Living a Teenage Dream escrita por A nova Cinderela


Capítulo 22
Coma


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Bruna parou, levou as mãos ao rosto e chorou. Eu a abracei forte. Ela parecia muito abatida.

– Eu não quero que meu irmão morra. Não quero! – eu não pude conter as lagrimas.

– Ele não vai morrer Bruna! Não vou deixar que isso aconteça! – garanti.

Fomos até a sala de espera e encontramos com Marizete e Amarildo. Abracei Marizete com muita força. De alguma forma ela me acalma, como Rafael. Sentei-me em uma cadeira no fundo da sala. Afastada de todos. Bruna me entregou o celular de Rafael. e o guardei em minha bolsa. Encostei a cabeça na parede e chorei em silencio. De alguma forma a culpa era minha. Se eu não tivesse saído de Londrina correndo ele não iria atrás de mim e não iria ter capotado o carro.

Bruna se sentou ao meu lado e eu encostei-me em seu ombro e contei tudo pra ela.

– Nunca pensei que ela fosse capaz disso! – disse ela com raiva – E você ainda acreditou nela!

– Me desculpa, eu estava tão confusa... – eu chorava baixo.

– Tudo bem, acho que te entendo... Mas você sabe que meu irmão te ama, não sabe? – perguntou ela com a voz tremula.

– Eu não sei Bruna. – eu estava muito confusa ainda.

– Como não sabe? Meu irmão gosta muito de você! Ele me disse tudo, não mentiria pra mim. – disse-me segura de suas palavras.

Fomos interrompidas por um médico. Ele veio até nós com a expressão triste como se quisesse dizer algo, mas não tinha coragem.

– Prazer, sou o Dr. Mauricio – cumprimentou-nos com um aperto de mão – Eu que estou cuidando do Rafael...

– Doutor, por favor. Nos dê noticia logo. – pediu Marizete chorando.

– O caso dele é grave. Tivemos que dar pontos em alguns lugares do corpo, pois sofreu uns cortes leves. Ele bateu a cabeça com muita força e esta desacordado ainda. Não sabemos quanto tempo ele vai ficar desacordado. – ele fez uma pausa e sua expressão ficou ainda mais triste – Podem ser horas, dias, meses, anos ou... Nunca mais acordar.

Marizete desabou. Amarildo e eu tivemos que segura-la para não cair no chão. Todos estavam muito abalados para dizer alguma coisa.

– Sinto muito, mas Rafael esta em coma.

Marizete foi encaminhada para uma sala de recuperação. Ela estava nervosa demais e precisou tomar calmantes. Eu e Bruna ficamos com ela. Nós três chorávamos sem parar. Amarildo foi procurar um hotel para eles ficarem em São Paulo, embora eu tivesse oferecido minha casa para que eles ficassem. Ficamos ali, três mulheres sofrendo por um homem só. Que neste caso era irmão de uma, filho de outra e namorado (ou ex-namorado) de outra.

Amarildo ligou para Bruna e avisou que já havia feito a reserva em um hotel que ficava perto do hospital. Não tivemos mais nenhuma noticia de Rafael o dia todo. Quando a noite caiu, Amarildo foi buscar Bruna e Marizete para ir descansar.

– Querida, você não vai para casa? – perguntou Marizete com os olhos inchados de tanto chorar.

– Não, eu vou ficar aqui. Esperando alguma noticia. – murmurei, tentando amenizar a dor que soava em minha voz.

– Mas você precisa dormir um pouco. Comer também. – disse ela preocupada.

– Amanhã cedo eu vou. Não se preocupe, eu prometo – prometi a ela, mas não queria cumprir minha promessa.

Eu queria ficar lá até ter uma noticia de Rafael, se não, não iria conseguir ter paz. Fiquei na sala de espera esperando que o Dr. Mauricio me desse alguma noticia.

Já era tarde da madrugada quando o médico passou as pressas pela sala. Eu tive que correr para conseguir alcança-lo.

– Doutor? – eu quase gritei – Me dê noticia dele, por favor! – supliquei.

– Ele esta indo para o quarto agora. Quando puder, venho chama-la para ir visita-lo. – ve-lo era o que eu mais queria agora e essa foi a melhor noticia do dia.

– Está bem. Obrigada. – agradeci.

Sentei-me de novo sem nenhuma expressão de alegria no rosto. Cochilei por não sei exatamente quanto tempo. Acordei e o Dr. Mauricio estava na recepção conversando com a recepcionista.

– E então doutor? – chamei-o.

– Venha comigo. – disse ele fazendo um sinal para eu segui-lo.

Fomos andando pelos corredores do hospital e eu odiava aquilo. Tem cheiro de remédio e de doença. A ultima coisa que eu gostaria na minha vida era ver Rafael em uma cama de hospital.

Segui o médico até o terceiro andar, ele me disse para seguir o corredor e ir até o quarto duzentos e quatro. Fui. Cheguei à porta e me preparei para não chorar quando visse ele. Abri a porta e lá estava ele, naquela cama horrorosa de hospital.


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Notas finais do capítulo

Coitado do meu Rafael :/

Minha Julinha ta sofrendo muito né? Mas acho que isso não é nem o começo... Acabaram os capítulos prontos, vou começar a escrever de novo. Espero que estejam gostando!