Blood Moon - A História da Loba Perdida escrita por LalaMarry


Capítulo 16
Capítulo 15 - Final parte 2


Notas iniciais do capítulo

Hi peoples!
Você nem acreditam como eu estou feliz de ter terminado mais uma fic (o que é raro de acontecer), posso dizer que vocês me ajudaram bastante com seus incentivos a continuar a história até aqui. E desculpem por toda a demora em postar, mas é bom ver que mesmo assim vocês continuaram acompanhando.

Boa Leitura e espero que gostem do desfecho!



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Que eu deixe bem claro

Cuidado ao andar

Pois nem tudo o que parece

Será o que diz ser .


O homem já estava começando a deixá-la sem ar.

Nathaniel até tentara ajudá-la, mas havia sido impedido por meia dúzia de canibais que tentaram deixá-lo em pedaços, fazendo sumirem sua única ajuda novamente floresta à dentro.

A jovem tentou livrar-se dele, mas era pequena e fraca em comparação a ele. Seus olhos brilhavam amarelados em fúria, poderiam ser capazes de abrir um buraco dentro dele, mas nem isso o afastava. Mas nem por isso ela desistia.

–Não vai me matar. – pronunciou ao mesmo tempo em que tentava capturar o máximo de ar que ainda era viável para seus pulmões.

A pressão que ele fez sobre o pescoço da jovem, deixou claro suas intenções.

“Não!” – gritou em pensamento, já que não conseguia mais respirar por causa da força que as mãos do homem exerciam.

O mordomo de Chloe estava prestes a matar Caroline quando uma faca de prata atingiu o meio de sua testa. O sangue escorreu por seu rosto e logo depois ele foi ao chão, libertando a jovem.

Chloe, ainda com o peito perfurado e agora, ficando cada vez mais negro em volta, sorriu ofegante pelo esforço que fizera.

–Sabia que um dia ele me traria problemas- virou-se de barriga para cima e ficou deitada, provavelmente esperando seu fim definitivo chegar.

Sabendo que também não poderia ajudá-la, Caroline respirou como se quase tivesse se afogado, o que a lembrou vagamente de um sonho que tivera, e foi à procura de Nathaniel e do Lua Vermelha.

“Espero que mais ninguém tenha morrido” – seguiu os cheiros e rastros que avistou.

Não demorou muito e encontrou Nathaniel. E por algum motivo decidiu abraçá-lo, talvez estivesse feliz ao sentir que mais ninguém morreria naquela madrugada.

–Você está bem, Má cherie? – disse mais pelo ato dela do que pelo seu verdadeiro estado físico.

Logo após uma mancha negra do tamanho de um cavalo surgiu. Restos de canibais ainda jaziam em seus dentes. Caroline tremeu ao imaginar o que ocorrera.

–Caroline. – ele chamou sumindo entre as árvores.

A jovem olhou por alguns instantes para o lugar onde ele acabara de ir e depois para Nathaniel, que deu de ombros sem ter ideia do que a esperava.

Obedientemente ela foi até ele, os olhos chamativos cravados nela sem piscar, talvez este estímulo não fosse necessário para ele.

–Sim?

“Quero te pedir um favor.” – sentou-se sobre as pernas.

Caroline pensou por um momento.

–Não antes de me dar uma explicação. – cruzou os braços decidida.

A longa fileira de dentes brancos se estendeu no que parecia ser um sorriso.

“Já era de se esperar que houvesse este requerimento. Você sempre quer saber algo.”

Ela suspirou tentando não dar meia volta e ir para o mais longe possível dele. Seu olhar e sorriso de lobo davam a impressão de estar cara a cara com uma figura macabra.

“Ainda teme que eu vá te matar, mesmo depois do que descobriu?”

Caroline se segurou para não ficar de boca aberta mais uma vez, aquela mínima frase que quase passara despercebida havia perturbando sua mente e seu lado loba também parecia remexer dentro de si tentando dizer algo.

Algo que ela também não havia reparado. Como havia sido tão ingênua de não perceber que tudo havia um encaixe?

“-Acho que esse é o fim da linha para a filha do Lua Vermelha.”

–Você... Isso é impossível! – afirmou, sabendo que era possível e até muito provável.

“Pare de mentir para si mesma, você queria saber a verdade, então aceite-a.” – a voz grave do lobo soou em sua mente.

–Diz logo o que você quer. – concluiu a jovem.

“Quero que transforme alguém para ficar no meu lugar.” – ele foi direto ao ponto.

–Como pretende que eu faça isso? – disse rindo em um estranho estado em choque.

–Arranhe ou morda um humano e deixe-o a beira da morte, mas não o mate. – pronunciou de modo calmo.

–E porque eu faria isso? – disse Caroline sem acreditar no pedido que lhe fizera.

–Não faria – concordou – Mas no final acabaria cedendo.

A jovem soltou um riso irônico, acabara de descobrir que o lobo mais temido das histórias que sua mãe adotiva contava para ela era seu pai e, logo depois, ele faz um pedido para que ela transformasse alguém para ser o novo Lua Vermelha no lugar dele.

“Claro. Os pais pedem coisas desse tipo todos os dias.” – revirou os olhos.

Não sabia como se comportar diante disso, nunca teve um pai, nem mesmo Eric chegara perto de ser um e diante de tal pedido, preferiu ficar há uma distância segura dele.

“E Isabele?” – perguntou o lobo com ansiedade na voz.

