Sweet Kiss escrita por SweetCherry


Capítulo 2
Bem vindos alunos, um novo ano se inicia.


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo é especialmente para as Lysandretes (Tá certo isso produção ?)
Com direito a música xD (Feita por mim, então olhe lá, hein !?)



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Os últimos meses tinham voado. Desde a partida de Castiel e minha inúmeras tentativas de acorda-lo muitas coisas mudaram, mas de certa forma, eu ainda gostava dele, embora negasse com veemência. Durante esse tempo, me aproximará muito dos outros garotos, principalmente Lysandre - eu possuía uma forte empatia por ele. Somente com ele me sentia inteira novamente
As semanas se passaram depressa e sem acontecimentos importantes, até que começaram as aulas. Não tomei o café da manhã, com pressa para sair de casa o mais rápido possível, ignorando os protestos da tia Agatha. Ouvi um zumbido de um motor veloz ronronando e um conversível preto reluzente surgiu na esquina.
Revirei os olhos.
Lizzie é a rainha do exagero. Mas apesar disso, tinha que admitir que o carro é indiscutivelmente bonito.
– Quanto exagero! - disse com todo sarcasmo que possuía. - Mas, bela máquina!
– Oh, obrigada! - indagou alegremente. - Entra!
Bati a porta e afundei no assento de couro em tons de cinza. Partimos. Recostei a cabeça e fiquei observando a paisagem pela janela, Lizzie tagarelava sobre como ganhou o carro e outras coisas no qual não escutei por não ser ter a mínima importância.
Paramos no estacionamento do colégio Sweet Amoris, fiquei um bom tempo ali, observando. Era o ultimo ano, depois seria a faculdade. Fomos cercadas no instante que colocamos nossos pés para fora do luxuoso carro. Todos presentes ali, as pessoas que não vira desde o inicio das férias. Avistei Iris no meio daquela insondável multidão, fui até ela.
– Oi, Lucy!
– Oi, Iris!
– Quer que eu te acompanhe até a sala ? - perguntou.
– Claro! - peguei-a pelo braço praticamente arrastando-a. Os corredores não estavam cheios como normalmente.
– Como foram suas férias ? - perguntou sorrindo.
– Bem, se eu falar que foram boas estarei mentindo. - suspirei pesadamente.
– É sobre o Castiel, não é ?
– Ah, sim!
– Lucy, me desculpa por não ter acreditado em você! - pediu, seu rosto ficou vermelho e sua expressão tornou-se apática.
– Esqueça isso, eu já te perdoei!

