Ballare Tutta La Vita - Hiatus escrita por Anna


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

- Boa leitura.



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Tínhamos ficado ao menos uma hora e meio presas no transito monótono de uma típica segunda-feira na cidade de Chicago. Minha mãe parecia estar muito feliz e satisfeita comigo, e com a minha apresentação. Já eu...

Bom eu estava me sentindo normal, até. Pelo menos agora que parte do nervosismo já tinha ido embora, agora que eu não tinha mais aqueles três olhos olhando para cada passo meu. Mesmo assim minhas mãos continuavam suando. De qualquer forma eu achava que tinha ido até que bem no teste. Mais não tinha a total certeza de que tinha sido ótima como minha mãe dizia.

- Você estava ótima, minha querida. - Minha mãe disse com certa doçura que já era o normal dela, mesmo que ela já tenha falado aquilo pelo menos umas trinta e sete vezes, desde que tínhamos saído daquele prédio entupido de gente transbordando de ansiedade.

- Obrigada, mãe. - "Mais tenho a leve impressão de que você já disse isso para mim, sabe?" Acrescentei mentalmente.

- Como eram os jurados? Quais eram os nomes deles? - Sabia que ela estava tentando puxar assunto, visto que as únicas coisas que saíam da boca dela até agora foram: "Parabéns" ou "Você foi ótima, minha querida" Como ela disse ainda pouco.

Não sabia o que responder a primeira pergunta feita por ela. - até porque a segunda foi extremamente simples, e a não ser que eu tivesse uma cabeça de vento, não saberia responde-la - A única que tinha achado simpática e até mesmo legal, fora Abigail. Mais tinha me lembrado de que uma vez ouvi uma das minhas professoras disserem que até as pessoas mais simpáticas, poderiam ser as mais esnobes. Parecia até egoísmo pensar isso dela, mais eu não a conhecia muito bem para dizer nada.

- Brianna, era a mais metida. Pelo menos foi isso que eu achei. - Disse coçando a minha cabeça - Alec era o único homem e era meio caladão. E a Abigail que era realmente simpática.

Minha mãe estava prestando atenção no transito e em mim, bem... Pelo menos eu acho que ela estava prestando atenção em mim.

- Então... Essa Brianna era muito, extremamente chata? - Ela perguntou fazendo a curva. Agora estávamos a três quadras de nossa casa.

- Eu tentei não prestar muita atenção nela, mais ela era bem chatinha sim. Mais no final, até que ela não foi grossa ou sarcástica, foi até que um pouco simpática. - Disse afirmando com a cabeça.

Minha mãe tinha ficado quieta e acho queria dizer que agora ela tinha voltado toda a sua atenção para o transito. Pelo menos era o que eu também achava. Já que às vezes ela parecia estar com a cabeça em algum lugar, quando na verdade não estava. E infelizmente eu não herdei isso dela, mas felizmente herdei a força de vontade. E para mim estava de ótimo tamanho.

-Você vai contar para o seu pai como é que foi o teste? – Revirei os olhos. E lá vem ela com essa coisa de falar com o meu pai.

- Não mãe eu não vou contar, até porque ele não vai estar interessado em saber. – Disse bufando de raiva.

Queria colocar a minha cabeça para o lado de fora da janela para sentir meus cabelos voando, como sempre eu fazia. E eu não me importava de que isso era muitas das vezes feito por aqueles cachorros, que vive com uma família grande e quando põe a cabeça peluda para fora dá um banho de baba. Eu só queria sentir o vento no meu rosto, mais isso não poderia acontecer já que minha mãe já tinha parado com o carro. E estávamos na garagem de nossa casa.

Como chegamos a casa tão rápida? Nem vi o tempo passar.

Sai do carro sem esperar a minha mãe e corri para a cozinha. Estava morrendo de fome! Nós tínhamos ficado pelo menos a manhã inteira dentro daquele prédio, e estou falando isso sem exagero algum. E o pior é que lá não tinha comida.

Abri a geladeira e vi um pedaço de torta de morango, minha favorita. Peguei a torta e uma colher, quando dei a primeira mordida ouvi meu celular tocar. Deixei a torta juntamente com a colher em cima da bancada da cozinha, e peguei meu celular que estava no bolso da minha calça. Vi no identificador de chamadas que era Amber.

-Como foi o teste? Você passou? O que está fazendo e porque não responde as minhas perguntas? – Ela gritava ao telefone.

- Foi bom, não sei, estava comendo e porque você não me deixava às respondê-las! – Disse soltando uma risada baixa no final. Ela soltou um “Ah...” E depois voltou a falar em um tom de brincadeira:

-Você não sabe fazer outra coisa além de comer? – Revirei os olhos. – Pare de comer porque eu estou na porta da sua casa e temos que ir para algum lugar para comemorar!

Assim que ela disse isso desliguei o celular e fui andando calmamente até a porta, era muito provável que ela estivesse lá mesmo. Afinal Amber era assim, meio previsível e ao mesmo tempo meio imprevisível. Amber era a minha melhor amiga dês da quinta série. Eu era nova na escola e estava sozinha no recreio comendo uma barrinha de serial e sentada no chão, quando uma garota faladeira ruiva tropeçou em mim. Foi... Amizade à primeira vista. Ou ao primeiro tropeço.

Abri a porta e lá estava uma ruiva com um grande sorriso no rosto e olhos azuis transbordando animação. Ela não dirigiu nenhuma palavra a mim apenas me puxou pelo braço e avisou a minha mãe que eu passaria à tarde com ela.

Minha mãe com certeza não iria ficar brava, até porque quase sempre ela fazia isso. Toda semana nos tínhamos que sair seja para conversar, fazer compras, ir a uma festa, ou apenas ver um filme. Mais tínhamos que sair, já era um costume que virou, de fato, uma mania. Amber com certeza seria uma das pessoas que eu vou mais sentir falta se for para a Itália. Na verdade só iria sentir falta de três pessoas: Minha mãe, obviamente, Amber e Pierre, que estava viajando. Mais sabia que a nossa amizade seria forte o suficiente para vencer essa distancia, e também eu voltaria no verão. E vendo por esse lado de ficar longe dos meus amigos, esse era o único contentamento que eu tinha, até agora. Não era lá grande coisa ou muita coisa, mais ao menos era alguma coisa.


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Notas finais do capítulo

Desculpe qualquer erro de português, sei que esse capítulo ficou meio que tipo totalmente bléé. Mais enfim... No próximo vai ter algumas explicações da vida da Alana....

Alguém?