Strawberry against Blood escrita por Miahh


Capítulo 25
Querida Lorelei...


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente *----* Bom, sinto pessoas com muita raiva de mim u.u vi isso pelos reviews. Bom, eu não tenho coragem de matar a Teresa. Só quis botar um drama básico. Não me matem, eu amo vocês *--*

Espero que gostem do cap. Esse é o primeiro cap que o Patrick não narra, apenas Teresa e incrivelmente, Lorelei. A fic está quase no fim u.u don't be sad :) Love all of you :)



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Pov Teresa Lisbon

Olhar para as coisas da minha sala empilhadas dentro das caixas velhas de papelão, era terrível. Tinha prometido a mim mesma nunca mais me submeter a uma coisa dessas.

Ali era o meu lugar, o meu trabalho. Os meus amigos estavam ali. Uma parte da minha historia também.

Mesmo com muita dor no coração, eu sabia que não poderia abandonar o Patrick. De uma certa forma, ele me trazia uma enorme segurança. Em seus braços eu me sentia livre.

Isso parece estranho. Talvez seja um pouco. Mas, o que eu quero dizer é que eu o amo. E o amor que eu sinto por ele, não pode ser comparado a nada nem ninguém em todo o universo.

Só de pensar que poderia nunca mais vê-lo... Chega a dar arrepios. Nunca mais tocar aqueles cachos amarelados... O sorriso aberto que enche seu coração de esperança e felicidade. Sentir o toque dos seus dedos em sua pele lisa... As inúmeras sensações que nunca poderão ser compradas.

Juntei uma caixa média com itens da minha gaveta e com um pouco de dificuldade fui até o elevador da agencia.

Foi quando uma voz bem conhecida sussurrou próximo ao meu ouvido.

-Soube da novidade, e juro que nem acredito ainda – Era Ray. Mesmo sem olhar para ele, poderia imaginar seu sorriso sádico estampado.

Meu coração estava batendo tão forte, que poderia senti-lo na garganta.

-É... Soube?

-Sim, todo mundo da CBI sabe – Ele pegou a caixa dos meus braços – Deixe-me te ajudar.

Nós nos encaramos por um pequeno período antes dele virar. Patrick tinha razão: Não há desonestidade em mim. Minhas pernas tremiam tanto, que já imaginava a hora que cairia de joelhos no chão frio e desabaria em lágrimas, implorando por minha vida.

-Sabe... Deveríamos ir à minha casa, conversar sobre esse acordo – Ele disse, segurando a porta do elevador com o pé, para que eu entrasse – Assim te deixo a par do seu salário, além de outras coisas a mais.

-Não precisa, amanhã podemos conversar com mais calma... Estou tão cansada hoje.

-Imagino – Ele fez uma cara como se duvidasse de mim – Mas se você não aceitar, eu vou achar que você está tentando fugir de mim... E sei que a senhora não tem motivos para isso, não é, Lisbon?

Aquilo me parecia mais uma provocação do que uma afirmação.

Eu estava encrencada: Se aceitasse a proposta, ele provavelmente me mataria. Se não aceitasse, ele ficaria desconfiado de algo e o plano de Patrick iria por água abaixo.

Então na duvida, permaneci calada.

-Vamos, eu te dou uma carona – Ele tentava me convencer, enquanto procurava com o olhar o meu carro no estacionamento – Vai ser rapidinho.

-Não sei, Ray. Estou precisando de um bom banho e repouso. Hoje o dia foi bem cansativo mesmo...

Ele apoiou a caixa em um porta-malas qualquer. Estranhei a parada repentina.

Quando virei para olhar seu rosto, me deparei com um sorriso malicioso, quase maléfico, para cima de mim. Meu Deus, o que estava acontecendo aqui?

-Eu consigo imaginar o quão cansada você está, querida Teresa... Imagino que a tarde de amor no sótão do consultorzinho, deve ter te deixado com muito sono. Não é mesmo?

Várias emoções passaram por mim em questão de segundos, desde raiva até angustia.

Não consegui esconder minha expressão estupefata. Acho que o queixo estava até um pouco caído e meus olhos lacrimejavam. Lágrimas rolaram sem que eu percebesse, até uma delas molhar meus lábios.

