Em Minhas Memórias escrita por Mary e Mimym


Capítulo 27
Convite


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta u.u
Primeiramente, peço desculpas por ter dito que viria com tudo nas férias e não foi isso que aconteceu, decepcionei-me comigo mesmo e nem sei as palavras ideias para me desculpar.
Eu, sinceramente, não sei o que aconteceu... Tipo, eu escrevia o capítulo, mas saía algo de outro planeta '-', eu fugia do assunto, eu tenho ainda uma das tentativas desse capítulo, mas eu tomei a consciência de que eu poderia fazer MUITO MELHOR, porque o que eu escrevi nas férias ficou um lixo.
Incrivelmente, com a volta das aulas, a minha criatividade voltou também.
Estou numa semana cheia de exercícios e matérias novas, porque esse mês tenho prova e os professores estão dando matéria...
Sem contar que com a mudança de tempo que teve em minha cidade, eu fiquei rouca '-', sério, minha voz, às vezes, não sai som nenhum, é muito tenso .-., para completar, estou gripada, tomando remédio e tudo, mas não melhoro '-----', a gripe não me larga de jeito nenhum u.u
Mas, mesmo assim, resolvi que precisava escrever, porém... Como todo contratempo que se preze, ele precisa acontecer bem no momento que queremos fazer algo e hoje não poderia ser diferente, tive que sair duas vezes, enfrentar a fila - duas vezes - da lotérica x_x
Enfim, estou enrolando muito e ainda não comentei sobre o capítulo, bem... Não tem o que comentar, só lendo mesmo.
Boa Leitura!!



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Ronan ON

Olhava para a escada e nada de Elesis descer com os dados. Será que ela esqueceu onde eu guardo?

Levantei do chão, deixando cair algumas notas do jogo, já que eu separava para deixar o jogo pronto. Pouco me importei com isso.

Eu também já tinha posto o DVD, passava alguns trailers antes de ir ao menu.

Fui para o meu quarto e o adentrei sem cautela, e, por isso, acabei assustando Elesis.

–Ronan! – Ela me olhou e parecia um pouco ofegante.

–Desculpa… Foi sem querer.

–Tudo bem… - Elesis me encarou com a cara fechada – Só não aparece assim de novo!

Não pensem que eu fiquei surpreso com o tom autoritário da ruiva, até quando éramos mais novos Elesis era assim. Para não ficar aquele clima desconfortável, mudei de assunto:

–E, então, achou a caixinha?

–Sim.

Agora eu entendi tudo, nessa reposta que Elesis me deu, ela nem sequer olhou para mim, meu celular foi o alvo de suas orbes vermelhas. Não demorou muito e o mesmo tocou. Só não poderia ser a Arme...

Inclinei meu corpo para frente, na tentativa de ver meu celular em cima da cama. Fechei os olhos quando vi quem era. Bela hora para Arme me ligar...

–Você não vai atender? - Indagou Elesis, engolindo seu orgulho e tomando a iniciativa de uma conversa que não era comentada por nenhum de nós dois: Arme.

–Elesis... Vamos aproveitar o dia de hoje, amanhã eu voltarei para a escola, amanhã eu voltarei a minha vida cotidiana. Então… Amanhã conversaremos mais sobre esses assuntos.

–E eu estarei ao seu lado desta vez. - Elesis não esperou mais nenhuma palavra da minha parte, pois se retirou do quarto com a caixinha de dados na mão.

Parei um pouco para pensar e não consegui digerir o que Elesis disse, antes de sair do meu quarto.

Deixei o celular tocar e descir atrás da ruiva. Chegando a sala, perguntei:

–Como assim você estará comigo agora?

–Ué? – Elesis se fez de desentendida, me olhou e continuou – Eu só quis dizer que, a partir de agora, estarei ao seu lado e isso inclui irmo para a escola juntos, como fazíamos.

Não tive o que falar naquele momento, só fiquei boquiaberto e espantado.

–Vamos jogar ou ver filme? – Perguntou Elesis, tirando-me daquele transe de surpresa que eu me encontrava.

–Decide aí. – Respondi, aproximando-me dela e sentando no chão.

–Depois não reclama que eu sou autoritária. – A ruiva também sentou-se no chão.

