Living a Teenage Dream escrita por A nova Cinderela


Capítulo 10
Ciumes e tristeza


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Respirei fundo, aliviada. Nunca me senti tão feliz.

– Por favor, não faça mais isso. Você me assustou muito. – disse-me num tom engraçado que me fez rir. – É sério Julia! – disse ele sério e eu tive que notar sua beleza extraordinária.

– Sabia que você é lindo? – disse a ele e sorri envergonhada.

– Eu ainda estou bravo com você e não vou me render com um elogio. – respondeu grosso.

– Desculpa. – disse séria.

Ele ignorou meu pedido de desculpas e logo mudou de assunto.

– Você recebeu alta. Vou chamar sua mãe para te ajudar a se arrumar. – disse ele, ainda muito sério.

Eu fiquei em silêncio e ele saiu do quarto. Logo, minha mãe veio para me ajudar.

Tomei um banho desajeitado, escovei os dentes, escovei meus cabelos e os prendi em um coque bagunçado, vesti-me com uma roupa leve e calcei uma sandália aberta em só um dos pés, claro.

– Vamos? – perguntou minha mãe e eu balancei a cabeça afirmando.

Eu estava suplicando pra alguém me tirar daquele lugar horrível e me levar para casa, não aguentava mais ficar naquele lugar onde só havia doentes e luzes brancas que me irritavam.

Rafael bateu na porta e minha mãe mandou-o entrar. Ele estava com uma cadeira de rodas. Eu estranhei, pra que tudo aquela cadeira de rodas? Eu não estava tão debilitada assim! Me sentei sem questionar e ele foi me conduzindo pelos corredores do hospital.

– Tenho uma péssima noticia. – disse ele e me assustou muito.

– Oque aconteceu? – perguntei assustada.

– A imprensa esta lá fora. – disse ele preocupado – Querem saber quem é você.

Eu parei a cadeira com as mãos impedindo ele de me empurrar.

– Sai pelos fundos! Eu vou com a minha mãe e a gente pega você lá. – não queria causar problemas a ele.

– Tá bem. – disse ele.

Deu um beijo em minha testa, chamou uma enfermeira para me ajudar a entrar no carro e seguiu para a saída dos fundos.

A enfermeira tinha cabelos loiros, olhos negros e olheiras muito fundas. Parecia que não dormia a dias.

– Oque ele é seu? – perguntou a enfermeira curiosa.

– Meu melhor amigo. Por quê? – perguntei, sabendo oque ela queria saber.

– Por nada. – deu de ombros.

Ela me levou até o carro e me ajudou a entrar. Minha mãe já estava lá para dirigir. Pude ver alguns fotógrafos na porta do hospital. Demos a volta no quarteirão, pegamos no Rafael e fomos para casa. Quando chegamos, Rafa me colocou deitada no sofá e se sentou colocando meus pés sobre seu colo. Minha mãe se sentou no outro sofá e ficou nos observando. Rafael ficava pegando meus dedos que estavam para fora do gesso e isso me provocava cocegas.

– Para Rafael – eu disse rindo.

Ele riu um pouco de minha risada e parou. O celular de minha mãe tocou e ela foi atender na cozinha. Pude a ouvir combinando algo, talvez fosse com o namorado dela. Eu não gostava dele e ele me odiava. Fiquei irritada e Rafael percebeu.

– O que houve? – perguntou ele, intrigado.

– É o namorado dela. – fiz uma cara esnobe.

– Você não gosta dele? – perguntou ele, sorrindo com a minha criancice.

– Nem um pouco. E ele me odeia. – sorri lembrando quando eles começaram a namorar – Eu, quando era menor, era meio perturbada e eu fazia umas brincadeiras meio indesejáveis com ele. – eu ri.

Minha mãe voltou para a sala e eu me recompus.

– Paulo vai vir jantar aqui hoje. Por favor, Julia, comporte-se como uma adulta. – ela me disse preocupada.

Eu fechei a cara.

– Rafa, pode me levar pro meu quarto? – perguntei a ele.

– Como quiser – assentiu.

Ele me ajudou a ir andando até a escada, depois me pegou no colo e me colocou entre seus braços fortes. Confesso que me arrepiei um pouco. Ele me colocou no chão. Pude ouvir uma porta se abrindo então me virei. Era minha irmã. Ela soltou um grito ensurdecedor quando viu Rafael.

