Mar De Monstros - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde!



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Finn estava preso em uma caverna, com uma expressão nada boa. E estava... De noiva? Não podia ser bom...

- Depressa, Britt! – ele disse – eu preciso de você!

Senti uma dor de cabeça me atingir. Abri os olhos e me dei conta que estava deitada na minha cama, com a cabeça no colo de Santana. Normalmente eu ficaria feliz em estar deitada com ela, mas a dor que eu sentia era tão grande que não consegui raciocinar direito.

San massageava meus cabelos e eu soltei um gemido de dor alto sem querer. A latina levantou e me puxou para seus braços, me examinando.

- O que houve B? Aonde dói? – ela perguntou puxando a barra da minha camiseta e examinando minhas costas.

- A cabeça San... – foi tudo o que consegui dizer antes de minha visão ficar turva e eu apagar em seus braços.

Acordei novamente na enfermaria. San e Joe estavam ao meu lado, sem trocar uma palavra. San apertava a minha mão e Joe simplesmente me observava com uma carinha de culpa e pena. Senti-me mal pelo meu amigo-irmão, não devia ter ficado tão assustada com o fato de descobrir a existência de um irmão. Monstro, mas irmão.

Apertei a mão de Santana e ela levantou os olhos para o meu rosto. Ofereci aos dois um sorriso fraco. Já me sentia melhor, a dor havia desaparecido e eu conseguia pensar com mais clareza. Só não entendia que merda de sonho fora aquela. Mas certamente contaria a Finn sobre isso.

- Como está se sentindo, Cabeça de Alga? – San perguntou beijando meu rosto.

Assim que ela tentou se afastar, puxei seu rosto em direção ao meu e tomei seus lábios. Ainda estava com saudades da minha latina.

- Melhor. – concluiu ela com um sorriso bobo.

- Hei, Joe. Me ajuda aqui. – pedi, erguendo os braços.

Ele veio ao meu encontro e me puxou para fora da cama, me dando um abraço desajeitado. Sorri e abracei o ciclope com força, agarrando seu pescoço. Vi San abrir um sorrisinho de canto no rosto e apertei meu irmão com mais força. Nos separamos e eu senti um abraço pela cintura e um beijo estalado na bochecha. Saímos da enfermaria e fomos para o meu chalé. Ou nosso agora.

Joe havia arrumado suas coisas perfeitamente, assim como todo o chalé. Nem parecia que era eu quem morara ali pelos últimos tempos. Se dependesse de mim, estaria tudo espalhado por todos os cantos do chalé, e mesmo assim eu me sentiria organizada. Mas com Joe, eu conseguiria no mínimo um quatro na inspeção dos quartos.

Sentei na cama e San já veio para o meu lado. Abracei o pescoço da morena e escondi meu rosto nele.

- Você tem certeza de que está melhor Britt-Britt? – ela perguntou.

- Tenho. Escuta San, onde está o meu amigo bode? Preciso contar umas coisas para ele. Acho que ele irá odiar ouvir. – falei alegremente.

- Britt, Finn está em uma viajem em busca de Pã. Ele conseguiu a licença para Buscador, lembra? Se bem que não tem mais dado noticias a um bom tempo... – a latina respondeu.

Fiquei aflita. Onde estava o meu melhor amigo? Eu precisava vê-lo.

- Mas San... Deve ter algum jeito de acha-lo. Eu queria conta-lo de alguns sonhos que tenho tido com ele. – falei.

- Como assim sonhos, Brittany? – Santana perguntou séria.

Senti a tensão em seu rosto e comecei a explicar. Contei de que sonho com ele em uma ilha, ou em uma caverna. Não poupei-a do detalhe do vestido de noiva.

- Britt, há quanto tempo você tem tido esses sonhos? – ela perguntou.

- Não muito, San. Mais ou menos há duas semanas, por quê? É muito ruim? – perguntei.

- Duas semanas... O tempo que ele desapareceu. – ela murmurou – O quê? Não Britt-Britt, é até bom. Sabemos que o Finn está bem por enquanto. Mas ele está em perigo, precisaremos ajuda-lo.

Olhei para Joe por um momento. Ele estava absorto em alguns utensílios de metal, montando e desmontando. Parecia tão feliz fazendo isso que tive uma breve ideia.

- San, podemos ir nós três ajudar o Finn? Joe é muito bom com ferramentas, ele pode ser bem útil para nós. Por favor! – pedi.

Ela pousou os olhos no Ciclope e em seguida voltou-os para mim. Abriu um sorriso leve e acariciou minha bochecha.

- Claro que ele pode, Britt-Britt. Se você acha que vai dar certo, nós vamos tentar. – ela respondeu.

