Run The World escrita por Luíza AD


Capítulo 3
Capítulo três


Notas iniciais do capítulo

Boa nooooooooooite! Desculpem a demora, anjos! Eu estou doente, mas resolvi postar nessa fã 'fic hoje ^^ Espero que gostem.



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- Mônica Sousa.

O silêncio se instalou na diretoria, por parte dos meninos. Mônica nem queria olhar para os dois. Se sentia completamente exposta. Mas a curiosidade bateu mais forte, e logo se arrependeu, ao ver a expressão que Cebola estava tendo.

- Mônica! - ele levantou e abraçou a dentuça. - Você demorou tanto para voltar que eu até tinha esquecido.

Mônica sentiu uma pequena fúria a consumir. "Se esse idiota gostasse mesmo de mim, não teria esquecido nem por um minuto que eu estava voltando!"

- Pois é né! - sorriu com raiva. - E eu não esqueci nem um dia o fora que eu te dei antes de ir embora, sabia?

- Assim você me machuca, amiga. - ele fez uma carinha triste. - Sabe que eu te amo, não é?

- Espera aí. - Mildy interrompeu. - O que está havendo? Vocês se conhecem? 

- Infelizmente sim. - Mônica esbravejou. - Somos amigos de infância e...

- E namoramos por um tempo. - Cebola interrompeu a fala de Mônica, passando o braço por seus ombros.

- E ele me deu um fora! - ela empurrou ele com pouca força, quase derrubando-o no chão. - Depois ele correu para mim de volta, com o rabo entre as pernas, e eu dei um fora nele.

- O Cebola levou um fora? - Mildy apontou quase desesperadamente para ele.

- Sim.

Mildy sentou-se na cadeira e encarou os papeis que estavam na mesa, enquanto isso, Mônica olhou para DC, que se encontrava em um estado de hipnotismo.

- Ooooooi? - cantarolou Mônica, acenando em frente ao rosto de Do Contra. - Terra para Dc, você está aí?

- Hã? - ele acordou de repente. Levantou-se exasperado e segurou Cebola pelo colarinho. - Por que você não me disse que ela estava voltando, hein?! Por que ninguém me falou nada? Isso foi combinado, por acaso?!

- Ei, ei, calma aí Maurício. - rebateu Cebola, ironicamente, enquanto empurrava-o, fazendo soltar sua camisa. - Eu tentei te contar mil vezes isso, DC. Você disse que não gostava de fofoca, e não olhou o blog da Denise. Se você não sabia que a Mônica voltou, o problema é seu.

Mônica não sabia o que era pior. Que estava provavelmente deixando Dc irritado com a sua presença, Cebola vê-la como um desafio ou Mildy, ainda sentada, quase tendo um derrame.

- Qual o seu problema, cara? - Argumentou DC. 

- Me diz o seu! - gritou Cebola. - Você não tem outras garotas? Para de se preocupar com a Mônica! Ela é minha!

- Eu não sou de ninguém! - sibilou Mônica, lembrando os dois garotos que a dentuça estava ali. - Não sou de você Cebola, e nem posso crer que você ainda insinua isso, seu doente. Eu não sou nada sua, entendeu, seu desgraçado?

- Ohh, cuidado com a boca, Mônica. - insinuou Cebola. - Eu já te disse que nós somos amigos. Você e o DC, pelo que eu saiba, NUNCA foram amigos. Ele te deu um fora, e depois ficou se lamentando. Ele não te merece, não enxerga isso, Mônica?

Mônica só não espancou Cebola pois tinha autocontrole suficiente para não fazê-lo. Sua fúria era grande. Quem era ele para falar que o DC não a merecia?

- Poderia repetir o que acabou de dizer? - perguntou Mônica, e as outras pessoas presentes se perguntaram se aquela voz não seria do mais profundo ser do inferno.

- Ele não te merece. Ele já te deu um fora.

- Cebola. - Mônica respirou fundo e expirou. - Meu querido amigo. Quem és tu para me dizer que ele não me merece? Ele já me deu um fora, o que que tem? Quem foi que me fez esperar por mais de três anos, sempre me chutando? E quando eu simplesmente peço para ficar com um garoto - Mônica olha de soslaio para Dc e sorri tristemente, o que assusta Do Contra. - E ele me rejeita, o que me machuca. Mas olha só, o que ele me fez, não se compara com você! 

E a diretora abre a porta de supetão, avisando que a apresentação no auditório começariam e que os três alunos ali presentes poderiam ir para as suas respectivas salas.