Esse seria o meu fim? Depois de tudo que passei com Patrick, atrás desse filho da mãe do Red John, era assim que iria acabar?

-Então por que a gente não vai, rapidinho na minha casa tomar um chá? Ou você prefere que toda a Califórnia descubra que você é cúmplice do desgraçado... Melhor, amante do consultorzinho?

-Eu não sou cúmplice dele, muito menos amante – As palavras saíram cuspidas. O que eu estava dizendo, afinal? Minha mente estava toda embaralhada, confusa. Ainda tentava assimilar tudo.

-Não vai me dizer que foi o Patrick que gemeu daquela forma, hoje de tarde – Ele sorriu mais ainda quando viu minhas bochechas corarem – Ah, antes que eu me esqueça, e o bebê? Vai bem? Já descobriu o sexo?

Meu bebê. Meu preciso bebê. Ele já sabia.

Eu estava sozinha, sem ter como me defender já que entreguei a minha arma mais cedo, pois esta pertence a CBI. Eu estava com medo e sendo sutilmente ameaçada por um serial killer que deixava claro saber da existência do meu filho. Meu pequeno e amado filho.

Não poderia ser. Isso não estava acontecendo comigo. Se isso fosse um pesadelo, eu não ligaria em acordar exatamente agora, na minha caminha fofa e quente, aliviada.

Mas eu não acordei.

Porque isso não era um pesadelo.

Era a realidade.

-Seu cretino – Murmurei. Ele me encarou um pouco mais sério, sem o sorriso.

-Teresa, olhe como trata o seu chefe... Posso não ser bonzinho como Bertram... – Ele pegou novamente a caixa, apenas com uma mão, e colocou a outra envolta da minha cintura, passando por debaixo da minha jaqueta e blusa, respectivamente. Senti algo pontudo e frio encostando um pouco acima do ventre. Seria aquilo uma faca? Acho que estava mais para um canivete suiço – Que tal você limpar essas lágrimas e fingir que está tudo bem até chegarmos no carro? Assim ninguém sairá machucado.

Não sei como não desmaiei naqueles terríveis cinco minutos de caminhada até o meu carro. Estava desesperada. A faca roçava na minha pele e senti uma leve ardência na região. Tinha quase certeza que havia um corte fresco ali.

Eu olhava em volta e não via ninguém além de dois guardinhas que estavam tomando café com rosquinhas, na porta da guarita. Um deles olhou para mim e cochichou algo no ouvido do outro, com um sorriso maldoso no rosto. Pensei se eles conseguiam ver o que estava acontecendo. Eu, uma agente que nunca foi vista com homem algum na CBI, caminhando junto de um homem que estranhamente estava com a mão por debaixo da minha blusa, como se eu fosse permitir uma coisa dessa.

Foi quando encostado no carro do lado do meu, Rigsby e Grace conversavam. Pareciam mais discutir algo, mas de uma forma calma, pacifica.

-Se você tentar alguma coisa, juro que faço pessoalmente uma visitinha para seu irmão, Tommy. Aposto que Annie adorará me conhecer - Me ameaçou sussurrando. Meu estômago se contraiu de uma forma tão forte, que eu quase botei para fora toda pizza que tinha comido - Estamos entendidos?

Eu não respondi.

-Estamos entendidos - Ele apertou meu braço com força, beliscando-me.

-S..Sim.

-Ótimo.

O olhar da ruiva se cruzou com o meu, instantaneamente. Ela parecia chocada, até um pouco boquiaberta. Rigsby não foi diferente.

         -Chefe... Quer dizer, Lisbon – Ela se corrigiu rapidamente. Seus olhares se intercalavam entre Rigsby e a mão do Ray.

-Van Pelt... Rigsby... – Minha voz estava tão fraca, que achei que eles não tinham ouvido.

-Boa noite, agentes – Ray cumprimentou, tentando ser simpático.

-Boa noite – Ambos responderam em uníssono.

-O que os dois fazem aqui sozinhos, a uma hora dessas? - Ray perguntou.

-Nada - Rigsby coçou a cabeça, envergonhado - Estamos apenas conversando.

-Hum, conversando. Sabe, vocês parecem um casal... Vocês est...

-Não - Grace respondeu, cortando-o.

