Ballare Tutta La Vita - Hiatus escrita por Anna


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoas. Ainda se lembram de mim? Então... Eu voltei para a alegria de vocês! -sqn
Eu sei que eu demorei, sei que demorei muuito. Afinal, foram duas semanas sem postar, né? Tenho que avisá-las que não irei mais postar todos os sábados como costumava fazer. Motivo? Eu estou super enrolada em relação à escola, e estou tentando manter as minhas notas lá em cima. E as vezes eles não ficam prontos no prazo, e se ficam podem estar em baixa qualidade. E eu quero que os capítulos fiquem ao menos "bons". Então é isso seres humanos já falei de mais por hoje, trouxe um capítulo grandinho para ocês.
— Boa leitura, gafanhotas.



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Acordei em um momento totalmente impróprio para fazê-lo. Por quê? Bem... Porque eu vi simplesmente as minhas colegas de quarto com as piores caras do mundo, e com o cheiro também, elas estavam espalhadas pelo chão.

Brook babava no cabelo preto e liso de Sophie, sinceramente não quero estar aqui quando ela acordar. Sophie estava completamente pálida e com uma expressão de morta em seu rosto.

O pior era que o meu pensamento de ontem à noite sobre bebidas estava certo, já que vi uma parte do exemplo bem aqui no meu quarto, e acho que o resto do campus não deve estar tão diferente dessas duas. Aquela cena já estava me dando ânsia de vomito, e como não tinha nada melhor para fazer, fui tomar um banho.

Sai minutos depois já um pouco mais renovada e um pouco menos "assustada" com a cena que tinha encontrado um tanto mais cedo antes de tomar o banho. Acho que assustada não é a palavra correta para usar neste caso, acho que o correto agora seria a palavra enojada.

Porque por mais que algumas pessoas achem normal verem as outras de ressaca e se maldizendo pelos cantos em um domingo de manhã, porque tinham bebido de mais no sábado à noite. Eu continuava não achando. Por que... Sabia-se que ficaria assim porque passou dos limites na noite anterior?

Eu sinceramente acho que nunca irei entender os pensamentos de um bêbado, ou então de uma pessoa que beba com frequência ou que esteja acostumado com essa vida etc etc, porque é simplesmente completamente sem sentido.

É como... Sabe-se que irá te fazer mal porque é que insiste em fazer? Porém como disse anteriormente nunca conseguirei entender a cabeça deste povo.

Deixei as minhas ideias meio que filósofa sobre este assunto de bebidas que estava em minha cabeça e peguei o meu notebook que estava na minha mesinha perto da cama.

Tive que tomar quase todo o cuidado do mundo ao pegar o meu aparelho eletrônico favorito, porque acho que seria capaz de quebra-lo de tanta anciosidade que me encontrava agora, naquele momento.

Quando a lerdeza do meu computador acabou de iniciar por completo abri desesperadamente o meu e-mail, e pude ver que tinha duas novas mensagens.

Uma da minha mãe e a outra do meu pai, nenhum sinal até agora de Amber ou de Pierre.

Abri primeiro o da minha mãe que dizia:

"Bonequinha,

Eu estou muito bem e fico muito feliz em saber que você está bem também. Porque como uma boa mãe coruja que sou é claro que eu fiquei extremamente preocupada com você, desde a sua despedida e entrada naquele avião até agora que me mandaste este e-mail. Sobre o seu pai... Realmente não sei dizer se ele está bem ou não, isto é um caso a pensar. Conhece o pai que tem certo?

Ainda bem que não precisei perguntar sobre isso, você me livrou de uma pergunta clichê. Disse para você que todo aquele esforço que você estava fazendo meses antes de ir para ai, iria valer totalmente a pena. Todo o nosso esforço é recompensado mais tarde de alguma forma, nunca se esqueça disso porque isso é uma coisa de extrema importância, ouviu bem? Ou melhor... Leu bem?

Queria estar ai para te ver dançar. Isso - como você sabe - sempre alegrou se sempre alegrará o meu dia, por mais escuro que ele esteja. Você tem esse poder sobre mim, minha filha. Sua alegria é contagiante. E eu não estou dizendo isso só porque sou sua mãe e sim porque é a mais pura da verdade.

