Apesar De Tudo, Será Que Estarei Ao Seu Lado? escrita por LayneAS


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

E ai galera!! Dessa vez nem demorei tanto assim, não é? Aproveitando que estou trabalhando na véspera de feriado e esta super tranquilo aqui, resolvi terminar de escrever esse capítulo.Não sei se vocês notaram, mas no cap. anterior dei uma " deixa" que um personagem esquecido nos últimos cap. iria volta.E ele vai " atacar" mesmo, mas não por enquanto.Quero agradecer a todos que favoritaram e recomendaram a fic.Valeu mesmo!! :)Espero que gostem e já peço desculpas se falhei na questão de tempo em algumas situações da história.relevem e curtam sem moderação.



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Quando ouvi as "temidas" palavras eu não sabia o que fazer: Fiquei em choque olhando para a Jess enquanto ela permanecia com as duas mãos na barriga como se com isso conseguisse segurar nossos filhos por mais tempo.

– Você vai ficar parado ai? - ela me perguntou com o rosto que demonstrava dor - Pelo Amor de Deus, Don, se mexa. Ou você quer que nossos filhos nasçam na escada do laboratório?

– Claro... claro... eu vou buscar ajuda.

– Não me deixa aqui, me leva agora para o hospital. Agora! - essas últimas palavras saiu em um grito e na verdade eu precisava disso pra acordar daquele transe e ajudar minha esposa.

– Vem meu amor, eu te ajudo. - Jess se segurou nos meu pescoço enquanto eu a levava no colo até o elevador, ainda faltava alguns andares para chegar até o térreo. Eu rezava para que encontrasse alguém para me ajudar, pelo menos pra dirigir enquanto íamos até o hospital.Algumas pessoas falam que se pensar positivamente, com muita força de vontade as coisas acontecem e assim que cheguei no estacionamento, Sheldon acabava de sair do seu carro.

– Me ajuda aqui, preciso levar a Jess para o hospital e preciso que você dirija para mim.

– O que está acontecendo? - ele me perguntou um pouco assustado.

– Será que não é obvio Sheldon?- falei nervoso - Meus filhos vão nascer e a não ser que você queira me fazer mais perguntas, eu gostaria que eles nascessem no hospital.

– Vamos logo - vi ele se voltar rapidamente para o seu carro e abrir a porta de trás, coloquei-a com cuidado no banco, sentada e fiquei do seu lado, Sheldon foi para o volante e logo estávamos a caminho do hospital.

– Vai ficar tudo bem, meu amor, vai ficar tudo bem - eu repetia mais para mim do que para ela. Olhar para o rosto da Jess e ver tanto sofrimento me fazia querer estar no lugar dela, eu não suportava ver ela sofrer daquele jeito.Mas era por uma boa causa e eu tinha que entender isso.

– São nossos filhos, Don, nossos pequeninos - ela tentou sorrir para mim.Beijei sua testa, Jess transpirava e segurava minha mão com força.

Sheldon deve ter levado algumas multas de trânsitos, mas chegou ao hospital em tempo recorde, dez minutos para ser mais exato.

– Obrigado, obrigado - era a única coisa que conseguia dizer enquanto tirava Jess do carro.

– Boa sorte irmão, eu vou estacionar o carro e ligar para a equipe para avisar.

Com minha esposa nos braços entrei rapidamente no hospital e felizmente o médico de Jess já nos aguardava e eu tentei lembrar em que momento tinha pegado o telefone e ligado para ele e avisado o que estava acontecendo, mas resolvi deixar isso, agora o que importava era tudo ficar bem.

– Vai querer acompanhar o parto, senhor Flack? - o doutor Jones me perguntou.

– Claro que sim - mesmo sabendo que seria capaz de desmaiar na sala de cirurgia, eu não podia deixar a Jess sozinha nessa. Depois de me equipar adequadamente, entrei na sala e ela parecia um pouco mais calma.Seus olhos estavam cheios de lagrimas e ela sorriu quando me viu daquele jeito.

– Você fica tão bonito vestido assim. É bom ter você do meu lado.

– Eu nunca te deixaria sozinha. - eu sorri e enxuguei uma lagrimas que teimava em cair.

A cirurgia se deu inicio e era questão de tempo para que nossos filhos chegassem ao mundo.A cesárea estava caminhando bem e na verdade por mais que eu soubesse a vontade que ela tinha que fosse parto normal, fiquei feliz em não vê-la sofrendo ainda mais.Ela não soltava a minha mão em nenhum momento e sorria para mão.Droga eu não queria ficar chorando, mas sentia tanto orgulho da minha mulher e me sentia tão feliz que foi inevitável. Quando enfim ouvi o choro do meu primeiro filho, senti meu coração acelerar dentro de mim e olhei para Jess, ela tinha o maior sorriso que já tinha visto naquele belo rosto. Como eu amava aquela mulher.

