Ballare Tutta La Vita - Hiatus escrita por Anna


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeey minhas lindas! Como estão vocês? Então eu sei que demorei e... Opa, eu nem demorei, vai! Foram apenas dois dias! DOIS DIAS! Cara eu ainda não acredito que fiz um capítulo tão rápido. Bem... Eu não sei quando irei postar novamente porque minha semana de provas está se aproximando - vai ser depois dessa semana, ou seja, semana que vem - e eu tenho a mania de estudar uma semana antes. Enfim... Acho que não tenho mais nada há acrescentar...

— Boa leitura, estrelinhas.



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Durante aquela mísera uma hora e meia, meu traseiro começou a ficar dolorido, para só então depois, começar a doer verdadeiramente. O tédio já prevalecia mortalmente na atmosfera daquele avião.

Oliver parecia ter entrado em um estado de semi coma - essa coisa existe de verdade? Se sim, este com toda a certeza não é o verdadeiro nome disso -, cada cinco minutos que passavam ele abria e fechava a boca, ou então, coçava a cabeça. E em cada dez minutos ele endireitava sua cabeça em um travesseiro preto que o próprio trouxera.

E vira e meche eu me perguntava: como era possível uma pessoa dormir tanto? Obviamente não o culpo, afinal, são quase oito e quarenta da manhã, e todos os dias temos que acordar cedo para cumprir com todos os horários - animadamente ou não - do College Arti Dello Spetacolo.

Tentei não pensar em como ele ficava mais bonito dormindo - e já estava começando a achar que ele também ficava muito fofo virando a cabeça de um lado para o outro - e voltei para onde tinha parado em "A Culpa É Das Estrelas", um de meus novos livros favoritos.

Achava muito lindo e até mesmo encorajador o amor entre Gus e Hazel, a forma de como os dois foram se apaixonando na medida em que se conheciam e tal. E mesmo que o romance de ambos não tenha o final esperado, bom... Essa é a vida, certo?

Li durante mais alguns pequenos – muito pequenos – minutos, até que a moça com cara de uva passa que ficou perambulando pelos corredores durante o voo inteiro, disse, com uma voz extremamente sonolenta e cansada, que já estávamos pousando e que era necessário colocar o sinto de segurança.

Quando ela acabou de falar obedeci a sua instrução, porque eu sinceramente não quero que nada aconteça comigo e muito menos dentro de um avião, coloquei gentilmente o meu adorável livrinho na minha bolsa de mão que estava sobre o meu colo e dei um tapa grotesco na cabeça de Oliver, para ver se assim esse garoto acordava!

Com um extremo esforço vindo da parte do próprio, Oliver abriu seus olhos azul esverdeados e me encarou por alguns segundos antes de dizer:

– Porque diabos você vez isso, criatura abençoada de Deus?

– Primeiro: Não ponha Deus no meio outra vez se não eu vou começar a ficar chateada com você. Segundo: Nós iremos pousar em alguns minutos e terceiro a moça com cara de uva passa falou para todos colocarmos o sinto. – Disse “listando” tudo aquilo em três dedos.

Ele olhou para mim como se seu cérebro estivesse mastigando muito lentamente a informação que eu acabara de dizer. Quando por fim ele olhou para o sinto e colocou murmurando “Uva passa, ela não parece com uma uva passa”.

E foi assim a trancos e a barrancos que pousamos – em segurança o que era um dos principais – em Siena. Não sei como eu esperava me sentir quando finalmente voltasse. Deveria ficar bem ou mau? Feliz ou triste? Esperançosa ou raivosa? Sinceramente eu não faço nenhuma ideia, o que eu acho ser ruim. De qualquer forma me sinto até que bem por poder voltar.

Então acho que bem é a minha resposta final... E certa.

***

– E então qual é o próximo passo agora? – Perguntou Oliver esfregando seus olhos numa tentativa falha de se manter acordado. Ele estava fazendo isso já há alguns minutos e – não sei o porquê – já estava me irritando.

– Vamos pegar um ônibus para o hotel. – Disse olhando o celular, vendo se tinha alguma chamada de meu pai.

– Um ônibus? Cara, eu pensei que nós iríamos de sei lá uma limusine, ou então, um carro, né? – O retrucou com a maior cara do mundo de indignação.

– Acho que está faltando humildade em você, apenas acho. E... Eu não gosto de chamar a atenção, vamos de ônibus, o que diabos você tem contra os ônibus? – Perguntei.

– Nada apenas deduzi isso, e mil desculpas, sou uma pessoa humilde e você sabe. – Ele respondeu demonstrando que suas palavras eram de fato verdadeiras, ou pelo menos, pareciam ser.

– Tá, tá. O nosso ônibus é aquele!

Apontei para um ônibus normal, tinta gasta branca, pneus cansados, e letreiro de uma agência qualquer. Mas eu sabia que não era para me deixar levar pelas aparências, pois... Ele tinha ar-condicionado! E com o calor que estava fazendo aquele fato era realmente importante, ao menos para mim.

***

Eu até que tinha conseguido tirar o mínimo de dinheiro do meu pai. Convenci-o de pagar a minha passagem – juntamente com a de Oliver – na classe econômica, de pegar o dinheiro para um ônibus coletivo de turistas fanáticos pela Itália e não um táxi ou motorista particular.

 Não sei por que, mas, queria gastar pouco nessa vinda. Não que eu me tornaria uma pão dura de mão cheia, não é isso. Apenas queria ser econômica para o fato se isso tudo no final não der certo. O que vira e meche perambula pela minha cabeça.