Mônica praguejou mil xingamentos quando viu que suas duas primeiras aulas seriam as mesmas que as do Cebola. E ele insistiu em ficar perto dela enquanto iam para sala.

- MÔNICA! - ela sentiu ser abraçada com força por uma garota, percebendo que a mesma estava chorando. - Senti tanta saudade! 

- Magali. - Mônica a abraçou de volta com carinho. - Também senti sua falta.

Magali chorava com intensidade e Mônica apenas deixou uma lágrima escorrer. Sentia tanta saudade da amiga que nem palavras tinha para descrever quanta paz estava sentindo naquele momento.

- Comprou presente para mim? - depois de sabe-se lá quantos minutos ficaram abraçadas, Magali, com os olhos roxos de tanto chorar, se afastou e sorriu. - Você prometeu.

- Comprei sim! - Falou Mônica, lembrando-se dos presentes que havia comprado. - Espero que goste de chocolate japonês!

- AHHHHH!! - Mônica havia se esquecido do quão fofa podia ser sua amiga quando pensava em comida. - Os melhores doces do mundo!

- Sim, sim. - concordou. 

- Ah, sim! - Magali deu um tapa em sua própria testa. - Vem pra minha casa hoje á noite, combinamos de fazer uma festa de pijamas com todas as meninas lá! Desculpa, tenho que ir pra aula agora, e segunda não tenho nenhuma aula contigo! Te vejo hoje á noite, tchau!

- Tchau! - ela gritou, mas Magali provavelmente nem escutara.

- Magali sempre com seus dramas. - suspirou Cebola.

- Cebola, e seus comentários inúteis. - imitou o suspiro de Cebola.

- Que tal esquecer sobre essa sua TPM eterna e irmos para a sala? - perguntou e sorriu de escárnio. 

- Que tal você calar essa sua desgraça de boca, por que dela só sai merda mesmo! - rebateu Mônica, com raiva por Cebola ser tão chato quanto antes.

- *Ela já está na minha* Já disse uma vez Mônica, se não quiser que eu te beije, fecha a boca. - disse Cebola, com um tipo de brilho diferente nos olhos, que assustou Mônica, a deixando completamente sem graça.

- O-Ora essa, o que está dizendo?! - perguntou Mônica, entrando com ele na sala. - Como se eu fosse deixar você fazer isso! 

- Você é tão boba. - falou Cebola, antes de ir se sentar.

Mônica se sentou no local que mais pareceu adequado á ela. Perto do professor, mas isso não seria de importância, pois ela mesma nem iria prestar atenção na aula. Quando o mesmo entrou pela sala, roubando suspiros das garotas e muxoxos dos meninos, Mônica apertou o 'play' do seu gravador.

Enquanto a aula passava, Marina conversava por bilhetinhos com Mônica. O professor nem prestava atenção, pois estava submerso em sua própria matéria.

Mas até mesmo Mônica tinha que concordar com as meninas solteiras. O professor era bonito. Ele tinha mais ou menos 1,83 de altura e cabelos castanhos. Olhos azuis como um rio ainda não poluído. Mas ao contrário de todas, Mônica procurava algum defeito nele. Um só bastava, para quebrar aquele charme.

Desistiu quando o sinal tocou, avisando a hora do intervalo. "Ótimo, 35 minutos fora daquela aula chata!" Pensou Mônica, pausando o gravador e o guardando em sua mochila.

Foi logo interceptada na saída de sua sala, por Cebola, com seu sorriso idiota que fazia ela bufar. "Esse besta não percebe que só está me atrapalhando?"

- Vou te acompanhar até o refeitório. - ponderou Cebola, passando o braço pelos ombros de Mônica de novo.

- Faça o que você quiser. - retrucou, mal humorada, retirando o braço dele.

Enquanto andavam, as pessoas paravam para olhar. E Mônica não gostava nada disso, era como se fosse o novo e reluzente brinquedinho novo do Cebola.

- Ei, Mônica. - chamou Cebola. - Me diz uma coisa.

- Fala. 

- Por que você está tão mal humorada quando está perto de mim? - ele perguntou, parando e segurando a mão de Mônica.

- Vai que é porque - ela puxou sua mão. - Eu não gosto de você nem um pouco.

- Não precisa machucar. - ele levantou os braços, como em rendição.

- Se nem machucando você entende o óbvio, Cebola, prefiro ficar calada. - ela voltou á andar e olhou para trás. - Você não ia me acompanhar?

- Aaa, sim. Estou indo.

