Alguns meses depois...

Com certeza nesses últimos meses tiveram tapas e beijos com o casal. Se é que você me entende... Mas, naquele dia era diferente.

Amu estava no banheiro da Editora da Revista, a mesma parada sem acreditar no que via nas suas mãos. Na sua mão esquerda estava uma caixa e na direita o teste! Amu sorrir e depois guarda na caixa e coloca na bolsa novamente.

Ela esperava a hora passar para que assim pudesse ir para casa o mais rápido o possível  e contar a novidade para o seu marido. Parecia que o tempo não passa quando se estar ansiosa demais por algo. A hora demorou para passar, mas finalmente chegou! Amu se levanta, guarda suas coisa pega a sua bolsa, dar um “tchau” para suas amigas do trabalho e vai embora.

Depois de 30 minutos ela parou de frente de uma casa linda de dois andares. Apenas uma luz estava acesa que era da sala, Ikuto sempre deixava quando sabia que sua esposa chegaria tarde em casa. A garota sai do carro e vai até a porta, retira a chave de sua bolsa e abre a porta. Rapidamente sobe as escadas e entra no quarto onde havia um rapaz de cabelos azulados sem a camisa dormindo tranquilamente na cama. Amu se aproxima da cama e senta do lado dele e com uma mão ela o balança tentando acordá-lo...

- Ikuto, amor, acorda. Vai!! – Pediu ela.

- Hoje não, Amu. Tô cansado. – Respondeu Ikuto com a voz sonolenta se virando para o outro lado.

- Mas Ikuto, eu preciso te contar um coisa! Então acorda!!! – Amu agora o balança mais forte com as duas mãos.

Ikuto virou-se para ela e abriu um pouco de seus olhos safiras.

- Diz logo o que você quer... – Ele boceja. – Por que eu preciso dormir...

- Mas assim não tem graça nenhuma! – Reclama a garota. – Mas tudo bem. Olha, Ikuto, eu estou grávida! Eu fiz o teste hoje e deu positivo!

Ikuto rapidamente abre os olhos e se senta. Ficou sem acreditar no que acabou de ouvir.

-Você tem certeza?

- Claro que tenho! Eu não queria contar, mas fiquei um pouco em duvida, já que minha mestruação estava atrasada... – Explicou corando um pouco, mas deixou isso de lado e o abraçou o seu marido. – Vamos ter nosso primeiro filho! Tô tão feliz!!

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5 Anos depois...

Na verdade, Amu e Ikuto tiveram os seus dois primeiros filhos. Sim, era um casal de gêmeos. Ambos as duas crianças agora com 5 aninhos. Os dois irmãos tinha cabelos azulados iguais do pai e olho âmbar e pele branquinha igual da mãe.

Uma bela garotinha de cabelos longos azulados, trajava um pijama rosa com estampa de pequenos ursinhos amarelo claro, sentada na escada segurava na sua mão esquerda um urso de pelúcia de pelagem marrom com um laçinho vermelho em volta de seu pescoço ao seu lado o nome da garotinha era Misaki. Ao seu irmão um lindo garotinho de cabelos curto e azulado, vestia um pijama azul claro cheio de pequenos astronautas com minúsculas estrelinhas, seu nome, Haru. Ambos os irmãos sentados na escada, escutava a conversa abafada de seus pais que aos a voz foram aumentando.

- Amu, você tem que ter tempo para seus filhos! – Diz ikuto. – Agora você tem um família!

- Eu sei, ikuto, eu sei, ta legal? Mas também preciso trabalhar, ué!

- Trabalho, trabalho, trabalho. Sempre o trabalho! – Ikuto antes de se levantar do sofá, bate com as duas mãos na mesinha de centro. – Você tem dois filhos. Eles precisam de uma mãe por perto, caramba! Você não entende isso?

- O que você quer que eu faça? Que eu pesa demissão?! – Amu dá a volta na mesinha ficando de costa para a escada. – Eu te ajudo a pagar as porcarias das contas!

- Eu não to falando isso... – Diz Ikuto um pouco mais calmo. – Apenas quero que você pare de chegar em casa tarde...

- Você sabe muito bem que trabalho como Editora e não tenho hora para chegar em casa. – Explicou a esposa. – Ikuto, você sabe o quanto foi difícil para eu chegar onde estou. E não é agora que vou voltar para trás...

Aos poucos as duas crianças desceram as escadas e pararam de frente para seus pais. Haru segurava a pequena mãozinha de sua irmã que estava chorando e a mesma tentava secar as suas lágrimas com o outro braço livre.

- Crianças, o que estão fazendo fora de seus quartos? – Perguntou Amu olhando para eles.

- Provavelmente se acordaram com o barulho. – Ikuto se aproxima deles e se abaixa e assim pegando a garotinha na colo a mesma apóia a cabeça no ombro do pai, com a outra mão, Ikuto segura a mão de seu outro filho. – Vamos, papai irá contar uma historia para vocês dormirem.

- Papai, conta a do Pinóquio! – Sugeriu o garotinho Haru.

