I Love Foxes escrita por Weeping Angel


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que isso vai parecer estranho, mas a fic vai ser um UA no meio do universo de Naruto. Existirão ninjas e pá mas Naruto não vai ser um deles. Sorry Naru-chan *3*



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Uzumaki Naruto fechou os olhos com força. Estava sentado em posição de lótus e meditava enquanto esperava o anoitecer. O calabouço em que fora preso era escuro e úmido e pequenos camundongos corriam por todos os cantos da prisão de pedra em busca de alimento e esconderijo longe dos olhos humanos.

Naruto abriu os olhos novamente e olhou em volta de sua pequena e negrume cela, tentando descobrir de onde vinha a luz. Havia duas compridas fendas na parede, fora de alcance, que emitiam uma luz fraca, cortante. Grades enferrujadas haviam sido chumbadas na janela.

Naruto estudou a janela durante um longo tempo, em seguida correu até a parede e plantou um pé entre uma pedra mais inclinada e pulou. Conseguiu segurar a grade por um instante, mas as malhas de aço eram fechadas demais para conseguir passar por elas, então acabou escorregando na pedra lisa e desabou, caindo de traseiro no chão. Mas, mesmo assim, havia ficado tempo suficiente lá em cima para conseguir olhar através das barras. Era uma janela, no nível do chão, quase completamente escondida por arbustos emaranhados. Ele pensou em gritar e pedir socorro. Provavelmente outros tiveram essa mesma ideia, pensou. Mas sabia que apenas seus carrascos estariam por perto.

Ele olhou outra vez para cima, a luz fraca do crepúsculo mostrava que faltavam poucos minutos para o dia ceder lugar as sombras. Um fio de esperança brotou lentamente em seu peito, o espaço que separava as barras, calculou pouco menos de 10 centímetros de comprimento, era suficiente para um pequeno animal conseguir passar. A careta repleta de desânimo de segundos atrás deu lugar a um sorriso cheio de dentes. Provavelmente os idiotas que o haviam capturado não sabiam quem ele era. Naruto pisou na mesma pedra inclinada na parede e se segurou nas barras novamente.

Outro sorriso.

Era noite.

Uma fraca luz laranja-amarelada apareceu de repente contornando todo o seu corpo delineado, mas aumentando o brilho gradativamente, numa luz forte e cegante, até encher a cela e ultrapassar as grades, rasgando o breu do calabouço. O efeito durou apenas alguns segundos, e, ao cessar completamente a luz, no lugar que havia um garoto louro com grandes olhos azuis, apareceu uma pequena raposa alaranjada com inexplicáveis nove caudas, que balançavam ritmicamente entre si. E roupas jaziam largadas no chão.

A raposa esgueirou-se entre as barras de ferro com quase nenhuma dificuldade e se escondeu no meio da mata. Finalmente estava fora do calabouço. O pequeno animal espiou o lugar; os olhos escarlates cintilando na escuridão, as pernas contraídas de cautela, os rabos caídos. Ele virou a cabeça para se certificar que nenhum bandido se aproximava sorrateiro, as orelhas fofas em pé. Não havia ninguém, pelo menos no seu campo de visão, e não farejou nada também. Então iniciou um trote e correu.

Uma pena ter subestimado os bandidos. A organização criminosa que o capturou, apropriadamente chamada de Akatsuki, era muito mais do que um grupo de idiotas. Mas um grupo de nukenins rank-S mais procurado em todo o mundo shinobi. Porém, com a emoção do entusiasmo de ter fugido e a adrenalina correndo por todo o corpo, a raposa não percebeu a armadilha pronta logo à frente. Bastou um passo em falso e uma fumaça começou a sair de um arbusto. Em seguida, houve uma explosão.

Quando a fumaça se dissipou, a raposa conseguira sair do caminho da carta-bomba com nenhum machucado, mas antes que ela pudesse se recuperar, kunais e shurikens voaram em sua direção. O animal deu um ganido de surpresa e dor ao ser atingido por uma fūma shuriken. Mas ele não parou, sabia que a explosão seria um alerta para a Akatsuki. A raposa ignorou a dor e só desatou a correr.

No final da trilha, não se virou para pegar a maior estrada, mas passou direto por ela e mergulhou no meio da vegetação e das árvores. Galhos finos como chicotes golpeavam seu pequeno corpo.

A noite estava clara e sem quaisquer nuvens, o céu todo estrelado até o fundo do infinito. O animal se deteve na beirada de um declive íngreme, estava exausto e seu corpo inteiro gritava de dor e sangrava muito também. Ouviu vozes na encosta mais acima e galhos se partindo. Tentou levantar, fugir, mas as pernas não o obedeceram, a escuridão envolvia-o pouco a pouco.

A raposa então abriu os olhos, mas só enxergou vultos. Uma voz suave e com uma pontada de desespero passou por suas orelhas peludas, e por último sentiu algo delicado sendo pressionado contra seu pequeno corpo. O que veio depois foi a total escuridão e, por fim, nada.


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