– Oi meu amorzinho, bem vindo a nossa vida. Eu te amo. - Jess disse ainda emocionada quando uma enfermeira trouxe nosso filho para perto dela, enrolado em uma pequena toalha. Eu estava tão feliz que comecei a tremer e a mesma enfermeira achou melhor que eu o pegasse depois, porque os primeiros cuidados com o bebê deviam ser realizados.Cerca de cinco minutos depois, foi a vez do Max.

– Acho que esse vai nos dar mais trabalho, viu como ele chora? - falei para uma mãe ainda mais emocionada.

– Eles são lindos, Don. Nossos filhos, nossos bebês.

Eu a beijei suavemente e depois de alguns minutos resolvi sair e dar a notícia do nascimento deles para o Sheldon. É claro que eu imaginava que poderia encontrar alguns membros da equipe lá também, mas não todos.Assim que apareci Stella, Mac, Lindsay, Danny, Sid, Adam e Sheldon vieram ao meu encontro.

– E então, Don? E os bebês? - me perguntou uma ansiosa Lindsay?

– Nasceram e são os meninos mais lindos desse mundo - a recepção do hospital foi tomada um caloroso abraço coletivo e eu nem me importei em ficar um pouco sufocado.

– Oh Don, que maravilha, parabéns papai - Stella falou assim que se afastou. - Mas e a Jess? Como ela está?

– Muito bem, já deve estar indo para o quarto e daqui a algumas horas poderá receber visitas- sorri ainda mais. - Obrigada por ter vindo.

– Você tá louco? Se eu não viesse a Lindsay me arrastaria pelas ruas de Nova York - Danny disse, tirando uma risada de todos e um pequeno empurrão da esposa.

– Se me dão licença, eu vou ficar do lado da minha esposa. - me despedi e sai Jess já estava no quarto e aguardava ansiosa a chegada dos nossos filhos.

– Será que vão demorar muito para trazê-los? - ela me perguntou assim que me sentei em uma poltrona bem ao seu lado e segurei sua mão.

– Daqui a pouco eles aparecem você vai ver. - Só o tempo de terminar de dizer essas palavras e duas enfermeiras apareceram carregando dois pequenos pacotes.

– Acho que você deve estar querendo ver esses dois rapazinhos, não é? - uma delas me falou e entregou o pacotinho azul para mim.

– Oi filhão - olhei na fitinha que ele tinha no pulso - Olá Aeron, bem vindo a nosso mundo.

Jess com a ajuda da enfermeira ajeitou-se na cama para receber Max em seus braços.

– Já está na hora dele mamar.

– Será que eu vou conseguir? - Jess perguntou preocupada.

– Com tempo você vai se acostumando, mas não se preocupe.

Minha esposa olhava admirada nosso filho sugar o seu seio, ela acariciava seu pequeno rostinho com um dos dedos ao mesmo tempo que Max parecia estar em um sono profundo nos meus braços, mas um pouco depois ele deve que ser acordado porque era a sua vez de mamar. Peguei Aeron nos braços, Jess colocou Max no outro seio porque tinha sido orientada pela enfermeira a troca de seios durante a amamentação.

Eu senti tanto orgulho da minha esposa, Jess parecia ser mãe de longa viagem e eu via como ela já estava louca de amores pelos nossos filhos. Cerca de quinze minutos depois as enfermeiras voltaram com dois bercinhos e Jess ficou muito feliz de saber que Aeron e Max ficariam ali, pertinho dela.Seus olhos brilhavam enquanto velava o sono dos nossos pequenos.

– Estou tão cansada, mas não queria dormir agora... - ela me falou, já bem sonolenta.

– Fica tranquila, meu amor, que quando você acordar eles ainda vão estar aqui. Você precisa descansar.

Ainda sorrindo ela fechou os olhos lentamente e logo percebi que ela dormia. Mas aqueles dois garotinhos não estavam muito afim de dormir e cerca de meia hora depois acordaram, na verdade Max acordou primeiro e com seu choro Aeron abriu os olhinhos e começou a chorar também. Jess os olhou um pouco assustada.

– Que horas são?

– 19:25 - respondi - Eles dormiram um pouco mais de meia hora. Vai se acostumando. - falei sorrindo.

– Existem sacrifício que existem, para se atingir a verdadeira felicidade.