- Não. – Diz a garotinha Misaki. – Hoje sou eu que escolho!

- Isso ela tem razão, filho. – Respondeu o pai caminha na escada.

Amu, Ficou ali, parada vendo aquela cena dos três que parecia novidade para ela. Porque talvez Ikuto tinha razão... Ela trabalha demais que ainda não evoluiu muito com seus filhos, pois aquela era a prova: Os seus filhos nunca pediram para ela ler uma simples historinha. Ela estava perdendo o contato com a sua família. A família que sonhou ter ao lado de Ikuto...

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11 Anos depois...

Agora os gêmeos tinham os seus 16 anos. Visual mudado e estilo diferentes. Haru, virou um belo adolescente de cabelos curto igual ao pai, mas só que bem bagunçado, nos lábios havia um persigne de argola pequena de prata. Ele adora usar roupas largas, mas ama irritar a sua irmã.

Misaki, apelida carinhosamente de Misa. Deixou o cabelo longo por um curto repicado até os ombros, adora fazer o seu próprio estilo, mas ama tirar uma da cara de seu irmão quanto tem uma oportunidade.

Amu conseguiu chegar no topo, agora é assistente pessoal da Dona da Editora da Revista de Moda mais famosa do Japão! Mas, claro que quando sobe na vida, perdemos algo. E por causa disso e de outra coisa a levou ela à separação. Mora agora em um apartamento confortável que fica bem mais perto do seu trabalho. Amu deixou que o seu ex-marido ficasse com a casa por causa de seus filhos que preferiram morar com o pai. E todos os fins de semana, o casal de gêmeos iam para a casa da mãe. Isso virou rotina dos quase 2 anos de separação...

Amu e os seus filhos saem do carro que estava parado de frente a uma casa grande e linda de dois andares. Ambos, Misaki e Haru desde a casa de sua mãe estão discutindo por causa de uma “brincadeira” de mal gosto de Haru que parece que ele perdeu um cordão de sua irmã. Presente de 15 anos que Ikuto a deu.

Amu com a copia da chave da casa, a mesma a coloca na fechado e a vira e fala:

- O que aconteceu com vocês dois? Vocês eram tão unidos quando crianças. – Sorriu a mãe.

- Quando eu e o Haru éramos crianças, você e o papai também eram muitos unidos! – Respondeu Misa com a cara feia empurrando a porta e entrando na mesma hora.

A garota passa por uma porta que ficava antes da escada por onde agora ela subia. Um homem de cabelos azulados e molhados sem camisa, apenas estava com uma calça moletom na cor cinza e com uma toalha branca em volta dos seus ombros. Ikuto não tinha mais aquele corpo de adolescente, ele agora tinha músculo. Ele sempre fazia academia quando tinha tempo.

Ikuto sai daquela porta na que alguns segundos atrás a sua filha havia passado e nem sequer falou uma única palavra com ele. Ele ficou encarando as escadas por alguns segundos e depois olhou para a porta de entrada, onde havia uma mulher de cabelos rosados e um garoto, ambos os dois encaravam as escadas. Amu parece que não percebeu a presença de Ikuto, o seu ex-marido.

- Sejam bem-vindos de volta.– Diz Ikuto se aproximando e assim por fim Amu percebe a sua presença e o olha. – O que aconteceu com a Misa?

Ikuto para de perto do sofá. Haru sorrir forçado e cassa a sua cabeça.

- Talvez ela brigou com a mamãe, novamente. Eu acho... – Respondeu o filho. Ele vai até o pai e fica ao seu lado.

- E qual foi o motivo desta vez? – Perguntou Ikuto olhando Haru.

 - Sei lá. – Deu de ombros o garoto. – Eu acho que nem estava na hora!

- E então, Amu, o que você fez com a nossa filha? – Ikuto agora a olha.

- Como é que é? – Amu vê que Ikuto sorria maliciosamente e aos poucos as bochechas dela foram ficando rosadas. – Humf! Vou pro meu trabalho. Tchau filho. Fim de semana eu passo aqui de novo.

Amu se vira e fecha a porta, pega o seu carro e vai embora.

Haru com um sorriso maroto, bate de leve nas costa do homem ao seu lado.

- Olha só pra você, pai. Você ainda consegui fazer ela corar. – Comentou Haru olhando a porta. – Você tem que me ensinar isso!

- Sai fora, moleque. Um bom pervertido nunca revela suas técnicas! – Brincou Ikuto bagunçando o cabelo do filho. – Vou falar com a sua irmã.

- Qualé, pai. Vamos jogar game um pouco! – reclama Haru vendo o pai subir as escadas.

- Vai colocando o jogo aí e fica praticando um pouco para ver se você ganha de mim. – Diz Ikuto subindo as escadas enquanto respondia o filho.. – Eu já volto.

Ikuto para de frente de duas portas brancas. Ao seu lado esquerdo a porta estava com umas placas. Uma delas dizia: Não entre! E com alguns adesivos de caveiras e outras coisas; A do lado direito estava estável e bem conservada. Então Ikuto bate na mesma. Ele espera um pouco antes de abrir e entra logo em seguida.

