Hybrid Of The Hybrids escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 13
Capítulo XII - New Perspective


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoa, fico muito contente em saber que alguém ainda lê...
Nunca pensei que minha fanfic chegaria a ter tantos anos nas costas...
Se depender de mim, ainda terá mais alguns pela frente, espero que por você que lê também...
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Esse cap. é muito descritivo, quase não há falas, ele é uma introdução pros acontecimentos que ocorreram nos seguintes.
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*Esse capítulo possui link(s) camuflado(s), podendo ser música(s) ou imagem(ns)*



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Juliana saiu da casa de Damon e partiu decidida a ir para o colégio, retomar sua vida enfrentando a rejeição que já tinham avisado-a que encontraria. Mas a realidade que ela encontrara ao atravessar os corredores do Mystic Falls High School, foi totalmente diferente do que ela imaginaria que iria enfrentar.

Quando morava em Los Angeles, a terra mãe dos famosos, ela nada mais era do que uma menina nerd (diga-se: super CDF)* que nunca tinha olhos virados para si. Ela era feliz daquele jeito, nunca notada, apenas figurava às custas da popularidade de Fernanda e de Laiana, elas sim eram populares, e Juliana sempre fora apenas uma sombra escondida pelo brilho das amigas, e realmente ela não se importava com tais coisas. Não dava a mínima de não saberem seu nome e apenas a intitularam: Amiga DELAS.

Mas quando ela chegou em Mystic Falls, tudo mudou, literalmente. Provavelmente por um plano “barra” projeto da Caroline, que desistiu de seu cargo de chefe das líderes de torcida para que Juliana ficasse com ele. Caroline arranjou para ela mais cargos e cargos, inclusive a vice-presidência do Comitê de Organização de Bailes do colégio.

E a menina invisível da cidade grande, foi se tornando o grande exemplo da cidade pequena. Todo mundo a conhecia, todo mundo queria se tornar amiga dela; seu grau de popularidade havia se equiparado ao de Caroline Forbes. Garotos almejavam namorá-la, e garotas a invejavam, querendo estar em sua pele, no ápice do ensino médio e com dezoito anos namorando um cara lindo de mais de vinte e três, vindo direto de uma família fundadora da cidade.

Foi bastante fácil e rápido para Juliana se acostumar com o novo estilo de vida, assim como uma pessoa se acostuma rapidamente com a riqueza e luxo após ganhar na loteria. Não se pode dizer que ela ficou cega pelo poder, mas sim que o sistema a dominou.

Ela brilhava sozinha, graças a um pequenino empurrão da Forbes, mas ainda assim o brilho era dela. Muitos aspirantes à populares batalhavam em guerras internas para conseguir chegar a algo perto da amizade dela. Aos poucos ela subiu mais alto do que os degraus poderiam permitir, ela ultrapassou Caroline, Juliana foi se tornando uma abelha rainha naquela colmeia escolar.

Linda, jovem, muito inteligente, cheia de talentos, e popular; era o que as pessoas viam ao encontrá-la todos os dias. Juliana não permitia que vissem o seu interior problemático: uma garota frágil portadora de uma doença terminal, órfã de mãe, rejeitada pelo pai, atormentada por seres sobrenaturais de uma vida vivida num passado que ela não recordava.

Juliana conseguia equilibrar muito bem esses dois tipos de imagens dela até o dia do seu sequestro; o início da queda do seu império.

A garota passou trinta e seis dias em cativeiro, sob o domínio de James, o vampiro psicopata e de Kevin, o bruxo doentio e irmão dela. O colégio, praticamente inteiro, se mobilizou para ajudar a encontrá-la, colavam cartazes por toda a cidade tentando ajudar a polícia, mesmo sem saber a metade da história.

Tudo o que foi explicado para a cidade era que um cara chamado James, que era ex-namorado dela, a tinha sequestrado por não aceitar bem o fim do namoro. Quando esse sequestro chegou a um desfecho e Juliana morreu, seguido de um James que se suicidou (ainda segundo a história contada para a cidade) e tudo isso na frente de Damon, seu atual namorado.

