Assassin's Creed: War escrita por Hurricane


Capítulo 3
Memória 2: Nem sempre sabemos o que fazemos.


Notas iniciais do capítulo

O ponto de vista dos Templários aqui, agora algumas coisas que eu deixei no ar no último capítulo.
1: Quem diabos é Cross?
R: Primeiramente: se não leu Assassin's Creed The Fall e não quer spoilers não leia isto, aviso dado vamos ao que interessa. Daniel Cross é descendente do Assassino russo Nikolai Orelov (ou Orlov na versão em que ler) esse Assassino foi o responsável pela destruição do Cajada do Éden (isso, o dos Borgia).
2: Mas só vai responder isso?
R: Meu caro leitor, eu não tenho como adivinhar o que você não sabe, por isso vc deve mandar um review com suas dúvidas.
Sem mais enrolações... Aqui está o capítulo:



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  Março, 2013.

  Algum lugar no meio do mar.

  O barco quase não balançava, era um cargueiro feito para carregar muito além de cargas. Era um barco perfeito, que não poderia afundar, e se afundasse iria voltar à superfície rapidamente. Nesse barco um homem estava olhando para o mar.

  Seus olhos verdes estavam fixos nas ondas que casualmente se formavam, hoje o mar estava calmo. A brisa não soprava seus cabelos negros como outrora. A cicatriz que ia da sobrancelha direita até quase chegar no lábio superior ardia levemente, efeito da maresia. Nas costas ele tinha uma aljava carregada de flechas. Na mão direita um arco especial, todo negro e com um mira telescópica, inútil no momento.

  A pele bronzeada já começava a arder, muito tempo no sol. Um disco foi atirado em direção ao mar. O homem pegou uma flecha em um piscar de olhos, em outro a disparou, um tiro certeiro que arrebentou o pequeno disco de porcelana. Mas o que realmente impressionou foi o fato de a flecha dar meia volta e voar em direção ao homem que a disparou.

  Ele a pegou habilmente com a mão livre e a guardou na aljava. Ergueu uma mão simbolizando que já estava bom e tinha acabado seu treino.

  -Roy... – A voz vacilante chegou aos ouvidos do homem.

  -Diga, Jhon. – Roy olhou para o homem, Jhon exibia sua tatuagem. 

  -Eu cometi um erro, senhor.

  -Conte-me qual. – Roy estava sério, seus olhos verdes expressavam a desaprovação pela tatuagem de cruz.

  -Os Assassinos aparentemente estão mais preparados do que eu pensei. Quando fui ao ataque há duas semanas, eu perdi mais de 30 homens para um deles.

  -Isso eu já sei.

  -Mas aquele Assassino era especial... Eu sinto que já o conheço.

  -E qual o seu erro?

  -Se eu o conheço, é porque não pude mata-lo.

  -Perdoável, nem eu posso matar todos os Assassinos. E se o que você diz for verdade, você ao perdeu para um Assassino, você perdeu para O Assassino.

  -O Mentor? – Jhon se sobressaltou.

  -Não... algo pior. – Jhon abriu a boca para perguntar, e então a fechou quando percebeu que Roy não tinha terminado. – Há um Assassino que começou a nos dar muitas baixas. Mas nossos homens não podem nem vê-lo, portanto ele realmete poderia ser o Mentor, o mais habilidoso dos Assassinos... Porém Vidic e seus homens da Abstergo se certificaram de que o trabalho de Cross foi bem feito. O que nos garante que eles estão sem Mentor, ou se têm um, ele não iria se arriscar tanto, não depois do ataque direto que nós promovemos.

  -O trabalho de Cross não foi tão bem feito. Os Assassino ainda têm bases escondidas de nós.

  -Exato, e eu tenho que acreditar que devemos isso ao nosso Assassino #39. Ele deve ter coordenado mudanças em massa por todas as bases, ou arranjou uma maneira de esconder ou mudar as bases.

  -Assassino #39?

  -É assim que estamos chamando ele, já constatamos que é só um, então nós fizemos um rank de Assassinos que mais nos prejudicaram, ele é o trigésimo nono.

  Antes que Jhon desse continuidade à conversa, ouviu-se um grito horrendo.

