Mais Além De A Usurpadora escrita por Kah
Rodrigo e Carlos Daniel chegam na fabrica e entram correndo, ainda chove forte, eles vão direto para o escritório.
- Chegamos minha vida. – Carlos Daniel diz entrando no escritório – Paulina!?
- Ela não esta aqui, - Rodrigo diz e olha os papeis no chão – que estranho, Paulina não deixaria esses documentos no chão.
- Talvez ela esteja pela fabrica, - Carlos Daniel diz saindo da sala – eu vou procurá-la.
- Eu vou com você. – Rodrigo diz acompanhando-o
Eles procuram Paulina por toda a fabrica, olha em todas as salas, na área de produção em tudo.
- Talvez ela se cansou de esperar e foi embora. – Rodrigo diz tentando acreditar.
- Não Rodrigo, ela não deixaria a fabrica aberta e teria nos avisado. – Carlos Daniel diz começando a se desesperar.
- Calma Carlos Daniel, talvez ela voltou pro escritório, vamos la ver. – Rodrigo diz e eles vão ate o escritório.
- Ela não esta na fabrica Rodrigo, - Carlos Daniel diz se sentando no sofá – não esta.
- Calma Carlos Daniel, eu vou ligar pra ela.
- Claro, - ele diz se levantando - como não pensei nisso antes.
- Na hora do desespero, esquecemos de tudo. – Rodrigo diz pegando o celular e ligando para Paulina.
O celular de Paulina toca em baixo da mesa, dentro de sua bolsa que caiu com os documentos, Carlos Daniel pega a bolsa e olha assustado para Rodrigo.
- Aconteceu alguma coisa Rodrigo, não faz sentido algum.
- Estou começando a me preocupar também, - Rodrigo diz – vou ligar no seu celular, ficou aqui não foi? Talvez ela saiu correndo e levou ele enganada.
Rodrigo liga para o celular de Carlos Daniel, mas só da desligado ou fora de área.
- Vou ligar pra mansão. – Rodrigo diz enquanto, Carlos Daniel se senta colocando o cotovelo no joelho e apoiando a cabeça com as mãos.
Na mansão Rodrigo pergunta por Paulina e Carlos Daniel para eles não ficarem preocupados, e quando vovó Piedade diz que eles ainda não chegaram, Rodrigo mente dizendo que eles iriam num restaurante e talvez fossem dormir fora por causa da chuva, vovó Piedade fica desconfiada mas finge que acreditou.
- Ela não esta em casa Carlos Daniel. – Rodrigo diz serio.
- Onde ela pode estar Rodrigo? Onde?
- É muito estranho Carlos Daniel, Paulina nunca sairia sem falar nada. Eu vou ligar pra Patrícia.
- Eu vou ligar pra Verônica, talvez ela saiba onde Paulina esta. – Carlos Daniel diz se levantando.
- Alo.
- Osvaldo, sou eu Carlos Daniel.
- Senhor Bracho, algum problema?
- Por favor Osvaldo, me diga que Paulina esta ai com vocês.
- Não senhor, eu e Verônica saímos a algum tempo da fabrica, e Paulina ficou la. Disse que esperaria você e Rodrigo para ir pra casa.
- Tem certeza que não falou se iria em algum lugar?
- Não senhor, - ele diz e pergunta preocupado – aconteceu alguma coisa?
- Chegamos aqui na fabrica e Paulina não esta, e o mais estranho é que estava aberta.
- Que estranho, ela disse que esperaria o senhor ai.
- Obrigado Osvaldo, eu vou tentar achar ela. – Carlos Daniel coloca o telefone no gancho e olha angustiado para Rodrigo – Ela sumiu Rodrigo.
- Patrícia também não sabe dela. Acho que devemos ligar pra policia Carlos Daniel.
- Por que? – Carlos Daniel o olha.
- Bom Carlos Daniel, estou começando a achar que ela foi seqüestrada, não tem outra explicação, se fosse outra pessoa, mas Paulina não sumiria assim sem avisar ninguém.
- Seqüestrada! – Carlos Daniel fala com olhos cheios de lagrimas.
