Blessed With A Curse escrita por Mari Bonaldo, WaalPomps


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOI FLORES DO JARDIM DA WAAL.
MAIS UM CAPÍTULO NINDO PRA VOCÊS, PORQUE FINCHEL TÁ QUE TÁ PEGANDO FOOOOOG.
E eu to meio anormal, é.



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No dia seguinte tudo estava silencioso quando Finn acordou. O sol brilhante entrava pela janela e irritava seus olhos. Ele sentou-se na cama, coçando os olhos inchados para livrar-se do sono. Quanto tempo ele havia dormido?

Ele esticou o braço para alcançar seu aparelho celular, sentindo uma pontada de dor nas costelas, graças ao choque contra o sofá na noite anterior. 14:30.

Finn se levantou da cama com calma, esticando o corpo e descendo as escadas. Seu estomago clamava por comida. Sentiu um delicioso aroma vindo da cozinha e desceu as escadas rapidamente, sendo impulsionado pelos roncos em sua barriga.

Ao chegar à cozinha, encontrou uma Rachel muito bem arrumada, tirando biscoitinhos do forno. Ela cantarolava alguma coisa baixinho.

- Bom dia. – ele disse.

Rachel se virou assustada quando ouviu a voz rouca de Finn.

- Oi.

A voz de Rachel saiu dura, e Finn sentiu uma leve pontada no peito ao se lembrar de como ela costumava se pendurar em seu pescoço e selar seus lábios pela manhã. Ele mordeu os lábios, tentando expulsar as lembranças. Tudo estava tão diferente agora, e o culpado era ele.

- Hm... – ele murmurou, pegando um dos biscoitinhos caprichados nas mãos e colocando na boca. – Estão deliciosos. – disse com a boca cheia.

- Obrigada. – ela respondeu. Finn pôde perceber que Rachel estava limitando-se a falar somente o necessário com ele, e apesar disso não faze-lo contente, ele sabia que tinha que respeita-la.

Mas não pode evitar franzir as sobrancelhas quando viu Rachel colocar os biscoitos dentro de um saquinho de plástico decorado.

- O que está fazendo? – ele perguntou.

- Embrulhando os biscoitos para presente.

Finn soltou o biscoito que estava comendo. Uma ideia passou por sua cabeça. Uma ideia que fez suas mãos formigarem.

- São... São para o seu amigo, não é? – a voz dele saiu levemente irônica ao dizer a palavra “amigo”, mesmo que ele não pretendesse.

Rachel revirou os olhos.

- São sim Finn.

- Vai ver ele novamente, hoje? – Finn não pôde evitar deixar de perguntar, sentindo o coração queimar de ódio quando a cabeça dela balançou para cima e para baixo. – O que está rolando entre vocês dois? Você nem sabe se ele é de confiança. Viu ele ontem, voltou de madrugada, vai ver novamente hoje e ainda levar um presente.

Rachel bufou e jogou o saquinho de biscoitos na mesa.

- O que eu faço ou deixo de fazer com a minha vida pessoal não é mais da sua conta, Finn. Deixou de ser quando você terminou tudo, lembra?

- Eu...

- Chega! – Rachel o interrompeu. – Você não quer seguir com a sua vida? Ótimo. Mas eu quero. Eu ainda tenho sonhos Finn. A única diferença é que agora nenhum deles envolve você.

Finn não conseguiu fazer nada, a não ser observar Rachel terminar de guardar os biscoitos, pegar seu casaco e sair porta afora. Depois apoiou a cabeça nas mãos, sentindo que novas lágrimas se formavam. Tudo o que ele queria era dizer que a amava.

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- Tem sorvete na sua boca. – disse Rachel, aos risos, observando Mattia se lambuzar com seu sorvete de menta.

- Aqui? – ele perguntou, passando a língua ao redor dos lábios e fazendo as risadas de Rachel aumentar consideravelmente.

Ela negou com a cabeça e se inclinou sobre a mesa com estilo retro, limpando a boca dele com o próprio dedo. Mattia sorriu e tomou a mão dela na sua, quando Rachel sentou-se novamente.

