Ballare Tutta La Vita - Hiatus escrita por Anna


Capítulo 21
Capítulo 21.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeey minhas lindas! Como vocês estão? Me digam como foi as férias? Já estão se sentindo extremamente irritadas pelo início do inferno, lêa-se escola? Well, vim aqui com mais um capítulo para vocês, estrelinhas! P.S Não me matem! Tudo o que fiz foi necessário para o desenvolver da história, e tudo o que contem no capítulo é para o grand finale - é assim que se escreve, sei lá - Mas, isso não significa que estejamos no final da fanfic, ao contrário, estamos no meado dela!
Enfim... Já falei de mais - e duvido que alguém vá ler isso -

— Boa leitura, guys, enjoy it! :3



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As palavras de meu pai faziam com que eu derramasse as mais sinceras lágrimas. Uma lembrança me veio a mente. A lembrança de quando ouvi a mensagem dele gravada no bendito Ipod, ainda lembro-me de suas palavras no final da mesma:

“Eu te amo e sempre vou te amar aconteça o que aconteça.”

Até hoje essa última frase não tinha ganhado nenhum sentido para mim, mas, agora, abraçada ao homem mais importante da minha vida, entendi, boa parte dela. Ele me amaria até mesmo quando acontecessem as coisas mais graves em nossas vidas, como o que aconteceu há anos atrás.

Ele nunca deixara de me amar muito menos a mamãe, não acredito que fui ridícula e idiota ao ponto de achar uma coisa dessas! Simplesmente não sei!

– Eu te perdoo, pai, do mais profundo de meu coração. E digo isso com mais sinceridade que uma pessoa poderia falar e ao menos falar. - Disse enxugando as minhas lágrimas e logo depos, as dele - Peço-lhe também que me perdoe por começar a achar coisas absurdas sobre o senhor e deixar de tratá-lo como deveria. - Disse. - Sei que você nunca deixou de me amar e amar a mamãe. - Murmurei a última parte.

Ele olhou nos fundos de meus olhos e disse:

– Todos cometemos erros, Alana. E nós somos a prova verdadeira disso, digo, todos nós, seres humanos. Eu te perdoo assim como você me perdoou. - E então ele me abraçou novamente. - Nunca seria capaz de deixar de amar você muito menos a sua mãe! - Ele me disse, novamente, com lágrimas no olhar.

***

Depois daquela pequena - que demorou um pouco para acabar, admito - cena entre pai e filha, nós dois nos direcionamos para um daqueles banquinhos brancos que ficavam quase no centro do campus, quase na entrada do bosque. O mesmo o qual não visitei desde aquela última vez com Elliot.

Por alguns segundos ficamos quietos, um prestando atenção em algum ponto específico, não querendo trocar os seus pensamentos. Pela primeira vez percebi o quanto isso é extremamente desconfortável, e por "isso" eu me refiro a querer falar algo com alguém, porém, não saber ao certo como ou então com quais palavras usar/falar.

Quero muito perguntar como foi a viagem, mas já tinha o perguntado isso e ele tinha me respondido que fora ótima. Queria perguntar como estava a mamãe, como está tudo lá em Nova Iorque, qual foi o último show de violino que ele fizera...

E o mais importante, o principal e essencial até então... O que ele tinha tão importante para me falar que não poderia ser dito por e-mail, e que o fez vir até aqui. Ok, ele poderia estar sentindo saudades minhas e queria me visitar, ver como eu estava - afinal ele é meu pai, acho que ele gostaria de saber como estava o bem-estar de sua filha -.

De qualquer forma, sempre tem um "porque" por de trás de atos, pensamentos, perguntas e respostas. Mas, de qualquer forma também, não estava conseguindo fazer nenhuma dessas perguntas, o que era extremamente desconfortável.

– Agora sei por que você queria vir tanto para este lugar. - Ele disse, tentando buscar algum assunto, para que pudéssemos tratar. Acho que meu pai se encontrava na mesma situação que a minha, querer falar, mas não ter o certo o que falar.