– Isso foi profundo, senhora Flack - me aproximei dela enquanto duas enfermeiras pegavam nossos filhos para dar um banho. - Você está bem para receber visitas? O pessoal lá fora estão loucos para conhecer nossos bebês.

– Claro que sim, por favor, façam com que entrem.

Primeiro foi Stella e Mac. A futura senhora Taylor pegou Aeron nos braços e cantava para ele um cantiga, enquanto Mac um pouco desajeitado ainda, olhava maravilhado para Max.Depois que eles saíram veio Sheldon, Adam e Sid. O mais velho trouxe um lindo vaso de orquídeas para a Jess.

Adam já foi fazendo planos para quando meus filhos ficassem mais velhos, de levar pra barzinho, mas Jess tratou logo de cortar seu barato.

– Nem pense em levar meu filhos para certos lugares, Adam, vou criar eles bem embaixo da minha asa e não vão sair de casa tão cedo - falou risonha, todos sabiam que ela estava brincando, mas no fundo tinha umas certas verdades em suas palavras.

Logo Danny e Lindsay também apareceram e Jess já tratou de trocar algumas ideias com a senhora Messer sobre os bebês.

– Você está na melhor fase da sua vida, pelo menos foi a melhor para mim.E ter gêmeos é uma benção, uma maravilha. - Lindsay disse enquanto olhava minha esposa amamentar mais uma vez Max.

Eu não sentia vontade alguma de me afastar deles, mas precisava ir para casa e tomar um banho, trocar de roupa e voltar.

– Por mais que eles só tenham poucas horas de vida, é tão estranho me afastar. Já estou com tanta saudades que nem sei explicar.

– É só você não demorar muito querido, porque vou precisar muito da sua ajuda daqui por diante, sabe disso, não é?

– Claro que sim - me despedi com um beijo em cada um dos meus amores e sai.

Sentia-me o homem mais feliz desse mundo.

XXXXXX

Depois que sai da sala da Stella estava furiosa, comigo, com Don, com tudo.Eu não queria falar com ninguém agora, só queria ir para a minha casa, mas sem ele.Iria pegar um táxi.Resolvi pegar a escada mesmo sabendo que talvez demorasse muito tempo pra chegar lá embaixo, mas não ia correr o risco de esperar o elevador e Don me encontrar, eu queria ficar sozinha agora.Quando estava terminando o primeiro lance de escada senti uma dor bem embaixo da minha barriga e fiquei apavorada.O que será que estava acontecendo? Sentei-me logo com medo de cair e me machucar e assim ferir meus filhos.Fiz a primeira coisa que me veio à cabeça e liguei para o Doutor Jones.Estava na hora e eu sozinha.Maldita hora que fui discutir com o Don.Eu peguei o celular novamente para ligar para ele, quando meu marido apareceu do meu lado, a partir dali eu sabia que tudo ia se resolver.

Quando finalmente fui pra casa com os meus dois garotinhos, Don foi buscar nos três.O quarto estava todo arrumadinho e perfeito, os bercinho um do lado do outro.Os bichinhos na parede era todos de ursinhos.Enquanto eu colocava Max no berço dele, Don fazia a mesma coisa com o Aeron.

– Eles são tão lindos não é? Você tinha ideia que nossos filhos iam ser assim? - ele me perguntou.

– Eu os imaginei de várias formas, cada vez mais lindo que a outra.Mas olhando para eles agora... são lindo demais e são nossos filhos, Don, nossos.

– Como uma mãe linda como você nada podia ser diferente.

– Preciso tomar um banho, você pode ficar de olho nos meninos, sozinho por alguns minutos? Prometo ser o mais rápida possível.

– Pode ir tranquila, eu fico de olho nesses bebezinhos aqui.

Com um pouco ainda de receio, eu fui para meu banho.Ainda era um pouco complicado por causa do corte da cirurgia.Fazia cinco minutos que estava ali e ouvi dois choros e sabia que Don estava tendo problemas, tentei ser o mais rápida possível mas foi bem complicado, então dez minutos se passaram e o choro parou.O que teria acontecido? Finalmente sai enrolada no meu roupão em direção ao quarto dos bebês e a visão que tive em seguida fez com que meus olhos enchessem de lagrimas.

Don estava com Max no braço esquerdo e Aeron no braço direito.Aquele bebês que há pouco tempo choravam pedindo por socorro, agora dormiam tranquilamente nos braços do pai.

– Acho que me sai bem no meu primeiro teste prático, o que você acha? - ele perguntou assim que me viu, cheio de orgulho de si mesmo.

