Menina Veneno escrita por Becca


Capítulo 1
Ciúmes - capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu não sei ao certo se pode ser considerada uma song fic, mas mesmo assim, aproveitem.
Ah, antes que eu me esqueça... A música Menina Veneno é do cantor Ritchie, pode ser brega, mas eu amo ♥



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Era outro dia, normal, ele diria. Mas não com ela. Não com ela assim, tão próxima. O que ele não daria para vê-la de outra maneira?

Com outras roupas, outras falas, outros modos.

Toda vez que pensava neste tipo de coisa, se repreendia. Era incrível o jeito dela, de deixá-lo sem jeito com um só olhar. Ela era o tipo de mulher que se daria muito para ficar.

Ah, Olivia!

– Elliot... Elliot! - gritou ela.

– Oi, desculpa, Liv... Estava... Perdido em pensamentos. - mentiu ele.

E que pensamentos, Elliot.

Assim que se virou para ela, de fato, ficou imaginando como seriam, outros estilos de roupa, cabelo, maquiagem.

Imaginou, em princípio: roupas mais justas, e mais curtas, o que o fez balançar a cabeça. Não conseguiria se controlar, de fato, se continuasse pensando sobre aquilo.

Depois, roupas justas, porém, longas, como vestidos de festa.

Vermelho.

Era impossível, deixar passar a beleza dela. Como...?

– Olivia! - disse ele sorrindo. Elliot fitou o homem.

– Dean! - chamou ela sorrindo. Ele sorriu. Elliot fitou os dois.

– Stabler. - cumprimentou ele. Elliot assentiu.

Era incrível como um simples olhar de outro homem irritava Elliot, qualquer olhar de qualquer outra pessoa para ela, irritava ele.

– Liv... Posso falar com você? Em... Particular? - pediu Porter. Elliot o fitou.

– Sim, pode. Vamos até ali. - sorriu Olivia. Elliot a fitou, e, seus olhos diziam: "Como você pode ir com ele, Olivia? Eu sou seu parceiro, e te proíbo de ir."

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Depois de algum tempo parado ali, apenas observando os dois rindo, e bebendo alguns goles de café, Elliot se irritou.

Fin, que observava do outro lado, percebeu os olhares irritados, e, não podia deixar de pensar o porquê daquilo tudo.

– Elliot, venha aqui, por favor. - pediu Fin. Elliot o fitou, tirando os olhos de Olivia, pela primeira vez naquele dia.

– O que foi, Fin? - perguntou Elliot, já voltando suas atenções para a conversa de Olivia e Dean, que passara a ficar mais séria.

– O que aquele cara quer com ela? - perguntou Fin estressado.

– Não sei, Fin, mas não gosto dele. - respondeu Elliot, já fechando os punhos. Olivia olhou para Elliot e deu um sorriso tímido.

Aquele sorriso.

O sorriso que só ela conseguia dar. O sorriso que destruía vários corações.

Aquele sorriso meigo, que só de olhar, você já se derrete.

– Elliot! - gritou Fin. Elliot olhou para ele atordoado, mas logo voltando suas atenções para Olivia novamente. - Esse cara não presta, já é fato, Elliot.

Elliot riu e assentiu, mas ao ver Porter se aproximando dela, sua vontade era de ir até ele, calmamente, no princípio, depois, apenas conversar, para então, puxar Porter pela gola da camisa, ah, sim, aquilo faria um grante estrago no "rostinho de galã", que muitos diziam que ele tinha, mas, na verdade? Era só faixada. Ninguém nunca havia dito isto sobre ele.

– Elliot! - gritou. Mas desta vez, não era Fin. Olivia. Ele sorriu e foi andando até ela.

– Oi, Liv. - disse ele sorrindo.

– Dean estava nos convidando para uma festa. Particular do FBI, mas... - sorriu ela tímida. Novamente aquele sorriso. - Ele abriu duas exceções, uma pra mim, e outra... Para qualquer pessoa que eu quisesse.

– E você quer que eu vá com você? - perguntou ele. Olivia assentiu, e ele fingiu pensar.

– Por favor, Stabler. Por ela. - sussurrou Dean.

– Não sei, Liv... - disse Elliot, fazendo doce. Olivia fez beicinho, e, como ele diria não? - Ok, Liv, eu vou.

– Obrigada, El! - disse ela, abraçando-no pelo pescoço. Ele a apertou contra si, o que a fez suspirar, pela falta de ar. - El...

– Sim, desculpe. - disse ele, deixando-na livre de seu "abraço de urso". Olivia ajeitou os cabelos, apenas passando as mãos sobre ele. Ambos ali observaram-na, o que a fez corar furiosamente.

