Hurricane escrita por Rocker


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, eu espero que vocês não me crucifiquem! Eu sei, demorei BASTANTE com esse capítulo! Um mês e meio e vcs teem td o direito de me torturar, mas quero que olhem pelo lado bom! Depois de um loooongo bloqueio criativo eu finalmente tenho forças para ver cm anda a fic e vejo que os leitores aumentaram consideravelmente e estamos com 4 recomendações e já no capítulo nove, temos 100 reviews - e isso me incentivou bastante pra escrever a fic! Não sei quando sai o próximo capítulo, mas tentarei não demorar mto e quanto mais reviews, mais as chances de sair mais rápido.

Como não sei a quem já agradeci pelas recomendações, vou dedicar esse capítulo a Rachel Price, Millena Ferreira, Bruna e BlueBerry! Espero que até o próx cap saia mais uma recomendação. Quem sabe, nunca se sabe!



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Capítulo 10

Lena ainda permanecia acordada, observando o céu estrelado de Nárnia. Queria guardar na memória cada mísero detalhe do que vivera ali, para quando retornar à Inglaterra não se esquecer de tudo tão rapidamente. Mas ela sabe que nada disso jamais sairá de sua mente. Está vivendo uma fantástica aventura em um país onde tudo é vivo, num mundo paralelo. Simplesmente não via como poderia um dia se esquecer daquilo tudo. Pensar alguma vez que aquilo era um sonho criativo e estranho, sim; mas esquecer, não.

Ouviu as folhas se remexendo e a voz de Susana perguntando algo do outro lado da clareira e fechou rapidamente os olhos, para parecer que estava dormindo. Não gostava de ouvir a conversa dos outros e muito menos ser pega fazendo tal. Então simplesmente se concentrou em uma cantiga que sua mãe cantava para ela quando era criança, mas foi quase impossível não ouvir. Ela ouviu outro farfalhar das folhas sobre a grama e desta vez ouviu a voz doce de Lúcia.

- Acredita em mim?

- Bom... É. Atravessamos o desfiladeiro. – ouviu Susana admitir, parecendo meio envergonhada.

- Eu não sei... – respondeu Lúcia sincera depois de um tempo. – Talvez você não quisesse ver.

- Você sempre soube que voltaríamos. – comentou Susana.

- Eu desejava isso. – explicou Lúcia.

- Eu tinha acabado de me acostumar com a ideia de morar na Inglaterra.

- Mas está feliz de estar aqui, não está?

- Só enquanto durar.

Como assim só enquanto durar?, perguntou-se Lena.

Então ela estava certa! Eles teriam de voltar mais cedo ou mais tarde. Por mais que ela não quisesse isso, teriam de voltar. Sim, ela gostou de Nárnia. Sentia-se deslocada por nunca ter conhecido esse lugar maravilho e de ter chegado de maneira tão abrupta, sentia-se deslocada por não ter tanta intimidade com os outros três Pevensie e ainda mais por não ter a mínima ideia do porque estar ali, mas ela estava encantada com tudo aquilo e não queria ter de ir embora.

^-^

No silêncio do amanhecer sereno, um grunhido passou pelos ouvidos de Lena. Sentou-se rapidamente, com ouvidos atentos e percebeu que Lúcia fizera a mesma coisa.

- Lúcia? – chamou.

A pequena virou-se rapidamente para a mais velha. O grunhido se repetiu e enquanto Lúcia sorria, Lena se arrepiou por inteira.

- Também ouviu isso? – perguntou a pequena e Lena assentiu.

- Parece ser um grunhido de leão. – comentou Lena.

Lúcia arregalou os olhos e se levantou, ciente de que Lena estava certa. Lena se levantou também e correu atrás de Lúcia quando esta começou a se aventurar por entre uma trilha que subia por trás de uma árvore. Não poderia deixá-la ir sozinha.

- O que está fazendo?! – perguntou assim que a alcançou e a segurou pelo pulso.

- Eu conheço esse som. – revelou Lúcia. – Acho que é de Aslam.

- Como pode ter certeza de que não é um animal como aquele urso? – perguntou Lena, soltando-se o pulso.

- Só tenho. Vem comigo, Lena... – implorou Lúcia.

Lena levou alguns instantes para assentir. Não queria descobrir o que havia entre aquelas árvores, mas sabia que se não fosse, Lúcia iria sozinha e ela não poderia deixar isso. Continuaram caminhando até que Lúcia parou abruptamente.

- O que foi? – perguntou Lena.

- As árvores...

Estavam lindas. Sim. Lindas. A luz do sol iluminava-as mostrando seus troncos finos, médios e grossos. Os galhos e as folhas se balançavam suaves e lentos.

 - Não está ventando... – disse Lúcia. – Elas estão se mexendo... sozinhas.