– Aqui é muito mais do que apenas paisagens bonitas, claro, a primeira coisa que vemos é exatamente isso, mas... Os estudantes sabem qual é o verdadeiro motivo, a verdadeira razão de vir para cá. - Indaguei sorrindo.

– É qual é esta grande razão, senhorita quase filósofa? - Ele perguntou.

– É a persistência em seu sonho, é você querer correr atrás dele e fazer com que ele aconteça. É você querer estudar moda, música, dança, fotografia, artes entre tantas outras, por um propósito maior. E este propósito... Bem... Cada um tem o seu. - Respondi escolhendo atentamente cada palavra que dizia. - O meu é pelo menos por enquanto, o valor que cada um tem. Quero demonstrar isso em minha dança. - Completei.

O brilho repleto de admiração e orgulho refletido nos olhos de meu pai, juntamente com o seu sorriso caridoso e gentil, foram às últimas coisas que vi antes de perguntar:

– O que você queria tanto me falar que não poderia ser dito através da internet? Aconteceu alguma coisa com a mamãe? - Falei a última pergunta com a preocupação transbordando em minhas palavras.

– Não aconteceu nada com sua mãe, fique despreocupada sobre isso e o que... - Antes que ele poderia acabar de falar, interrompi-o e falei:

– Então porque não respondiam as coisas juntos como sempre faziam? - Perguntei enfatizando a parte do "sempre".

Um silêncio se seguiu fazendo com que minhas palavras ficassem rondando ao ar, deixando-o mais pesado e mais complicado de respirar, tanto que respirei fundo várias vezes não só em uma falha tentativa de deixá-lo por mais tempo em meu pulmão, mas, como também já temendo a resposta que poderia receber.

– Vocês... Não se separarão, não é? - Perguntei com o tom de voz basicamente em um sussurro.

– Não. - Ele disse antes de fazer uma pausa de um segundo inteiro. - Na verdade... Pensamos nessa possibilidade algumas vezes antes de eu vir para cá, porém, a decisão que tomamos foi não, não iremos nos divorciar. - O completou.

– Posso saber por que vocês pensaram tanto nesta possibilidade? - Perguntei de certa forma já sabendo a resposta.

A resposta era: Eles estavam se distanciando cada vez mais durante os anos que se passavam, e com isso, o amor poderia estar indo em bora também. Meu pai apenas concordou as minhas suspeitas quando disse:

– Sabe, Alana... Nesses últimos anos eu e sua mãe estávamos ficando distantes um do outro, um querendo saber apenas o básico do outro. E não culpo sua mãe de ter fraquejado em nossa relação, digo "fraquejado" com o sentido de "distanciado". Acho que com tanto tempo eu ficando apenas naquelas viagens de negócios e shows... Bem... Foram dias sem voltar para casa. - Ele disse e então parou e olhou para o céu.

Isso era verdade um dia minha mãe estava passando muito mal cuja doença não me lembro de muito bem - porém acho que era uma não tão grave infecção estomacal - quando foi parar na CTI, passei a noite ao seu lado, porém, conseguia ouvi-la chamar o nome de meu pai durante a noite. Foi bem deprimente vê-la naquele estado.

– Mas... Sabe como os adultos são... Umas horas estão bem, certos, de amizade e coerência com o seu próximo. E no outro... Estão mal, indecisos, e de inimizade com o seu próximo. - "Bem como os adolescentes" Pensei. - E a nossa decisão final foi essa... Não nos divorciaremos, até porque, parece que o amor voltou a reinar em nossa casa. - Meu pai disse com um sorriso bobo em seus lábios, o típico sorriso de garoto - ou homem - apaixonado.

Fiquei quieta olhando atentamente para ele e pensando que simplesmente adorava a ideia de ver meus pais apaixonados um pelo o outro novamente. Sempre me espelhei no amor de ambos, sempre quis encontrar um amor calmo como o deles. O que eu mais gostava era que eles não tinham uma relação do tipo "Romeo e Julieta" que morreram por amor coisa e tal, mas sim porque a relação deles está mais para Abigail e Lourenzo Revelli que deixaram as coisas que mais o faziam felizes para se preocupar com o bem estar do seu próximo.

