Okami escrita por UchiHaruAkasum


Capítulo 3
Dominância


Notas iniciais do capítulo

Yo minna! Gomen pelo tempo sem postar... alguns podem ter desistido da fic achando que eu não daria continuidade, mas a verdade é que faltou tempo para revisar o capitulo e também decidi que só postaria essa quando postasse Perdição, por isso atrasou... vou ter um pouco de tempo nesse feriado então talvez saia os capitulos de ambas saiam mais rapido! Espero que não tenham desistido ainda... deixem reviews, nem que seja para me xingar pelo atraso e até a próxima! o/



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Okami

Cap. - 02 Dominância

                A luz amena do sol a despertou, driblando os galhos com folhas secas que foram colocados para camuflar a entrada, iluminou parcamente o pequeno local, desvencilhando do garotinho que dormia consigo a rosada deu um suspiro pesado ao lembrar do que acontecera no dia anterior, sentia uma ardência no peito derivada da culpa que emanava dali, meneou a cabeça, não podia continuar pensando naquilo, não havia como voltar atrás e mesmo que houvesse duvidava muito que conseguiria fazer algo diferente, levantou do chão poeirento e decidida tratou de pegar uma roupa simples já separada a um canto da toca, vestiu - se completamente, não esquecendo de amarrar um casaco a sua cintura e uma bandana no topo da cabeça, depois ocupou - se de desembaraçar os cabelos róseos levemente sujos de terra e neve, voltou a suspirar seu merecido banho teria que esperar...

- Mana? - A voz infantil de Bucky a incentivou a continuar com o que tinha em mente afinal era seu dever como uma Haruno, virou - se para ele e lhe atirou uma calça jeans e uma camisa azul antes de começar a tarefa de juntar o que precisariam para a viagem. - Vamos pra onde agora?

"- Considerando que nosso bando foi massacrado, Portugal é nossa melhor escolha, precisamos nos juntar aos membros restantes da família...".

- Mas não é perigoso? Quer dizer... os templários podem... - Começou o menino controlando - se para que sua voz saísse firme, mas ainda era muito jovem e por isso facilmente amedrontava - se e procurava proteção de algum membro da familia, pois se não o fizesse dificilmente chegaria a idade adulta em meio ao ambiente hostil em que viviam.

"- Não ousarão vir atrás de nós depois do que fiz com seus 'preciosos' cães e até arrumarem outros estaremos longe." Devolveu terminando de colocar algumas roupas e comida em uma mochila.

                Sem mais nada dizer ela andou com cautela até a entrada da toca e se espremendo por ali saiu completamente, parou estreitou os olhos verdes e estudou o a floresta com nariz e ouvidos atentos, estava bem silencioso, mas não era de se admirar em um inverno como aquele. Ficou mais algum tempo atenta a qualquer coisa suspeita, mas por fim meneou a cabeça para o garoto que apressou - se a sair da toca e colocar - se ao seu lado.

                Quando a moça deu dois passos Bucky passou a acompanha - lá, sempre mantendo certa distancia, afinal ela era a líder e não podia ser emparelhada, muito menos ultrapassada por um subalterno como ele, sorriu, quando aquele pensamento o tomou, era muito melhor aquilo do que estar sozinho.

                Seria uma viagem curta, mas mesmo assim muito arriscada, porem quanto mais tempo ficassem lá, mas difícil ficaria se esconder, tinha certeza de que a força e agilidade fora do comum da líder seria suficiente para mante - los bem alimentados ao longo do trajeto, mas sabia que mesmo ela não poderia fazer tudo sozinha por muito tempo, por isso quanto mais cedo encontrassem o restante da família melhor seria para ambos.

"- Bucky..." - Chamou ela parecendo muitos anos mais velha do que realmente era. Ergueu os olhos e quando a fitou pode ver um sorriso triste em seu rosto, um sorriso que só podia aparecer em alguém que sofrera um duro golpe da vida. "- Por enquanto somos apenas eu e você, a viagem será perigosa então é melhor estar preparado..."

- Eu... Eu estou mana! - Respondeu correspondendo ao olhar dela, então quando a viu disparar em uma corrida constante não hesitou em segui - lá, o passo leve, sem esforço e cheio de vitalidade, típico do animal que dormia dentro de si.

- Ei teme é melhor você ajustar a câmera B depois dessa!!! - Berrou um rapaz loiro, de olhos azuis e três riscos em cada bochecha enquanto descia do ônibus finamente pintado e muito sofisticado por dentro.

- Vai encher o saco da sua mãe dobe! - Devolveu o outro, um moreno de cabelos rebeldes sentado próximo a uma bela fonte com algumas lentes e peças pretas sobre o colo, parecendo pouco disposto a largar o que estava fazendo para atender o amigo. - Estou ocupado, arrume você as coisas para aquele pervertido.

