Blessed With A Curse escrita por Mari Bonaldo, WaalPomps


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, obrigada pelas reviews, passando meio correndo por aqui pq to estudando D:
bom dia e boa leitura s2



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/340133/chapter/15

Finn olhava toda a cena assustado. Santana havia subido para conversar com Rachel e quase quarenta minutos depois tinha descido, e dito à Brittany duas palavrinhas: Intervenção Fashion. A loira começara a pular e bater palmas como uma criança e fora para a casa onde ela e Santana viviam temporariamente. Agora ela voltava carregada com duas maletas prateadas.

- Alguém pode me dizer o que está acontecendo? – ele ousou perguntar.

- Não está acontecendo, Finn. – disse Brittany. – Vai acontecer.

Logo em seguida as duas subiram as escadas e momentos depois ele pôde ouvir a porta do quarto de Rachel sendo batida. Ele deu de ombros e resolveu ir para o seu quarto também. Banho e cama eram opções muito mais tentadoras do que tentar descobrir o que as três malucas estavam tramando.

--------------

- Voilá. – disse Brittany, virando a cadeira de Rachel para o espelho. – Pode me chamar de diva das tesouras depois.

Rachel se olhou, abismada. Ela não achava que era feia antes, mas nunca imaginara que podia melhorar tanto com corte de cabelo e uma boa coloração. Seus cabelos, antes compridos e lisos, exibiam um corte repicado de médio comprimento e sua franja reta fora jogada para o lado. O corte realçava as ondas naturais do cabelo dela, e lhe dava um ar totalmente sexy. Além disso, Brittany havia feito uma técnica mágica chamada ombré hair highlights, e seu cabelo exibia mechas mais claras em um tom degrade maravilhoso.

Ela se levantou e abraçou Brittany, que retribuiu o gesto de carinho sem hesitar.

- Eu sei, eu sei. – a loira disse. – É um dom natural, Tom Ford girl, portanto não se incomode em me agradecer.

Santana pigarreou, fazendo as duas se separarem. Rachel riu.

- Toma cuidado Santana, ou eu roubo a Britt de você. – provocou a morena. Santana lhe deu um sorriso debochado.

Rachel riu novamente e se dirigiu à latina, lhe dando um grande abraço.

- Muito obrigada, Sant. Por tudo. – ela disse, baixinho.

- Me retribua sendo feliz.

As duas se separaram e sorriram uma para a outra. Rachel se olhou novamente no espelho, passando as mãos no cabelo. Não conseguia resistir.

- De verdade, eu nunca imaginei que poderia ficar sexy desse jeito. – ela disse, ainda maravilhada com a grande mudança.

- Mas você pode. – disse Brittany. – Portanto abuse de sua sensualidade e consiga aquele homem, garota.

Rachel olhou para a loira. A convivência com Santana devia estar lhe afetando, pois ela falava de um jeito semelhante ao da latina.

- E, se você não conseguir aquele homem, - continuou a amiga – pode conseguir qualquer outro que quiser. Se conseguir o Ashton Kutcher eu quero tirar algumas lasquinhas porque os créditos da sua sensualidade vão para os seus genes e para mim.

Santana olhou a namorada, incrédula.

- Ei, eu estou aqui! – disse, um pouco irritada.

Brittany a olhou.

- Eu o divido com você, Sant. – sorriu.

Santana não pôde evitar sorrir também. Brittany era extremamente inocente e era isso que a cativara na garota.

- Vamos embora. – a latina pegou a mão de Brittany, e depois se virou para Rachel. – Lembre-se do que eu te disse.

- Vou me lembrar. – respondeu Rachel, sorrindo.

As três se despediram e o casal foi embora. Quando elas estavam na porta, Rachel pôde ouvir Brittany dizer: “Será que o Sr. Pepper quer brincar novamente?” e franziu as sobrancelhas. Quem era Sr. Pepper?