No mesmo instante a cabeça da jovem pareceu pesar e ficou pensando se ele também não se sentira desprotegido quando Isabele morreu.

–E... ela... – observou os atentos olhos dele que esperava uma resposta ansioso. -... Está morta.

Sentiu vontade de se encolher antes que ele avança-se sobre ela e a destroçasse, mas ao invés disso ele foi até onde o corpo de Isabele estava.

–Ei, espera! – falou, seguindo-o logo depois.

Nathaniel, que ainda estava no mesmo lugar esperando, impediu que ela chegasse mais perto e ficaram observando de longe.

Um olhar triste do Lua Vermelha estava recaído sobre Isabele, um olhar de quem falhou mais uma vez.

Caroline achou ainda mais improvável o pedido que o lobo fizera, como poderia passar o fardo para outra pessoa sofrer como ele estava agora?

–Vamos, temos que retirar os corpos de todos que possuem indícios que foram mortos por animais. – chamou Nathaniel, levando Caroline para dentro da mansão.

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Na manhã seguinte, o marido de Chloe, que fora um dos primeiros a fugir, relatou o acontecimento a polícia local. Em um primeiro momento eles pensaram em rir e dizer que ele estava louco, mas depois de terem assistido o homem quase chorar sobre o corpo de Isabele decidiram achar que estava apenas abalado pelo que ocorrera com sua família e mansão.

Quando conseguiu se acalmar, um dos policiais recomendou um descanso e, antes de partir, comentou que era impossível a possibilidade daquela história ser verdadeira, já que a morte das duas só poderia ser causada por mãos humanas, mas prometeu também que iriam interrogar outros que estiveram presentes.

Depois de irem de porta em porta na casa de todos os convidados, chegaram à conclusão de que todos haviam sumido.

Ninguém rertonara para casa.

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Caroline jogou o último corpo sobre a correnteza do rio antes de perceber que havia um homem parado próximo a mesma. Sua pele era pálida pela falta de banhos de sol e a cor de seus olhos ficava entre o castanho e o vermelho-vivo.

–Terminei. – ela se virou já o reconhecendo.

–Agora que terminou pode ir. – ele indicou a floresta.

A jovem olhou momentaneamente confusa.

–Ir para onde?

Ele mostrou sua longa fileira de dentes brancos, agora humanos.

–Você está livre, pode ir para onde bem entender.

O modo como ele falava de liberdade era bem parecido com o de Caroline, soava como o mais doce mel.

–Está pronta, Má cherie? – Nathaniel também parecia animado em sair daquele lugar.

–Sempre estive... Mas só vai comigo se me alcançar! – desafiou.

Eles se prepararam para correr, mas antes ela se dirigiu ao Lua Vermelha.

–E você? E Eric?

Ele apenas balançou a cabeça.

–Já vivi por tempo demais, fracassei em meu propósito, não me resta mais nada. Talvez eu fique nesta forma humana durante algum tempo e se eu não conseguir me adaptar... – ele deu de ombros – Ainda assim pretendo passar meus últimos suspiros como um lobo almadiçoado. Agora vá, ainda tem que aprender muito sobre a nossa natureza. E a propósito eu já cuidei dele. – ele indicou a fumaça que subia para o céu.

No final, Eric provara de seu próprio veneno.Ela assentiu.

–Pode deixar. E... Adeus... Pai. – ela sorriu e partiu floresta adentro.

“Seja livre, Caroline.” – as palavras de Isabele soaram em sua mente e um grande sorriso de triunfo surgiu em seu rosto.

Mas ainda tinha algo a fazer.

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O tempo passou e as florestas diminuíram, o ar se tornou menos respirável e prédios e construções se ergueram.

Era uma noite de inverno e nevava, mas nem isso impedia bailes e clubes a ficarem vazios.

Um homem jovem com seus 20 e poucos anos andava nas ruas próximo a um dos clubes mais agitados da cidade. Seus olhos cinza detiveram-se em um dos becos ao lado do clube, onde estava encostada uma das criaturas mais lindas que já vira.

O short cos alto combinava com o top que usava e os atrativos olhos azuis selvagens eram destacados por seu cabelo negro como a noite. Ela assoprou a franja rente as sobrancelhas e indicou com o dedo para ele se aproximar.

Ele não costumava a seguir mulheres misteriosas por becos, mas a natureza exótica dela chegava a hipnotizá-lo.

–O que você quer? – ele perguntou curioso.

Ela apenas sorriu e envolveu os braços dele em sua cintura.

–Quero que me perdoe por isso. – seus olhos mudaram para um estranho tom amarelado.

Os momentos seguintes ocorreram rápido demais para que ele pudesse acompanhar.

Suas unhas se alongaram e penetraram a pele dele e mordeu seu pescoço, já que era o lugar mais próximo a sua boca. Ela colocou-o no chão, estava paralisado de surpresa pelo ataque repentino.

Ela limpou suas unhas e boca em um lenço e beijou-o rapidamente.

–Espero que um dia me perdoe e, é claro, cuide bem dela.

O homem não entendera nada e sua visão foi embaçando à medida que via os saltos da misteriosa mulher se afastando.

Um grande fardo estava destinado a ele e a primeira coisa que aprendera logo de cara:

Nada é o que parece ser.



FIM


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e obrigado por lerem.
Estou indecisa se escrevo outra história dessa série ou outro tema diferente, o que acham?

Kissus e até a próxima fic!



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