Sempre Te Observando escrita por Gazela


Capítulo 1
Você será meu!


Notas iniciais do capítulo

Então povo divo,ta ai minha primeira one-shot,e meu primeiro Yaoi também,espero mesmo que gostem!Não liguem se tiver meio ruim '-'
A fic foi betada por uma pessoa do animesprit. Mas mesmo assim vou deixar aqui meus agradecimentos a Annie-chan!

Até lá em baixo!



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Sempre Te Observando


Eu estava sempre o observando, ele passava sempre ao mesmo horário, vestido com seu terno preto que contrastava perfeitamente com seus olhos azuis piscina, era realmente lindo. Sempre passava pela rua com calma, até tinha um ar superior, dava para ver seus músculos definidos mesmo estando de terno, tinha cabelos pretos, ele era alto. Nunca pude ver de perto, fico sempre o observando de longe. Acho que eu devia explicar melhor sobre isso, não é? Bom, meu nome é Matheus Gonçalves, tenho meus 27 anos, 1,78 de altura, cabelos castanhos, olhos pretos, profundamente pretos, corpo aparentemente magro, mas tenho músculos, só que não muitos definidos e trabalho em uma floricultura no centro da cidade de Londres, agora vamos falar sobre ele. Eu não o conheço, só sei que dês da primeira vez que o vi passando pela rua, senti meu coração disparar, minhas mãos gelarem e eu suei frio. Eu o vejo passar em frente à floricultura e entrar em um café que fica a frente daqui todo dia, eu sempre o vejo fazer isso, sempre cuidando seu horário, cuidando sua rotina, porque quando não o vejo parece que falta um pedaço do meu dia. Sim patético eu sei, mas não posso evitar. Além de eu estar apaixonado por outro homem, eu nem sabia seu nome, isso me deprimia, mas o que eu podia fazer quanto a isso? Nada. Vou chegar e pedir o número do cara? Ah se fosse tão simples, sempre assim, sempre que o vejo passar tenho vontade de ir até a rua e o parar só para poder o olhar de perto, o que eu nunca tive o prazer de fazer, sempre o admirando de longe.

Eu gostaria tanto de poder toca-lo, beija-lo, se eu pudesse ao menos falar com ele, mas isso eu acredito que seja impossível. Eu acho que ele trabalha em algum escritório por aqui, pois sempre passa com uma pasta e às vezes lendo alguns papeis totalmente alheio do mundo.
 

Hoje eu estava mais deprimido do que o normal, pois não o vi passar em direção ao café, pois estava entretido falando no celular com meu amigo. Sim foi culpa minha ter me distraído, ainda mais por conta de uma coisa que eu nem queria. Meu amigo Vitor me ligou pra me chamar pra sair hoje a noite, na verdade ele meio que me ameaçou, disse que seria um desperdício eu ficar em casa em uma sexta-feira à noite com tantas baladas e bares com mulheres bonitas por ai. Eu não tenho problemas em ficar com mulheres tanto como não tenho a ficar com homens. Sou bissexual, por tanto, ele, não é o primeiro cara que eu sinto atração, mas diferentes dos outros por ele eu não sinto só atração e sim algo mais forte muito mais forte. Eu não ouso chamar de amor, porque nem o conheço, mas se tiver o prazer de conhecer, tenho certeza que o que sinto será ainda maior, e poderá ser comparado ao tal sentimento cujo denominado amor. Amor esse que eu nunca o senti realmente. Em meus 27 anos de vida nunca fui realmente apaixonado por alguém, eram só paixonites, ou uma simples atração. Mas o que sinto agora é muito mais forte do que minhas paixonites na adolescência. Sinto que quando olho para ele eu posso simplesmente desaparecer no paraíso, isso só de olhar para ele, imagine se eu pudesse tocar. E como deve ser tocar sua pele? Seria macia? Fria? Quente? Sempre me pego tendo de pensamentos desse tipo a muito piores se é que você consegue me entender. Ter esse tipo de pensamento quanto a ele me perturba um pouco. Eu acordar no meio da noite, excitado por culpa de sonhos com ele, e logo depois lembrar de que ele pode ter uma esposa linda, filhos com ela, que ele pode ter uma família, e amar muito ela. Dói muito pensar que ele já pode ter alguém que ocupe o lugar ao seu lado. Cara, como dói meu coração só de pensar nessas possibilidades, mas tendo não pensar o pior, apesar de ser difícil.
 