– Eu não teria me saído melhor, parabéns meu amor - ergui meu pé e beijei seus lábios, resolvi dar uma forcinha e peguei Max para mim.Seria uma longa noite e eu sabia que nada ia ser fácil.

XXXXXX

Já fazia duas semanas que o bebês estavam em casa e não estava sendo fácil nem para mim e nem para a Jess, o máximo que eu tinha conseguido dormir desde a chegada deles era duas horas e com ela talvez um pouco menos.Apesar de tudo estávamos felizes e isso era o que importava.Minha esposa ainda estava chateada por não ter conseguido ir ao casamento de uma das suas melhores amigas, mas Stella compreendeu a situação e agora no papel de mãe superprotetora, Jess não queria nem saber de deixar nossos filhos na mão de outros pessoas, nem mesmo a própria mãe.Eu gostava muito da Stella e do Mac, mas queria ficar para ajuda-la, mas ela praticamente me ameaçou se eu não fosse nos representar no casamento dos nossos amigos.

– Você precisa ir, Don.Alguém da família Flack precisa estar presente na cerimônia,meu amor.

Foi muito bom ver aqueles dois teimosos finalmente se acertarem e Stella estava muito linda de noiva.Eu fiquei com um pouco de medo que ela desse a luz no altar, ou então que ela e Lindsay dessem a luz, imagina a confusão?

Felizmente isso não aconteceu e devo admitir que tudo foi muito bonito.

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Eu me sentia nervosa e Lindsay tentava a todo custo me fazer ficar calma, como se isso fosse possível.Meu Deus! Eu ia me casar! Daqui a pouco tempo ia me tornar a senhora Taylor! Sorri com isso, finalmente ia me casar com o teimoso mais lindo e sexy de Nova York.

Mac e eu tínhamos no casado pela manhã no cartório e agora estava pronto para me casar na igreja também.Eu não frequentava a igreja com regularidade, mas não ia me sentir completa se essa cerimônia não fosse também com a presença divina.Sid gentilmente ofereceu o jardim da sua casa para nos casarmos lá e praticamente prometeu romper a amizade se nós não o deixássemos cuidar da decoração.

– Fica como presente de casamento, tudo bem? - E como eu podia negar isso a ele?

É claro que ele me levou ao altar e quando meus olhos se cruzaram com o lindos olhos azuis do meu futuro marido, senti o ar faltar dentro de mim.Ele estava magnífico.

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A cada passo que ela dava era como se e tivesse a certeza que daqui por diante ela ia ser eternamente minha.Eu estava maravilhado vendo ela vestida e noiva e com a barriga tão grande.Sid me entregou sua mão e Stella sorriu.

– Ainda dá tempo de desistir. - ela sussurrou.

– E deixar você sozinha? De maneira alguma Bonasera, você é só minha.

A cerimônia se seguiu e eu não via a hora de ouvir o padre dizer: “E eu os declaro marido e mulher, pode beijar a noiva".E quando finalmente chegou o momento, nosso beijo foi repleto de amor, sem dúvida era o dia mais feliz da minha vida.

Recebemos nossos convidados ali mesmo, Don não demorou muito e logo foi se despedir e desejou sorte.

– Quem diria que ele ia se tornar esse pai de família exemplar? Acho que a Jess vai ficar louca por ele ter voltado tão rápido, coitado.

– Eu entendo o Don, sei que vou ficar maluco de saudades sua e da Elise, quando não estiver por perto, tenho certeza que vai ser bem difícil.

– Ela pode nascer a qualquer momento, você sabe disso.

– Claro que sim e estou ansioso para a chegada da minha bonequinha.

A nossa festa de casamento foi melhor do que eu imaginava e olhar para Stella me sentir uma felicidade sem explicação.Resolvemos não ter nossa lua de mel agora por causa da gravidez, Stella veio comigo até o laboratório naquele dia, mas claro que eu a impedi de fazer qualquer esforço.E ela aceitou, o que uma gravidez não fazia com uma mulher, não é?

XXXXXX

Estava me sentindo estranha desde o começo da manhã, não quis dizer nada ao Mac para ele não ficar preocupado a toa.Encontrei Lindsay e começamos a conversar na minha sala.Ali ninguém sabia qual a barriga maior.

– Não posso falar um "Ai" perto do Danny, que ele acha que é o bebê. - ela sorriu. - Me sinto nervosa e ansiosa.

– E eu da mesma forma, mas hoje em especial me sinto um pouco incomodada.Preciso ir ao toalete. - me levantei da cadeira ao mesmo que a Lindsay levantava-se com dificuldade do sofá da minha sala.

