Strawberry against Blood escrita por Miahh


Capítulo 14
Você não pode se esconder


Notas iniciais do capítulo

Hey povo *---* thanks pelos reviews, eu amo vcs :)

Desculpem pela demora, é que eu tava em semana de prova... mas agora tô de férias o/ e posso me dedicar bem mais a fic.

Well, eu preciso agradecer a muitas pessoas especialmente duas leitoras: Daniele Lemos, que me lembrou de algo que eu deixei passar no ultimo cap, e me deu uma ótima ideia, e Babs que me deu mts ideias ao longo da semana :)

Aproveitem o cap, espero que gostem.



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Quando chegamos a CBI, fomos logo ao encontro do resto do time, que nos esperava ansiosamente por novidades sobre o “caso Lorelei”.

–E ai chefe, o que houve? – Rigsby perguntou impaciente.

–Nada de mais – Respondeu, ainda um pouco nervosa pela “falta de provas” no hospital – Só que a suposta testemunha ocular, esqueceu do que havia ocorrido.

–Esqueceu? Como assim? – Van Pelt questionou-a.

–Não sei explicar, ela simplesmente esqueceu – Teresa e Cho olharam discretamente para mim, que sorria, já sentando em meu adorável sofá.

Provavelmente Teresa já sabia de tudo, mas esperava a minha boa vontade de contar a ela meu plano. Ou talvez não. Dessa vez eu não sabia o que se passava naquela pequena e complicada mente.

–Então nós temos o dia de folga, certo? –Rigsby perguntou com um sorriso de ponta a ponta.

–Não.

O agente fechou a cara na hora. Rigsby queria realmente aquela folga.

–Então, o que nós vamos fazer? – A ruiva perguntou, levemente desapontada.

–Quero que você e o Rigsby vão até a casa da senhora Martins. Se Lorelei estiver por aqui, ela deve saber – Teresa ordenou – E Cho, quero que você vá até o hospital e peça as fitas das câmeras de segurança, de dois dias atrás. Lorelei não escapa dessa.

–Sim chefe – Cho e os outros agentes se levantaram, caminhando juntos até o elevador.

Sim, câmeras de segurança. Eu não havia pensado nelas. Não mesmo.

–E Patrick... – Lisbon tornou a olhar em meus olhos claros – Pode fazer o que quiser. Não tenho mais nada pra você hoje.

–Tudo bem – assenti – Eu vou ficar por aqui mesmo.

–Ok.

Ela se retirou em direção a sua pequena sala, me deixando sozinho e aflito no sofá.

Era questão de tempo para que descobrissem do meu caso com Lorelei. E eu não podia fazer mais nada para impedir.

Então apenas desliguei o meu celular e aconcheguei-me no sofá, protegendo meus olhos da claridade, com o braço. Era só esperar...


Algumas horas depois, eu despertei, culpa de alguns ruidos e sussurros pela sala. Eram os agentes.

Sem coragem de encara-los, apenas continuei deitado, fingindo dormir profundamente.

–E então, o que vocês conseguiram na casa da senhora Martins? – Teresa perguntou, referindo-se a Grace e Rigsby.

–Nada de importante – Grace respondeu – Aquela mulher é muito agressiva, chefe.

–O que ela fez agora? – Lisbon questionou-a curiosa.

–Ela disse que não deveríamos mais fazer perguntas sobre Lorelei, pois ela não sabe e nem quer saber aonde ela está – Rigsby respondeu – Ela também disse que nós somos um bando de desocupados, que ao invés de estar prendendo bandidos, estamos indo na casa dela, encher seu saco...

–Hum... Eu imaginava que ela iria falar algo do gênero – Teresa disse – Ela é muito chata...

–É, nós sabemos disso. – Rigsby concordou – E o Cho, ele ainda não voltou? – Perguntou, mudando de assunto.

–Não ainda, mas ele deve estar a caminho já. – Lisbon respondeu pouco animada, meio cansada por assim dizer – Na verdade, se quiser ir Rigsby pode ir. Você precisa ver o seu filho, não precisa?

–Preciso sim, obrigada chefe. – Ele agradeceu, caminhando até perto do meu sofá – Tchau Grace – Despediu-se com carinho na voz. Talvez Benjamin não fosse o único visitante aquela noite na casa do Rigsby.

–Ah... Chefe? Posso ir comprar algo para comer na lanchonete aqui da frente? – Grace perguntou, com pressa na voz.

–Pode, fique a vontade.

Ela saiu, caminhando rapidamente para fora dali. Continuei quietinho, fingindo o sono que não havia mais.

Até que uma mão quente tocou meu ombro, me assustando. Era Teresa.

–Eu sei que você não está dormindo, Jane...

–Meh, como que você sabe? –Perguntei, abrindo os olhos e me deparando com seu belo rosto encarando o meu – Eu estava fingindo muito bem por sinal.