------------------

- Obrigada, Rach. – disse Finn com um sorriso quando Rachel colocou uma trouxinha de amêndoa e avelã à sua frente. Ela lhe endereçou um sorriso delicado como resposta e depois sentou-se ao lado dele para voltarem à trabalhar.

Uma semana atrás, Rachel simplesmente se trancara em seu quarto. Ele não sabia que diabos havia acontecido, mas na manhã seguinte havia uma linda mesa de café da manhã posta na sala de estar, ricamente preparada e decorada. Além disso, uma Rachel sorridente, delicada e extremamente linda estava sentada em uma das cadeiras. Não o entendam mal, já via a beleza de Rachel antes, mas não pensou que ela poderia ficar ainda mais bonita. Além disso, eles não brigavam mais, o que era muito estranho.

- O que acha, Finn? – perguntou Rachel, e só então Finn percebeu que estivera o tempo todo desatento, segurando a trouxinha a meio caminho de sua boca.

- Eu não ouvi. – ele respondeu, sem graça, e mordeu sua trouxinha. A trouxinha era maravilhosa, uma explosão de sabores à sua boca: A avelã misturando-se com o doce da amêndoa e o frutifico da calda de framboesa. Apaixonante.

- Eu disse que precisamos de um plano mais concreto, Finn. Gian antecipou sua volta, e já está em Elba como você sabe. Não podemos mais perder tempo, temos que procurar por pistas no apartamento do garoto. – Rachel disse e Finn sorriu com a forma como ela o chamava de garoto. Quando Quinn enviara os relatórios sobre Gian, eles descobriram cada detalhe de sua vida. Gian tinha acabado de completar 20 anos. Apesar de Rachel ainda estar na casa dos vinte, ela chamava Gian de garoto.

- Mas nós já sabemos o que fazer, não é? Você vai seduzi-lo. – ele deu à Rachel um sorriso malicioso – E então procurar por pistas no apartamento dele. Simples assim.

Rachel segurou-se para não bufar. Para Finn tudo era “simples”. Mas ao invés de reclamar, bufar ou pensar na razão de ter se apaixonado por um cara tão lento, Rachel limitou-se a sorrir.

- Finn. – o nome escapou de seus lábios com doçura, tentando esconder a raiva controlada. – E se ele não me levar ao seu apartamento? E se ele não quiser uma bebida? Você sabe que não posso simplesmente tirar uma seringa com Rohipnol e aplicá-la nele.

Finn ficou quieto, lembrando-se da vez em que Rachel fizera isso com ele. É, com Gian definitivamente não funcionaria.

- Além disso, - ela continuou – ele parece receber muitas mulheres em seu apartamento. Se houver alguma pista ali ela não vai saltar aos olhos. O garoto é novo, mas não parece ser inexperiente.

Ela estava totalmente certa, mas Finn nunca admitiria isso – nem para a antiga, nem para a nova Rachel. Então ele limitou-se a pensar em alguma solução, enquanto ouvia o barulho da mulher tomando seu café.

- Se você não conseguir encontrar nada, - ele disse segundos depois – estudaremos os hábitos dele. Então, invadiremos o apartamento. Nós dois. Dois trabalham melhor do que um. O sistema vai ser basicamente o mesmo que será quando você for ao apartamento dele procurando por coisas sujas. – Finn enfatizou a palavra “sujas” – Santana e Brittany ficarão em casa acompanhando tudo por uma câmera escondida. Com a diferença de que dessa vez eu vou estar com você.

Toda a ideia de estar junto à Finn em uma missão era excitante para Rachel, que imediatamente concordou.

- E quando eu vou seduzir Gian?

Finn segurou uma careta de tédio que estava prestes a se formar em seu rosto. Tão submissa.

- Me diz você, Rachel. – ele tentou fazer com que ela desse sua opinião.

Ela pareceu pensar por um momento. Depois, sorriu.