Ela foi em direção à sala onde Danny estava trabalhando, o laboratório estava bem vazio naquele momento e não via mais ninguém no corredor naquele momento.

Um tontura fez com que eu me apoiasse na parede, enquanto caminhava até o toalete feminino.Uma sensação de medo me tomou de repente e, quando fechei a porta atrás de mim, vi o sangue.

Uma das técnicas do laboratório estava ali, diante do espelho. Assim que percebeu minha chegada, começou a falar.

– Stella, você deve estar bem ansiosa para a chegada da sua filha, não é?

Mas eu não conseguia ouvir.A única coisa que sentia naquele momento era medo.Medo que algo acontecesse ao meu bebê.Sentia-me incapaz de fazer qualquer coisa para protegê-lo.Lembrei-me de Mac, da sua força, segurança que sentia junto a ele... Apoiei-me na parede e pedi quase sem voz.

– Por favor, Sharon, mande chamar Mac.Não estou me sentindo bem.Algo de muito errado está acontecendo com o bebê...

Vi Sharon se voltar assustada e sem palavra, saiu em busca de ajuda.

Depois que ela saiu, não consegui mais ter noção exata de nada, apenas lembrava-me de ouvir a voz preocupada do Mac, muito longe.

XXXXXX

Estava chegando ao laboratório junto com o Danny, ele me falava alguma coisa do novo caso, foi quando uma das nossas técnicas veio ao meu encontro desesperada.

– Detetive Taylor.

– Sharon, o que foi? O que aconteceu?

– É a Stella, ela não estava nada bem e está passando mal no toalete e...

Não consegui ouvir mais nada e corri o mais depressa possível.Abri a porta do toalete e encontrei minha esposa desacordada.

– Stella! Stella! Fala comigo meu amor, fala comigo! Chamem uma ambulância, rápido.

Ela não respondia, não abria os olhos e meu desespero aumentava.Fiquei em pânico quando a peguei no colo para levar para fora do toalete e vi aquela poça de sangue.Eu estava perdendo minha filha, Meu Deus, eu estava perdendo minha Stela.

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Quando voltei a mim, estava em uma cama, com aparelhos amarrados a meu corpo monitorando minhas reações.Virei minha cabeça para o lado e foi então que vi Mac, a expressão dele era de pura preocupação.Eu sorri de leve, em uma tentativa de dizer que estava tudo bem, mas nem eu mesmo tinha certeza.

– Stella, querida, você vai precisar fazer uma cesárea de emergência.Ainda faltava alguns dias para o nascimento da nossa filha, mas, você não está mais conseguindo segurar.

– Tudo vai ficar bem, não é Mac? - perguntei,sentindo meu próprio medo naquelas palavras.

– Vai sim, meu amor.Daqui a algumas horas teremos nossa filha nos braços. - ele beijou suavemente minha cabeça - E por favor, nunca mais me dê um susto como esse.

XXXXXX

Cerca de trinta minutos depois a levaram para a sala de cirurgia e eu estava tão nervoso que por um segundo pensei em ficar do lado de fora,mas não podia deixar minha esposa sozinha, não depois de passar por um susto tão grande como aquele.

Stella permanecia com os olhos fechados e segurava a minha mão.

– Está tudo bem, querida?

– Acho que sim, só fechei os olhos pra ver se o tempo passa logo - ouvi sussurrar.

Meu coração se apertou dentro do peito, Stella estava com medo e eu também.E talvez nosso pedido para que o tempo passasse logo foi atendido e logo ouvimos o choro da nossa filha, Stella finalmente abriu os olhos e chorou.Eu me sentia completo agora, porque tinha as duas mulheres da minha vida nos meus braços agora.

XXXXXX

Depois de deixar a Lucy e o Noah na casa da Grace, eu e Danny resolvemos ir para o hospital.Detalhe que tivemos uma pequena discussão.

– Eu já disse que vou, Danny, a Stella está tendo um bebê e eu não posso deixar de ir vê-la - falei decidida.

– Lindsay sabe que nosso filho pode nascer logo e...

– Amor, estamos indo para um hospital e não para um campo de guerra, pelo amor de Deus, se o Connor resolver nascer hoje, que melhor lugar não poderíamos estar?

Nesse momento parecia estar vendo o mesmo filme de quando os bebês da Jess nasceram.Todos estavam ali, até a senhora Flack e seus pimpolhos.Estava folheando uma revista quando senti uma pontada na barriga.

– Está tudo bem? - ouvi meu marido perguntar, eu fiquei olhando para ele em silêncio, pensando em como dizer a ele que nosso filho ia nascer, sem que Danny saísse apavorado em busca de ajuda. - Lindsay?

