Mar De Monstros - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/343026/chapter/4

Acordei com Santana pulando em cima de mim. De novo. Puxei a latina pela cintura e a derrubei na cama, ficando por cima dela.

- Qual parte do “nem pense em pular em cima de mim” você não entendeu Santana Lopez? – perguntei segurando seus braços acima de sua cabeça.

- A parte do “nem”, Cabeça de Alga. – ela respondeu com um sorriso travesso. – Vem cá, Britt-Britt. Ainda temos uns minutinhos. Deita aqui comigo...

- Não! – respondi – Você foi má comigo, e eu não gostei! Não vou ficar com você.

Tentei fazer uma cara emburrada para ela, mas com Santana abrindo um sorriso e me puxando para o seu lado, geralmente fica difícil. Deixei que ela me abraçasse e escondi o rosto na curva do seu pescoço. A latina sorriu e me apertou com força em seus braços, beijando minha testa.

- Escute Peixinho, eu disse isso da última vez e eu acho que você não me ouviu. Então presta atenção dessa vez, certo? Fique LONGE de confusões, Brittany. Eu te estrangulo se você se machucar porque não me ouviu, entendidas? – ela perguntou sentando e segurando meu queixo.

- Sim senhora. – respondi sorrindo para ela. Claro que eu não ficaria longe de confusões, essa viagem já era uma por si só.

Levantamos e eu fui acordar Joe. Ele ficou bem feliz em saber que ia passear no mar de barco, o que me fez rir. Ele era simplesmente a pessoa-monstro mais inocente e dócil do mundo inteiro. Mais até do que Finn, se é que isso era possível.

Pegamos nossas coisas e fomos para a saída do acampamento. Entramos no carro que nos levaria para a praia mais próxima e seguimos viagem.

Assim que chegamos à beira do mar, o carro foi embora e nós ficamos sozinhos. O mais legal é que ninguém nos providenciou um barco nem nada do tipo, então era mais ou menos um “se virem ou morram”. Beleza.

- Britt, agora era uma boa hora para você e o seu pai conversarem, não acha? – San perguntou.

- Hã? Ah, sim, claro! – respondi – Ér, pai, se não for pedir muito, nós meio que precisamos de uma mãozinha aqui. Sabe, para salvar o acampamento de um fim trágico e o Finn de um ciclope monstro. Sem ofensas, Joe. Você é um ciclope legal.

- Tudo bem, Britt. – ele respondeu sorrindo.

Por um segundo, nada aconteceu. Mas logo depois, três corcéis brancos apareceram no mar, se arrastando até a areia. Eram as criaturas mais incríveis que eu já havia visto.

- Peixes Pôneis! – Joe gritou.

Os cavalos marinhos se deslocavam depressa. Era gracioso o jeito que se moviam entre as ondas, deixando o mar agitado para trás. Joe parecia uma criança quando ganha um brinquedo novo, dando gritinhos de felicidade em seu “peixe-pônei”.

Há alguns metros de distância, avistamos um navio enorme e branco. Levei algum tempo para decifrar o que estava escrito. Princesa Andrômeda, consegui ler por fim. Era enorme, parecia até um prédio. Tinha vários andares e era certamente um cruzeiro de luxo.

Lancei um olhar para Santana que assentiu com a cabeça. Guiamos os cavalos marinhos até a polpa do navio e após algum esforço conseguimos subir. Era realmente lindo lá em cima, com piscinas enormes e várias outras coisas.

Imaginei que teríamos que nos esgueirar pelo navio, mas estava enganada. As pessoas... Pareciam zumbis. O navio deveria estar encantado. Olhei para Joe que torceu o nariz e fez uma careta.

- Cheiro ruim. – ele disse.

Monstros. Ótimo, tudo o que precisávamos.

Entrelacei minha mão na de Santana. Não era exatamente hora para ficarmos assim, mas eu precisava senti-la perto de mim, e sabia que ela tinha a mesma necessidade. Joe nos seguia meio acanhado, encolhendo-se ao farejar algo ruim.

E o navio estava definitivamente repleto de monstros. Passamos pela área do restaurante e vimos um cão do submundo com a cara enfiada em um prato de ovos, perto de um casal idoso com os olhos vidrados. Tudo perfeitamente normal.

Ouvimos vozes vindo em nossa direção e Santana nos puxou em direção ao banheiro masculino. Nos trancamos em um dos cubículos e eu tampei a boca do Joe.

- Anda, Sam. Não temos o dia inteiro, porra. – ouvi uma voz desconhecida falar.

Olhei para Santana que murmurou algo sem som. Sebastian. O irmão de Sam. E provavelmente o “chefe” do que for que eles estivessem tramando.

- Calma, Sebastian. Ainda temos tempo. Aqueles idiotas do acampamento não têm nem ideia de que eu fugi. Muito menos de que fui eu quem envenenou a árvore. – Sam falou tranquilamente.

- Mesmo assim, não podemos bobear. Eles não são tão burros quanto aparentam, caro irmão. E eu queria muito conhecer aquela garota, a filha de Poseidon. Ela não caiu na história de você estar apaixonado, certo? – Sebastian perguntou.

- Não. Ela é mais esperta do que aparenta ser. E aquela latina imbecil já a converteu para o lesbianismo. Devia ver, é nojento. Ontem as duas imbecis estavam se agarrando embaixo de uma árvore. Deviam esterilizar aquele lugar. Elas são podres. – Sam falou e eu senti meu sangue ferver.

- Filha de Poseidon, não pode ser tão inteligente. O nosso maior problema está ao lado dela, aquela praga latina. Lopez pode ser um pedaço de bosta, mas é uma filha de Atena. De burra ela não tem nada. E quanto ao “amor” das duas, não se preocupe. Assim que aquela loira burra se der conta que uma namorada não constrói nenhuma família, ela larga a latina. Depois nós entramos em ação. – Sebastian falou.

Joe e tampou a minha boca e a de Santana e a latina me segurou antes que eu abrisse a porta do banheiro e pulasse no pescoço deles. Senti que as palavras do garoto a abalaram profundamente, e isso me deixou com mais raiva ainda.

- Vamos Sam, temos que checar o caixão. - Sebastian falou.

- Certo... Ouviu alguma coisa? – o rapaz perguntou.

Meu corpo estremeceu e busquei contracorrente no meu bolso. Tarde de mais. Consegui pegar contracorrente a tempo, mas um garoto com os cabelos um pouco mais escuros dos que o de Sam apontava a espada diretamente para o peito de Santana. Guardei contracorrente no bolso e puxei a latina para mim, sem ser impedida.

- Ora, ora... Se não são os nossos priminhos favoritos. – Sebastian disse com um sorriso irônico no rosto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mar De Monstros - Brittana" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.