Nos preparamos para competir. Vamos até um dos cantos do lago, aquecemos um pouco, e até rimos também.

– É preciso se aquecer para um grandalhão que nem você conseguir me vencer, não é? - Clove debocha.

– Você está gozando comigo, mocinha? - pergunto de uma forma ameaçadora - Eu posso fazer muito mais que nadar.

– A é? Tipo o quê? Me ameaçar com a sua espada? - Clove pergunta rindo - Eu não tenho medo de você, Cato.

– Pois deveria. - falo rindo e logo começo a jogar água do lago em seu rosto. Começamos a rir, e jogarmos água um no outro. Ela pula em cima de mim, e me agarra pelas costas, tentando amarrar os meus braços, coisa que é inútil, pois eu sou um grandalhão, e ela é uma pequena.

– Você não consegue, Clove. Sou grandão, e você pequena, jamais conseguirá me deter. - falo com uma voz malígna, porém brincalhona.

– Talvez um dia. - ela desiste e mergulha no lago. Tento achá-la, mas não consigo. Mergulho para procurá-la e nada. Onde é que essa pirralha foi par...

– AHHHHHH. - Clove pula em cima de mim, de novo, me dando um susto e tanto. Ela depois me larga, e começamos a rir. Ficamos lá, rindo da cena, por um tempo. Depois vamos parando, parando e... - Vamos grandão. Vamos ver quem irá ser realmente o vencedor dessa competição.

– Mas é claro. - falo, dando um sorriso.

Nos preparamos para dar a partida.

– 1, - começo a contar - 2... 3. - e desparamos para o outro lado do lago. Ela é rápida, tenho que admitir. Mas, mesmo assim, estou na frente. Já perdendo um pouco de fôlego, pois eu sou gigante, então preciso me esforçar mais para nadar com velocidade. Estou quase chegando lá. Mas então, a vejo, no canto dos olhos, me ultrapassando. Ah não. Não pode ser. Tento dar o máximo de mim, mas não consigo, estou sem ar. Quando, logo na minha frente, vejo que ela encosta sua mão na borda do lago. E eu perco.

Leva um segundo para cair a ficha que eu perdi de uma garota 2 anos mais nova e menor que eu. Não consigo suportar essa ideia. Sim, eu sou extremamente competitivo. Pra mim, aquele ditado "O bom mesmo é se divertir." não vale, pois pra mim, é como se fosse uma obrigação vencer.

– E eu venci! - Clove grita. - UHUL! - ela sorri pra mim. - Belo trabalho, Cato. Porém, a "pequena" aqui, venceu. - ela debocha - Eu disse que eu ia.

– Parabéns! - falo sem ânimo.

– Hey. - ela chega perto de mim e toca em meu ombro - Tudo bem, ok? Você perdeu a chance de me beijar, só isso. - ela ri timidamente.

– Infelizmente. - respondo - Terei outra chance? - pergunto rindo e também timidamente, porém com um tom atrevido.

– Talvez sim, talvez não... Quem sabe. - ela ri, e logo em seguida sorri. - Porém, foi um prazer passar um tempo com você, Cato.

E foi assim, que nossa amizade se fortaleceu. Foi desse dia em diante que marcávamos para nadar no lago, para conversarmos na pedra e desse dia em diante, eu comecei a mostrá-la os meus lugares "secretos", como havia prometido.