– Nosso bebê vai nascer! - praticamente gritei, assustando todos ali presentes, inclusive meu marido que se levantou em um pulo da cadeira onde estava, do meu lado.

Em pouco tempo eu estava na sala de cirurgia e ria sem parar.

– Será que a Stella vai ficar muito brava por eu não ter segurado nosso bebê por mais tempo? A Elise vai ter que dividir as atenções com o Connor.

– Tenho certeza que não. - Danny parecia um bobo e também sorria sem parar - Eu te amo, eu te amo muito.

– Eu também te amo.

As contrações ficaram cada vez maiores e a dilatação cada vez menor.Ter mais uma vez o apoio do meu marido naquele momento me fazia criar forças.Não sei exatamente quanto tempo levou, mas ouvi o choro do meu filho e logo a enfermeira veio mostra-lo.

– Aqui está o seu bebê.

– Oi filho, bem vindo ao mundo - falei emocionada enquanto beijava a sua cabeça ainda suja de sangue.

– Olá Connor Monroe Messer, você é lindo, sabia? - Danny estava emocionado e feliz.

Na hora das visitas foi bem engraçado.Mac veio rapidamente nos ver e disse que Stella que estava se recuperando muito bem, havia mandado um grande beijo e aguardava nossa visita no quarto vizinho.Depois vieram Jess e Don, as crianças tinham ficado com Sheldon na recepção e eles tiveram que ser rápidos também, porque ainda tinham que ver a princesinha do quarto do lado. Sheldon veio logo depois, com Adam e estava tão sorridente e satisfeito porque tinha conseguido cuidar das crianças Flack que tive que rir do seu entusiasmo.E por último veio Sid.

Eu teria alta no dia seguinte, Stella ainda ia ficar mais uns dois dias por causa da cesariana.Estava feliz que tudo corria muito bem, mas já sentia saudades do meu pequenos que tinham ficado em casa.

– Acredite se quiser, mas o Noah deu mais trabalho do que a Lucy na noite anterior, para dormir. Só perguntava de você.

– Tadinho - falei enxugando uma lagrima - Preciso voltar logo, Danny, não quero que ele pense que também fui embora.

– Amanhã vamos para casa, querida e você vai poder matar toda essa saudade dos nossos pequenos.

– Espero que esse amanhã chegue logo.

No dia seguinte, deixei Connor com o pai na recepção do hospital e fui me despedir da Stella.

– Como vai à esposa e mãe Taylor? - perguntei depois de bater na porta e entrar.

– Lindsay, que bom ver você. - fui até ela e a abracei com carinho.- Já está indo para casa?

– Sim, tivemos alta hoje e vou poder levar meu garotinho para casa, mas e você? Como está se sentindo?

– Muito bem, mesmo depois de sair daqui sei que vai ser complicado, mas estou feliz e isso é o que importa.

– Onde o Mac está? Achei que ia encontra-lo aqui, grudado em você.

– E ele estava mesmo, há poucos minutos atrás.Mas praticamente implorei e o ameacei para ir um pouco para casa e relaxar, mas não dou mais do que meia hora para ele voltar. - nos duas sorrimos.

– Ele te ama muito, Stella.Precisava ver o estado que ele ficou quando viu você desmaiada, nunca vi tanto desespero no Mac.Ele ficou maluco de tanto medo de te perder.

– Eu sei que sim, seria um golpe muito forte se... alguma coisa tivesse acontecido.Mac não ia suportar perder outra esposa.

– Que assunto sinistro, mas ainda bem que tudo caminhou da melhor forma possível.Eu vi a Elise e achei nossa garotinha uma princesa, ela é linda.

– Imagina como o pai não está babando nela?

– Tenho certeza que uma certa mamãe de primeira viagem também, não é?

– Estou encantada, Lindsay, e olha que fiquei pouco tempo com ela, imagina como vai ser quando a levarmos para casa?

– Ter um bebê é maravilhoso, claro que vai ter aqueles momentos que você mal vai conseguir dormir, que vai passar longos momentos ao lado da sua filha porque ela está com alguma dorzinha.Mas amamentar é uma sensação tão boa.

– Magnífica, eu sei que sim.

– Bem preciso ir, antes que o Danny venha aqui me buscar, além disso estou morrendo de saudades do meus outros bebês. - ela beijou minha cabeça e saiu, fiquei sozinha no quarto, pensando em tudo que estava acontecendo.

