Blood Moon - A História da Loba Perdida escrita por LalaMarry


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Yooo pessoas :D Eu sei que eu fiquei um tempão sem postar, mas é que eu andei meio enrolada com simulado, trabalhos, etc e também ando meio abalada emocionalmente, mas enfim, como não viemos falar da minha vida, vamos a estória.

Boa Leitura!



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Criaturas me perseguem

Mistérios afloram

Dúvidas surgem

E você não espera a hora...


Apesar da falta de claridade eu conseguia enxergar o caminho pelo qual eu corria. Dessa vez não para sentir o vento da liberdade, mas para fugir.

Fugir dele.

Meus pulmões já estavam cansados do tanto que eu me esforçava, o coração acelerado já quase saindo pela boca e minha pele ardia em protesto aos arranhões causados pelos galhos e folhas que eu tentava desviar sem muito sucesso.

Eu sabia o quanto era inútil todo aquele meu esforço, mais cedo ou mais tarde ele me pegaria, só estava tentando adiar mais esse encontro. Era estressante o fato de eu não conseguir me transformar, pelo menos assim eu teria alguma vantagem, poderia correr por muito mais tempo ou até mesmo lutar com ele.

O rio que surgiu na minha frente era extenso demais para eu pular com a pouca energia que me restava, então me deixei cair dentro dele e senti a água gelada molhando minha pele e feridas.

Tentei me erguer e fiquei apoiada sobre as mãos, ainda arfando com o esforço e procurei por algo que estivesse na beira do rio.

–Sabe que não pode fugir de mim – a voz dele invadiu minha mente.

–Claro que posso – retruquei em voz alta.

Como não me respondeu, levantei e tentei ficar de pé, minhas pernas bambearam e sentei no chão, não havia como eu continuar.

–Você não muda, continua com a mesma teimosia.

Meu olhar foi sustentado pelo dele, não tinha como não olhar e ficar preso, era quase como um transe, técnica que funcionava muito bem com suas vítimas.

–Se quer tanto me matar, porque não o fez na primeira oportunidade?

Uma fileira de dentes pontiagudos apareceu em um sorriso em seu rosto.

–E quem disse que eu quero te matar, Caroline?- sua grande pelagem negra se dirigiu como um raio para cima de mim...

A jovem acordou com um sobressalto que a fez ficar sentada na cama. Percebeu que seu vestido havia sido lavado e agora estava dependurado na porta de seu armário de madeira. Ela ainda agradecida internamente Lena por ter conseguido inventar uma desculpa aceitável para sua partida sem se despedir de Chloe e a ter livrado de um grande constrangimento.

“Vou dever eternamente a ela” – pensou enquanto tirava as grossas cobertas de cima dela e calçava seus sapatos.

Ouviu alguém se aproximando e logo depois três leves batidas na porta.

–Entre! – disse em tom ainda alerta pelo pesadelo.

Lena entreabriu a porta e colocou apenas a cabeça para dentro.

–Sua presença está sendo solicitada na mesa de jantar, senhorita.

Ela assentiu com a cabeça, já se dirigindo ao armário.

–Já estou indo... E obrigada por ter me ajudado – sorriu.

Ela apenas piscou antes de fechar a porta.

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Enquanto descia as escadarias até o térreo da mansão, as imagens de seu pesadelo insistiram em atormentá-la.

“Não era para eu ter pesadelos frequentes assim, apenas as protegidas tem isso...”

Ao final das escadas, via-se um grande corredor com várias aberturas para diversos cômodos. Com postura reta e olhar penetrante ela atravessou-o, prestando atenção nas conversas dos empregados que faziam suas tarefas diárias.

–... Você viu o quanto ele estava arrumado? Para quem antes apenas lavava pratos ele está bem de vida...

–... Trabalho aqui há trinta anos, você não sabe quanta coisa estranha já presenciei neste lugar...

–... Acho que seria melhor se fossemos embora enquanto a notícia ainda não se espalhou pela cidade, senão não vamos poder mais fugir...

Caroline paralisou no lugar, toda sua atenção voltara para o cômodo donde escutara o último comentário.

–Mas afinal, alguém viu o assassinato? – questionou um dos mordomos da casa.

–Disseram que viram apenas um vulto fugindo do local e sua forma era humana, então não pode ter sido nenhum animal. – argumentou uma empregada.

–Como podem ter tanta certeza disso? Sabe-se lá que tipo de criaturas pode ter por aí... – o mesmo homem que fizera o comentário se manifestou.

A jovem esperou por mais informações, mas todos haviam voltado a suas tarefas e o assunto havia morrido, pelo menos por enquanto. Andou apressada até a mesa do jantar, pois já estava atrasada e seu tutor ficaria irritado com ela se demorasse mais.

–Querida Caroline, que bom que chegou! – Eric tinha um largo sorriso no rosto, mas tinha uma ponta de irritação em sua voz.

Ela se sentou na ponta contrária da mesa donde Eric estava sentado e ficou beliscando os pedaços de carne que eram servidos em bandejas de prata.

–Então querida, como foi o seu dia? – o silêncio estava perturbador para ele.

Ela conteve o impulso de erguer uma sobrancelha ao ouvir a pergunta dele, nunca fora de seu real interesse saber como fora o dia dela e “querida” não era seu modo comum de chamá-la, isso desde que sua esposa havia falecido, ou assassinada, como Caroline sempre desconfiou.

–Normal, fui tomar chá com a Sra. Chloe e fiz meus afazeres diários. – deu uma leve jogada de ombros e desfiou um pedaço da carne que acabara de ser posta na sua frente.

Ao final da resposta, ele apenas assentiu com a cabeça, mas ao terminar de comer, perguntou:

–E você não viu nada nem ninguém quando fugiu para a floresta?


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Notas finais do capítulo

Nossa deixei bastante suspense nesse capítulo...

Então, mereço reviews? Eu deixo vocês dizerem que odiaram/amaram/detestaram o que vocês quiserem.

Kissus



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