  -WAAAAAAAAAARRRRGGGFFSSSHHHHH! – O segundo grito foi ainda pior, cada grito mais desfigurado e diabólico que o outro.

  Os dois Templários andaram pelo navio, alguns marujos também, mas bem poucos. Todos já sabiam o que era, mas mesmo assim todos a temiam. Era aquela criatura diabólica e louca que podia prever coisas. Aquela mulher que até mesmo os lideres Templários temiam.

  Sempre que ela abria a boca para falar algo, certamente era algo ruim. Dessa vez não foi diferente.

  Os Templários tiraram aquele pano preto de cima da jaula, para mostrar uma figura horrenda. Um dia ela foi uma bela mulher, agora não mais.

  Em posse de uma mulher e uma das Maçãs, os Templários fizeram coisas horríveis. Inseriram conhecimento de mais na pobre mulher, e inseriram de forma errada. Ela perdeu a capacidade de pensar, perdeu quase tudo o que a tornava humana. Porém alcançou um conhecimento quase ilimitado, e assim se tornou o Oráculo Templário.

  Seus cabelos cresceram negros, e esbranquiçaram da metade até as pontas, se tornaram quebradiços, secos. Seus olhos ficaram cinzas e dificilmente conseguiam focalizar algo, mas quando focalizava, nunca era bom. Pois ela não via mais o presente, somente o futuro. Suas unhas cresceram e se alongaram, viraram garras que, apesar de assustadoras, eram inofensivas. Seus membros começaram a afinar e quase atrofiaram, ela se tornou esquelética. Sua coluna vertebral acabou saltando para fora da pele, e seus ossos ficavam expostos nas costas. Seus dentes se afiaram e cresceram, até virarem presas. Todos eles.

  Sua língua se dividiu em duas, como a de uma cobra, ela urinava e defecava em suas roupas. Roupas feitas de pano de saco, e todas rasgadas. Os Templários não se importaram em cuidar dela de forma digna, apenas jogaram dois potes, um com água e outro com comida, para o caso de ela querer comer. Não era trocados com regularidade, sua água muitas vezes acabava ficando salobra, e a comida estragava. Mas ela nunca comia ou bebia mesmo, os Templários faziam isso apenas porque acreditavam que ela poderia comer ou beber algo algum dia. Ela nunca fez isso, nunca desde que a tornaram isso... Há 30 anos atrás.

  -A Cruz cai agora. – A voz deformada e demoníaca gritou. – O brilho intenso ofusca o sol! A Cruz cai! A Cruz cai! A Cruz cai! Cruz cai! Cai! – E então se silenciou.

  -A Cruz cai, brilho intenso... – Jhon pensou. – O que isso quer dizer?

  -Seja o que for, não é bom. Essa louca nunca diz algo bom, e agora foi um enigma, nada claro como as outras vezes. – Roy observou.

  -A Cruz somos nós, isso é quase certo. Se a Cruz cai, então nós caímos... – Um marinheiro templário pensou alto. – Meu Deus... Ela acaba de dizer que a Ordem vai cair.

  -Se for isso, então precisamos estar preparados para tudo. Mas o que é o brilho intenso?

  -Vou saber, já fiz o suficiente de decifrar isso pra você. – O mesmo marujo respondeu insolente.

  Roy fez um sinal com a mão direita, o marujo foi rapidamente despido, suas mãos foram amarradas. Encheram uma mala de ferro com as roupas do pobre coitado, amarram seus pés à mala e o jogaram no mar.

  -Se ele sobreviver, já tem as roupas. – Roy falou. – É assim que pagamos insolência.

  Roy se retirou para sua cabine. Jhon o seguiu.

  -Senhor, você acha mesmo que é seguro levar essa louca ao Vaticano?

  -Não, por isso iremos deixa-la na cede da Abstergo na Itália.

  Os dois passariam o resto da viagem tentando decifrar o enigma que o Oráculo lhes passou.


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Notas finais do capítulo

Dúvidas? Erros? Review-me. Quem quer tentar adivinhar o que é o brilho que ofusca o sol? Dou um saco de jujubas pra quem adivinhar.



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