Sweet Kiss escrita por SweetCherry


Capítulo 4
Primeira missão do ano: Preparativos para o baile.


Notas iniciais do capítulo

O negócio é o seguinte...tá parei xD
Desculpem a demora pra postar, esses dias tive um bloqueio criativo (na verdade ainda estou...anyway)
Tive muito trabalho para escrever esse capitulo, então se gostou comentem e façam essa pobre autora feliz. Afinal uma fic é movida a comentários, Okay



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15 de fevereiro, 13h

Querido diário,

Eu estou escrevendo do ginásio enquanto Lizzie esta procurando a Rosa. Hoje será um dia agitado.

Bem, ontem à noite não pude escrever como foi meu dia. Mesmo que quisesse seria impossivel. Ainda é tudo muito recente, não tinha muito animo para fazer nada - absolutamente nada. Ontem foi um dia estranho e confuso, lembra que eu havia comentado sobre a revista onde encontrei a matéria ?
Decidi que não a jogaria fora. Parece um pouco masoquista, mas era a única maneira que eu encontrei para estar com Castiel. De qualquer forma, estive chorando e sofrendo tanto tempo por ele, que de uma estranha maneira me acostumei com a dor e ausência. Isso não quer dizer que estou melhor. Sinto raiva por nunca conseguir manter-me forte, principalmente perto das outras pessoas.

A pergunta que ando me fazendo sempre é: Eu ainda amo o Castiel ?
A resposta é simplesmente sim.
Eu o amo, diário.
E estou sinceramente tentando lidar com isso. Mas essa sensação é tão forte e imensurável, que é como ter as mãos atadas a uma linha incrivelmente firme ao mesmo tempo tênue, e espero que a qualquer momento ela se rompa definitivamente.
Sabe, diário estive pensando em dar uma chance para os outros garotos...

15 de fevereiro - 13h30

Desculpe a longa pausa, a louca da Lizzie me surpreendeu. Ela ficou irritada pelo atraso da Rosa na organização dos preparativos, pensei por um momento que ela fosse me matar. O que me faz lembrar que daqui a uns dias será o aniversário dela. (Já tenho ideias para a festa surpresa da Lizzie)