Enfim... Consegui todas essas coisas – tanto que fiquei até mesmo surpresa com o meu poder de persuasão e objetividade – mas, não pude fazer nada em relação ao hotel. De acordo com as palavras do meu pai, ele queria conforto, segurança e – muito – bem estar para a sua única filha e seu amigo que por muita boa vontade decidiu se juntar a ela em uma ideia maluca atrás de alguma coisa.

Estávamos parados em um saguão de hotel. Para mim, o hotel mais chique de toda a Siena. Sua simplicidade e pouca extravagancia me conquistaram nos pequenos detalhes, como um amarelo claro no teto ao invés de um amarelo ouro que quase te cega com tanto brilho. Seus móveis já estavam um tanto antigos, porém, sua beleza inconfundível estava nisso.

Ah, e sem falar nos simpáticos funcionários que fizeram o possível para que eu e Oliver já nos sentíssemos em casa logo na primeira visão do local. Eles devem seguir aquele conselho de que a primeira impressão é aquela que marca, com certeza devem.

– Ei, um dos funcionários me deu um mini grande mapa de toda a Siena. Nós bem que poderíamos dar uma voltinha por ai depois do almoço. – Sugeriu Oliver enquanto entrava no elevador e segurava o mesmo para que eu pudesse entrar.

– Tá, tá, com tanto que esse passeio não demore mais de três horas, concordo. – Disse, eu realmente não gostava de ser estraga prazeres – me esforçava muito para não ser, até – mas naquele momento era preciso. Não tinha vindo até aqui para me divertir.

– Ju, a recepcionista, disse que tem um ótimo restaurante duas quadras depois daqui. Disse que lá tem quase de tudo, o não tem sushi, o que vai querer? – Ele estava querendo me fazer falar e entrar em uma conversa paralela com ele, isso era óbvio.

– Quando nós chegarmos lá eu vejo o que eu irei querer, Oliver. – Disse sem o menor pingo para a conversa.

O elevador estava quase no nosso andar – ficaríamos no mesmo andar, porém, em quartos separados, seríamos vizinhos, obviamente. De qualquer forma ficar tão próxima assim dele me deixava nervosa – quando ele parou o elevador.

Girei minha cabeça em um quarto e olhei-o indignada para antes dizer:

– Qual é o seu problema?

– O meu problema? Você é que está toda estranha ai, como se... Não quisesse estar aqui, ou então, não quisesse estar aqui comigo. – Ele parou, pensou e por último suspirou alto – Se não quiser a minha companhia pode me falar que eu vou embora, simples.

E então ele “destravou” o elevador e os andares começaram a passar normalmente novamente. Enquanto aquele cubo se locomovia entre quatro paredes, mais eu me dava conta da besteira que eu havia feito. Eu havia o magoado.

Lembro-me de alguns dias atrás quando o vi beijando a Brook, ato o qual que ainda não me recuperei e acho que enquanto eu gostar dele eu nunca irei me recuperar. Lembro-me de minha magoa, de como eu queria sair correndo e me esconder em um lugar só meu, lembro-me de como eu queria arranca-lo do meu coração. Achei que nunca passaria, mas, passou... Um pouco.

E agora ele aqui, ele não estava fazendo nada, poxa. Estava apenas dando uma boa ideia sobre o que poderíamos fazer antes de começar o verdadeiro trabalho.

Antes que ele pudesse entrar no quarto dele me apressei em ir a sua frente, mas, minha coragem tinha ido embora tão rápido quanto havia chego. E perdi uma ótima oportunidade de me redimir com ele.

– Não tem nada de errado com você, me desculpe, Oliver. – As palavras saíram de minha boca sem que eu pudesse pensar se aquilo era uma boa ideia ou não.

***

Taquei-me na cama ainda pensando aonde é que eu tinha enfiado o meu sentido. Sinceramente ainda não sei o que se passa pela minha cabeça, parece que o quanto mais eu quero ficar bem com as pessoas mais eu não fico bem com elas.

Acho que sou do contra, já que faço tudo ao contrário, deve ser isso mesmo.

Será que Oliver já teria ido almoçar? Provavelmente sim, visto o tamanho da fome do próprio. Será que ele ainda me ajudaria com essa viajem toda ou pegaria a primeira oportunidade – avião – para Roma? Será que ele continuaria a falar comigo? Será que eu continuaria a falar com ele? Voltaríamos a nos falar?

As perguntas – que obviamente eu não iria responder – vinham à tona em minha mente, como se meu cérebro só soubesse fazer uma coisa na vida: fazer perguntas e mais perguntas. Até que veio uma luz no fim do túnel, ou melhor, um som ao final do túnel.

Levantei depressa e tirei as sujeiras inexistentes da minha calça jeans escura e fui atender a porta. E lá estava ele, com um belo sorriso no rosto, a expressão calma, gentil e amigável como se não tivéssemos discutido há minutos atrás, antes de meu cérebro ganhar um novo cargo em meu corpo.

– E então o almoço-passeio ainda está de pé? – Ele falou me entregando tulipas amarelas.

Ele me entregou tulipas. Ele me entregou tulipas amarelas. Aquilo não parecia ser um almoço-passeio comum, tinha o pressentimento de que não seria.

– Isso vai ser só um almoço “barra” passeio, ou vai ser um almoço “barra” passeio “barra” encontro? – Perguntei com um sorriso tímido em lábios, pegando as minhas novas flores.

– Talvez. – Respondeu ele com um sorriso maior ainda do que o meu. 


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Notas finais do capítulo

Algum erro? O que acharam do final? Querem me matar? Agora vamos a pergunta ao leitor do capítulo... Você tem tumblr? We Heart It? Se sim deixem ai que eu vou seguir todas vocês de volta!
Então é isso! #comentem!