Gumi Gumi Ice Cream Shop. escrita por Sayurin Konata


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira Fanfic no-sense. Via muitas desse tipo até que finalmente bateu a curiosidade e resolvi arriscar uma. Espero que gostem.



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- Ah, vai, professora, só um pouquinho, só um pouquinho!

- Nãaaaao, esse é meu! - retrucou com exagero na voz, puxando a taça devolta para si.

- Mas eu não vi que tinha esse, vai!

Com um sorriso maroto (e muita cara de pau), Rosa pegou uma colherada do sorvete de baunilha com farofa e cobertura especial de baixa caloria e comeu em um movimento exagerado me olhando como quem dissesse nada menos que "Ha!"

- Nháaaa....   Não é justo, Rooosaaa...!

Ela riu com travessura.

- Ah, não exagere, dona Samara! - respondeu de novo com movimentos exagerados, desta vez de um fingido descontentamento.

- Você é cruel!!

Nessa hora eu falei até alto demais, atraindo olhares de vários pontos da praça onde a sorveteria se encontrava. Isso logo fez a professora corar literalmente em um piscar de olhos - Nem vi como fez! -, sorrindo toda sem jeito e abanando a mão com pressa em um sinal para eu abaixar o tom de voz. O claro esforço para engolir uma colherada recémposta na boca e o som da colher de plástico batendo na calçada de pedra e ela disse quase em um sussurro urgente que foi desconsiderado pelo seu sorriso condenatório:

- Fale baixo, Samara...!

Foi minha vez de rir, quase sangrando pelo nariz. Depois, assumindo um ar acusador, continuei com desdém:

- Aaaaah, é? Aaaaaaaaaaah, é?! Foi culpa sua, viu?!

Rosa riu-se como ela só, fazendo minhas bochechas corarem diante de seu sorriso branco e bonito. 

- Minha?! Aiai! Espere aqui que vou pegar uma outra colher, okay? - e deu um pulinho da cadeira para alcançar o chão, ao qual agachou-se para pegar a colher que havia derrubado e afastando-se da mesa logo em seguida. - DEIXANDO O SORVETE SOZINHO. HUAHUAHUA! Quase pude ver um anjinho dizendo, enquanto eu olhava maliciosamente para a taça: "Não faça isso, não faça isso." Heh! Droga. Não deu. Não resisti e peguei uma colherada do sorvete. Para meu azar, bem na hora em que Rosa por algum motivo desconhecido no universo deu uma olhadela por cima do ombro esquerdo enquanto recebia uma nova colher do balconista.

É incrível como ela parecia rejuvenecer em um momento ou outro. Ela virou completamente o corpo para mim com os braços cruzados diante do peito e com uma cara e um sorriso que dessa vez diziam: "Te peguei de jeito, não foi, sua ladrazinha de sorvetes alheios?". Logo depois, olhei para cima movendo a colher na boca como que se as nuvens fossem muito interessantes já que elas nem estavam lá. Ah, mas o castigo era eminente. Assim que pegou a colher nova, ela não desfez o semblante e veio a passos largos.

Pensei: Ih. Danou-se, mano véi!

Então Rosa simplesmente pegou um pouco de meu sorvete de frutas vermelhas com vários ursinhos de gelatina coloridos.

"ELA VAI COMER O MEU SORVETE!!!!!! FILHA DA MÃE, NÃAAAAAAAAO!!!!!!!! Não, espera - MEUS URSINHOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS!!!! EU QUERO MEUS URSINHOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!"

Antes fosse! Ela pegou o sorvete e tacou no meu nariz!

- QUE GELAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAADO!!!!!!!!!!!

- PSIIIU!

- "PSIU!" O CARAMBA, FOI VOCÊ QUE PÔS!!!! GELADO-GELADO-GELAAAAADOOO!!!!! MAMÃE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Eu não estava brava, mas que aquilo estava gelado estava! E eu não achava o guardanapo! Kyaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!

Enquanto isso a professora estava láaaa, se dobrando de tanto rir e um monte de gente olhando para nós! Que KingKong do milênio! As pessoas estavam rindo também e um menininho safado estava zoando de mim na cara dura!

- Você me pagaaaaaaaa!!! - exclamei, ardendo de vergonha e finalmente limpando o sorvete do rosto. Foi quando eu olhei para o lado.

Movimento que resultaria em ódio mortal!

Um tapado olhou para a minha professora com cara de sínico metido a besta e balançou a cabeça em desaprovação. Ela nem viu, foi pelas costas. Mas eu vi!

"AH, MEU FILHO, VOCÊ TÁ MORTO!"

Na mesma hora peguei minha colher, uma bruta colherada do meu sorvete e joguei de lá mesmo o sorvete bem no olho do cara a uns oito metros da gente. A RAIVA HAVIA ME DADO PODERES SOBRENATURAIS DE PRECISÃO "I HAVE THE PAWÁ"!

A professora só se deu conta do que havia acontecido quando o cara (que agora tinha ursinhos de gelatina multicores brotando no olho esquerdo) soltou um grito de raiva enquanto levantava.

- Opa. - eu disse. - Hora de correr, não é?

- É. - respondeu ela com a mesma expressão que eu: a de "Ferrou." - É realmente hora de correr.

- VAAAAAAAAAAI!! - gritei batendo as canelas em disparada já que tinha a certeza de que Rosa vinha logo atrás no mesmo ritmo alucinado enquanto ouvíamos o homem correndo e gritando louco de raiva atrás da gente. - COOOORREEEEEE, PSÔRA!!!!!!!!! VAMBORA - e agarrei o pulso dela para sumirmos no horizonte - e sem pagar a conta da sorveteria.


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