–É, você estava fingindo bem mesmo. Mas eu deduzi que você estava curioso demais por novidades sobre aquela vaca, que não conseguiria dormir. – Afirmou.

–Você errou. Eu dormi sim, mas só acordei agora.

–Você entendeu.

Eu sorri, e ela sorriu como resposta. Um sorriso tímido comparado aos outros, mas mesmo assim, um sorriso.

Dei um espaço no sofá a ela, que sentou bem na beirada, colocando sua mão sobre a minha.

–Por que você odeia tanto a Lorelei ? – Perguntei, apertando delicadamente a sua delicada mão.

–Ela é uma vaca, manipuladora – Respondeu – Gosta de se fingir de boba, mas não é. Aquele jeitinho dela me irrita.

–Meh, só por isso? Acho que tem algo a mais ai...

–Como o que?

–Tipo ciúmes – Provoquei-a com um sorriso estampado no rosto. Levei um tapa fraco na barriga por isso.

–Jane, você sabe muito bem que eu fiz as mesmas coisas que ela fez com você, certo?

–Certo...

–Não senti firmeza, Patrick. – Ela afirmou, com uma leve expressão de curiosidade na cara – Ela fez algo que eu não fiz?

–Não fez nada...

–Ah, não é isso que seus olhos dizem.

–Deu agora de tentar adivinhar as coisas, princesinha raivosa?

–Não, estou apenas te imitando. E pare de me chamar assim, eu não sou raivosa.

Eu a encarei com um sorriso malicioso.

–Tá, eu sou meio raivosa, mas não precisa me lembrar disso, ok?

–Ok ok, princesinha.

Ela corada, me deu outro tapa.

–Já disse pra não me chamar assim.

–Não me contenho – Brinquei.

Paramos de conversar quando ouvimos passos apressados vindo corredor adentro. Era o Cho, que arqueou as sobrancelhas quando nos viu juntos, com as mãos unidas, dividindo um sofá. Teresa com o rosto pegando fogo, soltou-se da minha mão, e se levantou rapidamente, tentando fingir não estar surpresa.

–E ai Cho, já está com as fitas? – Perguntou nervosa, mexendo os braços sem parar.

–Não.

–Não? – Ela e eu perguntamos em uníssono, realmente surpresos.

–É, não. –Ele respondeu sério como sempre – As fitas do dia onde Lorelei foi supostamente vista, sumiram do hospital. Ninguem viu, ninguém sabe. Fiquei todas essas horas lá esperando por nada.

–Como assim? Fitas criam perninhas agora?- Brinquei, sendo fuzilado pelo olhar dos dois.

Eu estava aliviado, mas ao mesmo tempo preocupado. Era como se eu ganhasse uma nova chance na minha vingança, mas sabia que as fitas haviam sumido por alguma razão. E que por acaso o nome dessa razão é: Red John. Ele é o único que vê algum forte motivo para colocar suas garras sujas nestas gravações.

–Não pode ser, uma fita não pode sumir assim, do nada. – Teresa comentou aflita.

–Mas sumiu – Cho respondeu – E agora não temos mais provas se foi mesmo Lorelei a garota vista no hospital.

Teresa bufou raivosa. Pela segunda vez, suas chances de achar sua rival, foram bruscamente interrompidas.

–Tudo bem – Disse se rendendo ao fato – Se for mesmo Lorelei, ela vai aparecer mais tarde.

–Eu tenho certeza disso – Respondi, tentando amenizar as coisas ali.

Grace voltou, com um sorriso de ponta a ponta estampado em seu belo rosto corado. Cumprimentou o Cho e sentou novamente em sua cadeira.

Teresa forçou um sorriso para mim, mas logo voltou a expressão séria quando foi falar com os agentes:

–Van Pelt e Cho, quero que façam algumas pesquisas pra mim, pode ser?

–Claro – Os dois responderam em uníssono.

–Pesquisem e façam uma lista de funcionários que tem acesso as câmeras de vídeo do hospital. –Ordenou – Quando terminarem podem ir pra casa.

–Certo – Os dois responderam.

–Qualquer coisa, eu estou na minha sala, preenchendo umas fichas.

–Ok – Grace respondeu, enquanto Cho já se sentava na sua cadeira.

Teresa caminhou até sua sala para cumprir com seus afazeres. Grace e Cho começaram as pesquisas e eu permaneci sentado no sofá, lendo um dos meus muitos livros guardados.

As horas foram se passando lentamente na California. Já havia me cansado dos livros, e agora eu permanecia deitado, refletindo sobre as coisas que estavam acontecendo ultimamente.

O sol foi se pondo ao oeste, e um vento gelado que entrava pelas frestras das grandes janelas, tomou conta do lugar. Era o inverno anunciando sua presença.

Pouco a pouco os outros agentes foram indo embora. Cho, depois de muito trabalhar, partiu, quase no mesmo instante que Teresa, minha pequena princesa.

