Clove, tentando entender aquele relacionamento estranho. – E que você se importa com ele, mesmo que às vezes vocês finjam que se odeiam.

Glimmer ficou em silêncio por um breve momento, olhando fixo para o gotejar de uma das torneiras. Era impressionante que aquela garota que ela conhecia há poucas horas, pudesse descrever sua situação com Marvel com tamanha precisão. Mas, assim como Clove confiara nela expondo sua vida e seus sentimentos, a loira decidiu fazer o mesmo.

– Eu disse que era complicado. – ela falou, fazendo uma pausa. Clove assentiu, encorajando-a a continuar. – Veja bem, nem sempre o Marvel foi essa pessoa que vocês conheceram hoje, essa pessoa horrível que ele finge ser...

"Pessoa horrível? Essa eu quero ver." – pensou Marvel, ainda ouvindo a tudo pelo lado de fora do banheiro.

Clove também franziu a testa; vendo a expressão confusa no rosto da morena, Glimmer prosseguiu:

– Ele era uma pessoa totalmente diferente – disse ela, sentindo as lágrimas se formando nos cantos dos olhos. – Inclusive, o Marvel era do meu clubinho de merda. Ele era o meu namorado, mas antes de tudo, ele foi o meu melhor amigo...

E de confusão, a expressão de Clove passou para espanto. Realmente, pelo pouco que vira e inclusive diferenças sociais que imaginara entre os dois, jamais pensaria que Marvel pudesse ter feito parte do círculo de amizades de Glimmer e ainda, ter sido o melhor amigo da mesma. Mas, certamente havia muito mais coisas naquela história que pudesse sequer imaginar.

– Se você não falasse – Clove comentou surpresa –, eu jamais pensaria...

– Eu sei – Glimmer respondeu entre um riso nervoso. – Eu mesma não acredito que em pouco mais de um ano, ele foi capaz de mudar tanto assim... Sabe por que o Marvel destratou tanto o Peeta hoje? – Clove acenou a cabeça em negativo. – Porque há dois anos, ele era exatamente como o Peeta, só que em vez de Física, ele liderava o grupo de Matemática...

– Então você gostava mais dele quando ele era um... pãozinho? – Clove não conseguiu evitar a pergunta.

"Quando eu era o cachorrinho dela?" – Marvel pensou revoltado. – "Tenho certeza que sim."

Porém, a resposta de Glimmer o surpreendeu, e a Clove também.

– Eu nunca deixei de gostar dele. – Glimmer disse com sinceridade. – Mesmo quando ele passou a odiar tudo o que eu representava. Só que ficou difícil convencer os nossos amigos e até a minha família de que o Marvel ainda era um cara legal quando ele começou a andar com pessoas duvidosas...

Clove assentiu, entendendo. Glimmer não precisava explicar que, por "duvidosas", entendia-se o envolvimento de Marvel com drogas e outras coisas ilícitas.

– Se você não quiser falar, não precisa, mas... – Clove disse em apoio, mas ao mesmo tempo queria saber: – Aconteceu alguma coisa? Algo que tivesse feito o Marvel se apoiar nessas pessoas que você falou?

Sincera e direta, Glimmer respondeu:

– A mãe dele morreu. Overdose.

Clove só teve tempo de emitir um "oh" de espanto, porque naquele exato instante, a porta do banheiro abriu-se num estrondo e para a surpresa das duas, Marvel entrou aos berros:

– VOCÊ É UMA FILHA DA PUTA! – ele foi apontando diretamente para Glimmer.

Marvel não pretendia agir com tamanho descontrole, mas não intencionalmente, Glimmer o fizera reviver a morte de sua mãe tão forte quanto em carne viva.

– Deu pra ouvir conversas alheias agora? – Glimmer perguntou sem se intimidar. Ela e Clove levantaram e por instinto, a morena procurou pela faca, notando que deixara a mesma na bolsa, na sala de Snow.

– Só as que me interessam. – Marvel respondeu com sarcasmo e raiva nos olhos.

– Ótimo. – Glimmer rebateu no mesmo tom. – Então você ouviu TUDO que estava entalado aqui – ela apontou a própria garganta –, mas que você NUNCA me deixava dizer.

– Você acha mesmo que pode vomitar a minha vida pra todo mundo, contando os fatos do jeito que te for mais conveniente? – ele prosseguiu com raiva e mágoa. – VOCÊ É TÃO CONVENCIDA, GLIMMER! VAI SE FODER!

– E não é isso o que eu faço? – Glimmer perguntou cínica, e sem conseguir mais lutar, deixou as lágrimas escaparem tão impiedosas quanto suas palavras. – EU SÓ ME FODO QUANDO SE TRATA DE VOCÊ! EU QUASE PERDI TODOS OS MEUS AMIGOS POR CAUSA DE VOCÊ! Amigos que até bem pouco tempo atrás, eram os seus amigos também!