- É a única lógica. – Rodrigo diz e fala pensativo – Só não sei se devemos comunicar a policia agora, ou esperar algum contato.
- Então tem certeza que é um seqüestro?
- Eu não queria acreditar, mas é a única explicação que encontro.
- Vou ligar pra policia, - Carlos Daniel diz pegando o telefone – não vou esperar mais Rodrigo.
Enquanto isso Fabrício corre com o carro pela noite, a tempestade continua forte, no escuro do porta-malas Paulina não consegue pensar direito, e apesar de estar toda molhada da chuva e de continuar chovendo forte, o calor dentro do porta-malas começa a incomodar e o ar se torna abafado.
- Meu Deus, tenho que encontrar uma maneira de sair daqui, Carlos Daniel já deve ter chegado na fabrica.
Paulina pensa em como Carlos Daniel deve estar ao chegar na fabrica e não encontrá-la, e no meio de seus pensamentos ela se lembra do celular do marido que ela colocou no bolso.
- O celular, -ela diz pegando-o – tomara que não tenha molhado.
Paulina pega o celular, não da pra ver nada no escuro, ela abre e aperta o botão para ligar rezando para que funcione, cinco segundos depois a luz do aparelho ilumina o porta-malas.
- Graças a Deus, – ela diz sorrindo – não estragou com a chuva. Vou ligar pro celular de Rodrigo, Carlos Daniel deve estar muito nervoso.
Enquanto isso na fabrica, a policia termina de olhar tudo.
- Parece mesmo que ouve um seqüestro. – o delegado diz.
- O que faremos agora delegado? – Carlos Daniel diz angustiado.
- Temos que esperar entrarem em contato para podermos agir, não desconfia de ninguém?
- Não delegado. – Carlos Daniel diz olhando para o irmão.
Nesse momento o celular de Rodrigo toca.
- Paulina? – ele diz atendendo e todos olham pra ele.
- Rodrigo, sou eu, preciso que escute com atenção, Carlos Daniel esta longe de você?
- Não ele esta aqui...
- Droga, preciso que me escute Rodrigo.
- Me de aqui Rodrigo, - Carlos Daniel diz pegando o celular – meu amor, você esta bem?
- Carlos Daniel?
- Onde você esta meu amor? Pensamos que você tinha sido seqüestrada, e que barulho é esse? – Carlos Daniel a enche de perguntas aliviado e ao mesmo tempo preocupado.
- Meu amor. Por favor preciso que me escute com calma e prometa que vai deixar eu explicar tudo, não tenho muito tempo. – ela diz pensando em como Carlos Daniel ira reagir ao ouvir o nome de Fabrício.
- Como assim Paulina? Do que esta falando?
- Por favor Carlos Daniel prometa! Ou então me passe pra Rodrigo.
- Ta bom Paulina pode falar.
- Eu fui mesmo seqüestrada, mas estou bem, não sei onde estou indo agora, porque bem... estou dentro do porta-malas do carro, e eu estava com seu celular no bolso, eu liguei pra avisar que estou bem, e pra pedir pra você não se desesperar,e não contar nada pra vovó ou pras crianças e por favor Carlos Daniel mantenha a calma.
- Quem te levou Paulina? – Carlos Daniel pergunta desesperado.
- Fique calmo, e não tenha um ataque meu amor... foi o Fabrício.
- O que? – ele pergunta nervoso.
- Por favor meu amor, não vai ter um ataque de ciúmes agora, eu preciso desligar, o carro esta parando, quando der eu ligo de novo, e lembre-se que te amo com todo o meu ser. – ela diz e desliga.
- Paulina, Paulina? – Carlos Daniel a chama e olha os outros na sala – Ela desligou.
- E então o que ela disse? – Rodrigo pergunta – Onde ela esta?
O delegado o olha curioso.
- Ela foi seqüestrada Rodrigo, aquele... – ele diz com muito ódio e gospe as palavras – Fabrício a levou.
- Quem é Fabrício senhor Bracho? – o delegado pergunta curioso – Preciso que me conte tudo o que sua esposa lhe disse no telefone, e tudo o que sabe sobre esse Fabrício.
Carlos Daniel começa a contar tudo pro delegado.
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