– Er... Eu... Tenho que ir ali, Fin está me chamando. - disse ela, os dois assentiram, e a observaram sair dali.

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– Então, Stabler... - começou Dean.

Não comece, Porter. Sei bem que você não queria que eu fosse, e, eu também não quero ir, estou fazendo isso por Olivia, entendeu bem?– concluiu ele. Porter engoliu em seco. - Desde a primeira vez que eu te vi, eu soube que você não era um homem certo. Desde a primeira vez que você apareceu aqui, querendo levar Olivia daqui, para um interrogatório desnecessário, eu soube que você era um babaca de marca maior, e sabe o quê, Porter...? Não vejo motivos pra você ainda estar vivo.

E se afastou.

Porter observou Elliot indo até sua mesa, antes de ir embora.

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– Fin, por favor, me ajude. - pediu ela.

– O que houve, baby girl?– perguntou ele, já largando os arquivos.

– Achei o clima dos dois ali muito pesado, me ajude. - pediu ela, já abraçando-no.

Elliot, que acabara de chegar ali, estava vermelho. Não de vergonha, sim, de raiva. Olivia soltou Fin e correu até ele.

– Elliot, por favor... El, me diga que... Que você não matou Dean... - implorou ela. Elliot sorriu.

– Não acredito, Olivia. Você ainda crê que eu possa matar este infeliz. Eu deveria estar cobrindo ele de pancadas, socos, tapas. Eu deveria quebrar o nariz dele. Torturá-lo, Olivia. Pelo o que ele já fez pra você, mas... Olhe eu aqui. Sem sangue de idiota nas mãos, sem culpa. Somente a raiva. - respondeu ele. Olivia o fitou com medo. - É sempre assim, não é mesmo, Liv? Por que sempre ele?

E se afastou dela. Olivia olhou para Fin, que não sabia o que responder.

– O que... O que ele quis dizer com isto, Fin? - perguntou ela. Fin negou com a cabeça.

– Não queira saber, Liv, não queira saber. - respondeu ele, pegando os arquivos novamente.

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Olivia já estava sentada na mesa, com uma xícara de café, quase vazia, ao lado. Fin passou por ela, e "acidentalmente" derrubou um bilhete. Ela o fitou, e logo abriu o pequeno papel.

"Preciso falar com você, depois."

Olivia sorriu, olhou para Fin e balançou a cabeça positivamente. Elliot, que acabara de sair da sala de Cragen, estranhou os olhares, e fitou Fin com raiva.

– Não fiz nada, prometo. - gesticulou Fin. Elliot riu irônico.

– Ei, Liv. - chamou ele. Olivia o fitou com um sorriso.

Novamente, aquele sorriso.

– Sim, El? - perguntou ela, levantando, com a xícara.

Provavelmente, para pegar mais café.

– Sabe... Aquela festa... É daqui a pouco, não? - perguntou ele.

Olivia olhou no relógio, e de repente, sua expressão tranquila, passou para uma preocupada, estressada.

– Oh, meu Deus! Preciso... - começou ela, largando a caneca na mesinha, deixando tudo de lado, até mesmo os papéis.

– Liv, eu te levo. Já estou com tudo pronto na mala do carro, eu posso me arrumar no seu apartamento. - sorriu ele despreocupado.

Olivia passou a mão na testa.

– Ok, vamos. - pediu ela, já saindo da sala. Elliot a acompanhou. - Oh, espere!

Fin a fitou sorrindo. Era óbvio que ela havia esquecido.

– Depois nós conversamos, Fin. - disse ela, dando um abraço nele, correndo para fora depois.

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No carro, o silêncio era mortal. Olivia se sentia meio desconfortável tendo que pedir a ajuda dele para fechar o vestido, o que ela sempre acabava fazendo, querendo ou não. Elliot já pensava de outra maneira. Via a história do vestido como uma oportunidade, ou algo do tipo. Não falara nada ainda, para deixá-la mais confortável, na "área de conforto dele".

– El, não... Não quero que pense que estarei te esnobando, ou algo assim, mas Dean pediu para eu dançar com ele, hoje. - disse ela, engolindo em seco, ainda fitando a rua em sua frente. Elliot a fitou desesperado.

Como assim ele vai dançar com Olivia? E não eu?– perguntou ele, a si mesmo.

– Se você dançar com ele, Liv, terá de dançar comigo também. - reclamou ele, ajeitando-se no banco.

– Certo! - sorriu ela, olhando para ele, pela primeira vez, desde que entraram no carro. - Aqui, pode estacionar aqui.

Ela olhou para uma vaga, que ainda estaria longe do prédio dela.

– Liv, falta muito para o seu prédio. - reclamou ele. Olivia fitou o local.