As primeiras aulas foram breves, enquanto passava pelo, agora, abarrotado corredor muitas pessoas me abordaram e perguntaram se estava tudo bem. É meio difícil fingir estar feliz quando na verdade se quer chorar, mas quando as pessoas te perguntam algo assim elas realmente não querem saber, sequer se importam, elas só precisam de um motivo para nos olhar com pena. Eu poderia fingir, dar meu melhor sorriso e dizer de uma maneira clara e convincente 'Estou bem' ou 'Estou ótima, obrigada'
Respirei fundo.
Entrei na sala dos representantes, por sorte encontrei Nathaniel sozinho, ele distraidamente lia um livro. Sentei ao seu lado.
– Oh, Lucy! Desculpe-me não notei sua presença. - disse surpreso.
– Nyah, não sei se levo isso como um insulto, já que sou tão insignificante que você nem me nota, ou fico feliz por ter um livro tão bom aqui. - brinquei.
– Não...eu...
– Não fique assim, estou brincando! - o interrompi antes que terminasse.
Me debrucei sobre a mesa, conseguindo ter uma boa visualização o livro.
– Sidney Sheldon ? - perguntei espantada. Ele assentiu.
– Ah, nossa eu adoro os livros dele! Qual é o titulo ?
– Depois da escuridão!
– Oh, esse livro é incrível! Ele combina bem ação, romance e drama tudo na medida certa.
– Então já leu ?
– Sim, e recomendo! Fez muito bem em lê-lo.
– Com licença, aqui é a sala dos representantes ? - uma voz desconhecida perguntou, chamando nossa atenção. Nathaniel foi atender o rapaz, eu o segui.
– Sim! Eu sou Nathaniel, posso ajuda-lo ?
– Eu sou o novo professor de historia, Josh Brookfield! - o rapaz estendeu a mão para cumprimentar Nathaniel, ele é um pouco jovem para ser um professor; possuia uma aparência encantadora, que faria qualquer garota soltar gritos histéricos apenas por vê-lo passar. Seus cabelos negros, caindo em todas as direções sob sua testa, feições perfeitamente esculpidas, olhos num tom azul-esverdeado, lábios arrogantes avermelhados. Percebendo que eu o encarava fixamente, lançou um olhar inquisitivo para mim. Corei violentamente, rapidamente desviei meus olhos.
– Essa é a presidente do comitê de boas vindas! - disse Nathaniel, virando-se para mim. - Ela te mostrará toda a escola!
Aquele momento desejei profundamente nunca ter a incrível idéia de participar do comitê - se bem que a idéia foi do Nath, a razão segundo ele, para eu ter entrado é o meu jeito amável, simpático e compreensivo de ser - não podia negar, já que era meu trabalho.
– Olá! Sou Lucy Carter. Como Nathaniel já explicou, faço parte do Comite de Boas Vindas, então estarei designada de ter mostrar toda escola e te orientar. - até que meu discurso foi perfeito, mas do que esperava.
– Prazer em conhece-la srta. Carter! - ele estendeu a mão novamente, eu mecanicamente apertei.
– Venha! - pedi, saindo da sala. Mostrei cada canto da escola, não esquecendo nenhum detalhe.
– Essa escola é realmente grande!
– Ah, sim! Mas logo se acostumará com ela.
– Eu espero! De qualquer forma, muito obrigado por me mostrar o local.
– Apenas fiz meu trabalho! - dei meu melhor sorriso.
– Te vejo outra hora srta. Carter! - disse se afastando.
– Quem é aquele ? - perguntou uma pessoa.
– AAAHH, CREIOINDEUSPAI... - disse me jogando para frente. - Armin. - repreendi, ele riu da minha reação.
– Ah, ah, ah! Desculpe por isso, mas foi hilário.
– Nossa, estou morrendo de rir. - retruquei ironicamente.
– Mas então, quem é aquele ?
– O novo professor de história!
– Um novo professor para uma velha matéria chata! - eu ri.
– Pois é...
– Então Lucy, o Alex mandou perguntar se você não quer dar uma passada lá em casa! Ele chamou a Rosa, mas ele quer que você também vá.
– Eu não sei se...
– Não recuse, se não sobrará pra mim.
– Bem, vou ver! Se puder eu falo com Alexy.
– Está bem.
Andei até meu armário, tive um pouco de dificuldade para abri-lo. Senti uma presença atrás de mim - será que o povo da escola perdeu os bons modos ou perderam o medo de morrer ? - assim que consegui abrir, soquei meus livros dentro, peguei o de trigonometria e apressadamente o fechei.
– Lysandre!
– Posso saber que história é essa de ir a uma casa de rapazes, sozinha ? - Lysandre normalmente não se irritava facilmente com esse tipo de situação, mas vendo seu 'discreto' nervosismo daquele jeito me assustou. Se bem que aquela não era a primeira vez.
– Hãn !? - indaguei confusa. - Não, Lysandre não irei sozinha, a Rosa também vai e lembre-se que o Alexy gosta de garotos! - expliquei, a expressão dele se suavizou.
– Bem, agradeço que tenha esclarecido, me sinto mais aliviado agora!
– Que bom!
Confesso que queria ler a mente dele para saber no que pensava. Mas se o Armin estivesse comigo, teria achado graça. Estou começando a acreditar que Lys tem ciúmes de mim.
– Luucy. - ouvi uma voz melodiosa me chamar, então a figura de uma jovem de cabelos castanhos-avermelhados e curtos surgiu.
– Ah! O que houve Lizzie ?
– Olha. - pediu, mostrando um folheto. Era sobre o baile de boas vindas.
– É só o baile. E daí ?
– Não é o baile sua tonta! - exclamou impaciente, apontou para uma linha com letras pequenas. 'Inscrições de bandas para tocar no baile'
– Incrível, não ? - indagou alegremente, seus olhos violetas brilharam de excitação.
– Tá! Mas o que eu tenho haver com isso ?
– Você é mesmo bem lerda! Iremos participar da banda, eu com a guitarra, você no vocal e se o Nathaniel quiser na bateria, mas como sei que se você pedir com jeitinho ele não terá como negar, é perfeito!
– Creio que não vai dar!
– Porque ?
– O Nath faz a banda com o Lys, e sem o Castiel ela esta desfalcada!
– Oh! - Lizzie me encarou com a boca aberta num 'O' de descrença.
– O que foi ?
– Você disse o nome dele.
Paralisei no instante que ela disse isso. Por um minuto, não acreditei que ela tivesse falado aquilo, mas ainda assim, demorou muito tempo para que eu dissesse o nome dele sem que doesse, sem que a ferida voltasse dolorosamente a sangrar. Senti um torpor no corpo e um volume na garganta tentando desesperadamente se dessipar em lágrimas.
– Me desculpe... - sua voz saiu fraca, e continuou: - Eu não...
– Tudo bem!
– Sou uma idiota insensível. - rosnou, comprimindo os olhos.
– Não! Pare! - disse ferozmente, temia que a tristeza e o choro eminente afetasse minha voz. - Olha, esquece isso, e pra acabar com essa discussão; Eu aceito!
– Aceita o que ?
– Depois eu sou a lerda. - brinquei, Lizzie fez uma careta e deu língua.
– Da banda, eu aceito participar.
– Sério ?
Assenti.
– Cool! - exclamou empolgada. - Vou ver se consigo achar alguém que toque bateria!
E mais uma vez fiquei sozinha, embora naquele momento não quisesse companhia, eu na verdade queria desesperadamente alguém para me amparar. Desagradavelmente, me deparei com Ambre. Ela cumprimentou-me friamente e recuou (Aquilo era bem estranho, eu e Ambre nunca, nunca mesmo nos demos bem. Era meio que uma eterna rixa).
– Olá!
– Oi, Ambre! - ela estreitou os olhos, me examinando. Engoli em seco.
– Gostei da calça. - Ok, aquele momento vai para minha lista de esquisitices do ano (Não sei ao certo se estou bêbada ou comi algo estragado, mas a ultima opção não é valida)
– Hãn !?
– Não vai achando que só porque eu te elogiei essa vez, te deixarei ser uma das minhas seguidoras! - disse jogando os cabelos claros no meu rosto, apesar da vontade de bater nela, aquela é a Ambre que deve ser, e que nunca mudará (Uma história sem uma vilã patricinha chata não teria tanta graça)
Fui até a escadaria, e lá estava Rosalya. Acenei, indo em sua direção.
– Rosa, por acaso viu o Lys ?
– Ah, ele esta no porão! - respondeu distraídamente, balancei minha mão no seu rosto.
– Rosa, tá tudo bem ?
– Esta ótimo!
– O que houve ?
– O Leigh esta me preparando algo especial!
– Ah, agora eu entendi o porque da cara de paisagem. - ela riu junto comigo.
Rosalya parou de rir. Seus olhos fixaram-se nos meus. Eu tinha quase certeza do que ela ira dizer.
– Antes que me pergunte, estou bem! - suspirei pesarosamente.
– Estamos preocupados com você!
– Porque ?
– Já se olhou ultimamente no espelho, esta mais magra e muito abatida.
– Estou maravilhosamente bem. - grunhi, controlando toda minha raiva.
– Faz 6 meses...
– Chega! - gritei, engolindo o choro. Não suportei ficar nem mais um minuto ali, andei com a maior rapidez que pude para o porão. Lysandre estava com seu companheiro, o bloco de notas, pelo modo como estava distraído, talvez escrevendo alguma música nova. Me aproximei tentando fazer o mínimo de barulho possível. Lysandre lentamente piscou os olhos, sorriu e virou-se para mim.
– Lucy! Algum problema ?
– Então só posso vê-lo quando estou com algum problema, não posso simplesmente querer sua companhia ?
– Bem, então fico feliz em saber que minha presença lhe agrade!
Sorri.
– Lys ?
– Sim ?
– Vai participar das inscrições para banda no baile ?
– Creio que não! Sem o Castiel a banda esta desfalcada.
– Entendo!
Lysandre deliberadamente voltou a fixar sua atenção no bloco.
– O que esta fazendo ?
– Uma nova música!
– Legal.
– Quer ouvi-la ?
– Oh, sério ?
– Sim!
– Eu quero sim!