Os dois seguiram para sala onde estava, de acordo com Cebola: Magali, DC, Cascão e Maria Mello. Quando Mônica entrou, a porta se fechou, deixando um Cebola sem entender nada, e Mônica se assustou ao ver que era Magali, sua melhor amiga, preparada para a guerra

- Desculpa Cebola! - gritou Magali. - Mas só aceitamos um pegador na sala, okay?! Você fica de fora, e a Mônica entra, agora vai se esfregar com alguma garota, vai?

Cebola resmungou algo sobre não entender a Magali e resolveu seguir o conselho dela. 

- Mônica! - sorriu Magali. - O que lhe traz aqui? 

- Bem... - ela olhou para as poucas pessoas na sala. - Resolvi fazer uma visitinha, algum problema?

- Não! 

- Mônica! - Maria Mello a abraçou. - Que saudades! Há quanto tempo que eu não te vejo? Faz quase dois anos!

- Dois anos e alguns dias. - e Mônica percebeu o corpo de sua amiga. - Você andou comendo bastante, né?

- O-O quê? - ela olhou para a própria cintura. - Estou gorda? Ai minha santa, eu disse para o médico que ia ficar gorda se eu comesse aquele tanto, mas ele nem quis me escutar!

- Não. - Mônica riu do desespero da amiga. - Está mais bonita, sabia? O seu sorriso mais natural. 

Maria Mello contou um de seus 'sacrifícios' para voltar á comer, sendo incentivada por todos da turma, até mesmo por Carmen e Denise. O único que Mônica não tinha dado um abraço era o Do Contra.

Mas ela não pretendia fazer isso. Oras, suas pernas já tremiam só de pensar em olhar para ele! Então por que estava andando em direção á carteira que o mesmo se encontrava? Perguntas idiotas são respondidas com atos idiotas!

- Mônica. - falou DC, a observando. - O que quer? Zoar de mim por ter virado isso?

- O quê? - perguntou, sem entender o que o garoto quis dizer. - Só vim dizer que fiquei com saudades de você por esses dois anos e dizer que...

- Não inventa, Mônica. - falou Dc rude. 

- Inventar? - confundiu-se. - Do que está falando, Do Contra?

- Como se você não soubesse. - ele se levantou e foi embora, mas Mônica segurou um ombro.

- Espera aí, não vire as costas sem me explicar o que houve. 

- Para, Mônica. - ele se virou, segurando com carinho a mão dela.

Incrível como esse único contato foi capaz de fazer Mônica estremecer por dentro e sentir borboletas no estômago. Estava se sentindo tão culpada no momento.

- Só para, tá bom? - ele segurou a mão dela e beijou os dedos, causando um choque de eletricidade nos dois indivíduos. - Também senti sua falta.

- Do Contra. - sussurrou Mônica, quase não conseguindo se controlar. 

Do Contra se sentia ridículo. Estava parecendo uma garota na TPM e odiava isso. Beijar a Mônica fez com que seu corpo quisesse mais, e ele não conseguia usar seu 'charme' nela, como nas outras garotas.

Ele soltou a mão de Mônica e saiu da sala irritado. Mônica suspirou e tocou os dedos onde ele depositou um singelo e curto beijo, mas que deixou Mônica abobalhada.

- Mônica, você não vai voltar para sua sala? - perguntou Magali, com um sorriso zombeteiro em seus lábios. - O sinal tocou faz alguns minutos, mas você não estava escutando nenhuma palavra que eu falei, certo?

- Desculpa. - riu, sem graça. 

- Não tem problema. - sibilou Magali. - Eu até que te entendo, de certo modo.

Mônica voltou para sala sem nenhum problema, pensando como se fosse uma garotinha de 10 anos. Sentou na sua carteira e religou seu gravador, não prestando atenção em nada. Só pensava no DC, e só se lembrou depois que havia chegado em casa que era para ir na casa de Magali, para a tal festa do pijama.


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Notas finais do capítulo

Quem odeia o Cebola?! EUUUUU O mas eu adoro fazer isso, sabe? O Cebola provocar a Mônica é muito legal! Depois eu coloco algo á mais aí.
Mas o Do Contra também entrou em choque. Hunf, mas ele mereceu. Quem mandou não querer saber de nada?

E lembre-se: Á cada comentário que você não posta, um autor morre e eu fico desmotivada. E uma Vanessa desmotivada é igual á: capítulos pequenos ou nenhum capítulo! Então vai, é fácil e rápido! Até fazer miojo demora mais.