Agora era casada com o homem da minha vida, tinha uma filha e estava feliz.Tudo bem que isso estava parecendo história de contos de fadas, mas era a verdade.Me lembrei da nossa separação por causa da Quinn e como eu sofri longe dele, como ficava noites e noites sem dormir, como sentia vontade de ir até ele e beija-lo. Fechei meus olhos sentindo uma vontade enorme de dormir.

Quando acordei, sem fazer ideia de quanto tempo tinha se passado, vi um Mac sorridente segurando nossa filha no colo, sentado na poltrona.

– Faz tempo que você está ai?

– Cheguei tem uns vinte minutos, mas a enfermeira trouxe a Elise tem uns cinco minutos, eu já ia te acordar para amamenta-la, mas fiquei aqui olhando para ela e perdi a noção do tempo.

– Me daqui ela aqui seu pai babão - falei sorrindo.Ele sorriu e levantando-se me entregou ela, ficou do meu lado enquanto eu a amamentava.Nem eu nem ele conseguimos parar de sorrir.Nesse momento ouvimos uma batida na porta.

– Eu não podia deixar de passar aqui e visitar você. - Ben trazia mais uma vez um belo buque de flores.

– Ben, como vai? - eu vi Mac fechar a cara, sabia que ele não estava gostando nada daquela visita.

– Como ficou sabendo que eu estava aqui?

– Fui visita-la no laboratório e me avisaram do nascimento do seu bebê.E você, como vai... detetive Taylor? Feliz pela chegada da sua filha?

– Claro que sim, é como você diz, é minha filha.Não sei se ia ser o seu caso, mas eu estou muito feliz.

– E quem não ficaria? Ter um filho com a Stella sempre foi meu sonho.

Fechei meus olhos, o que ele pensa que estava dizendo?

– Eu te dou um segundo para sair desse quarto. - ouvi Mac dizer cheio de raiva.

– Qual é detetive, não consegue levar as coisas na brincadeira?

– Se tratando da minha família, não.Sai daqui antes que eu quebre sua cara

Ben saiu dali bem rápido, Mac se virou para mim ainda nãoa creditando na ousadia daquele homem.

Dois dias depois eu e a Elise tivemos alta e podemos ir para casa.Finalmente ia conseguir sentir na pele de verdade o que era ser mãe.

XXXXXX

Eu amava ser mãe e cuidar dos meus garotinhos, mas já estava sentindo falta da rotinha do trabalho e já começava a pensar em voltar para o trabalho.Don chegou a casa, jogou a gravata em cima do sofá e me beijou, eu estava sentada no sofá olhando Max e Aeron dormir no carrinho.

– Como meus amores passaram o dia? - ele perguntou sentando-se ao meu lado.

– Incrivelmente ficaram a maior parte do tempo bem quietinhos, hoje nem precisei chamar a Alissa para me ajudar.Don... já estou com tanta saudades do trabalho.

– Eu imagino que sim, meu amor, mas ainda está muito cedo para voltar, não acha?

– Sim, mas a saudades não se controla não é?

– Ainda bem que você tem eu aqui pra matar um pouco essa saudade, não é? - ela praticamente pulou em cima de mim e me beijou com paixão.

XXXXXX

Quando voltei para a delegacia no dia seguinte encontrei uma bela mulher me esperando.

– Detetive Flack?

– Sim, sou eu. Você é?

– Jamie Lovato, prazer - estendeu sua mão para mim e eu aceitei - Vou ser sua parceira daqui por diante.

– Minha parceira? Mas eu já tenho uma parceira detetive, é a Jessica Flack, minha esposa.

– Achei que você já soubesse dessa decisão, mas pelas informações que me passaram a detetive Jessica será transferida assim que voltar da licença maternidade.

– Transferida? Era só o que me faltava.

– Bom, estarei na minha mesa se precisar de alguma coisa, parceiro. - ela me deu um sorriso e se afasto.Eu passei a mão na cabeça.Como ia contar aquilo para a Jess? Sabia que ela não ia aceitar isso, minha esposa não ia gostar nada daquela decisão.Transferida?

Naquele dia foi bem corrido e tivemos várias ocorrências, acabamos indo até o laboratório e eu a apresentei como minha parceira e recebi olhares curiosos em minha direção.

– A Jess já sabe disso? Aceitou numa boa? - Adam me perguntou.

– Duvido muito, do jeito que ela é. - ouvi Sheldon também.

– Estou vendo que todos aqui não foram muito com a minha cara, não é?

– Desculpe Jamie, nada contra você, juro, mas é que estamos bem surpresos com isso e conhecemos a Jess muito bem, então... - Danny completou.

– Sou tão profissional como ela e talvez a decisão de afasta-la seja porque eles tivessem medo que o trabalho dela fosse comprometido com uma relação mais séria dela com o detetive Flack.