Está quase dando meu horário pra sair do trabalho, mas só de pensar que vou ter que sair com o Vitor já me desanima, preferia muito mais ficar em casa, vendo filmes deprimentes e comendo, sim eu pareço uma garotinha apaixonada! Mas fazer o que, não consigo evitar. O Vitor vai vir aqui na floricultura pra me dar uma carona, nem sei aonde vamos, mas nem estou ligando muito mesmo. Fui aos fundos da floricultura e tirei o avental, eu ia sair com a mesma roupa que estava afinal, não estava nem um pouco a fim de ir mesmo. O Vitor chegou, sai e fechei a floricultura, virei à plaquinha para “fechado”, tranquei a porta, e entrei no carro do Vitor. Dei-lhe um “oi” e ele disse o mesmo e já saiu dirigindo o carro. Vamos dizer de passagem que o Vitor apesar te der 25 anos é um empresário muito rico e conhecido aqui de Londres, então ele está sempre bem vestido, cabelos arrumados, e hoje não era diferente. Estava com uma camiseta social branca dobrada até os cotovelos, com uma calça jeans preta, e sapatos sociais. Victor tem olhos castanhos, e cabelos loiros, admito que ele seja lindo. Muito lindo. E admito também que nos já ficamos. Mais de uma vez. Mas foram só algumas vezes e nos estávamos babados então nem contou muito. Assim que comecei a admirá-lo, senti um pouco de vergonha pelo o que eu estava vestindo, perto dele eu parecia um mendigo. E até pareceu que ele leu meus pensamentos.

–Eu não vou deixar você ir numa das baladas mais conhecidas e disputadas de Londres vestido assim! Vamos passar na minha casa e eu te empresto alguma coisa pra vestir.
 

–Cara, eu vou aceitar, por que você sempre me deixa parecendo um mendigo quando estamos juntos. –ele somente deus risada, apesar de nos conhecermos a um bom tempo, e sempre sairmos juntos, nos não conversávamos muito. Eu por ser tímido, e ele por sei lá, acho que não gosta de falar muito, mesmo.
 

Logo nos chegamos à frente do prédio dele, nem preciso dizer que é enorme né? Ele mora na cobertura. É linda a vista que se tem de lá à noite. Mas eu não estava ali para ficar vendo a paisagem. Entramos e fomos direto para seu quarto. Isso pode até ter parecido outra coisa, mas – talvez infelizmente, talvez não. – era só pra eu trocar de roupa.
 

–Acho melhor você tomar um banho, eu vou escolher algo pra você vestir está bem? – ele perguntou, eu apenas assenti e entrei no banheiro, tomei um banho rápido, apenas pra tirar os vestígios do dia de trabalho e sai do banheiro só com uma toalha enrolada na cintura. O quarto era uma suíte então saí de cara com um Vitor sentado na cama me olhando com um olhar de luxuria. E eu sei o que ele estava querendo!
Ele se levantou e veio na minha direção, eu permaneci parado, sem esboçar nenhuma reação. Ele se aproximou, e selou nossos lábios, logo segurou minha cintura e me puxou para si, eu estava correspondendo o beijo com as mãos na sua nuca segurando seus cabelos. Ele beija bem, mas não era ele que eu queria ali, então resolvi recuar. Afastei-me um pouco, e abri os olhos. Vi ele abrir os dele e me fitar com um olhar confuso, eu nunca tinha recuado um beijo seu, apesar de estarmos sempre bêbados. Ele soltou a minha cintura quando percebeu que eu não ia dizer nada.
 