-Deveriam. Formam um belo casal, não é, Teresa? – Ele olhou para mim, esperando uma resposta que não veio – Teresa? – Senti a lamina sendo pressionada contra minha pele, com força suficiente para fazer um pequeno e dolorido corte.

-Si... Sim – Forcei um sorriso tão falso quanto uma nota de três.

-Está tudo bem? – Grace perguntou. Eu tinha quase certeza que ela havia entendido tudo.

-Es...Está.

-Tem certeza? – Grace insistiu. Ela olhava para minha blusa. A mão de Ray parecia incomoda-la, como se ela pensasse “isso não está certo”.  Espero que isso a alertasse de alguma forma.

Assenti com a cabeça.

-Vamos, Teresa – Ray colocou a caixa sobre o porta-malas fechado, guiando-me para a porta do meu carro. A mão que segurava a caixa agora procurava pelo alarme do meu carro e rapidamente abriu a porta para que eu entrasse. Cuidadosamente ele tirou o canivete suíço e acho que guardou no bolso. Foi tão rápido que não percebi.

Pelo retrovisor, vi Grace e Rigsby confusos. Estavam conversando com Ray, pareciam intrigados, mas sorriam. Sorrisos falsos.

Feliz ou infelizmente, eles eram a minha ultima esperança.

Red John entrou no carro, dando a partida. Olhou-me mais uma vez antes de partir. Acho que ele queria ter certeza que eu estava com medo. Medo chega a ser uma palavra muito vaga para o que eu estava sentindo. Talvez pavor fosse a palavra certa. Muito pavor.

**

É incrível o que sua mente pode fazer com você. Eu tinha um conceito pré-definido sobre a casa do assassino em série. Em minha cabeça, ele morava em uma espécie de caverna úmida com corpos e mais corpos espalhados pelo chão além de sorrisos sinistros feito de sangue pelas “paredes”.

Entretanto a casa dele passava longe disso.

Era um grande apartamento no segundo andar de um prédio de cinco andares. Havia um elevador, mas subimos de escada. Provavelmente o elevador deveria ter câmeras de segurança.

O primeiro cômodo que você se depara quando entra é a sala. Teto com acabamento de gesso, cores fortes na parede – um vermelho vibrante – um sofá branco bem confortável, estantes enormes com dezenas de livros, além de uma linda tv de plasma na parede. O cheiro de cera para o chão era notável. Este, por acaso, brilhava tanto a ponto de você conseguir enxergar seu reflexo como um borrão.

Um lugar perfeito para um assassino metódico e organizado como o Red John.

-Gostou do meu lar doce lar, Teresa? Ou achou muito arrumado e sem sangue para alguém tão cruel como eu? – Como ele fazia isso?

-Eu quero ir embora – Eu disse baixinho, evitando virar-me para ele. Ao invés disso eu olhava para o meu reflexo borrado no chão. Era melhor.

-Aqui não tem essa de querer ou não querer – Respondeu, puxando-me delicadamente pelo braço – Se isso te conforta, pense que estamos jogando um joguinho. Um joguinho com muito sangue, mas somente um jogo.

Suspirei alto. Ele deu alguns passos a frente e puxou o meu rosto para que eu pudesse vê-lo. A maldade estava em todos os detalhes de sua face. Sua boca sorria de um jeito doentio. Os olhos escuros me analisavam enquanto eu tentava controlar o medo que corria em minhas veias. Senti seus dedos tocando meu pescoço, apalpando-o, sentindo minha jugular, com aquele sorriso cada vez mais aberto, mais doentio ainda.

E então do nada, ele ficou sério. Parecia possuído por algo ruim, diabólico. Era isso que eu sentia enquanto o encarava. Sabia que algo estava para acontecer.

Ele deu a volta em mim. Senti sua respiração ofegante perto do meu pescoço. Sua mão pesada tocou meus lábios como uma pequena e estranha caricia. Pensei em Miranda, irmã de Lorelei. Lembrei do que ele fez com ela. Suspirei mais uma vez. Delicadamente ele tampou minha boca com uma das mãos, enquanto a outra segurava meus braços. Ele era forte, não muito, mas o suficiente para conseguir me paralisar.

Tentei lutar, entretanto era impossível.