– Vamos logo, estou ficando irritada com tanta demora! - disse Lizzie impacientemente.
– Calminha, senhorita apressada. - retruquei. - Onde esta a Rosa ? - acrescentei olhando ao redor.
– Sei-la, eu cansei de procurar aquela doida. Acho que deve estar se pegando com o Leigh. - brincou, dando um risinho malicioso.
– Bem, não acho que ela nos deixaria na mão, até porque ela demonstrou empolgação quando soube que participaria da decoração do baile.
– Vamos começar sem ela, então!
– E quem disse que podem começar sem mim. - disse uma voz atrás de nós, e Rosa apareceu com uma caixa de papelão com pastas e varias outras papeladas nos braços, seguida de Alexy que também tinha uma caixa em mãos.
– Oh, você também Alex ? - Lizzie perguntou empolgada, enquanto ajudava Rosa com os papeis.
– Claro! E sempre um prazer ajudar a organizar qualquer evento desse tipo.
– Oh, cool! - indagou alegremente (Alexy e Lizzie são do tipo hiperativos e loucos, graças a tamanha semelhança na personalidade ambos são como carne e unha)
– Ao trabalho! - disse Rosa alegremente, colocando a caixa no chão.
– Por onde começamos ? - Lizzie perguntou, olhando para o enorme espaço que era o ginásio.
– Podemos começar pelo historico dos anos anteriores. - sugeri, pegando um dos blocos de anotações.
– Boa ideia! Como a Rosa conhece mais os eventos da escola, ela poderia nos dar uns toques. - concordou Alexy.
– Temos que ter cuidado com o que vamos para o tema desse ano, para que não fique muito manjado. - disse Lizzie.
Cada pessoa presente ali pegou um bloco e caneta, em seguida sentamos na arquibancada. Todas as decisões tomadas naquele momento poderiam transformar o Baile de Boas Vindas em um evento prazeroso para todos, como detentoras de grande responsabilidade não devemos falhar (Isso soou tão filme da sessão da tarde).
Ficamos um longo período pensando e conversando sobre as ideias para o tema. Mas nenhuma, até então era boa o suficiente. Eu não conseguia pensar com clareza, o que tornara as coisas muito frustrantes. Mordi a caneta, encarando pensativamente o esboço que fizera a poucos minutos. As ideias fugiam da minha cabeça. O melhor que poderia fazer era buscar inspiração em outro lugar. Levantei-me apressadamente, e saí do ginásio. O céu estava impecavelmente perfeito, um azul suave misturado com o laranja-amarelado do sol. Uma brisa morna brincou com cabelo, jogando-o para trás enquanto andava para um bom local para pensar. A escola estava relativamente quieta, o que ajudou muito, principalmente na minha concentração. Soltei um longo e demorado suspiro, me sentia cansada e irritada. O jardim perto da estufa estava florido, chão coberto com diversos tipos de plantas e flores; Tudo muito verde com pontos coloridos - principalmente em tonalidades rosa e roxo. Sentei no meio das flores. Mordisquei meu lábio inferior, rabiscando coisas aleatórias.
– Como é difícil pensar em algo que realmente valesse a pena! - indaguei para mim mesma, bagunçando meus cabelos.
– Precisa de ajuda ? - quase saltei de susto. Olhei para cima e pude ver Lysandre.
– Nossa Lysandre, quase me matou de susto. - falei, pousando minha mão sob meu peito.
– Me desculpe, não quis assusta-la! - murmurou suavemente, continuou : - Então o que esta fazendo ?
– Ah, estou tentando ter alguma ideia decente para o baile, mas não tive nenhuma.
– O baile ?
– Sim!
– Eu tinha esquecido completamente do baile. - disse pensativamente, olhando para um canto qualquer do jardim.
– Ah, ah, ah me diga uma novidade!
– Não ria, eu tento fazer o melhor para não esquecer as coisas!
– Tipo seu bloco de notas ?
– Bem, por esse lado... - admitiu, constrangido.
– Então, já tem alguém para ir com você ? - perguntei.
– Não! E não sei se irei.
– Seria ótimo que você fosse. - disse sorrindo.
– Eu...
– Por favor. - o interrompi antes que terminasse de falar. - Por favorzinho! - insisti, juntando as mãos.
– Lucy, quando quer ser insistente nada pode te parar.
– É o meu poder de persuasão! - respondi convencida.
– Lysandre ? - chamei.
– Sim ?
– Bem...eu...queria... - puxei o máximo de ar que podia, inspirando tudo de uma única vez.
– Não precisa ter medo, fale. - seu sorriso foi tão reconfortante e resplandecente, me senti corar ao poucos com o calor vindo em ondas do meu pescoço as maçãs do meu rosto. Eu tenho um problema (um tanto idiota por assim dizer) todas vez que ficava nervosa não conseguia falar com coerência, como se meu cérebro estivesse com defeito. Mas o que eu iria fazer exatamente ?
"Tipo, oi Lysandre quer ir ao baile comigo ?", pensei aquilo parecia bem estúpido mas eu tinha que tentar. Além disso, tudo é questão de paciência e muita, muita calma mesmo.
Me virei até ficar cara-a-cara com Lysandre, ele me encarou confuso.
– Quer...i...i...ir...
– Lucy, você esta parecendo a Violette!
– Desculpa. - pedi, respirei fundo. Num gesto brusco da minha parte, movi meu pé e inesperadamente acabei tropeçando numa duna de terra próximo a um pequeno gramado, cambaleie e cai em cima de Lysandre. Aquele foi um dos momentos mais estranhos e constrangedores da minha vida.
– Desculpe. - disse automaticamente, lentamente tombei meu corpo para o lado. Tanto a minha respiração como a de Lysandre tornaram-se descompassadas.
– Então, o que queria me falar ?
– Há, acabei esquecendo. - menti, me levantando. Limpei minhas roupas e me dirigi para dentro da escola. Eu disse para mim mesma e para o meu diário que tentaria sair com os outros garotos, mas creio que não será tão fácil como imaginei. Entrei em uma das salas, sentei na primeira carteira da fila do meio. Balancei minha cabeça de um lado para outro.
– Tenho que ter atenção 100% no meu trabalho. - disse ativamente.
– Vejo que ainda não chegou em consenso nos preparativos para o baile. - disse Nathaniel num tom formal, logo após ter entrado na sala.
– Se você me explicar o que é consenso, poderei te responder. - falei num visível tom de deboche, Nathaniel riu.
– Por falar nisso, por que ainda esta aqui ? - perguntei, voltando minha atenção a ele. Flexionei os olhos, estudando seu rosto.
– Tive alguns trabalhos extras. - respondeu, vagamente.
– Entendi. - pousei minha cabeça na mesa, Nathaniel pegou uma cadeira e a colocou de frente a mim.
– Quer ajuda ?
– Acho que o tipo de ajuda que eu quero, você não poderia dar. - sussurrei contra a fria camada de madeira da mesa. Nathaniel emitiu um ruído parecido com leve suspiro.
– Tenho tanta coisa na minha cabeça, mas nada relacionado ao que realmente interessa.
– Talvez se me dizer o que é, pode aliviar seu peso. - Nath me lançou um sorriso radiante.
– É complicado!
– Nada é complicado o suficiente que não possa ser resolvido! - Nath pôs a mão sobre a minha, estremeci. Eu tinha medo de que se contasse a verdade para Nathaniel, ele ficasse magoado.
– É sobre o Castiel, não é ?
– Mais ou menos.
Contei tudo que me preocupava, como suspeitei ele não gostou. Seu rosto se retorceu em uma careta de desaprovação. De certa forma, ele pareceu atordoado. Subitamente, apoiou as mãos na mesa e fez menção de partir.
– P...preciso ir! - disse, sua voz saiu sufocada.
– Espere! - pedi.
– Não posso! Realmente preciso ir.
Senti as primeiras lágrimas deslizarem pelo meu rosto, um soluço escapou da minha boca.
– Não chore! - pediu de costas para mim, não consegui me conter e o abracei por trás.
– O que e...esta fazendo ?
– Te impedindo de sair da minha vida. - murmurei, apertando-o levemente.
– Eu... - gemeu, ele estremeceu. - Eu nunca sairia da sua vida, só se me pedisse.
– Isso esta fora de cogitação, nunca irei pedir que se afaste de mim! - respondi, minha voz saiu rouca. No fim, Nathaniel cedeu, o soltei dando a liberdade para que pudesse se virar. Nossos olhares se encontraram, os olhos dele perfuraram os meus. Limpou minhas lágrimas com o polegar.
– Não gosto de vê-la chorar!
De repente me senti vulnerável, frágil. Sem forças.
– Sei que você me vê apenas como um amigo, mas...eu gosto de você.
– Nath...
Dei um passo a frente e passei os braços por seu pescoço, mas ele permaneceu rigido. Nathaniel ficou receoso, mas acabou me retribuindo o abraço, aconchegando-me em seus braços. Todo sentimento de fragilidade foi substituída por um calor fresco e uma enorme sensação de segurança. Nos separamos, ofegantes. Sua mão correu pelos cabelos dourados. Desviei meu rosto, envergonhada. Meu queixo foi puxado de leve, e novamente nossos olhares se encontraram.
– Nath...eu... - gaguejei.
– Não diga nada!
A respiração dele batia no eu rosto. Fiquei na ponta dos pés. Aquilo foi o golpe de misericórdia. Eu estava prestes a deixar que ele me beijasse.
Eu poderia ceder ao consolo que Nathaniel me proporcionava, pode parecer sujo e imoral usar os sentimentos dele tentando esquecer outro, mas a razão me abandonara completamente.
Não pude perceber o quão cega e egoísta eu estava sendo. Mesmo eu me colocando acima dele, ele permaneceu ali me dando apoio. Aquilo me fez sentir a pior pessoa do mundo. Pus uma barreira no meu coração, expulsando todo e qualquer sentimento.
Nathaniel estava me oferecendo a chance de uma amor puro e sincero. E eu poderia oferecer o mesmo ?
Não posso continuar com isso. Me livrei de seus braços e sai correndo, deixando um Nathaniel confuso. O que eu me tornara ? Uma cretina insensível ?
Voltei para o ginásio, Alexy e Lizzie conversavam num canto um pouco distante e Rosa mexia na caixa, organizando-a. Meu aparecimento repentino e meu estado de nervosismo, logo chamou a atenção deles. Expliquei (ou melhor, inventei) uma desculpa para sair cedo e segui para meu apê.