– Se eles te virassem as costas do mesmo jeito que viraram pra mim – Marvel disse em tom suave e cruel –, então você saberia que eles não são seus amigos, assim como eu descobri que aqueles fúteis e mesquinhos nunca foram meus amigos.

– QUANDO TODO MUNDO TE VIROU AS COSTAS, EU CONTINUEI DO SEU LADO! EU! – Glimmer prosseguiu aos berros.

– Você continuou do meu lado, mas desde que esse "lado", não fosse na "frente" dos seus amigos! – Marvel abriu aspas com os dedos, ele próprio à beira das lágrimas. – PORQUE VOCÊ NÃO TINHA MAIS CORAGEM DE DIZER PRA ELES QUE ERA COMIGO QUE VOCÊ QUERIA FICAR!

– E por acaso você fez alguma coisa pra mudar isso? – Glimmer perguntou nervosa. – Como eu ia chegar para os meus pais e para os meus amigos e falar que eu continuava namorando um... – as palavras lhe faltaram. – Um...

– Um marginal? Um maconheiro filho da puta? – Marvel completou a pergunta dela, respondendo depois: – Você não disse e nem nunca vai dizer, porque no fundo você GOSTA dessa superficialidade, esse é o seu mundo, mas não é mais o meu!

Superficial? – Glimmer indagou, de fato indignada. – A superficial aqui se importa tanto com você, que você nem sabe que o que eu mais tenho medo na vida é de um dia te encontrar do mesmo jeito que você encontrou a sua mãe, morta depois de cheirar todo o pó que viu pela frente!

– NÃO OUSE FALAR DA MINHA MÃE! – Marvel respondeu com ódio. – Vai falar do que você sabe: compras, carro importado e a sua mãe bêbada no Caribe!

Aquilo feriu Glimmer mais do que qualquer outra coisa dita. Ela queria gritar, mas a voz não saía; ela queria mandar Marvel calar a boca, porém mais uma vez, as palavras lhe faltaram. Respirando fundo, ela engoliu o choro e apenas voltou a falar tranquilamente.

– O Marvel que eu conheci a vida toda, jamais me falaria um absurdo desse. – Glimmer falou em voz baixa, demonstrando sua mágoa dessa forma mais sutil, não iria mais se rebaixar. – E eu sei que ele ainda está em algum lugar aí dentro, eu só queria que ele voltasse... Eu queria o meu Marvel de volta! Não esse imbecil aqui na minha frente!

– Você quer aquele Marvel de volta? – ao contrário do que sentia, ele perguntou sem demonstrar. – ENTÃO VAI ENTERRAR A CABEÇA NA AREIA ESPERANDO! E sabe o vídeo do Snow? Faz com ele o que você quiser. Joga o cartão de memória numa gaveta, enterra, ou melhor, apaga. Daí você muda de escola e nunca mais vai ter que olhar pra minha cara.

Dizendo isso, Marvel saiu batendo a porta do banheiro com tanta força que alguns azulejos chegaram a cair das paredes, fazendo o barulho de louça quebrando contra o chão.

Sem saber exatamente o que dizer, Clove apenas se aproximou de Glimmer e a abraçou, e agora era a vez da loira receber o seu apoio sincero.

E se até ontem alguém lhe dissesse que no dia seguinte estaria ali, consolando e sendo consolada pela Miss Popularidade, Clove teria rido de tal possibilidade inusitada. Ela não tinha percebido até agora que, mais do que Cato, Glimmer conseguira transpor aquela barreira que ela colocava entre as pessoas, que não lhe permitia fazer amigos – com exceção de Larry.

Larry ficaria feliz de saber que, naquele momento, Glimmer era a coisa mais próxima que Clove conseguia chamar de amiga.


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Notas finais do capítulo

Oi pessoal! Confesso que tentei deixar o final cute porque eu sei que peguei pesado ali no meio, e já estou esperando xingamentos! kkk Enfim, espero que vocês tenham entendido algumas explicações sobre Glarvel e um pouco sobre a maneira de ser do Marvel. Amo Clato, amo Glarvel, mas tô longe de facilitar... Quem sabe até a festa da Katniss algumas coisas se resolvam... :DDDDD
Mais uma vez, aos leitores fantasmas, não sejam tímidos, ok? Eu amo receber e responder comentários! Vocês não sabem o quanto isso me motiva e me ajuda :D
Sabem aquele aviso sobre a fic ser única e exclusivamente minha? Então, por favor, respeitem! E aos meus leitores, peço que recusem e denunciem se virem qualquer tipo de plágio.
Beijos a todos os que leram, e um super obrigado adiantado a todos os que além de ler vão clicar no botãozinho para comentar! Por favor, deixem reviews! Qualquer que seja a opinião de vocês sobre a fic, vou adorar ler!