Ele me levou até um quarto, que acho que era dele. Cores pasteis na parede e uma grande cama com edredom branco deixavam o quarto atraente como aqueles quartos de hotéis caros. O cheiro doce me lembrava um pouco o cheiro do paletó do Patrick – doce como um chá.

Ray me jogou com brutalidade na cama e pegou algo de cima da cômoda marrom, derrubando algumas revistas que estavam ali perto.

Ele chegou perto de mim e vi que Ray segurava um pequeno pano de algodão branco. Sem pensar duas vezes, ainda meio tonta, tentei fugir, mas ele me puxou pelo pé, colocando o pano contra o meu nariz.

Eu não conseguia respirar. A minha visão ficou turva rapidamente. Tentei me soltar do homem, mas ele me segurava com tanta força que sentia meu braço latejar de dor. Não demorou muito para que eu apagasse, no meio da cama de casal do Ray.

De alguma forma, senti que ele voltará a sorrir.

**

Pov Lorelei Martins

Olhar para a tv e olhar para o nada era quase a mesma coisa. Nada de bom estava passando nos canais abertos, e a maioria dos programas me fazia questionar sobre a inteligência das pessoas. Nem o canal de culinária salvava. Estavam passando a reprise da mesma receita de peixe da semana passada. Algo com lascas de bacalhau. Só sei isso. Não quis assistir o resto.

Enterrei minha cara no travesseiro. Eu não esperava dormir mais. Dormi a tarde toda, enquanto esperava por alguém que fosse me visitar. Talvez o Patrick, mesmo sabendo que ele estava um pouco bravo por minha insistência em não dizer quem Red John é. Talvez minha mãe, que mesmo sendo uma chata, conversava comigo mostrando uma preocupação nunca vista. Era bom pensar que ela poderia estar arrependida, mesmo desconfiando muito disso.

De qualquer forma era noite e o horário de visita já havia esgotado. É, parece que hoje não teria ninguém...

Até a porta se abrir.

E a ultima pessoa que eu gostaria de ver, aparecer bem na minha frente.

Ray Haffner.

Também conhecido como Red John.

Eu olhava para ele, que fechava a porta com cuidado de não ser percebido. Sua postura mostrava confiança e alegria. Parecia também mais bonito.

-Boa noite, Lorelei – Ele cumprimentou-me, colocando as mãos no bolso, parando bem a minha frente.

-Como que você passou pelos guardas? – Eu só conseguia pensar nisso. Como um simples homem pode entrar em um quarto cheio de proteção policial?

-Jack é meu amigo. Já Thomas... –Ele olhou para sua blusa branca, quase coberta pela jaqueta marrom e eu percebi que havia um pouco de sangue nela. Na verdade, bastante sangue – Thomas não era muito amigável.

Ele matou um homem dentro do hospital? Sério mesmo? Alguem já avisou para ele que tem câmeras por todo lado?

-Eu as desliguei – Respondeu como se lesse meus pensamentos mais íntimos – O corredor está vazio. Arrisco dizer que você é uma das poucas pacientes aqui.

-Se veio me matar, melhor esperar eu dormir – Eu comentei em tom de gozação, mesmo que por dentro, eu estava morrendo de medo.

Ele riu.

-Não, não se preocupe. Não vim te matar, querida Lorelei. Vim apenas conversar.

-Conversar? Comigo? – Forcei uma risada – Não tenho nada para conversar com você.

-Tem certeza? Pois eu tenho uma proposta muito interessante para te oferecer.

-Proposta? Que proposta? – Minha voz saiu empolgada, mesmo eu tentando não deixar isso tão claro.

-Andei sabendo que estava grávida... Mas que perdeu o bebê.

-Sim, e o que isso tem a ver com você?

-Bem... – Ele se sentou perto dos meus pés – Nós dois sabemos que a culpa disso foi, sem duvidas, Teresa Lisbon.

Franzi a testa.  Há quanto tempo ele me vigiava?

-E?

-E imagino que sente uma grande raiva por ela, não sente?

-Claro que sim. Mas... Não vou fazer nada contra ela apenas por que você quer. Não vou ajudar a pessoa que matou a minha irmã. Sem chance.

-Calma, calma, não se antecipe... Tenho uma novidade sobre ela que você ficará feliz em saber.

-O que? – Perguntei ficando irritada.