Para não discutir mais sobre aquilo, peguei as cédulas do jogo, que eu havia deixado cair e as juntei com as outras que estavam no montinho do “Banco”.

Elesis entendeu que jogaríamos primeiro e já separou o seu pino e pegou os dados da caixinha. Sim, ela ficou com o pino vermelho e eu com o azul.

Elesis jogou os dados e a soma tinha dado oito; na minha vez, deu doze. Joguei novamente e dei início à partida.

Minha mãe desceu e disse que prepararia um lanche para a gente, mas eu estava sem fome, contudo, não impedir que ela fizesse, até porque ela brigaria comigo e me obrigaria a comer.

Minha mãe foi para a cozinha e continuamos o jogo. Acabei caindo em uma propriedade barata e comprei assim mesmo, não receberia muito do imposto, mas era só para começar o jogo com alguma coisa.

Eu estava bem entretido no jogo, sério mesmo, estava me divertindo muito, era como se o tempo tivesse congelado para eu poder aproveitar minha vida sem aborrecimentos. Mas… Como eu sou bem sortudo com a vida…

Antes de Elesis jogar os dois dados, ela me encarou e parecia irritada com algo.

–Eu não consigo, Ronan!

–Mas é só jogar os dados… - A olhei, não entendendo o que Elesis falava – Você não consegue fazer isso?

–Não falo sobre o jogo, seu imbecil!

É claro que tinha que começar as ofensas, típico dessa ruivinha. Ignorei seu insulto e tentei compreender o que Elesis estava querendo falar.

–Então explique melhor, ora!

Levei um tapa depois do que disse, porque meu tom de voz foi um pouco agressivo e Elesis não gostou, obviamente. Doeu.

–Você não entende mesmo, né? – Ela me perguntou e eu neguei com a cabeça e Elesis continuou – Eu não suporto mais te olhar e ver que esconde algo importante de mim.

Magoou agora. Como assim não suporta mais me olhar? Eu que não suportei ouvir isso... Mas a culpa é minha mesmo, eu sabia que, se eu voltasse a falar com a Elesis, uma hora ela perceberia que havia algo de errado comigo e voltamos a nos falar bem no momento que eu fui parar no Hospital e ainda fui idiota o bastante para falar que frequento muito o Hospital.

Não sabia o que fazer. Pensei que Elesis iria esquecer aquilo, mas… Foi inevitável. Até eu – em seu lugar – não me seguraria por muito tempo. Entretanto, é difícil contar essa parte da minha vida que ficou oculta para a ruiva. Uma parte de mim me impede de pronunciar qualquer palavra, até porque, mesmo eu não me lembrando, foi um pedido meu que Elesis não soubesse de nada.

–Ronan! – Elesis se levantou e eu fiz o mesmo, por impulso e medo do que a ruiva poderia fazer – Eu não vou te obrigar a falar, mas saiba que é injusto eu não saber o que aconteceu ou acontece com você. Sei que deixei de ter sua amizade, por egoísmo meu, mas eu… Eu peço desculpas por isso. – Ela abaixou o rosto, sinceramente, eu não estava querendo voltar àquele assunto e parece que Elesis também não queria – Porém, agora estou aqui, como sua melhor amiga de novo e, pode ter certeza, nos separarmos será quase impossível.

Surpreendi-me com suas palavras, Elesis estava mais determinada que nunca.

–Ronan, eu sei que você não está bem fisicamente e eu quero muito te ajudar, estar ao seu lado como… - Não… Ela não iria falar… - Como a Arme…

Elesis me olhou e eu estava surpreso demais para balbuciar qualquer palavra que fosse. Para Elesis ter dito isso eu tenho quase certeza que as duas conversaram.

–Você falou com a Arme enquanto eu estive… Bem, você falou com ela, não foi? – Quis ter a confirmação.

–Não te interessa! Eu quero saber de você se há ou não algo de errado!

Era de se esperar que Elesis dificultasse a minha confirmação. Ou eu falava, ou eu falava… Não tinha outra opção, esconder esse “segredo” de Elesis seria a pior coisa que eu poderia fazer.

–Há. Ou melhor: Houve um problema. – Disse meu pai, que descia da escada e eu nem havia percebido sua presença até ouvir sua voz.