São poucas, mas lembre-se... Antes poucos verdadeiros do que muitos e falsos.

Agora vou te dar um resumo do que está acontecendo aqui... Sua mãe está ensaiando as falas para uma nova peça, sua avó já foi embora e está na França. Ela disse que queria ficar no mesmo continente que você durante algumas semanas antes de voltar para a Califórnia.

Não entendi muito bem o porquê disso, mas... Ela é a sua avó, não é mesmo? É necessário dar um prémio para quem entende essa senhora.

Adoraria escrever mais também, porém, tenho que comer alguma coisa antes que eu desmaie de fome.

Estou morrendo de saudade.

Milhões de beijos de sua,

Mamãe coruja."

Achei aquilo tudo muito estranho. Primeiro porque sempre que eu viajava para qualquer lugar, mesmo este lugar sendo perto, eles sempre davam um jeito de responder/falar comigo os dois, juntos. Não separados como fizeram.

Mas como minha mãe está com uma nova peça deve ser por isso, além do mais meu pai deve estar em algum lugar fazendo algum tipo de concerto. Surpreenderiam se não estivesse.

Depois que me convenci desta colocação, respondi.

"Mamãe,

Peço-lhe desculpas por não ter dado sinal de vida mais cedo, é que com todas as aulas que estou tendo, estou ficando sem tempo. Mas não se preocupe porque eu não estou pirando/surtando/e/ou ficando paranoica com isso tudo que estou vivenciando.

Quer dizer... Eu não estou paranoica com isto. Nem pense em se preocupar, porque, esta minha "fase" já acabou, e era por motivos extremamente idiotas.

Bem eu iria perguntar se o papai estava em um concerto ou algo do tipo, mas, acho que a ocupada da vez é a senhora, certo?

E que legal que está começando a trabalhar em uma nova peça, meus parabéns. Como ela se chama? Trata-se de que? Vovó está aqui na Europa? Ora, então porque ela não veio aqui para a Itália? Eu poderia pedir um dia livre! Você está certa, mãe. Quem conseguir entender esta senhora deverá receber um premio e ainda com biscoitos para acompanhar.

Comeu o que? Por suas palavras posso adivinhar que a senhorita comeu um belo pedaço de torta de chocolate, estou certa?

Beijos de sua filha,

Alana.”

Depois de escrever essas poucas palavras para minha mãe, fui ver o e-mail de meu pai. Que dizia:

"Abelhinha,

Por mais que você já tenha me dito que está tudo bem ai, irei fazer o proveito desta pergunta clichê do mesmo jeito: Está tudo bem por ai? Como está indo as aulas? Já repensou na ideia de possibilidade de fazer também música no próximo semestre?

Pense, porque eu lhe considero divina do violino e muito boa no piano. Apenas lembrando-te.

Eu queria ter visto você dançar, por mais que dança não é realmente de forma alguma a minha "área", você faz com que eu goste por mais que seja por poucos minutos.

Lembro-me muito bem de sua primeira apresentação de ballet clássico quando você tinha apenas sete anos. Você estava com uma roupa delicada e rosa com alguns brilhos por toda ela, seu cabelo estava liso e estava preso em um coque com tranças. E você estava simplesmente radiante, com um brilho próprio que você ganha quando dança.

Ficou um mês falando daquela apresentação, das pessoas que estavam lá no momento, das músicas e das coreografias que você fez e que os outros fizeram. Até que veio outra, outra e ainda mais outra.

Não ligue se não tem tantos como pensava ou então como imaginava que teria, apenas seja você mesma e se divirta, pois essa é uma oportunidade única em sua vida.

Por aqui está tudo o mesmo, tirei algumas semanas de férias enquanto sua mãe trabalha em sua nova peça. E... Eu acho que por enquanto é só.

Beijos de Seu pai (eu).

Acabei de ler a mensagem com um meio sorriso em lábios. Eu amava de mais a minha mãe, mas eu sentia que tinha uma conexão especial com o meu pai. E essa conexão ficou presa, soterrada de toda o meu orgulho criado e alimentado durante anos e anos.