–Acho melhor você se vestir, eu separei essas aqui – apontou para as roupas em cima da cama. – Mas se você quiser pode ir ao closet e escolher outras roupas. Vou te esperar na sala. – ele falou enquanto saía, deu pra perceber que ele ficou magoado por eu ter recuado, mas eu tinha que fazer isso.
 

Me vesti com a roupa que ele havia deixado em cima da cama. Uma camiseta social preta, uma calça jeans preta, e um tênis vermelho com detalhes pretos, sim ele adora me ver de preto. Vitor diz que combina com a cor dos meus olhos. Acho estranho me vestir todo de preto e ele sabe então por isso o tênis vermelho. Como se fosse disfarçar... Depois de arrumar os tênis, sai do quarto e fui direto a sala para encontrar com Vitor, ele olhou pra mim com o mesmo olhar de antes, mas desviou o olhar depressa. Levantou e veio até mim e disse:
 

–Porra Matheus, nem eu dando a roupa você sabe se arrumar? –ele disse sorrindo. Puxou meu braço e começou a dobrar a manga da camisa, dobrou até o cotovelo e repetiu o mesmo processo no outro braço. Se afastou um pouco pareceu me analisar, depois veio mais perto de novo e abriu um botão da minha camisa.
 

–Você já fica sexy de preto, mas mostrando sua pele pálida assim vai ficar ainda mais sexy. – disse baixo e com aquele olhar cheio de luxuria novamente. Me fazendo corar, como sempre que ele fazia esse tipo de comentário.
 

–Você sabe que eu fico com vergonha quando você faz esse tipo de comentário então, dá pra parar? Puta que pariu. – eu disse tentando parecer irritado, mas ainda estava corado.
 

–Eu faço isso só pra te ver com vergonha. – ele disse rindo.
 

–Haha, muito engraçado eu ficar vermelho!
 

–É lindo quando você fica assim, mas agora vamos. Marquei de encontrar com uns amigos do trabalho lá também! –falou. Cara, amigos do trabalho? Vish será que é povo velho? Não, acho que não, Vitor adora caras mais novos, apesar de eu ser mais velho, mas isso não vem ao caso agora.
 

–Tá, vamos. – Nisso nós saímos do apartamento. Ele trancou a porta e fomos de elevador até o Hall de entrada. Já fora do prédio, seu carro estava estacionado. Entramos, e nos dirigimos em direção à balada e quando chegamos lá, entramos direto pela parte VIP, que nada mais era do que a parte mais reservada. Nada demais, só exclusivo. Logo encontramos os tais amigos do Vitor. Eles eram bonitos, e eram três. Quando disseram seus nomes nem prestei muito a atenção. Apenas disse o meu pra eles, pedi uma bebida no balcão. E me distrai com qualquer coisa. De repente o Vitor perguntou:
 

–Galera, aonde esta o Leonardo? Ele confirmou que depois ia encontrar nós aqui. –ele disse enquanto olhava em volta.
 

–Ah ele foi ao banheiro, logo deve estar voltando! –um loirinho respondeu.
 

–Ata. –foi o que o Vitor murmurou. Nos cinco conversávamos, porém eu estava meio fora do assunto, por vontade própria. Quando do nada... Ele, ele estava se aproximando de nós! Nem preciso dizer que fiquei paralisado não é? Ele chegou a nos, falando com o Vitor já, e eu ali que nem uma estatua o olhando, tipo a voz dele é linda, sexy, meio rouca, apesar da musica alta eu consegui ouvir exatamente suas palavras.
 

