Menina Veneno escrita por Becca


Capítulo 3
For Better Or Worse - capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAA, aqui estou eu de novo :D



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Elliot saiu do jardim, ainda com o cheiro das flores no nariz.
Ainda com o cheiro dela, no nariz.

Já estava no meio da pista, com vergonha de dançar sozinho. Passou os olhos pelo lugar, e viu Olivia dançando com Andy.

Eles tinham um romance. Elliot sabia disto. Não iria interfirir na vida amorosa de Olivia por puro capricho.

Quando notou, já haviam várias mulheres ao seu redor. Uma delas, era a loira que havia flertado com ele antes.

– Mudando de idéia, garotão? - perguntou ela. Elliot tremeu.

Falando daquela forma, ela parecia ter uns setenta anos.

– Na verdade não! - sorriu ele. - Minha... Amiga, digamos assim, foi dançar com um dos outros.

As outras mulheres sorriram, e viram oportunidade, já que não havia ninguém acompanhando-no.

– Bem... - começou uma ruiva. Ele nunca gostara de ruivas. - Quer dançar, então?

Elliot olhou bem para os rostos esperançosos de, talvez, conseguir dançar com ele, e, quem sabe algo mais.

Não, Elliot.

E de repente, ele ficou tonto.

Olivia, do outro lado do salão, ainda dançando com Andy, percebeu a inquietação de Elliot, e depois, ele fechando os olhos, cambaleando por ali.

– Andy... Eu já volto. - ela disse, correndo, dentre os muitos casais, até chegar a ele, que já estava caindo no chão. - El...

– Liv... - murmurou ele. Ela sorriu, passando as mãos pelo rosto dele. - Vá, eu ficarei bem... Andy está te esperando.

– Ele pode esperar mais. - disse Olivia, ajudando-no a se levantar. - Você está quente.

Ele a fitou confuso.

– Febre, Elliot. - respondeu ela, rindo. Ele sorriu.

– Sim, provável. - disse ele, passando as mãos pela testa, que já estava cheia de suor.

– Vamos. - disse ela, levando ele para a porta.

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Desta vez, ela dirigia o carro. E, desta vez, ele estava deitado no banco de trás, quase que dormindo.

– El...? - chamou Olivia baixinho. Ele abriu os olhos. - Tudo bem?

– Sim... - ele tossiu.

– Ok, já estamos chegando, aguente firme. - e depois, os dois riram, pouco, pela fragilidade em que Elliot se encontrava.

Olivia ligou o rádio, e... Surpresa! Música internacional.

Música brasileira!

Elliot riu baixinho. Era quase impossível ouvir música internacional nas rádios. Ainda mais sendo brasileira!

Olivia parou o carro, para depois, desligá-lo, parando a música. Elliot grunhiu, e depois, sentou-se, sem a ajuda dela.

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Olivia saiu do carro, e abriu a porta para ele, que conseguira sair, sem ao menos tropeçar, ou cair no chão.

– Liv... Não precisa de tudo isso! - reclamou ele.

– Sim, precisa sim. - disse ela, já entrando no hospital, com ele apoiado em seus ombros.

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Um dos médicos, que, já conhecia Olivia, pela frequência que ela ia até lá, tratou rapidamente, de achar um quarto, e os melhores médicos para atender Elliot.

Ele, como sempre, deixou o orgulho falar mais alto, dizendo que não queria ser atendido, que estava bem, e coisa do tipo.

– Olivia, pode vir aqui? - pediu o médico. Olivia soltou a mão de Elliot, e ele a observou sair.

Novamente, as bochechas queimaram.

Mesmo sabendo que ela não tinha nenhum tipo de relacionamento com ele, sentia-se enciumado quando qualquer pessoa olhasse para ela, até mesmo quando mulheres olhavam, e isto, meu amigo...

Ah, isto é amor!

Ele sabia disto, e não tentava negar, mas ela parecia não saber, então, ficou quieto.

– Sim, eu sei. - sorriu ela, entrando no quarto novamente. - Ei, El...

– Liv, eu preciso de um acompanhante, não é? - perguntou ele, olhando diretamente nos olhos dela. Olivia gaguejou, antes de responder:

– Sim, eu iria sugerir que você ligasse para Kathy, ou... - começou ela. Elliot a impediu rapidamente, começando a falar:

– Não, Liv... Escute... Nós nos separamos, faz um tempinho. - gaguejou ele. Olivia sorria por dentro, mas por fora, se mantinha com a expressão chocada.