- Gosto do seu sorriso. – ela disse, honestamente. Ele sorriu mais abertamente.

- Eu gosto de tudo em você, Miss Berry.

Rachel riu.

- Você nem sabe quem eu sou.

Mattia deu de ombros.

- A única coisa que sei é que você me faz bem e eu não me sinto perdido. Não mais. E isso basta pra mim.

- Isso é meio precipitado, não acha? – ela disse, tentando esconder o quanto aquelas palavras inflaram seu ego.

- Honestamente? Não. Sou da filosofia que nunca é cedo ou tarde demais pra mostrar o que sente. A única coisa não permitida é esconder.

Rachel observou o rosto concentrado de Mattia, a pele branca contrastando com o sobretudo negro. Ele a olhou também, e fez um pequeno círculo em sua mão com os dedos.

De repente, a língua de Rachel invadiu a boca de Mattia, sentindo com secreto prazer o sabor da baunilha se fundir com o do chocolate belga. As mãos macias dele acariciaram com delicadeza o seu rosto, e em questão de segundos Rachel tinha a absoluta certeza de que os italianos eram os mais quentes.

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Finn sentou-se na cadeira em frente aos computadores ao lado de Santana. Na última missão, quem estava lá era Brittany, mas agora, graças ao acidente e suas conseqüências, Finn não poderia acompanhar Rachel na invasão ao apartamento de Gian.

Ele sentia-se extremamente nervoso aquele noite. Rachel havia passado a tarde com seu amigo e depois voltara com um sorriso largo no rosto. Ele gostava de vê-la feliz, mas  não gostava de saber qual era a razão de seu sorriso.

- O que você sabe sobre ele? – disse Finn à Santana, enquanto eles observavam Rachel e Brittany abrirem a porta do apartamento de Gian com um pedaço de arame.

- Sobre quem? – ela respondeu, sem tirar os olhos da tela do notebook. Confiava na capacidade de Brittany, mas, como qualquer namorada, preocupava-se com ela.

- O amigo da Rachel.

Santana ficou em silêncio alguns segundos. Mais cedo, naquele mesmo dia, ela tivera o prazer de conhecer Mattia. Ela e Brittany encontraram Rachel e ele tomando um sorvete no centro de Elba.

- O nome dele é Mattia. Ele é médico. Aliás, foi ele quem ficou responsável por você no dia de seu acidente. Ele e Rach se conheceram na praia e basicamente tornaram-se amigos.

Finn ficou em silêncio, fitando o notebook.

- Ele é um bom homem, Finn. Confio nele. E você deveria confiar também.

- Agente Lopez. – a voz de Rachel encheu a sala, e Santana imediatamente respondeu. – Achamos.

Com a câmera instalada em um anel, Rachel filmou um pequeno papel contendo um endereço, uma data e um horário.

- Você já sabe o que fazer. – Santana respondeu.

Rachel então começou a fotografar o papel, enquanto Brittany segurava uma pequena luz em cima deles, de forma que ficassem mais visíveis. Simultaneamente, as fotos eram enviadas para o notebook de Finn e impressas rapidamente.

“Vila delle Ginestre, Galpão 5, 23:30, 17/12”

- Daqui a duas semanas. – disse Santana. – Temos somente duas semanas para resolver tudo.

- Ele está subindo. – disse Finn, com o corpo repleto de adrenalina, observando Gian subir o primeiro lance de escadas.

Santana sentiu o corpo se retesar. Brittany.

- Alvo está subindo! – disse Santana, desesperada.

Pelo vídeo, observaram Rachel procurar por rotas alternativas de fuga. Logo Brittany estava abrindo a grande janela do apartamento dele e sumindo de vista. Depois, Rachel fez o mesmo.

Elas tiveram tempo de ouvir a janela de Gian sendo fechada, equilibradas na janela vizinha, antes de descerem até o chão, escalando as janelas dos outros apartamentos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Amaram?
Comentem ok?
Beeeeijinhos ;@