Abracei a latina com força e comecei um beijo longo. Entreabri os lábios e girei a cabeça para nos encaixarmos melhor. Logo senti sua língua explorar a minha boca e suas mãos puxarem minha nuca com força. Nos separamos em busca de ar e eu acabei por cima dela na cama, traçando uma trilha de beijos por toda a extensão do seu pescoço. Ela riu e girou nossos corpos, se colocando em cima de mim e mordendo meu queixo de leve. Então pousou a cabeça no meu peito e me abraçou.

- Tantas saudades, meu amor? – ela perguntou.

Abri um sorriso largo para ela e levantei o rosto para encará-la melhor.

- Eu amo os apelidos que você me dá. – confessei e ela abriu um meio sorriso – E eu nem comecei a matar as minhas saudades ainda. Fiquei muito tempo longe da minha latina maravilhosa.

Arranquei um sorriso de seus lábios e recebi um beijo na bochecha. Agradeci mentalmente a minha sogrinha por não ter me transformado em uma vaca ou algo do tipo porque eu estava namorando a filha dela.

- San, sabe o que eu estava me lembrando? Você não me disse porque me sequestrou no meio da aula e... Droga! Minha mãe! Ai meu deus, ela deve estar surtando. San, e agora o que que eu faç...

Fui interrompida por seus lábios carnudos nos meus. Ela riu da minha expressão e eu fiz uma careta.

- Se acalma Britt. Já avisei a dona Susan que a filha dela está comigo. Não precisa se preocupar, ela sabe que você está bem meu anjo. E eu te sequestrei? Achei que você tivesse adorado a minha visita. Que eu lembre, você veio comigo de livre e espontânea vontade. Até me agarrou no meio do corredor... – ela comentou.

- Mas eu estava com saudades! E... Certo, não foi bem um sequestro, Sabidinha. Mas ainda não sei por que estou aqui... – disse rindo.

- Ah, sim! Desculpe. Britt é sério. O acampamento está em risco. Sabe o pinheiro lá da entrada? Ele foi envenenado. – ela disse séria.

Fitei-a incrédula. Então... Eu estava aqui para salvar um pinheiro envenenado? E por isso o acampamento estava em perigo? Por causa de uma árvore? Soou um tanto quanto estranho, mas ok. San sabe o que fala.

- San, eu me perdi na parte em que o acampamento está em perigo por causa de uma árvore envenenada. Isso é meio... Fora do normal. Até pra mim. – falei.

Ela esboçou um sorriso. Lancei um olhar para Joe que continuava absorto nas suas ferramentas.

- Eu assumo que nunca tenha te contado essa parte da história então. – ela disse – Bem, há alguns anos atrás, eu fui salva por dois meio-sangues. Eu devia ter uns cinco anos, mais ou menos. Os semideuses eram Sebastian Smyth e Quinn Fabray. Sebastian é filho de Hermes, irmão de Sam, para ser mais exata. Acredito que ele tenha ajudado o Bocudo com o raio, Sam não é tão inteligente assim. Sebastian passou para o “lado negro”, pois era revoltado com o pai. Mas isso é outra história, deixe-me voltar ao meu ponto. Quinn era filha de Zeus, o que faz dela sua prima. Ela me protegeu e me trouxe a salvo para o acampamento. Mas quando estávamos entrando, monstros nos atacaram. Ela nos defendeu corajosamente, mas morreu em batalha. Zeus a transformou em um pinheiro, e desde então ela tem nos protegido de monstros e etc. Mas agora ela foi envenenada e isso põe em risco o acampamento. E o Sr. Schue foi preso na política dos deuses porque acham que ele é o responsável. Acho que isso resume tudo.

Olhei para ela com os olhos apavorados. Então estávamos ferrados mesmo. E eu tinha uma prima! Isso era novo para mim.

- E o que eu posso fazer para ajudar, San? – perguntei.

- Nós vamos sair em busca do Velocino de Ouro. É a lã de ouro, resumindo a história. E é a única coisa que pode salvar Quinn. E também vamos ter que encontrar um culpado para o caso do Sr. Schue. Mas disso teremos que cuidar depois. – ela respondeu. – primeiro a Quinn.

Não gostei muito do jeito que ela disse “primeiro a Quinn”, mas ignorei meus ciúmes. Não discutiria com ela, não agora.

- San... Se o Sr. Schue não está, quem está no comando do acampamento? – perguntei.

- Ah, essa era outra coisa que eu queria te contar. Venha, tenho que apresentar você e Joe para o nosso ex-diretor que voltou das férias do Olimpo para ficar. – ela respondeu com uma careta. – Mas devo avisá-la, o Sr. D. não é lá muito educado...


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Notas finais do capítulo

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