- Olha como fala Uchiha! - Repreendeu o homem de longos cabelos brancos e sapatos de madeira se aproximando com uma mulher em cada lado mão. - É assim que você agradece por seu generoso empregador que além de te pagar um dinheirão por mês  ainda lhe traz para lugares incríveis com garotas mais incríveis ainda?

- Pra começar, você não é generoso, o salário que recebo é o padrão para o meu serviço e as viagens que fazemos são só para filmar esses comerciais eróticos que só velhos tarados como você gostam. - Respondeu desencaixando a câmera do tripé e ignorando o olhar rabugento de seu chefe passou a encaixar as peças e a lente nos lugares certos, com um estalo o ultimo entrou pro lugar e o aparelho deu um apito e acendeu a luz vermelha, mostrando - se pronta para trabalhar.

- Humpf... como você tem falta de visão! Os comerciais que dirijo tem poesia, elegância e...

- Mulheres com trajes minúsculos que sempre acabam dando um jeito de terminar com um dedo na boca na pose mais sensual e clichê do mundo, sinceramente, não sei como tem idiotas que ainda amam uma coisa dessas... - Comentou parecendo entediado enquanto voltava a colocar a câmera no tripé, depois dando pouco caso para as reclamações do outro lhe deu as costas e com as mãos enfiadas nos bolsos da calça sumiu no meio da multidão que lotava as ruas daquela grande cidade.

- Esse moleque... - Resmungou o velho meneando a cabeça com um dos punhos cerrados, porem pareceu esquecer o motivo de sua raiva assim como do equipamento que ainda restava para arrumar quando as mulheres ao seu lado lhe sorriram sugestivamente, devolveu - lhes uma mirada pervertida e nem tentou conter a 'mini' hemorragia nasal que seus pensamentos hentais estavam causando, é talvez Sasuke tivesse razão, ele era um tarado mesmo.

- Francamente... - Resmungou o moreno ignorando as belas construções que se erguiam ao seu redor assim como as pessoas por quem passava, estava furioso para registrar qualquer coisa que não fosse a sua vontade de voltar lá e espancar o seu 'chefe'. - Tem que se ter um cérebro de alface para gostar das porcarias sem nexo que aquele imbecil produz...

                Decidido a ficar algumas horas afastado do local onde ocorreriam as gravações, ele permitiu - se parar e escorar as costas em uma parede qualquer, cruzou os braços e de olhos fechados tentou tranquilizar - se em questão de estar ali, tão longe de casa, fazendo algo que não gostava para alguém que literalmente odiava. Sacudiu a cabeça tentando colocar os pensamentos em ordem, por mais que não lhe agradasse estar ali precisava do dinheiro e para consegui - lo era necessário cooperar mesmo que um pouco.

"Merda!" Praguejou internamente ao se dar conta de que não podia continuar daquele jeito, precisava voltar, realizar toda e qualquer tarefa que lhe oferecessem e em casos mais extremos pedir desculpas.  Cerrou os punhos e com um suspiro desencostou - se do cimento frio, bufou e voltou a colocar as mãos nos bolsos da calças, preparando - se mentalmente para o que teria que fazer.

- Hey! Why all this hurry?*¹ - Aquela pergunta feita em sotaque puramente inglês atraiu a sua atenção assim como a 'debandada' de várias pessoas quando dois vultos passavam a toda velocidade por eles.

"O que diabos...?" Começou estranhando aquilo, era muito incomum alguém sair correndo de repente naquela cidade, ali não era uma grande metrópole onde tudo parecia ser para ontem.      Estreitou os olhos negros quando percebeu o motivo daquela corrida, havia quatro homens perseguindo quem passara a pouco com três cães latindo enlouquecidos e forçando as correntes, convictos de que pegariam suas presas. As pessoas que tinham sido afastadas pelos perseguidos, se afastaram mais ainda dessa vez por vontade própria, com medo tanto dos animais quanto de quem os guiava de maneira tão desprezível.

                Curioso com o que aquilo se tratava e também não gostando da covardia explicita pelo grupo ele virou a esquerda no lugar em que estava e rapidamente se guindou para cima de um muro mais a frente, andou sobre ele vários metros até que encontrou um apoio na casa vizinha e enganchou - se nele subindo sem dificuldade no telhado feito de telhas pequenas e rústicas, parou por um momento e observou, em poucos segundos conseguiu identificar os vultos que ainda corriam entre a multidão e o que viu o deixou mais revoltado ainda, aqueles desgraçados estavam perseguindo uma mulher, uma mulher de cabelos róseos e uma criança, um pequeno menino que não aparentava ter mais de sete anos e que só não ficava para trás por que era segurado fortemente no pulso pela rosada.

"Bando de covardes!" Berrou para si mesmo enquanto assistia - os naquela corrida desenfreada, os perseguidores estavam cada vez mais próximos, precisava fazer alguma coisa, não podia deixar que eles simplesmente... "Mas que porra é essa?"