Lena não disse nada, admirada com tal observação, e então ambas continuaram a andar. Sentiram algo mexer em seus cabelos. Não era vento. Era algo delicado, mas ao mesmo tempo era controlado. O vento não é controlado, ele flui pelo ar assim como a água entre as pedras de um riacho. De repente, pétalas de flores voavam ao redor delas e quando elas subiram para o ar, formaram o corpo de uma mulher. Ela riu e logo se desfez. Lúcia tinha um sorriso encantado, assim como Lena. Então a mulher de flores voltou. As árvores detrás, começaram a se mexer e abriram um outro caminho. Lúcia e Lena continuaram a andar ainda admiradas.

- Lúcia... – uma voz grave chamou. – Lena...

Antes que Lena pudesse questionar alguma coisa, Lúcia puxou-lhe o braço e ambas saíram correndo em direção da voz. Ao virar algumas árvores encontraram um grande leão, lindo e majestoso em toda a sua beleza e exuberância; e Lena ficou estática com tal visão. A pequena por outro lado, não se intimidou e foi ao encontro do grande e poderoso leão. Lúcia encostou seu rosto no rosto do leão e passava a mão carinhosamente no focinho do leão.

- Que saudade de você. – ela disse e se afastou para visualizar melhor o rosto do leão. – Você cresceu!

- A cada ano que você crescer, maior eu parecerei! – ele disse com a voz grave e mansa.

Ela sorriu rapidamente ao ver que o leão, ainda tinha bondade em seus olhos e exalava a sua confiança e força de sempre. Mas logo seu sorriso sumiu.

- Por onde andou? Por que não veio nos ajudar?

O leão abaixou o olhar, meio constrangido pela pergunta talvez, mas logo voltou a sorrir. Não queria magoar a menina, mas não era tão fácil explicar.

- Nada acontece duas vezes da mesma maneira. – ele então se virou para Lena e pediu. – Aproxime-se, querida.

Lena, sem saber como poderia recuar àquela situação, se aproximou, ainda um pouco receosa. Lúcia sorriu, tentando encorajá-la.

- Sinto que há uma dúvida em seu coração. – revelou Aslam, olhando-a com bondade.

- Eu... Bem... Não sei o que faço aqui. – respondeu em meia voz.

- No momento certo você saberá, querida. – disse o leão em um tom sábio, que nem mesmo Lena conseguiria questionar. – Nárnia estará sempre aqui para aqueles que merecem.

- Mas não sei se mereço...

- Acredite que sim. Nárnia é para aqueles que acreditam no impossível. Você, Elena Stryder, mais do que ninguém merece estar aqui, apenas pela sua bondade e confiança. Pode achar que é insegura, mas tem uma segurança em si mesma que até mesmo os mais antigos e valentes reis não podem questionar.  Você é uma peça importante no que está por vir.

Ela abriu a boca para dizer-lhe algo, mas antes mesmo que pudesse formular uma frase coerente, ouviu-se um barulho alto de galho se quebrando.

^-^

Lena abriu os olhos e percebeu que aquela era a primeira vez que os abria naquela manhã. A fogueira já estava apagada. Sentou-se calmamente e digerindo a ideia de que tudo fora apenas um sonho. Olhou em volta e percebeu que Lúcia estava acordando também e se perguntou se ela também estaria naquele mesmo sonho. Elas se encaram por um segundo e o olhar que trocaram foi algo forte, transferindo milhões de significados e Lena soube que a resposta era sim. Lena arqueou a sobrancelha para a mais nova, querendo apenas uma confirmação e quando ela assentiu, soube que era verdade. Ouviram um barulho e Lúcia virou-se para a irmã.

- Susana! Acorda! – a pequena mandou.

- Ahm? O que você quer Lúcia? – murmurou Susana se virando de bruços para dormir.

O barulho se repetiu. Lúcia não pode mais se aguentar, levantou-se e andou pelo mesmo caminho que viu em seu sonho. Lena se levantou rapidamente, sabendo que havia algo de errado. Queria ir atrás dela, para que visse a razão de aquilo não era o sonho que compartilharam, mas sabia que sozinha não conseguiria detê-la, então a deixou ir enquanto se aproximava de Edmundo e o sacudia.

- Edmundo! Por favor, Edmundo, acorde! – implorou.

- Hum... – remexeu o moreno e ao abrir os olhos, sorriu ao ver Lena. – Ah, bom dia Lena.

- Lúcia precisa de ajuda! – exclamou, enquanto ia ate Susana e a acordava.

Edmundo, vendo que o lugar onde a irmã mais nova estivera estava vazio, correu, preocupado, para acordar Pedro. Quando estavam todos prontos o mais rápido possível, correram pela floresta atrás da menina.


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez peço mil desculpas pela demora e quero bastantes reviews, pois eles me motivaram a postar esse capítulo!