– Minha relação com a Jess sempre foi séria, Jamie, isso nunca afetou nosso trabalho de forma alguma.Até agora estou sem entender essa decisão, mas vou aceitar.Mas você precisa entender que o meu papel não é nada fácil.

Quando voltei para casa naquele dia Alissa estava junto com a minha esposa e os nossos bebês.Ela era uma moça de uns dezesseis anos que morava no mesmo prédio que a gente e sempre ajudava a Jess em cuidar dos nossos filhos. Depois de tomar uma ducha e trocar de roupa, vi ela novamente na cama lendo um livro.

– E as crianças? Dormindo como anjinhos?

– Sim, Alissa me ajudou e já foi embora, daqui uma hora preciso amamenta-los.

– Eu preciso contar uma coisa e... acho que você não vai gostar muito.

– O que foi? - ela perguntou deixando o livro de lado. - Algum problema?

– Hoje quando cheguei à delegacia, tinha uma nova integrante, uma nova detetive.

– A é? E com quem ela vai trabalhar? Quem vai ser o seu parceiro ou parceira?

– Serei eu Jess, a Jamie vai ficar no seu lugar a partir de hoje.

– O que? Como assim no meu lugar? Mas eu vou voltar, eles não podem fazer isso.

– Eu fiquei tão surpreso quando você Jess, mas o que podemos fazer a respeito? Já é uma decisão tomada.

– Ela é bonita? – ela me perguntou logo, fitando-me intensamente.

– E porque isso importa? – perguntei tentando desconversar.

– Importa muito e eu quero saber, Don.

– Sim Jessica, ela é bonita.Satisfeita?

– Claro que não, uma mulher linda trabalhando como sua parceira e você acha que eu vou ficar satisfeita?

– Eu falei no sentindo de responder a sal pergunta e... Jess aonde você vai? – ela se levantou rapidamente da cama saindo do quarto.Fui atrás dela para tentar entender o que estava acontecendo, sabia que aquela situação a tinha deixado bastante chateada, mas que culpa eu tinha?

A encontrei sentada em uma cadeira entre os dois berços dos nossos filhos.

– Jessica, eu não tive culpa.Qual o problema?

– Eu sou o problema, Don.Eu amo tudo isso que construi com você, mas estou me sentindo insegura e pra melhorar as coisas acabei de perder meu emprego para um bonitona,não é fácil,entende?

– Meu amor – me ajoelhei em frente a ela e fiz com que Jess me olhasse. – Você não perdeu seu emprego, só vai mudar de lugar e qual o problema da detetive Lovato ser bonita? Jess, é você que eu amo, a mãe dos meus filho e pra mim você é única.É a mais linda de todas.

– E você é maravilhoso – ele me beijou – Desculpa essas cenas ridículas, mas estou me sentindo horrorosa esses últimos dias.

– Você está linda e a maternidade te deixou ainda mais maravilhosa. – mordifiquei seu pescoço e senti ela se arrepiar.

– Não faz isso, olha as crianças... – ela sussurrou.

– Isso não é problema – me levantei rapidamente e a peguei no colo, ela deu um riu e depois colocou a mão na mão para abafar o barulho e não acordar os meninos, a levei para o nosso quarto e mostrei como só existia ela em minha vida e nenhuma outra mulher, muito menos a Jamie, ia ficar em seu lugar.

Quando voltei no dia seguinte com uma olheira enorme no rosto mas com um sorriso de contentamento também, encontrei Jamie na sua mesa, ela me olhou e sorriu.

– Vejo que você ainda está se adaptando com o papel de pai.Está se saindo bem, Flack?

– Acho que sim, ainda estou em período de experiência.

– Qual o nome dele?

– Deles, é Max e Aeron. – falei satisfeito.

– Lindos nomes, sempre gostei de Max e se um dia for ter um bebê, ele vai ter esse nome.

– Você já decidiu isso, assim tão facilmente? Será que seu futuro marido vai aprovar?

– Com certeza sim, ele gosta desse nome também, mas pelo o que vejo vou ter que incluir outro nome junto, seria muito estranho ter dois filhos com o mesmo nome. – meu sorriso sumiu.

O que ela estava querendo dizer com aquilo? Sentia encrenca por ai.


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Notas finais do capítulo

Esse Jamie deu um belo de uma cantada no Don, não é? Bem atirada para o meu gosto,deixa só a Jess ficar sabendo disso. No próximo episódio novas " aventuras" da família Taylor e Messer!!! :)
Espero que tenham gostado, aguardo o comentário de vocês!!