Olhei para ele e o implorei pelo olhar que não contasse nada. Não sei porquê fiz aquilo, mas eu não queria que Elesis soubesse, mesmo eu sabendo que ela tinha de saber, era complicado até mesmo para mim.

–E o que aconteceu com o Ronan? – Ela perguntou diretamente para o meu pai.

–O Ronan precisou viajar, infelizmente foi quando você queria conversar com ele. – Meu pai me deixou surpreso, pois permaneceu com a mentira que eu mesmo inventei caso alguém perguntasse para onde eu tinha ido, ainda mais que pouquíssimas pessoas sabiam do meu acidente.

–Isso não me diz nada, eu quero a verdade e eu sei que essa não é--

–É sim, - Meu pai interviu na fala de Elesis – Ronan estava entrando em depressão, por estar numa escola nova e estar longe da única amiga verdadeira que tinha. A mãe dele sentiu que Ronan estava sempre distraído, quase não comia e sempre vivia cabisbaixo quando ia e voltava da escola. Por isso viajamos, para ele respirar ares mais puros e novos, um pouco longe daqui.

Eu não acreditava no que meu pai estava contando, eu jamais imaginei que ele faria isso por mim, jamais…

Elesis ficou em silêncio. Será que ela havia acreditado? Virei-me em sua direção para ver seu semblante.

–É verdade, Ronan? – Ela me perguntou, com certo receio de confiar no que meu pai dissera, eu não a julgaria por isso, há tantas mentiras envolvidas no que realmente aconteceu comigo e no que contamos à Elesis.

Tirei o desespero que abrigava em meu rosto e a olhei, sendo – ou tentando ser – sincero na medida do possível.

–Sim, Elesis, eu realmente fiquei mal depois da nossa separação e da minha saída do colégio, no qual eu já era familiarizado com todos os alunos e professores, foi difícil para mim.

Nós três, que estávamos na sala, ficamos em silêncio depois do que eu disse.

–O lanche já está pronto. – Avisou a minha mãe, quebrando a quietude – Aconteceu alguma coisa aqui? – Ela olhou diretamente para o meu pai.

–Não, eu estava descendo para comer alguma coisa. – Disse meu pai, continuando sua caminhada e indo para a cozinha, antes, dando um beijo em minha mãe.

Elesis ficou parada, em silêncio, olhando para mim e aquilo estava sendo angustiante.

–Vai querer continuar a jogar ou--

–Eu vou lanchar e depois vamos continuar o jogo.

Elesis passou por mim e foi para a cozinha. Eu fiquei com medo de sua reação. É como se ela já soubesse de toda a verdade e só estava me testando para ver se eu contaria ou não sobre o meu Traumatismo.

Segui para a cozinha também. Meu pai já estava sentando a mesa e Elesis estava fazendo a mesma ação. Minha mãe estava terminando de verificar se a pizza já estava pronta. Praticamente a mesma cena da hora do almoço…

A tensão na sala foi tanta que eu nem senti o cheiro da pizza no forno. Juntei-me à eles e o assunto de antes não foi mais comentado, talvez pela minha mãe estar junto conosco na cozinha, ou talvez Elesis estivesse tentando digerir toda a informação que eu e meu pai lhe demos.

Esperamos alguns minutos a mais, o que me fez ficar irritando a minha mãe, já que ela havia dito que o lanche já estava pronto. Isso acabou descontraindo o clima e dispersado um pouco nossos pensamentos. Quando troquei olhares com meu pai, sussurrei um "Obrigado, pai", para que ele entendesse o quanto eu estava grato por ele ter me ajudado.

Depois eu e Elesis voltamos a jogar. Meu pai ficou na cozinha com a minha mãe, terminando de comer a pizza, já que eu nem comi um pedaço direito… Amo pizza, mas a minha fome estava zero naquele momento. Elesis também comeu pouco, só duas fatias.

Enfim, voltamos para a sala e prosseguimos com o jogo. De fato, aquele assunto parecia ter sumido da mente de Elesis.

Eu ganhei a partido e, humilde do jeito que sou, fiquei jogando na cara dela que eu venci. Levei uns socos por conta disso, pois irritei a ruiva. Mas não posso deixar de dizer que foi maravilhoso jogar “Banco Imobiliário” com a Elesis de novo.