Com todo esse drama da tragédia, Juliana havia sido imortalizada no colégio, Ela havia se tornado a Julieta de Mystic Falls, e muitos ainda esperavam que mergulhado num mar de desolação, não demoraria muito para que Damon/Romeu se matasse para encontrar sua amada, fazendo com que essa notícia saísse da rede nacional e local para os jornais de todo o mundo.

Os alunos do colégio haviam feito um memorial todo especial para a Julieta, linda, jovem, muito inteligente, cheia de talentos, e popular que despertara trágicas paixões proibidas; eles em peso, assim como todos na cidade, estavam no ginásio do colégio velando o corpo de Juliana quando ela acordou, e foi diagnosticada com catalepsia, as pessoas não aceitaram isso bem.

É óbvio que suas mentes ávidas por explicações lógicas aceitaram essa resposta científica, mas no fim, Mystic Falls é uma cidade pequena, onde coisas bastante esquisitas acontecem, repletas de lendas e crenças, ensinadas para seus filhos desde o berço. Apesar de entenderem a condição cataléptica, não conseguiam evitar de se portar como se o que havia acontecido fora uma aberração da natureza. Além do fato de que Juliana ao acordar viva estragou todo o brilho da situação, perdendo sua imortalização, tornando ridícula a existência de seu memorial, fazendo o conto da Julieta local desaparecer pelo status in vivo desta.

O Mystic Falls High School passou trinta e seis dias sem sua abelha rainha. Trinta e seis dias no dia-a-dia de um colégio pode significar uma eternidade de outros novos acontecimentos, fofocas, quedas e ascensões. A ascensão da nova abelha rainha.

[...]

Juliana atravessava os corredores do colégio, e todos, TODOS, viravam os rostos para evitá-la. Era oficial: ela havia perdido a sua popularidade. Mas o pior de tudo era que ela não havia voltado para estaca zero como na Califórnia, onde ninguém liga para a existência dela. Ela não era invisível, todo mundo a via, todos a conhecia, sabiam seu nome.

Juliana não sabia que na pirâmide de popularidade de um colégio poderia existir algo a baixo da invisibilidade, e agora ela tinha consciência disso. Ela estava na base, era o contrário de popular, as pessoas a evitavam, as pessoas tinham certo medo dela, elas não queriam ser vistas com Juliana; ela havia se tornado uma excluída.

Ela se sentia tão constrangida e irritada ao mesmo tempo, que nem lembrara que havia se esquecido de tomar o seu copo matinal de sangue. Antes as pessoas brigavam para acompanhá-la enquanto batiam um papo até a sala de aula, e agora mudavam de lado no corredor.

Juliana estava quase pedindo socorro, era um pesadelo que ela nunca nem sequer havia temido ou imaginado. Ao chegar a seu armário, ansiava por encontrar qualquer um de seus amigos para salvá-la, ela pegava seus livros e cadernos, e implorava por ver Elena, Stefan, Jeremy, Caroline, ou Bonnie, Tyler, ou até mesmo Matt, ou Sierra, sua amiga do grupo de líderes de torcida. Mas ela não acabou encontrando ninguém, primeiro, porque os outros com exceção de Sierra e Jeremy, são do quarto ano, ou seja, formandos que possuem um horário de aulas diferenciado, enquanto ela e Sierra eram ainda terceiro ano e Jeremy apenas segundo.

Juliana caminhou até sua sala de aula, tentando ignorar as pessoas ignorando-a, mas era muito difícil para ela tentar fazê-lo. Ela finalmente chegou a sala, cuja aula ainda não havia se iniciado, e encontrou um rosto família.

Ela sorriu ao ver Sierra e caminhou até a garota que estava sentada na frente guardando outras duas cadeiras vazias, eram as únicas cadeiras vazias nas cinco primeiras fileiras da frente.

– Olá, Si! – Disse ela se inclinando para sentar-se ao lado dela.

Sierra a pegou de surpresa, impedindo-a de se sentar e a olhando de cima a baixo.

– Cai fora! Eu não falo com aberrações da natureza. – Sierra disse com um olhar prepotente e provocativo.