Sem pensar duas vezes meus dedos correram pelo teclado.

"Pai,

Fico feliz que o senhor não tenha dispensado essas perguntas que os pais geralmente fazem quando seus filhos começam a frequentar uma nova escola. E respondendo as suas perguntas... Está tudo bem sim, e as aulas estão se passando maravilhosamente bem, obrigada.

E por mais que você me considere "divina" no violino e muito boa no piano, eu ao contrário de ti, não acho. Posso até ser, porém, não levo realmente o jeito para entrar e participar do maravilhoso mundo da música.

Então não, eu não repensei na possibilidade de fazer música no próximo semestre.

Sábias palavras e eu com certeza vou aproveitar muito este meu ano aqui na Arti Dello Spettacolo, aliás, vou desligar o computador e ir fazer isso mesmo.

Beijos de sua abelhinha,

Alana.”

Como tinha escrito na resposta de e-mail que dei para meu pai, desliguei o meu notebook, sem nem mesmo dar uma "olhadinha" no meu tumblr antes. Porque sei que se eu o fizesse só sairia dali depois de algumas horas.

Troquei de roupa colocando um macacão azul e sandálias rasteirinhas brancas. E sai do prédio "zza" e fui dar uma voltinha pelo campus.

Logo no início pude ver algumas pessoas trabalhando, tirando o lixo que havia sido jogado na grama ontem à noite. Acho que poucas pessoas jogariam quando estivesse de dia, com olhares dos inspetores por toda a volta. Mas ontem, sem quase ninguém os observando e também com a ajuda do álcool...

Acho que os diretores não tinham pensado que esta festinha pelo campus todo traria trabalho depois. Ou sim, bem... Acho que para eles tanto faz não são eles que limpam depois a bagunça feita por jovens das mais diferentes idades.

São aquelas pessoas que estou observando. Aquelas que mesmo fazendo um trabalho não tão valorizado continuam com um sorriso no rosto e retribuindo diversos "bom dia", para quem é que esteja passando por ali.

– Bom dia. - Uma senhora com um lencinho de flores disse quando eu passei por onde ela varria.

– Bom dia. - Respondi ao seu comprimento, sorrindo. - Belo lacinho. - A elogiei.

– Obrigada, belo macacão. - A senhora sorriu ajeitando o seu lacinho com uma mão e com a outra tocando a minha roupa.

– Obrigada. - Disse simplesmente e sai dali ainda com um sorriso em rosto.

O dia estava realmente muito bonito. Era finalzinho de verão na Itália, do mesmo modo ainda fazia um calor, hoje por sorte estava um calor agradável. Ao contrário de muitas garotas eu gosto de calor, a única coisa que não gosto é as coisas que podem ser causadas por ele. Como suor ou queimaduras.

Perto das mesinhas de xadrez não havia mais nenhum lixo, o que me fez questionar... Que horas ao certo todas aquelas pessoas acordaram para limpar todo o campus? Isso era dividido por etapas? Espero que sim, porque não deve ser fácil fazer isso tudo sozinha (o).

– Alana! - Ouço alguém chamar o meu nome.

Espero que este ser seja lá quem for, esteja falando realmente comigo. Se bem que não tinha mais ninguém na área em que estava, digo isso pelo menos em meu campo de visão. Virei a minha cabeça para o lado contrário em que eu estava e vi que quem me chamava era Oliver.

– Hey Oliver. - Disse sorrindo e andando em sua direção. - Tudo bem? - Perguntei.

– Comigo está tudo ótimo, e com você? - Ele me perguntou, dando um beijo em minha bochecha.

Estranhei aquilo, mas como é apenas um tipo de comprimento, deixei para lá. Por mais que eu não ache muito normal isso.

– Tá tudo bem comigo também. - Sorri sem amostrar os dentes. - Estranho ainda não ter pessoas por aqui, né? Quer dizer... Já são quase dez horas da manhã. - Disse eu, tentando argumentar algo.