-Ela está grávida. E advinha quem é o pai?

Ray? Patrick?

Eu forcei outra risada, quando percebi o que ele estava querendo dizer.

-Ele nunca faria isso comigo.

-Ah, ele fez. E para piorar, ele iria dar um jeito de ir embora com ela. Teresa até havia se demitido da CBI, para viver uma vida de perigos e amores, enquanto você estaria na cadeia, lamentando a perda do bebê... Triste... Sozinha...

A raiva crescia dentro de mim. Se já não estivesse satisfeita em matar o meu bebê, ela ainda roubou o meu quase futuro marido e ainda por cima estava grávida dele. Grávida do filho que deveria ser meu, do homem que deveria ser meu.

-Como você sabe disso? Como eu posso confiar que você não está blefando?

-Bob Kirkland contou para mim. Parece que ela revelou a novidade para o Bertram, tentando convencê-lo a fazer um acordo com a FBI para que o Patrick ficasse livre. Por causa disso que ele não estava na prisão. Por que Teresa usou o bebezinho ainda não nascido para deixar seu chefe com peninha dela. E deu certo.

Uma palavra: Vadia.

-E o que você quer que eu faça?

-Ai que entra a minha proposta, querida Lorelei – Ele sorriu – Seguinte, você aceita o meu pedido de desculpas por matar sua irmã e eu em troca te dou a chance de fazer o que quiser com a Teresa. O que quiser mesmo. Claro, com o Patrick também, se você quiser.

-E eu poderei fazer isso apenas aceitando seu pedido de desculpas? Muito estranho.

-Nada de estranho. Eu estou arrependido pelo que fiz a tua irmã. E eu sei que você odeia a Teresa, então estou dando-a para você, de graça.

-Você vai sequestra-la?

-Já sequestrei. Ela esta na minha casa, mas se você aceitar minha proposta, partiremos amanhã para um lugar de sua escolha.

Era uma proposta interessante. Destruir com quem me destruiu.

-E o Patrick?

-Ele vai vir depois. Jane ainda não sabe da novidade.

Sorri, imaginando a cara dele quando descobrir o que eu farei com sua amada vadiazinha.

 -Acho que vou aceitar sua proposta. Mas com uma condição.

-E qual seria?

-Quero ir a praia.

Ele sorriu maliciosamente.

-Então é melhor você se vestir. Temos uma longa viagem pela frente.

**

Pov Teresa Lisbon

Minha cabeça doía. O meu corpo inteiro latejava.

Com muita dificuldade, virei minha cabeça para o lado e notei que eu continuava no quarto bonito, na mesma cama que antes. Meus pulsos estavam algemados na cama. Meus pés também. Ele teve o cuidado de tampar minha boca para que eu não gritasse. Como se isso fosse adiantar. Ninguem iria escutar meus gritos abafados naquele quarto.

A situação ainda não era pior, por que eu estava vestida. Minhas roupas pareciam meio amarrotadas, mas eu deduzi que não sofrerá nenhum tipo de abuso enquanto estava inconsciente. Graças a Deus.

A porta do quarto se abriu e Ray entrou. E não estava sozinho.

Lorelei estava junto dele, segurando uma arma de choque nas mãos. Ela parecia um pouco exausta, mas tudo isso era escurecido pelo olhar malvado, como o de um demônio.

-Olá, Teresa. Como você pode ver, eu e Ray voltamos a ficar juntos.

Tentei xinga-la, mas apenas um som abafado saiu.

-E você vai pagar por tudo que fez comigo – Ela ligou a arma, que fez um estalo – Melhor se preparar.

Lorelei pressionou a arma em minha perna, dando-me um leve choque. O suficiente para fazer meu corpo estremecer.

-Nós vamos nos divertir muito juntas... Mais do que qualquer um possa imaginar.


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Notas finais do capítulo

Lorelei badass sim ou sim? kkkkkkkkk é, pois é, a fic acaba logo logo. Ou não se contar por semanas e não por caps :) dai tem mais um mês...

Espero que me perdoem e não fiquem mais com raiva de mim. Eu não sou capaz de matar a Teresa. E eu prometo muito jisbon no final (em tudo na verdade, jisbon puro) haters of Lorelei vão amar hehehe.
Beijos e até domingo que vem *--*



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