'Ferida com tristezas e dores que simplesmente não pode apagar;
Tentando desesperadamente seguir por um caminho espinhoso,
Aprendendo a lidar com a perda e a solidão;
Mesmo que os problemas de um passado distante não possam ser jogados fora, não chore;
Nunca diga que jamais sorrirá;

Caindo num abismo profundo, não se intimide;
Continue acreditando na luz;
Quando quiser estarei puxando-a de volta;
Você não precisa forçar seu sorriso a ninguém;
Deixe-me segurar sua mão e espantar sua solidão;
Logo essas ferida irão cicatrizar;

Mesmo que as lembranças boas estejam apagadas;
Eu quero proteger te proteger do mal;
Quando o futuro parecer incerto;
E tudo que acreditou ser arrastado pelo vento;
Irei te encontrar;

Até o mais profundo dos sentimentos não podem ser expressos por palavras;
Lidando com a solidão, você disse que ficaria tudo bem;
Porque tudo ainda parece um sonho ?

Você está num ponto onde não posso alcançar;
Deixe-me segurar segurar sua mão e espantar sua solidão;
Por favor, não chore;
Por mais incerto que o futuro pareça;
Não esconda a dor dentro de si;

Ferida com tristezas e dores que simplesmente não pode apagar;
Tentando desesperadamente seguir por um caminho espinhoso,
Aprendendo a lidar com a perda e a solidão;
Mesmo que os problemas de um passado distante não possam ser jogados fora, não chore;
Nunca diga que jamais sorrirá;

Tente apenas ser você mesma;
Você não precisa forçar seu sorriso a ninguém;
Mas apenas sorria para si;
Não a nenhum problema nisso;

Com sua voz doce;
Você pode trazer alegria para outros;
Então não chore;
Apenas olhe para frente e continue seguindo;
A partir de agora te guiarei nesse longo caminho...'


– Porque cantou essa música para mim ? - minha voz soou chorosa.
– Você me deu inspiração para escreve-la, o justo é que eu cante para você.
– Obrigada, Lysandre! - disse, senti meus olhos úmidos. Lysandre me puxou contra si, me apertando em seus braços. Permanecemos assim por um longo tempo, deixando toda a tristeza se dissolver nas lágrimas que a muito custo bloqueava enquanto ouvia o coração de Lysandre bater descompassadamente.


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