– Oque você tem garota? – perguntei a ela que estava imóvel.

– É ele! – respondeu e apontou para ele.

– É! É sim, mas não precisava ter gritado. – disse a ela, meio atordoada.

Minha irmã tem quinze anos e é linda. Parece uma modelo. Cabelos castanhos e lisos, olhos verdes e um corpo lindo. Ela também era fã de Rafael, mas não como eu. Na verdade, ela só era fã dele por influencia minha. Ela saiu correndo e abraçou ele.

Aquele abraço estava se prolongando demais então resolvi interferir. Separei os dois. Confesso que senti um pouco de ciúmes, mas me controlei. Rafael estava quieto e só sorria. Como nenhum dos dois poderia me ajudar, tentei ir pulando até meu quarto. Rafael veio logo atrás de mim em silêncio.

– Ela é bonita demais, eu sei. – disse com um pouco de raiva.

– Já vi garotas mais bonitas. – disse ele.

– Quem? – perguntei ainda irritada.

– Você. – respondeu e me fazendo corar de novo.

Ele sorriu.

Minha mãe mandou nós três descermos para almoçar. Rafa me pegou no colo para descer as escadas. Eu estava adorando ser carregada por aqueles braços fortes. Eu gostava, pois eu podia sentir seu coração bater. Enquanto estávamos descendo eu sorria sem parar por conta da forma com que Rafael descia os degraus.

Chegamos a copa e sentamos a mesa.

– Rafael, você esta aqui há quanto tempo? – perguntou Carolina com um tom de irritação.

– Desde ontem de manhã. – respondeu ele.

Ela me mandou um olhar de raiva e eu fingi que não tinha entendido. Depois que com terminamos de comer, fui para a cozinha com Carolina para lavar para lavar a louça e Rafael ficou na sala conversando com minha mãe. Isso me preocupava um pouco.

Fiquei encostada na pia em um pé só para não ter uma lesão maior.

– Você podia ter me contado antes que ele estava aqui! Você sabe que eu sou fã dele! – disse-me Caroline com raiva.

– E estragar tudo? Claro que não! Você nem é fã dele de verdade – eu estava com muita raiva e minha cabeça fervia – Você nem sabe oque é ser fã. Você não sabe oque é amar alguém sem saber se um dia vai conseguir abraça-lo! – eu a olhei com muita raiva.

Quando terminei de dizer aquelas palavras Rafael passou pela porta. Pude notar que os olhos de minha irmã se encheram de lagrimas. Lágrimas de raiva, com certeza.

– Você estragou tudo. – disse ela chorando e subiu correndo para seu quarto.

Ele me olhou assustado. Eu fiquei assustada também, pois não sabia oque realmente havia acontecido.

Terminei de lavar a louça em silêncio. Rafael me levou de volta ao meu quarto. Sentei em minha cama e ele se sentou ao meu lado.

– Você a magoou. – disse ele olhando para o chão.

– Só disse a verdade. – respondi.

– Às vezes a verdade dói. – disse-me ele se virando para mim.

– Melhor do que eu ser falsa com ela. – respondi.

Ele se virou para mim, pegou em minhas mãos e ficou fazendo carinho nelas. Percebi que ele queria me dizer alguma coisa.

– Diz logo. – disse a ele.

– Dizer oque? – perguntou assustado fingindo não saber do que eu estava falando.

– Oque você esta querendo dizer, mas não esta com coragem. – respondi e ele se assustou com a minha esperteza.

– Eu... Eu vou ter que ir embora. – disse ele triste, e percebeu minha tristeza quando disse aquelas palavras.

– Por quê? – perguntei me controlando o máximo para não explodir meus sentimentos naquele momento.

– Minha mãe vai fazer um jantar lá em casa de boas vindas e eu preciso ir. Eu queria muito que você fosse comigo, mas machucou o pé e não quero que faça esforço. – disse ele, mas desta vez não olhava em meus olhos.

– Ah. Você precisa mesmo ir. – afirmei com a cabeça baixa.

Eu não queria aceitar o fato de que ele iria embora. Isso de alguma forma me deixa desolada. Eu já estava com saudades sem ele ao menos ter saído do meu lado.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo ficou grandinho em! Espero que tenham gostado! Comentem aí, não machuca não :)