Eu precisava urgentemente ficar sozinha.

Ainda 15 de fevereiro, cerca de 20h.

Querido diário,

Estou muito confusa e com muita raiva de mim mesma. Hoje eu planejava que seria um dia calmo e sem grandes preocupações.
Será que é pedir muito ?

Um forte barulho de trovão interrompeu minha discussão mental. Levei um susto. Começou uma garoar fina, mas rapidamente tornou-se uma tempestade.


Porque minha vida é tão irritantemente confusa ?
Meus pensamentos me ferem, minhas atitudes também, estou tão cega pela dor que mal consigo me aproximar e me permiti amar verdadeiramente outra pessoa. Doe ver que meus sentimentos não foram o suficiente para ele.
Nath...Lys...eles são tão importantes pra mim, mas sou fraca e frágil ou seria melhor idiota demais para admitir.

Fechei meu diário.
Peguei meu notebook e vasculhei sites de noticias sobre famosos. Na verdade eu não sabia o porque queria ver aquilo, então busquei pelo nome da banda da Debrah "STARS FROM NIGHTMARE".
Uma das noticias recentes é que houve uma briga entre os integrantes da banda. Não ficaria nem um pouco surpresa se esse problema não tiver sido causado pela própria Debrah.
Ignorei as outras noticias, parava apenas para ver as que mencionavam 'ele'
Depois de um longo tempo lendo e controlando as insistentes lágrimas que banhavam meu rosto, decidi que dormir me faria muito bem. Puxei meu edredom até minha cabeça e continuei chorando baixinho, mesmo que o barulho da chuva camuflasse meus soluços. Chorei até pegar no sono.


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