–Quem é ele Vitor? –perguntou olhando diretamente pra mim, eu corei, estava completamente hipnotizado com os olhos dele. Não era pra menos, nunca pensei que estaria a menos que 10 metros de distância dele. E não estava nem acreditando que ele estava ali, tão, tão perto.
 

–Ele é o Matheus, meu amigo. – respondeu, depois bebeu um cole de sua bebida. E eu ainda estava com cara de idiota ali. Só sai dos meus pensamentos quando o vi se aproximar, parar a minha frente, me analisou e disse:
 

–Prazer Matheus, me nome é Leonardo, mas você pode me chamar de Leo. – ele disse “você” em um tom tão sexy, que eu fiquei arrepiado.
 

–Ah... O prazer é meu Leo! – estendi minha mão para que apertasse, ele segurou me puxando pra mais perto e perguntou perto de meu ouvido “Você quer dançar?” Fiquei completamente arrepiado novamente. Eu simplesmente assenti com um sorriso, não estava conseguindo nem formular um “sim”. Ele me levou para a pista que tinha por ali, começamos a dançar, e em poucos minutos o Vitor e outro daqueles amigos dele estavam ali. E bom o Vitor beijou o cara, tipo assim na frente de todos. Nem preciso disser que os outros casais héteros que estavam por ali olharam chocados e enojados para eles. Não foi um simples tocar de lábios, mas um beijo feroz, apressado. Eu desviei meu olhar, tentando não corar. Além de estar tendo fantasias que me tiravam do mundo em que eu vivia, tinha também o Leo perto, muito perto, então seria ainda mais constrangedor.
 

–Eu não sabia que o Vitor era gay. -ele disse sorrindo.
 

–Ah, ele é bissexual! – eu falei retribuindo o sorriso, agora eu estava olhando em seus olhos azuis, como ele pode me fazer ficar preso ao seu olhar assim?
 

–Entendi, e você é hétero? –perguntou, continuei com o contato visual, a essa altura nos já tínhamos parado de dançar, mas estávamos no meio da pista.
 

–Não, e-eu sou bissexual também... –respondi corando. Porque diabos eu era tão envergonhado e tímido? Logo vou fazer trinta anos! Tenho que parar com isso.
 

–Bom saber disso. – ele deu um sorrido malicioso e olhou pro lado onde estava Vitor e o amigo beijoqueiro. Eu estava paralisado enquanto ele se aproximava, e só realmente me dei conta do que estava acontecendo quando senti seus lábios tocando os meus. Começou só com um singelo selinho, mas ele aprofundou o beijo e eu senti sua língua querendo entrar em minha boca. Obvio que eu consenti! Esperei tanto tempo para poder tocar seus lábios! Que eram macios, gelados, mas muito bons de tocar. Quando percebi nos estávamos com os corpos extremamente perto um do outro, nossas línguas encaixadas uma na outra em um beijo super necessitado. Não vou dizer que nossas línguas travavam uma batalha por espaço, porque isso é bizarro, mas era quase isso. Eu estava com uma mão em seu pescoço e outra subia a nuca e o puxava para mais perto enquanto ele estava com sua mão na minha cintura, segurando bem firme. Quando o ar se fez necessário nos afastamos, estávamos ofegantes. As pessoas olhavam para nós com surpresa, negação, nojo e sei lá mais o que, só que eu não estava nem ligando. Porque eu beijei o Leo, o cara que eu achei impossível ter em meus braços! Mas o impossível se tornou bem possível. Olha quem está aqui comigo agora!
 

–Matt, acho melhor nos sairmos daqui, as pessoas não gostaram muito do nosso beijo, apesar de ter sido incrível! –ele falou perto do meu ouvido, não pude evitar corar.
 

