Blessed With A Curse escrita por Mari Bonaldo, WaalPomps
Notas iniciais do capítulo
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOI FLORES DO JARDIM DA WAAL.
MAIS UM CAPÍTULO NINDO PRA VOCÊS, PORQUE FINCHEL TÁ QUE TÁ PEGANDO FOOOOOG.
E eu to meio anormal, é.
No dia seguinte tudo estava silencioso quando Finn acordou. O sol brilhante entrava pela janela e irritava seus olhos. Ele sentou-se na cama, coçando os olhos inchados para livrar-se do sono. Quanto tempo ele havia dormido?
Ele esticou o braço para alcançar seu aparelho celular, sentindo uma pontada de dor nas costelas, graças ao choque contra o sofá na noite anterior. 14:30.
Finn se levantou da cama com calma, esticando o corpo e descendo as escadas. Seu estomago clamava por comida. Sentiu um delicioso aroma vindo da cozinha e desceu as escadas rapidamente, sendo impulsionado pelos roncos em sua barriga.
Ao chegar à cozinha, encontrou uma Rachel muito bem arrumada, tirando biscoitinhos do forno. Ela cantarolava alguma coisa baixinho.
- Bom dia. – ele disse.
Rachel se virou assustada quando ouviu a voz rouca de Finn.
- Oi.
A voz de Rachel saiu dura, e Finn sentiu uma leve pontada no peito ao se lembrar de como ela costumava se pendurar em seu pescoço e selar seus lábios pela manhã. Ele mordeu os lábios, tentando expulsar as lembranças. Tudo estava tão diferente agora, e o culpado era ele.
- Hm... – ele murmurou, pegando um dos biscoitinhos caprichados nas mãos e colocando na boca. – Estão deliciosos. – disse com a boca cheia.
- Obrigada. – ela respondeu. Finn pôde perceber que Rachel estava limitando-se a falar somente o necessário com ele, e apesar disso não faze-lo contente, ele sabia que tinha que respeita-la.
Mas não pode evitar franzir as sobrancelhas quando viu Rachel colocar os biscoitos dentro de um saquinho de plástico decorado.
- O que está fazendo? – ele perguntou.
- Embrulhando os biscoitos para presente.
Finn soltou o biscoito que estava comendo. Uma ideia passou por sua cabeça. Uma ideia que fez suas mãos formigarem.
- São... São para o seu amigo, não é? – a voz dele saiu levemente irônica ao dizer a palavra “amigo”, mesmo que ele não pretendesse.
Rachel revirou os olhos.
- São sim Finn.
- Vai ver ele novamente, hoje? – Finn não pôde evitar deixar de perguntar, sentindo o coração queimar de ódio quando a cabeça dela balançou para cima e para baixo. – O que está rolando entre vocês dois? Você nem sabe se ele é de confiança. Viu ele ontem, voltou de madrugada, vai ver novamente hoje e ainda levar um presente.
Rachel bufou e jogou o saquinho de biscoitos na mesa.
- O que eu faço ou deixo de fazer com a minha vida pessoal não é mais da sua conta, Finn. Deixou de ser quando você terminou tudo, lembra?
- Eu...
- Chega! – Rachel o interrompeu. – Você não quer seguir com a sua vida? Ótimo. Mas eu quero. Eu ainda tenho sonhos Finn. A única diferença é que agora nenhum deles envolve você.
Finn não conseguiu fazer nada, a não ser observar Rachel terminar de guardar os biscoitos, pegar seu casaco e sair porta afora. Depois apoiou a cabeça nas mãos, sentindo que novas lágrimas se formavam. Tudo o que ele queria era dizer que a amava.
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- Tem sorvete na sua boca. – disse Rachel, aos risos, observando Mattia se lambuzar com seu sorvete de menta.
- Aqui? – ele perguntou, passando a língua ao redor dos lábios e fazendo as risadas de Rachel aumentar consideravelmente.