Despertei-me desta filosofia da vida amorosa de meus pais, quando meu pai estalou os dedos em frente aos meus olhos, como se quisesse me despertar de um transe, e logo depois perguntou:

– Você não quer saber as coisas que iria lhe falar? - Perguntou. - Alana, você é tão atenta quanto um peixe dourado. - Afirmou.

Ri um pouco antes de pronunciar as palavras: - Deixe os pobres dos peixes em paz e a mim também! Agora... Diga-me o que você tem de tão importante para falar!

***

Não sabia exatamente o que pensar com as palavras, ou melhor, informações que meu pai acabara de me informar. Simplesmente tudo o que eu acreditava - ou então, me forçava a acreditar - era mentira. E não sei como ficar nesta situação, feliz ou triste? Preocupada ou aliviada? Não sei, não sei e não sei.

Estava em meu quarto sentada na cama e olhando para o nada, meu pai já tinha ido embora, ele falou que continuaria aqui na Itália, caso eu precisasse de algo. Mas, sabia que não precisaria, e se precisasse não iria me dar ao trabalho de chamá-lo.

Ele me disse que nem todos morreram incêndio - que meu pai pensara que destruíra a sua família - restaram apenas duas pessoas, porém, depois de tantos - sete - anos ele não sabe se estes seres estão vivos... Ou vivas.

Ele também me disse que no antigo colégio onde meu tio dava aula de literatura inglesa, existia uma espécie de tesouro, este tesouro só poderia ser descoberto por alguém com sangue dos Revelli - o que eu achei uma tremenda mentira porque acho que todos podem achar um tesouro - ao menos fora isso que eu entendi.

Mas eu só poderia achar esse "tesouro" com ajuda desses dois seres - os quais eu não faço a mínima ideia de quem seja -. E este "tesouro" era como uma chave para algo de extrema importância para a família.

Meu pai me pediu para que eu fosse com algum colega de classe, ou então, algum amigo meu. De cara pensei em Oliver... Ou em Andrew, mas, tenho minhas dúvidas se ele acreditaria nessa ladainha, por que... Nem eu acredito muito.

Então acho que considerando todas as esquisitices e amor de fã por piratas e seus tesouros acho que Oliver seria a melhor opção, claro que também tentaria convencer a Andrew, porque teria que ir com algum dos dois já que as meninas jamais topariam deixar o conforto da Arti Dello Spetacolo para ir para um lugar e tentar achar alguma coisa que nem sei se existiria.

Entretanto, de certa forma, algo em algum lugar em minha mente diz para que eu não peça para muitas pessoas.

"É simples, se Oliver não aceitar dou a proposta ao Andrew, simples!" Pensei.

E com este pensamento fui procurar Oliver - que era, de fato, a minha primeira opção -. Procurei em vários lugares ao mesmo tempo, o que assustadoramente foi possível. Por fim, o encontrei em um corredor que não dava para lugar algum.

Sinceramente, seria muito melhor se não o tivesse encontrado. Por quê? Bem, porque ele não estava sozinho, estava com Brook. Se fosse só isso estava tudo ótimo, acontece que eles estavam se beijando.

Sei que ele tem o total direito de beijar, abraçar, tocar, respirar perto, namorar, ficar, casar, divorciar de qualquer uma - ou qualquer um -, mas... Algo dentro de mim se quebrou como um cristal, os do mais leve, e mais frágil.

Um sentimento doloroso que poderia ser confundido com inveja, mas, que era muito diferente deste.

Naquele momento percebi duas coisas:

Primeira: Estava gostando de Oliver muito mais do que um amigo, e só fui perceber esse sentimento puro agora, o que é totalmente ridículo.

Segundo: Oliver Cartwright, tinha acabado de quebrar - indiretamente ou então diretamente, não sei ao certo - o meu pobre e frágil coração.

Terceiro: Não existe terceiro, o segundo já é doloroso demais, portanto, é o último.


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Notas finais do capítulo

Este capítulo não foi betado, então, me avise se encontrarem qualquer erro!
#comentem!