–Vamos sair daqui. – desviei o olhar, peguei sua mão e saímos para um corredor que por incrível que pudesse parecer estava meio que vazio. 
Eu o senti segurar meu braço, e fui jogado contra a parede. Senti seus lábios novamente nos meus, nossas línguas estavam cada vez mais envolvidas. Eu estava com uma mão em sua nuca e a outra agarrando sua camiseta, as dele estava na minha bunda, mas nem me importei. Eu o puxava pela nuca para cada vez mais perto de mim. O ar se fez necessário de novo, nos separamos, mas logo voltamos a unir nossas bocas de novo. Eu estava escorado na parede e ele com seu corpo sendo pressionado contra o meu, senti suas mãos segurarem minhas pernas e levarem de encontro a sua cintura. Enrosquei minhas pernas envoltas no Leo e já comecei a sentir o volume entre o meio de suas pernas. Nem liguei, eu estava igual ou pior. Ele deixou minha boca, e foi beijando meu pescoço, o chupando, com certeza iria deixar marcas depois.
 

–Anh... Leo... – gemi, sim a essa altura eu já estava gemendo.
 

Não sei há quanto tempo nos estávamos ali, mas eu não estava ligando muito para o resto do mundo. Eu estava ali em beijos pra lá de sensuais com o cara que agora eu sei que eu amo. Quem estava ligando para o resto? Senti-o pressionar meu membro com uma de suas pernas, gemi involuntariamente. Ele estava me olhando com um olhar malicioso. 
De repente meu celular começou a tocar e era o toque que eu só tinha para o Vitor, não atendi. Meus beijos com o Leo eram mais importantes, mas ele insistiu umas cinco vezes. Eu não queria atender, mais o Leo disse:
 

–Acho melhor você atender... –ele estava beijando meu pescoço, eu resolvi atender, apesar de não estar no melhor momento pra falar ao telefone.
 

–O-o que foi Vitor? Ah... – Leonardo continuava me beijando, agora eu estava com as pernas no chão, e ele pressionava sua perna contra meu membro, o apertando de leve, eu não estava conseguindo controlar meus gemidos, ele atacou meu pescoço de novo.
 

–Matheus? Eu me meti em uma briga, e meio que eu perdi, eu acho que quebrei alguma coisa, será que você podia me ajudar aqui? – perguntou, eu imediatamente respondi.
 

– Como assim briga? Seu idiota! Onde você esta? Eu vou ai te buscar! – agora o Leo já tinha parado de me beijar, mas eu ainda estava em seus braços, ele me olhava com um olhar confuso e preocupado.
 

– Eu estou aqui de lado de fora da boate, eu poderia dirigir, mas não estou conseguindo andar direito. – ele falou e deu um gemido, só que o dele era de dor.
 

– Olha não se meche! Eu já estou chegando, espera ai! – respondi, e desliguei o celular.
 

– O Vitor se meteu em uma briga, ele esta lá fora todo quebrado, vou lá levar ele pra algum hospital. Desculpa, mas preciso ir!
 

– Tudo bem. Espero que ele esteja bem. – nisso ele me beijou, agora um beijo mais calmo, com carinho. Depois do beijo eu corri para fora da boate, andei um pouco e encontrei o Vitor sentado no chão, encostado no carro. Ele estava machucado, de roupas rasgadas... Estava de todo horrível. Me abaixei para falar com ele.
 

– Vitor, cara, o que você andou fazendo? Olha pra você! Vem levanta, vou te levar no médico! A onde está a chave do carro? –falei tudo de uma vez sem nem respirar direito.
 

– A chave esta no bolso da calça, eu não quero ir ao médico, só me leva para casa, por favor. – eu ia protestar, mas ele foi mais rápido e disse:
 

–Só me leva pra casa, por favor! – eu assenti.
 