Ela negou com a cabeça e se inclinou sobre a mesa com estilo retro, limpando a boca dele com o próprio dedo. Mattia sorriu e tomou a mão dela na sua, quando Rachel sentou-se novamente.
- Gosto do seu sorriso. – ela disse, honestamente. Ele sorriu mais abertamente.
- Eu gosto de tudo em você, Miss Berry.
Rachel riu.
- Você nem sabe quem eu sou.
Mattia deu de ombros.
- A única coisa que sei é que você me faz bem e eu não me sinto perdido. Não mais. E isso basta pra mim.
- Isso é meio precipitado, não acha? – ela disse, tentando esconder o quanto aquelas palavras inflaram seu ego.
- Honestamente? Não. Sou da filosofia que nunca é cedo ou tarde demais pra mostrar o que sente. A única coisa não permitida é esconder.
Rachel observou o rosto concentrado de Mattia, a pele branca contrastando com o sobretudo negro. Ele a olhou também, e fez um pequeno círculo em sua mão com os dedos.
De repente, a língua de Rachel invadiu a boca de Mattia, sentindo com secreto prazer o sabor da baunilha se fundir com o do chocolate belga. As mãos macias dele acariciaram com delicadeza o seu rosto, e em questão de segundos Rachel tinha a absoluta certeza de que os italianos eram os mais quentes.
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Finn sentou-se na cadeira em frente aos computadores ao lado de Santana. Na última missão, quem estava lá era Brittany, mas agora, graças ao acidente e suas conseqüências, Finn não poderia acompanhar Rachel na invasão ao apartamento de Gian.
Ele sentia-se extremamente nervoso aquele noite. Rachel havia passado a tarde com seu amigo e depois voltara com um sorriso largo no rosto. Ele gostava de vê-la feliz, mas não gostava de saber qual era a razão de seu sorriso.
- O que você sabe sobre ele? – disse Finn à Santana, enquanto eles observavam Rachel e Brittany abrirem a porta do apartamento de Gian com um pedaço de arame.
- Sobre quem? – ela respondeu, sem tirar os olhos da tela do notebook. Confiava na capacidade de Brittany, mas, como qualquer namorada, preocupava-se com ela.
- O amigo da Rachel.
Santana ficou em silêncio alguns segundos. Mais cedo, naquele mesmo dia, ela tivera o prazer de conhecer Mattia. Ela e Brittany encontraram Rachel e ele tomando um sorvete no centro de Elba.
- O nome dele é Mattia. Ele é médico. Aliás, foi ele quem ficou responsável por você no dia de seu acidente. Ele e Rach se conheceram na praia e basicamente tornaram-se amigos.
Finn ficou em silêncio, fitando o notebook.
- Ele é um bom homem, Finn. Confio nele. E você deveria confiar também.
- Agente Lopez. – a voz de Rachel encheu a sala, e Santana imediatamente respondeu. – Achamos.
Com a câmera instalada em um anel, Rachel filmou um pequeno papel contendo um endereço, uma data e um horário.
- Você já sabe o que fazer. – Santana respondeu.
Rachel então começou a fotografar o papel, enquanto Brittany segurava uma pequena luz em cima deles, de forma que ficassem mais visíveis. Simultaneamente, as fotos eram enviadas para o notebook de Finn e impressas rapidamente.
“Vila delle Ginestre, Galpão 5, 23:30, 17/12”
- Daqui a duas semanas. – disse Santana. – Temos somente duas semanas para resolver tudo.
- Ele está subindo. – disse Finn, com o corpo repleto de adrenalina, observando Gian subir o primeiro lance de escadas.
Santana sentiu o corpo se retesar. Brittany.
- Alvo está subindo! – disse Santana, desesperada.
Pelo vídeo, observaram Rachel procurar por rotas alternativas de fuga. Logo Brittany estava abrindo a grande janela do apartamento dele e sumindo de vista. Depois, Rachel fez o mesmo.
Elas tiveram tempo de ouvir a janela de Gian sendo fechada, equilibradas na janela vizinha, antes de descerem até o chão, escalando as janelas dos outros apartamentos.
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