– Bem, Elliot, não tem muitas vagas perto de meu prédio, como você já sabe, e... - começou ela. Elliot revirou os olhos, e começou a estacionar. - Bom menino.

Os dois gargalharam. Era incrível. Doze anos juntos, e ainda conseguiam rir das mesmas piadas de... Doze anos atrás.

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Os dois iam caminhando até o prédio, e, novamente, não falavam nada.

– Liv, você se incomoda? - perguntou ele. Olivia o fitou, curiosa.

– Com o quê? - perguntou ela, começando a rir.

Aquela gargalhada!

– Com... Ah, Olivia! Comigo, estando na sua casa, me arrumando lá! Você sabe! - reclamou ele, ignorando as poucas pessoas que passavam na rua.

– Elliot! Você é meu parceiro! De doze anos! Eu teria medo, sim. - reclamou ela. Elliot sorriu vitorioso, e, ao mesmo tempo, debochado. - Mas só nos primeiros anos! Não com doze trabalhando juntos.

– Liv, eu sei que não posso ser o melhor parceiro, de todos os tempos, mas, realmente, acho que você não deveria confiar tanto em mim. - gargalhou ele. Olivia murmurou algo, mas ele não ouviu.

Continuaram caminhando, até chegarem no prédio.

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– Senhorita Benson! - disse o porteiro animado. Olivia sorriu.

Well, hello, Jim! - disse ela, imitando o tom de voz dele.

– Olá, Jim. - disse Elliot sorrindo.

– Olá, detetive! Querem alguma coisa? - perguntou ele preocupado. Olivia riu.

– Não, Jim, obrigada. Agora, eu só quero chegar no apartamento, e descansar um pouco. - murmurou ela, ainda rindo. Elliot bufou. - Antes de sair de novo, Elliot.

Ele sorriu, e o porteiro fitou os dois.

– Você tem três chamadas, senhorita. - sorriu Jim. Olivia assentiu e bolou uma desculpa para não ter de ouvi-las naquele momento.

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Quando entraram no apartamento, Olivia já correu para o quarto, indo diretamente para o banheiro.

– Ei, Liv! Aonde eu posso me arrumar? - perguntou ele num grito, já que ela já estava no quarto.

– Ah, pode ir ali! - gritou ela, em resposta.

– Ali...? Ali aonde? - perguntou ele, rindo. Olivia riu junto.

– Depois do corredor, tem um quarto de empregada, dentro dele, um banheiro! - gritou ela em resposta, e, ela já não ria mais. Ele riu, e foi até o banheiro.

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Depois de mais ou menos meia hora, Elliot já estava arrumando a gravata, e ouviu o barulho do chuveiro cessar.

– Meia hora, só de banho? - perguntou ele, a si mesmo. Riu, ao pensar que teria que fechar o vestido, mas... Não! Ela saberia fazer aquilo sozinha.

Ao ouvir barulhos de vidros caindo, e grunhidos femininos, Elliot não pode deixar de rir, e... De repente, a roupa estava deixando-no com calor.

Muito calor.

– Ok, eu preciso de água. - suspirou ele, alargando um pouco a gola da camisa, retirando o palitó. - Liv, tudo bem aí?

– Ah...! Tudo, El! - gritou ela em resposta. Ele riu e abriu a geladeira, na procura de água.

Por sorte, o que mais tinha na geladeira era água. Não uma garrafa, não duas, mas cinco!

– Não sabia que Olivia bebia tanta água. - sussurrou Elliot para si, derramando água até encher um copo.

Ouviu uns barulhos de potes, provavelmente de cremes, e maquiagens caindo, se chocando, uns contra os outros, e ele riu novamente.

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Só de nervoso, ele já havia consumido umas três garrafas de meio litro de água. Se bebesse mais alguma coisa, achava que iria vomitar.

Mas quando ouviu o barulho de porta abrindo, e, quando viu Olivia saindo do quarto, maquiada, com cabelo enrolado, vestido estilo tomara-que-caia, estampado de onça, ele não pôde deixar de sorrir.

Uau, Olivia!– murmurou ele, extasiado com a visão.

– El, pare. - pediu ela, segurando o vestido atrás. - Pode me ajudar aqui?

Ele sorriu com o pedido dela, mas, ao mesmo tempo... Paralisou. Ela não conseguira fazer aquilo, e, agora, sobrara para ele.

– Tem certeza, Liv? - perguntou ele, gaguejando.

– Elliot, se você não subir esta merda de zíper, eu vou de jeans e blusa social. - reclamou ela, bufando. Elliot correu para ajudar.

E, agora, era só resistir à tentação.


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Notas finais do capítulo

Bem, é o início! Espero que tenham gostado, e, quem sabe eu continuo? ;)