–Mas você vai ter que me contar o que aconteceu! – falei. Peguei a chave do carro, o levantei do chão com cuidado para não o machucar mais e coloquei ele no banco de trás do carro. Fui ao lado do motorista, dando a volta no carro. Agradeci mentalmente por ter tirado minha carteira de motorista. O levei para casa dele, não falamos nada a caminho inteiro. Quando chagamos abri a porta de traz do carro e tirei ele de lá. Levei ele pro apartamento e deitei ele na cama do seu quarto. Acabou que depois tive que dar um banho nele, pois ele não conseguia fazer sozinho. Fiz curativos nos seus machucados para não ficarem piores. Aparentemente ele não quebrou nada, mas ainda acho que deveríamos ir para algum lugar, nem que seja para um posto de saúde.
 

–Vitor, me conta. Por que entrou em uma briga? – perguntei
 

–Ah você deve ter visto quando eu beijei o Lucas lá na pista de dança né? Bem, depois vieram uns homofóbicos quando eu estava do lado de fora me preparando pra ir pra casa, já que você tinha sumido com o Leonardo. Só que daí eles começaram a me bater. Eram dois e bem fortes, não tive como revidar e nem me defender. E a propósito me desculpa, acho que eu atrapalhei você e o Leonardo, né? – ele disse.
 

– Cara, não precisa se desculpar, eu que tenho que pedir desculpas por ter demorado a atender o celular. – disse. Eu estava me sentindo culpado por ter demorado tanto.
 

–Tudo bem, mas acho melhor você dormir aqui agora, está bem tarde. E obrigado por cuidar de mim. Você é muito importante para mim. – falou já se ajeitando na sua cama.
 

–Eu vou dormir no quarto do lado então, se você sentir dor ou qualquer coisa me chama tá?
 

–Ok, obrigado de novo! –falou sorrindo, mas dava pra ver que mesmo com o remédio ele ainda estava sentindo dor.
 

– Vou lá então. Boa noite.
 

– Boa noite. – respondeu.
 

Sai do quarto e encostei a porta, fui pro quarto que tinha do lado do dele. Tomei um banho rápido e fiquei só de cueca, era melhor para dormir. Me deitei naquela cama macia, e fiquei lá sorrindo igual a um idiota, me lembrando do Leo. Leonardo, como ele é perfeito! Esperei tanto para poder toca-lo, e agora eu pude. Seus lábios tão macios, sua pele tão quente. Mas como vou falar com ele de novo? Não trocamos celulares nem nada, porque eu tive que sair correndo. Mas e se pra ele tiver sido só uma ficada, só uma noite em uma festa? Não sei o que aconteceria comigo se pra ele não tiver sido nada! Mas vou ter pensamentos positivos, como sempre tento ter. Acabei adormecendo em meio aos meus pensamentos.
 

Acordei, me lembrando do que tinha acontecido, do porque de eu estar na casa do Vitor, nessa cama confortável e não em casa. Levantei e fui ao banheiro para tomar um banho e sai só de toalha. Felizmente hoje é sábado eu não iria trabalhar. Sai do quarto de toalha mesmo, entrei no quarto do Vitor. Ele estava sentado na beira da cama.
 

– Bom dia. –falou
 

– Ah bom dia! Como esta se sentindo? Alguma dor forte? – perguntei me aproximando dele, e sentando ao seu lado na cama.
 

–Não, eu estou bem melhor. – sorriu.
 

– Que ótimo. Será que você podia me emprestar uma roupa de novo? – ele assentiu, entrei no seu closet, peguei uma cueca, uma bermuda, uma camiseta, tudo bem simples. Me vesti e depois voltei ao quarto.
 

–Obrigado, eu vou pra casa, depois devolvo todas as suas roupas. E se você precisar de qualquer coisa pode me ligar tá? Eu vou estar em casa. –falei.
 

–Ok, mas eu vou ficar bem.
 

–Vou indo então. Tchau! –ele se despediu de mim e eu saí.
 

Voltei pra casa de ônibus, e lá fiquei meu final de semana todo. Às vezes eu ligava pra saber como o Vitor estava ele sempre dizia que estava bem.
 