Partimos para o filme, era de suspense, mas passamos mais tempo rindo do que tendo o possível medo que a trama queria transmitir. Elesis era quem me fazia rir das piadas que fazia e das caretas, tentando imitar os atores quando sentiam medo.

Confesso que fiquei aliviado com tudo o que aconteceu. Elesis não aprofundou sua curiosidade e aceitou que eu estava “entrando em depressão” e precisei viajar.

Deram sete horas da noite e a mãe da ruiva a chamou. Minha mãe quem atendeu a porta. Bem, era certeiro que as duas mães ficariam conversando sobre muitas coisas e mais ainda sobre eu e Elesis termos voltado concretamente com nossa amizade.

Quando a mãe da ruiva a chamou pela segunda vez, Elesis se levantou do sofá, onde estávamos vendo o filme e foi para a porta, eu, claro, a acompanhei.

–Oi meu amor! – A mãe de Elesis me abraçou e continha um sorriso encantador em seu rosto, bem mais esperançoso do que o último sorriso que ela havia me dado antes de eu sair de sua casa, quando tentei, pela última vez, reconciliar-me com Elesis. Mas isso foi no passado, o melhor de tudo é que o meu presente estava sendo bem melhor ao lado da minha ruivinha novamente.

–Vocês dois precisam marcar mais vezes, agora que são amigos.

–Melhores amigos, mãe. – Corrigiu a ruiva, que olhou para mim, sorrindo também.

–Elesis já comunicou o Ronan sobre seu aniversário. – Comentou minha mãe.

–Ah! Que bom. – A mãe da ruiva ficou muito mais contente que antes, eu acabei rindo da sua euforia – Elesis, você contou ao Ronan o que pensávamos?

A ruiva desviou o olhar e parecia ter ficado com vergonha, eu nem sabia o motivo, mas acabei ficando curioso.

–O que era para ter me contado? – Perguntei.

–Fala, filha. – A mãe dela deu um leve tapa no ombro de Elesis.

–Fala você, a ideia foi sua. – Ríspida como sempre, até mesmo com a mãe… Essa é a minha melhor amiga...

–Se eu depender do carinho que Elesis fala comigo, eu não sobrevivo muito tempo. – A mãe da ruiva fez piada e riu da mesma – Então, Ronan, - Ela me olhou e eu senti um frio na barriga – eu acreditava e sempre acreditei que vocês dois voltariam a ser amigos novamente. Conversando com a Elesis sobre o aniversário dela, eu palpitei para que houvesse uma dança e que você poderia dançar com ela.

Olhei para Elesis imediatamente. Meu coração acelerou e eu queria dizer logo que sim, mas me contive e, antes de qualquer resposta da minha parte, eu perguntei algo que estava me incomodando desde que a palavra “aniversário” foi citada.

–E o Lass?

Elesis me encarou e tomou a fala da mãe, que já parecia preparada para me responder esta pergunta.

–Ele também dançará comigo, mas a minha mãe ficou insistindo na ideia de que, se voltássemos com a nossa amizade, seria muito fofo, segundo ela, se dançássemos juntos. Como… - Elesis hesitara um pouco antes de continuar – Uma valsa com dois príncipes.

Eu não sei como minha face estava naquele momento, mas imaginei meus olhos paralisados nos de Elesis, minhas bochechas enrubescidas e meu semblante extremamente surpreso. Além de minhas mãos começarem a suar.

–Então, Ronan, você aceita dançar comigo? – Pensei que quem fosse fazer essa pergunta seria a mãe da ruiva e não a Elesis.


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Notas finais do capítulo

Sei não... Mas não acho que o Ronan hesitará em dizer se vai aceitar ou não XD
Algum erro safado?
Se quiserem criticar o fato da minha demora ou até mesmo do capítulo, eu vou aceitar e entender, porque sei que demorei MUITO.
É isso >.<'
Até!!
P.S.: Não irei mais dizer um dia exato de quando postarei novamente, preciso aceitar que meu tempo é bem mais curto do que imagino e isso me impede de realizar certas coisas, como a fica, mas não a abandonarei NUNCA.



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