– Aberrações...?! – Juliana foi pega de surpresa.

– Nem pense em sentar do meu lado!... E antes que se dê ao trabalho de ir aos ensaios das líderes de torcida, saiba que votamos, e você não pode ser mais uma de nós... Agora vaza, desinfeta! – Disse Sierra, nesse instante outras duas lideres de torcida, que Juliana pensava serem suas amigas, a olharam com o mesmo olhar de Sierra e sentaram-se nos lugares vagos.

Juliana nunca havia se sentido tão humilhada assim antes, ela caminhou cabisbaixa, em tristeza e decepção, foi até o fundo da sala, o único lugar onde tinha uma cadeira vazia, e começou a se ajeitar lá.

Colocou sua mochila nas costas da carteira e antes de se virar para a frente da sala e se sentar recebeu uma bolinha de papel nas costas – arremessar bolinhas de papel, anonimamente, com coisas escritas dentro, era uma forma de comunicação da sala dela inteira – Juliana pegou a bolinha e a abriu para ler, de alguma forma ela não se surpreendeu com o que estava escrito:

ABERRAÇÃO

Juliana se sentou, e seus dois olhos se encheram de lágrimas, ela não as derramou, não daria esse gostinho a quem quer que tenha jogado. Mas uma garota sentada na fileira ao lado dela notou seu incômodo, e foi a única pessoa que se dirigiu a ela de forma gentil ali dentro.

– São idiotas, não ligue para eles... – Disse a garota de óculos quase fundo de garrafa, e roupas nada convencionais.

– Como você sabe? – Juliana indagou desconfiada, um humano normal não conseguiria ler o bilhete da distância que elas estavam.

A garota explicou entregando um monte de bilhetes amassados para que Juliana lesse.

– Porque também acontece comigo... – Disse a menina. Juliana começou a ler cada palavra que estavam nos bilhetes: “ESTRANHA”, “ESQUISITA”, “QUATRO OLHOS”, “FEIOSA”, entre outros.

– É Juliana não é?! – Disse a garota. Juliana a olhou bem e percebeu que nunca tinha visto ela antes. Ela balançou a cabeça em afirmativo

– Desculpe, não sei seu nome... – Disse Juliana devolvendo os bilhetes.

– Tudo bem, ninguém sabe... Meu nome é Lucy. – Disse a garota de óculos.

– Você estuda aqui há muito tempo, Lucy? – Perguntou Juliana.

– Sim, desde criança... Eu sei... Eu sei... Aposto que acha que nunca me viu antes... É o efeito que causo no segundo tipo de pessoas. – Disse Lucy.

– Segundo tipo de pessoas? – Juliana indagou confusa.

– Sim... Só existem dois tipos de pessoas nesse colégio... O primeiro são aquelas que me zoam, e o segundo são aquelas que vivem no mundo superficial do colégio e não olham para os lados. – Disse Lucy metaforicamente.

– Mas eu estou te vendo agora, e não estou te zoando... Isso significa que devo ter criado um terceiro tipo de pessoa. – Concluiu Juliana.

– Sim, significa que você entrou no meu mundo agora... Bem vinda ao Submundo do Colégio! – Lucy disse e se virou para prestar atenção na aula que estava começando.

[...]

Ao chegar o final da primeira aula, Juliana já havia digerido toda os acontecimentos e rejeições que estava sofrendo e toda a tristeza e decepção havia se tornado raiva, raiva de todos ali naquela sala e nos corredores que a “amavam” antes e agora “odiavam”, com exceção é claro de Elena e sua trupe e da nova conhecida, Lucy.

Não demorou muito até que a raiva havia se misturado com outra coisa. Ela olhava para cada um dos pescoços em sua frente e não conseguia pensar em outro coisa além da sede e da raiva. Ela lutou consigo mesma por dentro para conter-se, e até o final daquele dia conseguiu se controlar. Até o final daquele dia.


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Notas finais do capítulo

Espero que não tenha pegado no sono rsrsrs'
Até o próximo capítulo, beijoo