O quarto era da cor lilás com uma única parede branca, perto dela tinha uma escrivaninha e na parede um mural cheia de fotos. Tinha uma sacada perto da mesma. Na outra parede tinha um closet embutido na parede na cor branca, uma cama fica de frente á escrivaninha com um lensou branco cheio de pequenas flores rosa com folhinhas verde. Misaki sentada na cama com o seu violão apoiado em suas pernas. Ela estava concentrada em cada nota que tocava.

Ikuto se aproxima e coloca as mãos nos bolsos da frente de sua calça moletom. Olha em volta do quarto e depois olha para a filha que não parecia estar incomoda com sua presença.

- Não sei se eu já te falei, mas o seu quarto me lembra o de sua mãe quando adolescente.... – Comenta Ikuto.

Misaki para de tocar para assim encará-lo e ver até aonde desta vez vai a conversa.  Ikuto sentou do lado dela na cama e a garota coloca o seu violão encostado na parede ao lado.

- E então, Misa, porque você e sua mãe brigaram? – Perguntou Ikuto. – E sem contar o que você falou para ela na frente de casa...

- Ah, pai, desta vez não foi com a mamãe e sim com o Haru. – Respondeu Misaki. – Aquele cabeça oca. Um plagiador barato! Aquele cosplay mal feito do senhor!

- Cosplay mal feito? O que você quer dize... – Foi interrompido.

- Esquece, pai, esquece. – Falou a garota se jogando o próprio corpo para trás e a mesma fecha os olhos.

- O que o Haru fez?

- Ele pegou o meu cordão da sorte e perdeu!

Ikuto suspira e se levanta, vai até a porta do quarto da garota e coloca a cabeça para fora e chama:

- Haru, suba aqui!!

O garoto estava no sofá com um controle de XBOX nas mãos. Colocou o jogo em pausa ao ouvir o seu pai o chamando. E no mesmo tempo ele congela.

- Ferrou! – sussurrou para si mesmo.

Haru coloca o controle do jogo na mesinha de centro e sobe as escadas e entra no quarto de sua irmã. O garoto ficou de frente para ela que agora estava sentada na cama novamente. Ikuto ficou em pé entre os dois com os braços cruzados.

- Haru, onde estar o cordão de sua irmã? – Perguntou o pai encarando o garoto.

- Pai, você pegará um resfriado. Agora você tem mania de andar pela casa só de calças, é? – Falou Haru tentando fugir do assunto.

- Não tente mudar de assunto! – Diz Ikuto sério.

- AAahh, seu moleque!! – Misaki se levanta e corre na direção de seu irmão gêmeo para pegar o seu pescoço, mas Ikuto passa na frente dela e a segura. – Vou te matar, seu idiota!!

- Vem! Tenta!Tenta! – Provoca Haru rindo atrás de ikuto.

- Parem vocês dois! – Ordenou o pai com a voz alterada. – Haru, pare de provocar a sua irmã. Misa, se acalme!

Ikuto solta a menina e a mesma cruza os braços e encara o seu irmão e ele sorrir sinicamente para ela. O pai dos dois vira para o garoto.

- Dê agora o pingente dela. – Mandou ele sério.

- Mas pai... – Tentou questionar o garoto, mas foi interrompido.

- Eu disse agora, Haru!

- Tsk! – Se irritou o garoto colocando a mão no bolso de sua bermuda jeans. De lá ele retira um colar com um pingente em forma de coração de ouro com uma pequena pedrinha embutida no lado direito do coração. Haru estende para a irmã. – Aqui.

- Muito bem. Agora vamos deixá-la sozinha. – Diz Ikuto acompanhando Haru até a porta.

Misaki chama o seu pai. Então, Ikuto manda Haru descer para ir jogando primeiro, então o homem de olhos safiras volta e sentou-se ao lado da garota e a mesma com a corrente em suas mãos olha pra baixo.

- Pai... Eu não queria falar aquilo por mal pra mamãe... – Desculpou-se Misaki com a voz baixa. – Sei que fui dura, mas foi por causa da pressão com Haru e cabei descontando nela...

- Eu sei, querida. – Falou ikuto passando a mão no ombro dela. –Mas, você deveria falar isso para ela. Você não acha? Já ta na hora de vocês fazerem as pazes... – Ikuto se levanta vai até a porta. – Lhe chamarei pro almoço.

Ikuto sai do quarto e fecha a porta deixando Misaki no seu quarto. A garota abre o seu pingente com o design de coração e dentro dele havia duas pequenas fotografias em cada lado. No lado direito era uma foto dela com o pai, ambos fazia um “V” com os dedos; No lado esquerdo era de Haru com a mãe, o garoto abraça a mulher por trás, ele apoiava a sua cabeça no ombro dela.

Misa coloca  o colar no pescoço, onde era o seu devido lugar. Depois se deita com o meio sorriso pela primeira vez daquela manhã...