- Tanto faz.

Finn bufou e depois a olhou.

- Olha Rachel, eu não sei o motivo da sua repentina mudança. Mas você não é Rachel Berry. Tem sua aparência, sua voz e sua capacidade profissional, mas cadê a personalidade? Na maioria das vezes você é irritante, uma grande chata, mandona, e me deixa louco me dizendo o que tenho que fazer e o que não tenho. Mas a Rachel submissa, sem opinião, e mais falsa que uma boneca de plástico consegue ser ainda pior. – ele se levantou da cadeira, levando o prato de trouxinhas consigo. – Eu simplesmente não consigo ficar perto dessa nova Rachel. Então, quando você voltar à ser a princesa mimada me chama. – ele subiu as escadas, um pouco irritado, e ela ouviu a porta de seu quarto se fechando.

Rachel estava atônita. Submissa, sem opinião, falsa? Tudo o que ela estava tentando era ser delicada e uma ótima companhia para Finn; assim, talvez, ele quisesse tê-la por perto. Por que ela queria tê-lo por perto. Mudara exclusivamente por ele. E ele lhe dizia que não gostava da nova Rachel? Ela sentiu as lágrimas quentes brotando em seus olhos. Ele não gostava da antiga Rachel, nem da nova Rachel e não gostaria de nenhuma delas. Nunca. Ela se levantou também, abandonando o trabalho e indo para o jardim. Não deixaria aquelas lágrimas caírem. Se Finn não gostava da nova Rachel, então ela voltaria a ser a antiga. Se alguém pudesse ler seus pensamentos com certeza acharia a garota uma completa idiota, mas ela não se importava. Seu corpo o queria novamente, mas era sua alma que suplicava para que ele lhe desse uma chance. Ela respirou fundo e entrou na casa novamente.

Subiu as escadas, tentando adiar o momento, mas depois bateu à porta de Finn.

- Você está certo, Finn. Essa não sou eu. Agora tira essa bunda branquela da sua cama e desce logo. Temos trabalho à fazer. – ela desceu as escadas e voltou para a mesa.

Lá dentro, Finn estava confuso. Rachel era bipolar ou o quê?

- Vem logo, Hudson ou será que nem isso você consegue fazer rápido?

Ele ouviu as palavras dela vindo lá de baixo e levantou-se apressado. Tentou conter um sorriso, mas não conseguiu. A velha Rachel estava de volta.

-----------------

Mais tarde, naquele mesmo dia, Santana e Brittany vieram fazer uma visita. Ambas estranharam ao verem Finn e Rachel discutindo por coisas idiotas como: os talheres que deviam ser usados ou a cor da camisa dele.

- O que aconteceu? – Santana disse, na primeira oportunidade que teve para ficar sozinha com Rachel.

Ela lhe sorriu tristemente.

- Aconteceu que ele não gosta de nenhuma das duas Rachels, mas odeia ainda mais a nova. Voltei a ser quem eu era. – Rachel deu de ombros.

Santana estava chocada. Qual era o problema com Finn? Ele não sabia reconhecer quando uma garota o amava? Opa. Era isso. Ele não tinha que reconhecer o amor de Rachel por ele, mas sim o dele por ela. Ela sorriu maliciosa.

- Tenho um plano B, Berry.

Rachel a olhou, temerosa.

- Olha Sant, agradeço de verdade por todo o apoio, mas seu plano A não foi dos melhores.

Santana balançou a cabeça, rindo.

- Não acredito que você duvida da minha capacidade de conquista. – ela parou de rir e olhou a amiga, séria. – Esse plano vai dar certo. Sabe por que? Usaremos a arma de sedução mais antiga da face da Terra.

Rachel estava confusa.

- Qual?

- O ciúmes, Berry. – Santana sorriu, perversa e Rachel não pôde evitar que o mesmo sorriso brotasse em seus lábios também. Aquilo seria divertido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!