                Aquela pergunta se fez presente na sua cabeça quando a mulher pegou o menino no colo e acelerou o passo, como ele nunca imaginou que seria capaz, não era para ela estar cansada? Já estava fugindo e arrastando aquela criança á vários minutos, por que não demonstrava algum tipo de fadiga? De onde vinha aquela força toda? Será que só o fato de ter que proteger o garoto a tornava insensível a dor que devia sentir nas pernas devido aquele esforço?

"Talvez seja isso, minha mãe sempre diz que uma pessoa para proteger alguém querido é capaz de superar até mesmo os próprios limites, mas mesmo assim ela não vai conseguir se livrar tão facilmente dos cães, o máximo que vai poder fazer é afasta - los." Pensou enquanto se esforçava para pular de telhado em telhado apenas para poder acompanhar o desenrolar daquilo e é claro para ver se haveria algum jeito de intervir e impedir o que prometia ser uma verdadeira carnificina. "Tenho que pensar em algo e rápido...".

                A rosada diferente dele parecia ter uma estratégia em mente, pois segurando o menino mais forte aumentou sua velocidade até conseguir tomar certa distancia dos perseguidores de modo que quando virou outra esquina escapando da vista deles por alguns segundos não hesitou em erguer o garoto nos braços e com alguma dificuldade passa - lo por cima de um grande muro onde pelo barulho de folhas sendo esmagadas ele cairá sobre um arbusto, também foi sem hesitar que a mulher pegou um punhal que trazia na barra da calça e cortou a palma de sua mão, fazendo fluir dali sangue fresco e tentador ao cães que a perseguiam, com determinação ela voltou a correr fazendo questão de marcar com o liquido carmim as paredes mais distantes, espalhando dessa forma o seu cheiro pelo ar e encobrindo o do garoto que escondera.

"Hum... é um bom plano, veremos agora se vai dar certo..." Cautelosamente o Uchiha mais novo passou para outro telhado e depois para mais outro até estar sob o da casa que residia no quintal onde o menino estava escondido tremulo e ofegante no meio daquela folhagem toda.

                Os latidos dos cães aumentaram e o garoto encolheu - se mais ainda junto a dobra do muro, os olhos fechados, a respiração quase nula apesar de sua vontade louca de ofegar devido ao esforço que fizera. De cima do telhado Sasuke observou os animais pararem na curva de repente confusos sobre que caminho seguir, o mais velho um perdigueiro aparentando ter anos de experiência em caçadas, levantou o focinho e farejou longamente enquanto os outros dois mais jovens e imaturos apenas olhavam para todos os lados abanando os rabos loucos para ter algo para enfiar os dentes.

"Aquele vira - lata maldito parou... o cheiro do moleque não foi totalmente bloqueado..." Pensou Sasuke descendo lentamente pelo canto oposto ao do grupo e segurando em uma escada de incêndio, preparando - se para uma manobra arriscada a qualquer reação que indicasse que os cães acharam o rastro do pequeno, nem ele mesmo entendia o porque de estar fazendo aquilo, colocar sua vida em risco para ajudar um total desconhecido não era do seu feitio, mas depois do que vira a rosada fazer para manter aquela criança segura, não podia  simplesmente ignorar aquilo e virar as costas o largando a própria sorte. "Devo estar ficando louco... de qualquer modo se já cheguei até aqui, não vou voltar atrás, só espero não me tornar um brinquedinho de morder desses bichos também...".

                O perdigueiro continuava farejando o ar em busca de alguma pista que lhe indicasse para que lado foram as vitimas, enquanto o moreno esforçava - se para manter a atenção sobre o menino sem expor - se aos seus perseguidores.

- Quel chien? Perdu la trace de ces démons?*² - Um dos homens praguejou depois de alguns minutos de hesitação por parte do cão que choramingou e se encolheu temendo apanhar. - Ache - le!*³

                Em resposta o cão virou o focinho em direção ao horizonte e pareceu captar o cheiro do sangue da garota, pois deu um uivo de caçador e se pos a correr juntamente com os outros dois cães e seus donos que reanimados o seguiriam sem nem cogitar que por alguns minutos estiveram ao lado do mais frágil dos dois alvos, separados apenas por uma parede fria e alta de cimento.

*¹ Ei! Por que essa pressa toda? - Inglês

*² O que há cão? Perdeu o rastro daqueles demônios? - Frances

*³ Ache - os! - Frances


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Notas finais do capítulo

Sim, o Sasuke e o Naruto trabalham pro Jiraya, sim tem bela modelos a sua volta e sim a Sakura acabou de chegar a cidade acompanhada de Buck, sendo perseguida por homens e cães, Sasuke vai tentar ajudar o menino que ela se esforçou para proteger... mas no que será que isso resultara?