– É. Geralmente isso fica um pouco vazio nos finais de semana porque o povo costuma dormir até tarde, mas acho que hoje ele tem outro motivo. - O Oliver disse revirando os olhos. Ri um pouco.

– Acho que eles nem irão dar muito as caras por aqui, devem ficar todos de ressaca e se maldizendo por terem bebido ontem à noite.

– Isso é verdade! - Oliver disse, rindo. – Pelo menos seu colega de quarto não está dormindo na banheira.

– Tem razão as garotas não estão, mas, Brook está babando no cabelo de Sophie. Sinceramente quero ficar longe de lá por algum tempinho. - Disse rindo no final.

– Wow, coitada da Sophie. - Quando Oliver iria dizer mais alguma coisa, alguém o atrapalha.

– Ei, gente. - Por cima do ombro de Oliver pude ver que Elliot se aproximava.

– Elliot, como vai? - Eu e Oliver cumprimentamo-los ao mesmo tempo.

– Bem... Vejo que somos umas das poucas pessoas que não foram... Infectadas.

– É, pois é. A festa de ontem deve render estragos até amanhã. - Oliver disse, revirei os olhos.

– Não é para tanto! - Elliot exclamou.

– Talvez a de ontem não, mas, a de hoje sim. - Oliver respondeu a não pergunta de Elliot.

– Vai ter outra festa hoje? - Perguntei.

– Ao que tudo indica, e ao o que ouvi alguns comentando... Sim, irá. E acho que desta vez vai ser pior. Então também durará até amanhã tudo isso. - Oliver responder olhando para mim.

– Na verdade ficará nisto até segunda, que será depois de amanhã. Já que o amanhã será o ontem de segunda, e como hoje irá ter outra festa...

– Tá, tá! Vocês me entenderam, não é?! - Interrompeu Oliver.

O interrompido da vez fora Oliver já que seu celular começou a apitar, indicando que ele tinha uma nova mensagem. Depois de alguns instantes observando a mensagem ele diz:

– Tenho que ir nessa, gente. Parece que o meu querido colega de quarto teve o lindo e belo trabalho de vomitar no banheiro. - Ele disse em um tom irônico.

– Que nojo. - Murmurei.

– Boa sorte. - Desejou Elliot.

Quando Oliver saiu ficamos só eu e Elliot conversando sobre tudo e sobre nada ao mesmo tempo. Na verdade nós só estávamos conversando como era a nossa casa, cidade, amigos. Neste instante ele estava me contando uma história que aconteceu quando ele estava de férias com sua família.

– Então a minha irmã disse que eu não conseguiria acertar alguma coisa em um alvo de trinta metros, e eu disse que ela não conseguiria ser o alvo. Então nos fomos para a casa de uma amiga dela que tinha um capo de tira o alvo atrás da casa. E adivinha quem venceu? - Ele disse com os olhos brilhando e um sorriso estampado no rosto.

– Você? - Disse eu, sorrindo também.

– Claro que não, Alana. Minha mira é péssima! Minha irmã venceu. Ela estava completamente certa sobre isso.

Observei Elliot por alguns instantes. Tinha alguma coisa que pesava em seu sorriso e em seu riso, alguma coisa que eu por si só não estava conseguindo entender, encaixar as peças. Seria saudades de casa? Acho que não porque se fosse isso ele me diria como fez algumas semanas antes desta nossa conversa.

Tinha alguma por de trás disso... Mas... O que seria? O que é que tanto pesa no sorriso deste garoto?

– Sente saudades de casa? - Perguntei sem pensar.

– Na verdade... É alguma coisa além das saudades de casa. De qualquer forma esqueça isso, ok? - Ele diz ainda com os olhos um pouco tristes.

É difícil esquecer por que está muito na cara que ele está mal, muito mal. De qualquer forma não faço o que ele me pede, tentarei animá-lo. É isso o que bons amigos fazem, é exatamente isso o que eu tenho que fazer.

Tenho que animá-lo, mas, acho que seria uma boa ideia que ele não percebesse.


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Notas finais do capítulo

Entãão eu sei que eu demorei e tal, mas... Mereço reviews? Algo? Alguém? Fantasminhas por favor apareçam, não mordo! #prometo.