Quando chegou segunda-feira eu estava ansioso, eu queria vê-lo. Mesmo que ele não me visse, só queria poder olhar para ele. Passei meu final de semana lembrando, da sexta-feira com ele, seus beijos, seus toques, sua boca no meu pescoço... Eu queria senti-lo de novo. 
Pensando nisso fui pro trabalho um pouco mais sedo, entrei ,abri a floricultura, arrumei as coisas lá dentro, e estava levando algumas flores pro lado de fora, quando o vejo. 
Ele estava passando do outro lado da rua eu fiquei parado, apenas olhando pra ele. Não esperava que ele me visse, mas ele me viu. E quando viu, atravessou a rua, correndo por sinal, e veio em minha direção. Parou a minha frente, deu mais um passo e me abraçou. Ah tão bom estar em seus braços! Tão aconchegante... Seu corpo era maior que o meu então eu ficava meio que com o rosto bem perto do seu peito, então apoiei minha cabeça ali.
 

– Senti sua falta, e olha que foram só dois dias! – ele se pronunciou. Eu fiquei feliz por ele dizer que sentiu minha falta, sinceramente eu não esperava que ele fosse dizer isso.
 

– Eu também senti a sua. – falei.
 

– Você saiu tão rápido na sexta-feira que nem me deu seu numero. Isso é um pecado! Mas agora eu o quero, e quero que você saia comigo hoje à noite. Não aceito não como resposta! Senti tanto sua falta. Sei nem te conheço direito, mas algo me diz que não posso deixar você escapar... Então nós vamos sair hoje! -falou convicto, claro que eu ia sair com ele, e fazer o que ele quisesse também...
 

– Claro que eu vou sair com você! Não esperei pra poder falar com você durante tanto tempo pra deixar você escapar assim de mim! –falei sorrindo.
 

–Como assim muito tempo? Só nos conhecemos há dois dias! – falou com cara de confuso.
 

–Ah não posso te contar agora, tenho que trabalhar. Mas se você não desistir à noite nos conversamos e eu te conto. – falei.
 

–De noite eu queria fazer muito mais coisa do que apenas conversar! – disse com malicia na voz.
 

–Ok, nós podemos pular a parte da conversa! –falei do mesmo jeito que ele.
 

–Seu numero! – falou. Aí que eu me lembrei do numero do meu celular que eu ainda não tinha dado a ele.
 

–Aqui. – disse e entreguei um papel que tinha meu numero. Ele sorriu. Nos estávamos na frente da floricultura, mas mesmo assim ele me beijou. Foi um simples tocar de lábios, mas meu corpo inteiro se arrepiou. Ele tem um efeito tão grande sobre mim!
 

–Eu tenho que trabalhar, mas eu vou te ligar de tarde! – disse.
 

–Tá bom! – respondi. Eu estava sorrindo, mas não era um simples sorriso e sim um enorme sorriso que poderia rasgar meu rosto se eu sorrisse um pouco mais.
Ele me beijou de novo e disse um “Até” perto do meu ouvido, com uma voz muito sexy, diga-se de passagem. Depois saiu, e nem entrou no café, passou reto. Ri bobamente, eu quebrei sua rotina.
 

Tipo, eu beijei ele, eu o toquei, eu pude sentir seus lábios, sua pele, seu calor, seus músculos. E Agora eu vou sair com ele. E ele falou que sentiu minha falta. Isso devia ser um sonho, mas não, é só é a mais pura realidade, e por ser real eu vou poder beija-lo de novo.
 

Só de me imaginar o tocando de novo, eu já fico todo arrepiado.
 

Agora que o conheço de perto, tenho certeza que o amo! E demonstrarei isso a ele, e sei que ele ainda irá me amar também.



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Notas finais do capítulo

Então como ficou? Me digam,por favor!

Nem que seja pra dizer que ficou ruim! '-'

Mas de qualquer forma eu gostei *se é que eu conto alguma coisa*

Bjos,Até a próxima?