Living a Teenage Dream escrita por A nova Cinderela


Capítulo 15
Meu silencio


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, boa leitura.



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Voltamos para a sala antes que desconfiassem de nós. Eu estava toda suja de poeira e Rafael também. Bruna me chamou para ir até seu quarto tirar a poeira e me arrumar enquanto Marizete terminava o almoço. Nós duas subimos. O quarto dela era imenso dava quase três vezes o meu humilde quarto. Tirei a poeira de meus braços e pernas e sacudi minhas roupas por conta de ter me encostado na parece suja. Sentei-me em sua enorme cama e ela se sentou ao um lado.

– Você e Rafael são melhores amigos não é mesmo? – perguntou ela curiosa e eu sabia que logo ela iria me fazer perguntas indelicadas.

– Sim, somos. – respondi meio atordoada, me lembrando do que tinha acontecido alguns minutos atrás.

– Não acho que ele queira ser só seu amigo. – disse ela e eu já esperava por isso.

– Bruna, por favor. Não me confunde mais a cabeça. Eu estou muito confusa em relação aos meus sentimentos por ele! – acabei confessando que algumas coisas estavam acontecendo.

Eu sabia que podia confiar em Bruna, mas eu não tinha certeza se queria falar a alguém oque acontecera minutos atrás.

– Antes de ele entrar de férias, veio passar um dia aqui em casa e ele estava com a aparência cansada. Ele me disse que estava cansado de tudo. Essa rotina estava o matando. Ele não estava feliz com a namorada e nem com o trabalho. – ela tinha a expressão triste – Eu estava realmente preocupada com meu irmão, mas depois que ele te conheceu parece que a alegria de seus olhos voltou. Ele estava vivendo novamente. Isso é maravilhoso. – ela de repente sorria – Ele me disse que não estava certo ainda do que estava sentindo, mas não conseguia mais ficar longe de você. Ele só esta com medo de te assustar com seus sentimentos.

Aquelas palavras me acertaram em cheio. Meus olhos se encheram de lagrimas. Eu não poderia chorar, mas quase que desabei. Eu, de alguma forma, o fazia feliz! Eu trouxe alegrias para aqueles olhos!

– Nós nos beijamos. – disse a ela. Ela se espantou, ficou alegre e parecia não acreditar. Eu estava chateada, mas não sabia o porquê – Mas eu disse para ele esquecer aquilo.

– Oque? Por que você disse isso? – ela pareceu zangada.

– Bruna, ele é famoso, é meu ídolo e tinha namorada até um mês atrás! Se a imprensa ficar sabendo vai ser horrível pra carreira dele. – disse a ela.

– Para de pensar nisso Julia! Olha, vocês vão acampar e conversam lá, só vocês dois. – eu me lembrei do acampamento, nós dois sozinhos! Eu estava apavorada.

Rafael bateu na porta do quarto e nos chamou para descer almoçar. Eu e ele permanecemos em silêncio o almoço todo. Apenas acenávamos com a cabeça quando nos perguntavam algo. Sim e não, só. Quando terminamos, nos despedimos e partimos para a fazenda. Rafael fechou a capota de cima do conversível por conta do Sol e a poeira que iria fazer na estrada. Fomos em silêncio até a fazenda. Chegamos a uma floresta que só havia uma enorme porteira. Rafael desceu do carro, abriu-a, levou o carro até a frente e voltou para fecha-la.

– Vamos ficar perto de um lago. Importa-se? – perguntou ele a mim.

– Não. – respondi seca.

Eu sabia que ele estava triste pelo oque havia acontecido, mas não tinha outro jeito a não sei esquecer aquilo.

Fomos entrando cada vez mais na floresta e chegamos á beira do riacho. Rafael tirou a barraca do carro e começou a arma-la. Depois de duas horas nosso acampamento estava montado, com direito a fogueira e tudo. A barraca tinha dois cômodos no caso de eu querer dormir separada dele. Já eram 18h 30min quando fomos até a casa da fazenda para tomarmos banho. Tomei um banho rápido, prendi meus cabelos em rabo de cavalo e coloquei um short jeans, camiseta regata e Sandália Havaianas.

Ele estava com roupa fresca também, chinelo e boné de aba reta para trás. Nós não nos falávamos direito dês de quando havíamos nos beijado. A frase “havíamos nos beijado” me apavorava. É claro que eu amei sentir aqueles lábios macios nos meus e é claro que eu queria mais. Mas eu sabia que não era certo fazer aquilo.

Entrei em um dos cômodos da barraca e guardei minhas coisas em minha mala. Sentei-me no colchão que estava no chão e fiquei com a cabeça baixa. Ouvi ele entrando também. Ele guardou as coisas dele e se sentou ao meu lado.

– Não me destrua com seu silêncio, por favor! – disse-me com uma voz triste.

– Não sei oque devo te dizer. Estou confusa, muito confusa. – disse a ele.

Ele então pegou em minha mãe, me fez olhar em seus olhos e disse:

– Talvez seja melhor nós esquecermos mesmo oque aconteceu. – seus olhos estavam cheios de lagrimas.

– É oque você acha melhor? – perguntei e tinha uma hipótese da resposta.

– Não, é claro que não! Eu amei ter beijado você. Foi tão... Tão incrível! Nunca me senti assim antes! – ele fez uma pausa, abaixou a cabeça e enxugou uma lagrima – Você não faz ideia do quanto me faz feliz. Eu fico tão feliz quando você esta por perto, me sinto completo. Mas eu queria que fossemos mais que amigos, não quero te pressionar nem nada do tipo, mas eu adoraria acordar todos os dias e te ver ao meu lado. Seria bom, pelo menos você não acordaria assustada. – sorriu e eu sorri sem graça também.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!