Quando eu percebi, havia apenas eu e Grace, além de poucos faxineiros naquele lugar.

–Grace, não vai para casa? – Perguntei com a voz levemente afetada pelo sono.

–Preciso terminar isso aqui antes – Afirmou, sem tirar os olhos do computador.

–Pode terminar isso depois, Lisbon vai entender.

–Eu sei, mas eu estou quase no fim. Prefiro terminar hoje.

–Meh... tudo bem então – Não iria mais insistir. Grace é a mais esforçada dos agentes, sem contar claro, Teresa.

Um silencio desagradável, pairou no ar novamente. Não total, por culpa do barulho que a ruiva fazia enquanto digitava algo no computador.

Eu deveria ir para casa, mas eu realmente não queria. Estava cansada de precisar ouvir a Lorelei ou de sentir aquele seu perfume forte, que estava prestes a me causar náuseas.

Então, de repente, o silencio foi rompido, desta vez pela voz aflita de Grace:

–Patrick... Uma coisa muito estranha aconteceu.

–O que? – Perguntei assustado. Pelo tom de voz dela, parecia algo grave.

–Recebi um vídeo e um documento aqui no meu computador – Revelou, virando a cadeira na minha direção.

–Que tipo de video? – Levantei-me, e sendo acompanhado pelo seu olhar confuso, parei atrás de sua cadeira.

–Melhor você ver.

Ela deu o play no certo video.

Era uma gravação caseira de péssima qualidade. Quase não dava pra enxergar o que se passava nele, pois estava quase todo escuro, provando que foi gravado de noite e apenas podia-se ver alguns carros passando em alta velocidade, como em uma estrada movimentada.

A imagem continuava a mesma por poucos segundos, até a pessoa que filmava, caminhar até uma porta branca e parar diante desta.

Fechei meus olhos e senti meu coração na boca. Eu sabia exatamente que porta era aquela: A minha. E sabe quem estava dentro daquele quarto? Lorelei.

O vídeo continuou, por poucos segundos, até uma mão não muito grande e enluvada, aparecer tentando empurrar a maçaneta da porta, levemente para baixo, constatando que esta estava trancada. Foi assim que o vídeo terminou.

–Ah não... O motel... – Murmurei, chamando a atenção da ruiva.

–Eu achei que fosse mesmo, por isso eu te chamei. Quem faria esse tipo de brincadeira?

–Eu não sei, muita gente quer me prejudicar – Menti. Eu sabia muito bem quem queria “brincar” comigo.

Eu estava tremendo e suando frio. Ele sabia de tudo. E o video foi a prova perfeita que ele achou pra reafirmar sua presença, como se falasse “Estou aqui, e eu sei o que está acontecendo entre vocês”.

–Ainda tem mais – A ruiva prosseguiu – A pessoa mandou um documento escrito pra você.

–Um documento?

–É, um tipo de texto. Posso te mostrar?

–Pode.

Ela abriu o documento com certa rapidez, sempre muito focada em tudo que estava fazendo. Ela parecia bem preocupada, assim como eu.

Ao abrir o documento, este tinha um pequeno texto em letras vermelhas e não muito grandes mas não pequenas. Estava escrito assim:

“Patrick, Patrick;

Você realmente acha que eu não sei de nada? Que eu sou mais um dos idiotas que você engana todos os dias?

Eu sei de tudo que acontece aqui, Patrick;

Mas, e você?

Você sabe que uma porta trancada não me impede de nada, ou não sabe?

Espero que não queira que eu te relembre disso;

Então apenas me responda uma coisa: Até quando você quer viver nessa mentira?

Até quando eu acabar com ela?

Assinado: :) ”

Aquilo percorreu o meu corpo, como um choque. Eu tremia e sentia que estava ficando cada vez mais fraco. Meus olhos se encheram de lágrimas, que ousavam cair naquele instante, mas eu não deixava.

Não, não eram lágrimas para Lorelei.

Mas sim para o bebê que ela carregava.

Afinal, ninguém merecia sofrer pelos meus erros.

Muito menos um bebê que nem ainda havia nascido.

–Grace, pega sua arma e vamos pro meu quarto agora – Ordenei, passando a mão no meu rosto levemente úmido, já que eu estava começando a suar horrores, de nervoso.

Ela assentiu com a cabeça, retirando a arma guardada, de dentro de uma das gavetas ali, em sua mesinha.

Só de uma coisa eu estou certo: Esse bebê não pode e não vai pagar pelos meus erros.



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Notas finais do capítulo

Ohhh não me matem hehehe titio Red vai ser um personagem recorrente na fic, acho que ele vai fazer visitinhas em praticamente quase todos os caps daqui pra frente.

Bom, thanks povo. Eu volto a postar ainda nessa semana, agr que eu tenho tempo.... Viva a liberdade o/

Beijinhos