– El...

– Não, escute... Pode ficar aqui? - perguntou ele. - Por favor.

Olivia sorriu, e passou a língua pelos dentes, antes de responder, o que já era meio óbvio:

– Sim, eu fico... Só... Espere aqui, que eu vou em casa, pegar algumas roupas. - sorriu ela, saindo do quarto novamente.

Elliot sorriu, e, quando se deu conta, já havia adormecido.

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Ele acordou de manhã, pelo o que via da janela, e, quando olhou pro lado, e a viu ali, dormindo...

Tão serena, tão despreocupada, tão... Tão linda.

– Liv? - chamou ele baixinho. Olivia foi abrindo os olhos, coçando a cabeça, depois, partindo para os olhos.

– Bom dia. - sorriu ela envergonhada. Elliot tossiu, e ela se levantou assustada. - Tudo bem, aí?

– Tudo, Liv... - começou ele, sendo interrompido pelos homens que entravam no quarto.

– Ei, Elliot! - chamou Munch sorrindo, com os braços levantados. Ele revirou os olhos.

– Soubemos que você caiu no meio da festa... - disse Fin preocupado. Elliot grunhiu.

– Sim, eu passei mal. - respondeu ele, seco. Fin se sentou ao lado de Olivia e a puxou para um abraço.

Elliot o fitou com raiva, e o outro percebeu, logo levantando as mãos em rendimento. Olivia fitou os dois sem entender coisa alguma.

Depois de um tempo, os outros dois foram embora.

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A enfermeira chegou no quarto, com uma bandeja, cheia de sucos, frutas, e os mais derivados lanches, para o desjejum.

– Nossa! - exclamou Elliot. - Pra que tanta comida?

– Você tem uma acompanhante, senhor. - reclamou ela, antes de sair da sala. Olivia o fitou sorrindo, para depois se sentar ao lado dele, numa banqueta.

– Pode comer, El. - disse ela, com a voz entrecortada. A aparência sonolenta só a deixavam mais bonita, na opinião dele.

– Coma também, Liv. - pediu ele, segurando na mão dela. Os dois riram baixinho, juntos, o que fez aquele momento perfeito.

Tirando o fato de que estavam num hospital.

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Elliot comia, não muito, querendo deixar para ela, mas parecia que ela não se incomodava em comer.

– Liv, não vai comer? - perguntou ele, de boca cheia. Ela sorriu, e depois negou com a cabeça. - Liv...

– Não estou com fome, El. - disse ela sorrindo. Ele a fitou envergonhado.

Ele, comendo demais, e ela, que nem chegara a dar um gole em nenhum suco que havia na bandeja, não havia nem bebido um gole d'água.

Ele se sentiu culpado, por estar comendo daquela forma, mas, também pudera. Não comia nada, desde o dia anterior.

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Olivia havia saído por uns instantes, somente para falar com o médico, sobre o estado de Elliot.

Ele tinha de admitir, sabia que ela não estaria tendo um "romance secreto" com o médico, mas não pôde deixar de pensar se, ninguém estaria olhando para ela, de modo galanteador, e, quem o garantia que ela não cairia em tentação?

Ele não caira quando estava subindo o zíper do vestido dela, então, por que ela cairia com um médico fajuto?

Ok, Elliot, acalme-se. – pensou ele. - É só um amigo dela, que está cuidando de você.

Quando Elliot se deu conta, já estava de pé, coisa que ele não podia fazer.

– Elliot! - gritou Olivia, correndo até ele, enquanto o médico vinha atrás.

– Senhor, que está fazendo? - perguntou o médico. Elliot balbuciou algumas palavras, mas nenhum dos outros dois ali entenderam. - Olivia, fique com ele, vinte e quatro horas por dia.

Olivia assentiu, mesmo sabendo que tinha seus interesses, seus deveres, sua própria vida...

Afinal, ela era a parceira dele.

"For better or worse".


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Notas finais do capítulo

Bemmmmm, é isso... Dedico esse capítulo a wacky beauty, e a Emanuella, que querem muuuuuito saber o final desta história louquinha ;)